Teolatria

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terça-feira, 21 de maio de 2013

O ESTAR casado e o SER casado



Por: Rev. Wellington Miguel

O “estar” casado nada mais é que apenas estar. Este sujeito é alguém que, embora sendo fiel conjugalmente falando, é um infiel quanto ao caminhar do casamento, pois, casamento abrange muito mais do que o “não pular a cerca”. O “estar” casado é alguém que se estagna, que não atenta para o universo que abarca o relacionamento. É alguém que não se apercebe dos detalhes e que vive justificando irresponsabilidades com o “sou macho”, o que pra mim é um machucado, ou ainda, aquele que se inunda nas ocupações, encarando isso como um fator de importância sendo que isso é complementar, e que a melhor parte é a presença da afetividade e o se apresentar disposto. É um (a) idiota que, assim como a referida palavra diz, nada sabe e nem procura saber.

Toda a vida se segue, e segue bem, quando assim se segue segundo os princípios naturais para os quais a vida foi feita. E quando me refiro a princípios naturais, me refiro aos princípios que foram estabelecidos desde a origem da vida com suas inúmeras ramificações: a família, o casamento, o criar filhos, o conviver em sociedade, o ocupar-se do trabalho, o adquirir e o vender, etc. Logo, o “estar” casado, nada mais é alguém que desconhece os princípios que orientam o casamento. São princípios eternos que, além de terem sido estabelecidos para a relação conjugal, são eternos, pois são observáveis na relação do Deus triúno, e esse, eterno.

Assim, esse “estar”, dificultará a fluência com que precisa fluir o relacionamento conjugal. Dificultará o crescer, com que precisa crescer o relacionamento. Isso se perceberá nas mais diversas sinalizações que se emergirá no cotidiano. Inúmeras queixas, comportamentos incomuns, descomprometimentos nos deveres, omissões e dezenas de outras situações tomarão o cenário daquilo que a princípio “começou bem”. O “estar” casado, nada é além do que o não conhecer, o não saber, o não viver, os princípios normativos do casamento.

Normas estas que não devem ser observadas de forma arbitrária e imposta, mas num espírito de amor com que se pretende relacionar e visar o bem comum. Não é um pesar do fazer, mas uma liberdade e leveza no fazer.

E assim, começa-se a compreender o SER casado (a). Essa liberdade e leveza no fazer decorrem do coração que não meramente conhece os princípios que regem a conjugalidade, mas é o coração no qual se adentrou tais princípios, e que, enfim, tem a totalidade do seu ser simplesmente tomado por essa Graça que faz, sem perceber, por fazer com naturalidade e vida.

Faz porque, além de ter sua consciência encharcada das verdades sobre casamento, seu alvo não é ser feliz, mas fazer o outro (a) feliz. A realização visa o outro, o bem estar do outro, ou seja, o meu satisfazer é torna-lo (a) satisfeito/realizado (a). Por isso se diz na Palavra do Evangelho: “Assim, em tudo, façam aos outros o que vocês querem que eles lhes façam; pois esta é a Lei e os Profetas” – Mt 7.12.

Por essa Palavra também, confronta-se toda postura passiva ante o relacionamento. Em razão de nossas prioridades e orgulho, ficamos do outro lado aguardando, esperando o que devia ser feito por mim, se é que tenho alguma razão. A razão precisa ser dada é a Deus. É a Ele e à Sua Palavra que devemos dar razão. Que nossas infantilizadas razões sejam subestimadas em razão da razão de Deus à qual se deve dar razão. NEle está a razão que nada mais é o próprio princípio regulamentador e vivificador das relações conjugais.

O SER casado é esse que dá razão a Deus e a essa razão, submete a sua consciência no Caminho. No Caminho que fez o caminho dos relacionamentos. E aqueles que caminham se orientam e sabem para onde estão indo.

O SER casado é alguém que não muda, embora esteja sempre mudando. Não muda porque encontrou o Caminho dos princípios e ali se enraizou, porém muda, porque deixou de dar razões a si e agora suas razões são as eternas razões de Deus em Sua Palavra que o transforma para aquilo que de Deus é bom.

E você, vem?


Em Cristo, a Razão das existências da Existência,

Wellington Miguel

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