"Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco" (1Ts 5.18).
Por: Mário Gardini
Antes da ingratidão, é preciso estudar o ingrato.
A ingratidão revela um coração mal agradecido, uma personalidade que não reconhece as benesses recebidas.
Pare de ler e respire um pouco de ar (...).
O ar que você acabou de respirar veio de Deus. Se Ele cortar esse ar de você, você morre.
Você já fez a sua refeição hoje? Lembre-se: na África, muitos ainda não conseguiram ter a sua primeira refeição do dia, e estão com fome porque lhes falta comida.
Você é perfeito – bom físico, boa saúde, boas roupas e um bom trabalho. Você já agradeceu a Deus por tudo isso que Ele tem dado a você?
Você tem um lar para morar. Lembre-se de muitos que vivem refugiados ou embaixo de uma ponte. Você já agradeceu pelo seu lar e lugar para se abrigar?
Existem milhares de pessoas internadas num hospital e você tem saúde. Já agradeceu por isso hoje?
O ingrato quando lê tudo isso, diz: “E daí? É problema deles”.
O perfil do ingrato é de um visionário egoísta – vê apenas a si próprio. Quando recebe alguma coisa, esquece em segundos do benefício alcançado e proclama a sua glória e esforço.
O ingrato jamais vê a virtude alheia e que muitas de suas conquistas e privilégios foram obtidos com o auxílio de pessoas que um dia o ajudaram.
O ingrato não agradece. Olha para si mesmo e diz: “Eu consegui. Se não fosse o meu esforço e estratégia, as vitórias não estariam ao meu alcance”. E tem amnésia de quem o ajudou.
Ele olha para a mesa quando come e não vê que os alimentos à mesa estão enchendo o seu “estômago”, tudo o que está ali para degustar e encher sua “pança” provém do esforço e do trabalho de tantas pessoas envolvidas no processo de plantio, produção e industrialização árduos e demorados para ficarem preparados.
O ingrato se preocupa com o preço da grife, com o custo de vida, mas não agradece àqueles que trabalham para o seu conforto.
Havia uma filha que sentia vergonha da mãe. A mãe da linda moça tinha marcas horríveis e deformações visíveis no rosto.
A moça participava de festas importantes na sua vida – formatura, colação de grau e outros grandes eventos, mas a sua mãe jamais estava presente. A filha se constrangia com os defeitos no rosto de sua mãe e não a convidava para acompanhá-la nos maiores fatos e conquistas em sua vida.
Um dia, a moça resolveu perguntar a sua mãe sobre as marcas e deformações horríveis no rosto.
A mãe explicou: “Quando você tinha dois anos de idade, nossa casa pegou fogo. Entrei no seu quarto em chamas, e mesmo sentindo as queimaduras em meu corpo, envolvi fosse numa coberta e a levei para fora, salvando sua vida”.
Os “pirralhos” de hoje querem ser importantes e se posam de pavões na frente dos amigos. Na escola, preferem que o pai ou a mãe estacionem o corcel ou o carro velho à distância de onde estão para não serem vistos entrando no veículo feio e desgastado de seus pais.
O ingrato vira a casaca de uma amizade, quando se esquece, por uma pequena falha de quem tanto o ajudou, os milhares de benefícios recebidos do amigo que despreza.
O ingrato usa pessoas como meios de suas conquistas e depois dá um bicudo no “traseiro” do colaborador e se vangloria de feitos obtidos coadjuvados com o esforço alheio.
A nossa ingratidão para com Deus é o nosso estilo de vida diário. Reclamamos de tudo, mesmo tendo recebido tantas dádivas.
Sua vida é um milagre, seus bens e conquistas são bênçãos recebidas. Mas não reconhecemos e maldizemos a Deus.
Não se esqueça do que diz o Livro dos livros: "Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco" (1Ts 5.18).
Somente o poder da cruz erradica a nossa ingratidão para com Deus e os homens e nos leva a uma vida de louvor e agradecimento.
Mário Gardini
Excelente artigo. Mário Gardini. A ingratidão está impregnada no DNA da humanidade, todos nós passamos ou vamos passar por isso. É tão difícil rever os conceitos quando temos uma decepção. Nosso sentido crítico, capazes de analisar o fato, bloqueia e com isso vem a INGRATIDÃO. Com Deus não é muito diferente. Lembra de Jesus e os 10 leprosos, 10 foram curados, 1 agradeceu e foi salvo. Nesse comprativo, apanes 10% são gratos a Deus verdadeiramente.
ResponderExcluirQue excelente texto! Apesar de nos desmascarar. Mas os filhos de Deus se humilham diante da Palavra. Realmente a ingratidão é a desgraça da alma, a essência adâmica em cada indivíduo. Sem Cristo, jamais desenvolveremos um coração grato porque a gratidão é "vontade de Deus", como diz Paulo em 1Ts 5.18: "Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus...", e só poderão fazer a vontade de Deus os que estão no Espírito e não mais na carne (Rm 8.8 - os que estão na carne não podem agradar a Deus).
ResponderExcluirUm texto que nos permite ir além das palavras, nos convida a uma profunda reflexão sobre o nosso "modus operante". Gostei muito, nos desnuda e impele a meditar. Sou grato? Se acho que sou, até que ponto realmente sou grato? Ou no fundo, sou apenas mais um ingrato auto-iludindo? ...
ResponderExcluirNão pude conter as lágrimas quando li esse artigo.Percebi como muitas vezes sou ingrato e nao reconheço o quanto sou abençoado.Obrigado Senhor por tudo o que tens feito em minha vida e perdoe-me por tantas vezes ser ingrato.
ResponderExcluirWesley A.Peronica