“Não furtarás” (Êx 20.15).
O roubo é uma apropriação indevida daquilo que é do outro. O oitavo mandamento nos proíbe lançar mão do que não nos pertence. O homem, na Queda, sempre quer mais, pois, no pecado, ele não se satisfaz com Deus, portanto, não existe nada mais que lhe satisfaça.
A lei revela o caráter de Deus e a pecaminosidade do homem. Portanto, como Deus não pode roubar, porque tudo Lhe pertence, o homem, ao roubar, mancha a imagem de Deus, que deveria refletir. Ele rouba propriedades, bens, ideias, composições, frases, o que é plágio, rouba o coração, são tantas coisas de que o homem se apropria de forma indébita, que elencar tudo é impossível.
Falamos do homem como indivíduo, mas esse pecado torna-se sistêmico, poderes políticos roubam a sociedade com impostos exorbitantes que não resultam em benefícios; máfias e cartéis que combinam nas empresas monopolizar e igualar valores excessivos de produtos e serviços, tirando a possibilidade do cidadão de escolher entre o melhor ou mais barato; tribunais que aceitam suborno para roubar do incapaz seu direito de justiça; pregadores que abusam da Palavra, roubando dos ouvintes o direito de saber a verdade, manipulam sua fé, ainda que tola, apropriando-se do dinheiro deles, professores e formadores de opinião que roubam a verdade e escondem a verdadeira informação e por aí vai.
Quando Deus proíbe o furto, isso pressupõe o direito à propriedade privada, pois não tem como roubar o que é comum a todos. Na época antiga, mudar uma estaca que demarcava uma propriedade, era um roubo muito comum (Pv 22.28). Isso perdura até nossos dias. E quantos já morreram por causa disso… Sendo assim, a Palavra de Deus não apoia o comunismo.
Há também o roubo seguido de morte, o latrocínio, o roubo de comprar a prazo e não pagar, a manipulação em concursos, favorecimento em jogos, esportes, sonegação, o pegar emprestado e nunca devolver, o troco a mais não retornado, a carteira achada e não restituída com os valores intocados, as contribuições voluntárias que são negadas no reino de Deus e muitos outros aspectos deste pecado que, mesmo que não pareça, é tão comum no coração dos homens.
Porém, o pior roubo é o da glória de Deus. É claro que o homem não pode fazer isso, ninguém pode. Mas ele usurpa a glória de Deus para si mesmo e para as demais criaturas. Se é gravíssimo pecado roubar do semelhante, então roubar a Deus, furtar-Lhe a devida honra, nem se fala...
Quando o homem rouba, ele está obtendo resultado sem trabalho lícito. Ele não está sendo recompensado, mas está se valendo do esforço do outro e subtraindo a recompensa dele. O trabalho é mandamento divino e todo aquele que obtém prêmio sem trabalho lícito é ladrão e aos que vivem nisso, lhes será negada a entrada no reino de Deus (1Co 6.9,10).
O mandamento para o crente não é só não roubar, mas
trabalhar, cuidar de sua vida e família e, além disso, ajudar os santos carentes,
como ensina o NT (Ef 4.28; Hb 6.10; Tg 2.15,16; 1Jo 3.17). Roubar ofende a
Deus, pois qualquer roubo, por menor que seja, lembra que todos nós roubamos a
Sua glória e, a menos que nos arrependamos, até o último centavo será cobrado
no inferno! Como dizia o Rev. Ryle, “na cruz, Cristo salvou um ladrão para que ninguém
se desespere, mas apenas um para que ninguém se iluda”.
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
Amém que palavra satisfatório muito maravilhoso para nossa que Deus nos perdoe nossa falha
ResponderExcluirAmém.
ResponderExcluirAmém! Que Deus nos perdoe mesmo!
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