segunda-feira, 29 de setembro de 2025

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0647 - O PRESENTE QUE GEROU INIMIGOS

 


Ao generoso, muitos o adulam, e todos são amigos do que dá presentes” (Pv 19.6).


Há muitos aproveitadores em nossos dias. Na realidade, sempre foi assim. Onde existe uma pessoa generosa, ali se encontram os aduladores interesseiros. Pessoas nobres e desapegadas são chamadas de ingênuas, muitas vezes, pelo fato de sempre estender sua mão ao necessitado, embora muitos que se passam por necessitados são, na realidade, oportunistas.

Nosso texto ainda afirma outra verdade: que todos são amigos do que dá presentes. O princípio é o mesmo. Onde há generosidade há também os que se fingem amigos. No próprio mundo ouvimos pessoas dizerem coisas do tipo “fulano foi meu amigo enquanto eu tinha dinheiro”, ou “depois que meu dinheiro acabou, nunca mais fui procurado por beltrano”.

Esta é a realidade do mundo em todos os seus setores. A política é assim, vemos isso no trabalho, a convivência familiar tem muito disso também, inclusive nas igrejas, infelizmente, temos visto aproveitadores e interesseiros em cargos, posições e reconhecimento.

Mas existe uma realidade oposta a essa, a qual nem todos costumamos observar. Deus é generoso, no entanto, as pessoas não O adulam. Embora muitos pregadores da falsidade queiram colocar Deus como bonachão, que faz a vontade de quem Lhe adula, isso não é verdade. De fato, Deus é bom e costuma nos abençoar muito mais do que aquilo que pedimos ou pensamos. No entanto, Ele não aceita adulação de ninguém. Ele não é movido a isso para abençoar.

Além disso, Deus não nos dá presentes para obter de nós a amizade. Pessoas querem ser amigas dos que dão presente porque, em geral, o presente está vinculado àquilo que a pessoa gosta de receber. Mas Deus não nos dá presentes de acordo com o que gostamos de receber. Ele nos dá (quando quer) presentes de acordo com aquilo que precisamos receber. Nesse caso, Deus não está tão cercado de amigos assim...

Acima de tudo isso, temos um Deus que não Se submete ao conceito errôneo que o homem tem dEle. Não é porque o ser humano pensa que Deus é um bonachão presenteiro que Ele o será. Deus não satisfaz os caprichos cobiçosos da humanidade, antes, condena-os.

Quando Deus entregou Seu Filho por nossos pecados, esse foi o maior ato de presentear que o mundo já pôde presenciar! Mas nem por isso, as pessoas adulam Deus. O termo aqui traduzido por “adular” no hebraico é “implorar o favor”. Quem dera se fosse assim, que as pessoas entendessem o grande amor de Deus ao dar o maior dos presentes para os pecadores e, assim, implorassem sobre si o favor divino!

Nunca houve nem haverá jamais nenhum gesto de generosidade maior do que este! Porém, nunca houve também um gesto tão nobre tão desprezado que, em vez de angariar amigos, cada dia mais amealha inimigos e opositores. Você reconhece a generosidade de Deus? O Presente dEle fez de você um amigo de Deus?

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0646 - A ARROGÂNCIA DO HOMEM E A GLÓRIA DE DEUS

 


Os olhos do arrogante serão humilhados e o orgulho dos homens será abatido; somente o Senhor será exaltado naquele dia” (Is 2.11).


Quando Isaías profetizou acerca do Dia do Senhor, como os demais profetas, ele não colocou esse dia como sendo algo esperançoso, senão que um dia de vingança e castigo. E a razão principal encontrada no cap. 2 sobre por que viria o Dia do Senhor sobre Seu povo, era por causa da confiança do povo em coisas que não eram Deus.

Eles se encheram de superstições, praticaram adivinhações e fizeram acordo com os ímpios (v. 6); eles confiaram em suas riquezas e seus aparatos de guerra (v. 7); eles praticaram a idolatria (v. 8). Assim também são muitos crentes de nossos dias. Eles falam a mesma linguagem supersticiosa deste mundo; eles praticam as mesmas coisas dos ímpios e com eles entram em acordo; confiam em seu dinheiro e seu poder. Não há diferença daquela época.

Mas o v. 9 continua ecoando hoje: “Por isso a humanidade será abatida e o homem será humilhado; não os perdoes”! Entretanto, a verdadeira igreja deveria anunciar como Isaías: “Entre no meio das rochas, esconda-se no pó por causa do terror que vem do Senhor e do esplendor da sua majestade” (v. 10)! Será que temos proclamado isso?

Será que temos coragem de dizer aos arrogantes de hoje, aos sincretistas místicos dos nossos dias o que disse o profeta ao seu povo? Ele disse: “O Senhor dos Exércitos tem um dia reservado para todos os orgulhosos e altivos, para tudo o que é exaltado, para que eles sejam humilhados” (v. 12). Quantos estão precisando ouvir isto...

O mais irônico da geração atual é que eles confiam em tantas coisas passageiras, mas não fazem menção do nome do Senhor! Confiam em remédios, ciência, filosofias, ideologias, diplomas, religiões e tantas coisas que não passam de recurso do desespero, mas não conseguem depositar sua esperança no Senhor e descansar nisso!

Não é assim que o profeta encerra este capítulo? Ele diz: “Parem de confiar no homem, cuja vida não passa de um sopro em suas narinas. Que valor ele tem?” (v. 22). É precisamente o que temos visto em nossos dias. Crentes depositaram sua confiança no homem! Mas, como sempre, deram com a cara no muro! A Bíblia já não tem nos avisado isso? Entretanto, o homem prefere pagar para ver!

Um dia Deus vai sacudir a terra! A Palavra promete que não haverá ninguém que possa escapar do grande e terrível Dia do Senhor! Se aquilo ou aqueles em quem você confiou não puderam resolver nem sequer o seu momento presente, será que eles poderão livrar você daquele grande dia? Será tão amedrontador, que os homens desejarão fugir para as cavernas e se enfiar nos buracos, mas não poderão escapar (vs. 19,21).

Não adianta! “A arrogância dos homens será abatida, e o seu orgulho será humilhado. Somente o Senhor será exaltado naquele dia” (v. 17). Ou demos glória a Deus agora com o coração voluntário para a salvação, ou seremos humilhados naquele dia e o faremos à força para a condenação!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

quinta-feira, 25 de setembro de 2025

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0645 - INSUBMISSOS, ARREPENDAM-SE!

 


Obedecei a vossos pastores e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossa alma, como aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil” (Hb 13.17).


Em um mundo relativista como esse em que vivemos atualmente, onde cada um tem “sua verdade”, a qual não pode ser contestada, apenas aceita em sua pluralidade, as pessoas se acostumaram a não se submeter a autoridades que mantêm uma postura moral. Mas quando se fala de autoridade imoral, autoridade abusiva e ameaçadora, então as pessoas se submetem.

Esse pecado, o pecado da insubmissão, já faz tempo que adentrou as portas da igreja do Senhor Jesus. Muitos crentes têm imitado o mundo nesse aspecto. De fato, o mundo aceita qualquer autoridade que afronte à autoridade de Cristo. Somente contra a autoridade de Cristo é que eles se insurgem.

No ritmo acelerado da tecnologia, muitos crentes já ficaram escaneados à imagem do mundo secular, inimigo de Deus. Muitas igrejas já baniram com a doutrina da autoridade eclesiástica e, consequentemente, da disciplina eclesiástica, pois os membros (ou melhor, frequentadores) não aceitam se submeter a uma autoridade espiritual, enquanto curvam suas cabeças para autoridades abusivas políticas, militares e judiciárias.

Juntamente com as autoridades espirituais, as autoridades domésticas também estão sendo odiadas, esmagadas e subvertidas. Mulheres não respeitam mais seu marido e filhos são horrivelmente teimosos contra seus pais. Não somente em casa, mas as autoridades pedagógicas e profissionais também. Esse é o scanner do mundo atual.

Mas a Palavra de Deus, especialmente o NT, nos mostra que seremos abençoados, se formos submissos. Jesus Cristo, o Filho de Deus, diz o autor aos hebreus que “embora sendo Filho, aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu” (Hb 5.8). E ele conclui sua carta, ordenando que os crentes se submetam a seus pastores (13.17). Quem é melhor que Jesus, para que não se submeta às autoridades espirituais que Ele mesmo concedeu? (Ef 4.11).

Enquanto as igrejas tratarem condescendentemente os rebeldes que as frequentam, toda aquela comunidade local será fraca e desorientada. A igreja de Cristo Jesus não se sucumbe aos caprichos da modernidade nem de qualquer outra era em que ela vive. Ela só tem uma lei, que é a Palavra do Senhor. Qualquer lei que esteja de acordo com ela, a igreja se submete alegremente, mas uma vez que houver conflito, prevalecerá sempre a vontade do nosso Soberano Senhor!

Uma palavra aos rebeldes disfarçados de crentes: convertam-se! Arrependam-se de sua insubmissão! Se você não aceita ser submisso, então você não entende que esse preceito é qualidade de quem vai herdar o reino de Deus. Jesus disse que os mansos herdarão a terra e não os rebeldes insubmissos (Mt 5.5).

Aparentemente, é perda de tempo ordenar que rebeldes se arrependam. Eles são rebeldes. Mas tomara que o Espírito de Deus tenha entre os rebeldes alguns eleitos que venham realmente a reconhecer sua semelhança com o mundo diabólico, se arrepender e então encontrar a porta do reino de Deus.

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

quarta-feira, 24 de setembro de 2025

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0644 - FALSOS PROFETAS TAMBÉM DIZEM "SENHOR, SENHOR"!

 


Cuidado com os falsos profetas, que vêm a vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores” (Mt 7.15 – KJF).


Falsos profetas sempre foram um entrave ao povo de Deus, desde a antiga aliança. O surgimento deles é como disse Pedro em sua segunda carta: “Assim como, no meio do povo, surgiram falsos profetas, assim também haverá entre vós falsos mestres” (2Pe 2.1a – ARA). Nada novo, portanto. Estes servos do diabo atuaram lá e atuam cá, igualmente.

Uma de suas características é a semelhança com os pregadores da verdade. Paulo disse o seguinte sobre isso: “Porque tais são falsos apóstolos, obreiros enganosos, transformando-se em apóstolos de Cristo. E não é de admirar, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz. Portanto, não é grande coisa, se os seus ministros também são transformados em ministros da justiça; cujo fim será conforme as suas obras” (2Co 11.13-15 – KJF).

Quando Jesus alertou sobre eles, nosso Senhor havia acabado de falar sobre a porta estreita e a larga, no contexto anterior (Mt 7.13,14). Os falsos profetas procuram alargar a porta estreita, mesmo que tentem estreitar a larga. E um alerta deve ficar bem claro para nós: nem todo que tenta estreitar a porta larga quer dizer que esteja corretamente na porta estreita.

Já no contexto posterior, Jesus disse que estes falsos também clamam “Senhor, Senhor” (v. 21). Entretanto, há uma grande diferença, pois, o fato de clamar “Senhor, Senhor” não torna alguém merecedor do reino dos céus, mas ali só entrará aquele que faz a vontade do Pai que está no céu.

Incrivelmente, Jesus diz também que tais homens profetizaram em Seu nome, expulsaram demônios e fizeram muitas maravilhas (v. 22)! Não é exatamente assim que muitos falsos enganam até mesmo muitos crentes? Por meio de sinais, profecias e exorcismos, os falsos pregadores têm enganado a muitos e os desviado do caminho da verdade!

Mas, de que forma nosso Mestre nos ensina a identificá-los? De uma forma simples. Eles não dão bons frutos (vs. 16-20). Eles são espinheiro, jamais darão uvas; eles são abrolhos, jamais darão figos (v. 16); eles são árvore corrompida, jamais darão frutos bons (v. 17); inclusive, Jesus diz que eles não podem dar bons frutos, pois são árvore corrompida (v. 18)! E a toda árvore corrompida, a parte que lhe cabe é ser cortada e lançada ao fogo (v. 19).

Profetizar, expulsar demônios, operar sinais, tudo isso é dom; mas os dons não são evidência de salvação. Já o fruto sim! O fruto do Espírito (Gl 5.22,23) é evidência clara de alguém salvo! Ele pode não ter dons miraculosos, mas tem em si o fruto do Espírito, ou seja, o caráter de Jesus está implantado nele. Ele está em Cristo, Cristo está nele, ele dá muito fruto e faz a vontade do Pai. Cuidado! Falsos profetas também dizem: “Senhor, Senhor”!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0643 - CALVINISMO E FATALISMO

 


Sê forte, pois; pelejemos varonilmente pelo nosso povo e pelas cidades de nosso Deus; e faça o Senhor o que bem lhe parecer” (2Sm 10.12).


Quando se estuda a doutrina reformada, geralmente há um risco que se corre, a saber, o de confundir o calvinismo com o fatalismo. Isso acontece pelo fato de não sabermos o que fazer com a doutrina do determinismo na sua forma prática. Por isso, a conclusão a que alguns chegam é a seguinte: se Deus já determinou todas as coisas, então eu não preciso fazer nada.

Porém, isso é fatalismo e não calvinismo. O fatalismo acredita na predeterminação de tudo, entretanto, ele vê o homem como um “agente inativo”, ou pelo menos neutro, isto é, tudo o que o homem fizer não vai realmente interferir no resultado, uma vez que nada pode mudar o que está determinado.

O problema do fatalismo é o pragmatismo, ou seja, só vou fazer alguma coisa, se aquilo que eu fizer, tiver uma interferência tão significativa, que possa mudar, inclusive, o destino estabelecido por Deus. Porém, isso é um absurdo! Se eu souber que minhas ações não mudarão os decretos eternos, então isso significa que não vou fazer nada? Isso é uma afronta contra Deus e Seu domínio!

Mas observe a fala de Joabe a seu irmão Abisai. Ele separou o exército de Davi em duas partes, entregou uma a seu irmão, enquanto comandava a outra, visto que o exército inimigo contratara outras nações para lhe ajudar na guerra contra Davi. Joabe disse a Abisai: “Se os siros forem mais fortes do que eu, tu me virás em socorro; e, se os filhos de Amom forem mais fortes do que tu, eu irei ao teu socorro” (v. 11). Logo depois disse que pelejassem varonilmente! O Senhor que fizesse o que bem Lhe parecesse...

Essa fala é importante, porque mostra que Joabe tinha um conceito correto sobre a soberania de Deus e sua responsabilidade. Ele faria tudo para vencer a guerra; ele repartiu o exército em dois; ele encorajou seu irmão; ele disse que sairia em sua ajuda, caso ele estivesse sendo derrotado; mas, no fim das contas, Joabe sabia muito bem que o resultado seria como bem parecesse a Deus!

Talvez, muitos fatalistas de hoje diriam que não iriam para a guerra, visto que o que tivesse de acontecer iria acontecer de todo jeito... Não é bem assim que procedem muitos crentes ditos calvinistas? Deixam de cumprir seus deveres baseados na premissa de que “tudo está determinado”. Sim, está mesmo. Mas isso inclui até mesmo nossas ações.

Aquela guerra foi vencida por Joabe e seu irmão! Estava determinado que eles seriam vencedores. No entanto, estava também determinado que eles tomassem postura de homens e não de covardes! Se fossem fatalistas, não teriam experimentado tão grande vitória que foi dada aos filhos de Israel naquela luta (obviamente seria isso também o que Deus já teria determinado para outros planos). Muitos crentes também deixam de experimentar muitas esplendorosas vitórias, simplesmente pelo fato de se apoiarem em uma doutrina que eles mesmos distorceram...

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

segunda-feira, 22 de setembro de 2025

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0642 - NEM TODO QUE PARTICIPA DA MESA DE DEUS É SALVO

 


Tomou, pois, o cozinheiro a coxa com o que havia nela e a pôs diante de Saul. Disse Samuel: Eis que isto é o que foi reservado; toma-o e come, pois se guardou para ti para esta ocasião, ao dizer eu: Convidei o povo. Assim, comeu Saul com Samuel naquele dia” (1Sm 9.24).


Na Bíblia, de um modo geral, quando Deus quer realizar alguma coisa extraordinária com pessoas, Ele sempre fornece um momento à mesa. Foi assim quando Deus fez Sua promessa para Abraão (Gn 18); no livro do Êxodo, tanto na refeição da Páscoa, quanto na ocasião em que Deus deu a lei para Seu povo (Êx 24.11); na unção de reis, tanto Saul, como Davi; nas festas celebrativas do povo de Israel; bem como também na instituição do sacramento da ceia.

Conhecemos a história de Saul, como foi um homem que atendia aos requisitos do coração do povo para ser rei, como recebeu de Deus esse privilégio através da unção do profeta Samuel, mas também como ele desonrou completamente, não só o seu cargo real, mas também Aquele que o chamou para exercê-lo.

Embora depois de sua primeira vitória contra os amonitas, este rei tenha comemorado com seu exército e todo o povo com grande festa (11.15), todavia, na guerra contra os filisteus, não respeitou os limites do seu cargo de rei e ofereceu holocaustos, algo lícito apenas para os sacerdotes (13.8,9), no que foi reprovado por Samuel.

Os contínuos deslizes deste homem, a ponto de chegar a perseguir o escolhido do coração de Deus, empenhando quase metade do tempo do seu reino em caçá-lo como a um cão, levaram Saul ao desprezo completo de Deus! Assim, a mesa farta na qual ele costumava ter comunhão com Deus e o povo, foi transferida para Davi, que disse no Salmo 23.5: “Preparas-me uma mesa na presença dos meus adversários”.

Estes fatos horríveis que aconteceram a Saul, o desprezo dele para com Deus, que resultou no oposto disso, o desprezo de Deus contra ele, essas coisas apenas nos mostram que nem todo aquele que come pão no reino de Deus é de fato bem-aventurado, como pensava aquele escriba da época de Jesus (Lc 14.15). A resposta de Jesus àquele homem provou que nem todos que estão convidados à grande ceia realmente participarão dela (Lc 14.16-24).

Talvez uma das maiores provas de alguém que comeu pão no reino de Deus, inclusive à mesa com o Filho de Deus, mas não teve parte com Ele, foi Judas! Teve várias refeições com o Mestre, inclusive participando daquela última, porém, para sua própria condenação! E assim como Judas, há muitos na igreja em todos os tempos.

Não resta dúvida de que Deus nos convida à Sua mesa de comunhão, tanto espiritual na distribuição da Palavra, quanto da ceia, bem como quando participamos nas mesas uns dos outros. Embora isso seja o modo normal de Deus comungar com os Seus, entretanto, nem todos os que participam dessa mesa quer dizer que são salvos. Como Saul e Judas, podem até comer do pão material, mas a salvação só vem por meio de participar do Pão da Vida.

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0641 - A CONFIANÇA TESTIFICA QUE SOMOS BEM-AVENTURADOS

 


Não se atemoriza de más notícias; o seu coração é firme, confiante no Senhor” (Sl 112.7).


O Salmo 112 começa com o verbo que foi citado como substantivo no final do salmo anterior. No Salmo 111.10, lemos o seguinte: “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria; revelam prudência todos os que o praticam. O seu louvor permanece para sempre”. Tendo assim falado do temor do Senhor, o salmista começa o próximo salmo dizendo: “Bem-aventurado o homem que teme ao Senhor e se compraz nos seus mandamentos” (112.1).

Portanto, o 112 parece ser a prática do homem do salmo anterior. Se o temor do Senhor é o princípio da sabedoria, então, bem-aventurado é aquele que O teme. Porém, o salmista associa o temor do Senhor com o prazer em Seus mandamentos. Obviamente, quanto mais se conhece da Escritura, mais temor de Deus brota do coração do crente.

Focando aqui no 112, vemos que, entre outras características do homem que teme ao Senhor, está a que nós lemos no início, a saber, o homem bem-aventurado, este que teme ao Senhor e tem prazer na Palavra, ele não “se atemoriza de más notícias”, ou “maus rumores”, como diz na versão Corrigida.

Os dias atuais são dias de péssimas notícias. Além das horríveis realidades, ainda existe a mídia, que sacramenta o terror no coração do telespectador, através de seus olhos e ouvidos! As más notícias são o ponto alto das reportagens. O ser humano teme a tragédia, mas é fascinado por saber delas. Então, os diretores, os jornalistas, os editores e toda liderança midiática, sabendo disso, não há nada melhor para eles do que colocar o monstro para te engolir!

Mas leia novamente o salmo em questão. Por que o bem-aventurado, aquele que teme ao Senhor, não tem medo de más notícias? Não é porque elas não sejam reais, sabemos que são; não é porque ele é um super-homem, sabemos que ele não é; não é porque ele não esteja imune, sabemos que ninguém está; mas é somente por um motivo: “o seu coração é firme, confiante no Senhor”! Ou como lemos na NBV: “porque o seu coração confia totalmente no Senhor, e ele tem uma base firme para sua vida”.

Aleluia! A questão para o verdadeiro crente não gira em torno das circunstâncias. Ele sabe que independente delas, a base da confiança no Senhor jamais muda, jamais se abala e jamais perece! Será que se as notícias fossem somente boas, nossa confiança seria de fato testada? Saberíamos que ela é inamovível?

Diante de tantas bocas que confessam confiar no Senhor e na Sua Palavra (pergunte a qualquer crente e você ouvirá que todos eles confiam), fica uma pergunta no ar: por que no tempo das más notícias, grande parte fica abalada? Que tipo de confiança é esse que só confia se estiver tudo bem? Dá para perceber que nosso discurso é, muitas vezes, o oposto da realidade quando vem a provação?

Se você se atemoriza de más notícias, seu coração não confia no Senhor; se você não confia no Senhor, como pode dizer que acredita na Palavra dEle? Se você não crê na Palavra dEle, você não O teme; e se você não O teme, por conseguinte, você também não é bem-aventurado!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

sexta-feira, 19 de setembro de 2025

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0640 - PRAGAS QUE REVELAM CARÁTER!

 


Derramou o quinto a sua taça sobre o trono da besta, cujo reino se tornou em trevas, e os homens remordiam a língua por causa da dor que sentiam e blasfemaram o Deus do céu por causa das angústias e das úlceras que sofriam; e não se arrependeram de suas obras” (Ap 16.10,11).


De vez em quando, na história, Deus Se utilizou de algumas pragas para executar Seu juízo, ainda que fosse temporário, apenas para uma determinada ocasião. Nessas ocasiões, as pessoas tiveram reações diferentes diante da manifestação da ira de Deus. Vejamos alguns exemplos que essas pessoas nos deixaram.

O primeiro exemplo é encontrado em Faraó. Este rei e sua terra receberam de Deus pragas terríveis, que foram amostra clara do poder de Deus contra os deuses do Egito, bem como sobre a opressão que o povo de Deus sofria. Entretanto, a reação de Faraó diante das pragas foi uma reação de falso arrependimento. Ele aparentava uma piedade, mas somente até que a praga fosse embora (Êx 8.8,25,28; 9.27,28; 10.16,17).

O segundo exemplo temos em Davi. Diante de uma praga que atingiu o povo de Israel por causa de seu pecado de enumerar o povo para que se exaltasse o seu coração, o rei se humilhou diante de Deus, confessou seu pecado, ofereceu sacrifícios ao Senhor e o nosso Deus fez cessar a praga (2Sm 24.10,17,25).

O terceiro exemplo pode ser visto nos homens dos últimos dias. De acordo com Ap 9.20,21: “Os outros homens, aqueles que não foram mortos por esses flagelos, não se arrependeram das obras das suas mãos, deixando de adorar os demônios e os ídolos de ouro, de prata, de cobre, de pedra e de pau, que nem podem ver, nem ouvir, nem andar; nem ainda se arrependeram dos seus assassínios, nem das suas feitiçarias, nem da sua prostituição, nem dos seus furtos”. Temos a mesma situação em Ap 16.9-11.

Ainda hoje encontramos os três modelos em nosso meio. Há pessoas que sentem o peso da praga, mas seu arrependimento é temporário, é apenas um remorso, um pesar de possivelmente não estar agradando a Deus, mas que logo mais, Deus estará em paz com a humanidade novamente.

Há outros que, como o rei Davi, sentem o peso da praga, mas, além disso, sentem também o peso do pecado. Esta é a posição dos verdadeiros convertidos. Mesmo já transformados pelo Senhor, devemos sentir realmente o peso do pecado, confessá-lo e pedir, suplicar a misericórdia de Deus.

Porém, infelizmente, não só no mundo, mas também dentro da igreja, há os que se posicionam como juízes de Deus, querendo condenar as ações do Todo-Poderoso! Sofrem a praga, mas não sentem o peso do pecado. Acusam Deus, blasfemam dEle e não se arrependem, como lemos em Apocalipse.

Se for perguntado a que grupo pertencemos, logo diremos que somos da ala do rei Davi. Entretanto, ao fim desta praga, nós haveremos de ver poucos realmente arrependidos. Desde já, temos visto muitos como Faraó, que se arrependem da boca para fora, só até o problema passar. Vemos também muitos que já estão questionando a Deus e, de forma tão incisiva, que daqui a pouco estarão blasfemando. Às vezes, as pragas revelam o caráter da humanidade.

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

quarta-feira, 17 de setembro de 2025

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0639 - ONDE ESTÁ A INFLUÊNCIA DA IGREJA?

 


Ninguém há que clame pela justiça, ninguém que compareça em juízo pela verdade; confiam no que é nulo e andam falando mentiras; concebem o mal e dão à luz a iniquidade” (Is 59.4).


Geralmente usamos o texto de Isaías 59, logo nos dois primeiros versículos, para falar aos pecadores que eles estão impedidos de ser aceitos por Deus por causa de seus pecados. Mas, tanto o contexto anterior, como o posterior, nos mostram que Isaías se refere ao povo de Deus! Ele estava fazendo menção aos terríveis pecados do povo de Deus, os quais ele passa a descrever nos próximos versículos.

Imagine em nossos dias, crentes com suas mãos manchadas de sangue (vs. 3,7)! Embora não consigamos conceber algo tão trágico, todavia, há sim, muitos casos em que, infelizmente, pessoas pertencentes ao reino de Deus com suas mãos sujas de sangue.

Seja por assassinato direto, seja por “encomenda”, seja por furtar o direito à saúde de alguém, como médicos crentes que deixam de prestar um atendimento digno, permitindo ser ceifada uma vida, por exemplo, seja por administradores públicos que participam de propinas que envolvem dinheiro da saúde, levando assim, milhares à morte pela falta de atendimento adequado, seja pelo simples ódio no coração contra alguém, enfim, não podemos negar que há muitas mãos ou mentes na igreja contaminadas do sangue do seu próximo!

A falta de clamor pela justiça a que o profeta se refere (v. 4) não é quando os defensores do “evangelho social” falam da pobreza e da gritante desigualdade. Aliás, sobre isso, todas as igrejas clamam. A questão temerária é que esse clamor não seja realmente pela justiça! Muitos clamam somente quando a vítima é ele mesmo ou alguém de sua família. Outros clamam para serem vistos pelos demais homens como piedosos. Ainda outros clamam para que Deus os veja como dignos do céu!

Muitos crentes também não comparecem em juízo pela verdade. Muitos vão a tribunais da justiça trabalhista para mentir, a fim de ganharem alguma causa contra a empresa, chamam testemunhas que não viram nada, inclusive crentes, que aceitam participar desse jogo sujo! O profeta denuncia também a confiança dos crentes no que é nulo... Isso realmente é uma vergonha para o povo de Deus!

Confiam em ideologias, em partidos políticos, em promessas de campanhas, em pregadores falsos, em riquezas imaginárias, confiam em homens, nos patrões, confiam no dinheiro, no emprego, outros em jogos, nos seus diplomas, menos no Senhor! O próprio povo de Deus anda com a mentira na boca!

Imagine uma igreja que se encaixa tristemente no v. 9: “esperamos pela luz, e eis que há só trevas; pelo resplendor, mas andamos na escuridão”... Lastimável! Igrejas, que deveriam ser luz na sociedade, muitas delas têm sido mais escuras e tenebrosas do que o próprio mundo! A igreja, que Paulo disse que é “coluna e baluarte da verdade” (1Tm 3.15), faz “a verdade andar tropeçando pelas praças, e a retidão não poder entrar” (v. 14).

Tomara que a igreja do Senhor escute a voz do cap. 60: “Levanta-te, resplandece”! A mesma que Paulo diz em Ef 5.14: “Desperta, ó tu que dormes, levanta-te de entre os mortos, e Cristo te iluminará”!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

terça-feira, 16 de setembro de 2025

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0638 - CRISTO À DIREITA DO PAI

 


O Filho... depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade, nas alturas” (Hb 1.3 – NAA).


Na antiguidade, o conceito sobre o significado da mão direita era muito importante e designava um sentido figurado de privilégio, poder e primazia. Em geral, a mão esquerda era usada para propósitos higiênicos, o que lhe deixava em posição menos prezada do que a mão direita. Também pelo fato de a maioria das pessoas serem destras, a mão direita tomou um sentido figurado de poder e trabalho. Estar assentado à direita de alguém poderoso significava uma posição da mais alta honra existente.

Os autores bíblicos do NT sempre ressaltaram o fato de Jesus Cristo ter Se assentado à direita do Deus Todo-Poderoso. Esse era um ponto imprescindível na pregação dos apóstolos (At 2.33; 5.31; etc.). Aliás, um ponto quase por completo esquecido nas pregações atuais.

O autor aos Hebreus, como lemos, destaca que Jesus foi exaltado à direita do Pai “depois de ter feito a purificação dos pecados”, ou seja, ele quer demonstrar essa exaltação como uma recompensa. O Pai colocou Jesus à Sua destra somente depois que Ele fez a purificação dos pecados. Esse é um ponto necessário ao raciocínio teológico.

Jesus é Deus eterno, mas não foi eternamente homem. Portanto, Ele vivia com o Pai e o Santo Espírito por toda a eternidade, mas somente como Deus. Entretanto, o propósito eterno era que Ele Se fizesse homem e, ao fazê-lo, deveria despojar-Se de Sua glória e assumir as limitações próprias da humanidade. Porém, além disso, nosso Salvador Se humilhou muito mais, pois viveu pobre, foi homem de dores, sofreu rejeição, suplícios e, finalmente, a morte e a sepultura!

Ali na morte foi que Ele fez a purificação dos nossos pecados. Toda Sua humilhação foi necessária para que Ele descesse ao mais baixo nível, a fim de salvar o mais abominável pecador! Nosso Senhor passou Seu último estágio de humilhação no túmulo. Foi dali que Seu Pai O ressuscitou e O glorificou! Mas não somente isto. Deus também O elevou ao céu e O fez assentar-Se à Sua direita!

Agora sim, Jesus foi elevado, foi exaltado pelo próprio Deus. Como não há ninguém maior que Deus, a exaltação de Jesus foi a maior de todas e jamais poderá ser igualada ou superada! Se Jesus não Se tivesse feito homem, Ele jamais seria exaltado. Para ser exaltado, Ele teve que Se humilhar. Por isso que a doutrina da destra de Deus é importante.

Paulo diz que Deus exaltou Seu Filho “para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai” (Fp 2.10,11). Todos O adorariam mesmo se Ele não fosse exaltado. No entanto, todos deverão se curvar diante dEle porque, além de já ser Deus, Se fez homem e o próprio Deus O exaltou à mais alta posição de honra que jamais alguém poderá conhecer no universo para sempre! Será inquestionável a exaltação de Jesus. E todos reconhecerão isto, ao olharem para Ele à direita do Pai!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0637 - COMO SER ACEITÁVEL A DEUS



Exercitar justiça e juízo é mais aceitável ao Senhor do que sacrifício” (Pv 21.3).


A ideia de justiça no AT é bem diferente daquela como a conhecemos pelas cartas do apóstolo Paulo. No AT, exercitar justiça era viver de acordo com a lei de Deus, era um caminhar de forma reta e agradável a Deus, correspondendo àquilo que é justo.

Entretanto, como sabemos, por mais que o homem viva retamente, ainda que ele seja temente a Deus, sua vida não é uma vida realmente pura. Diante de Deus, até a pureza dos anjos ainda é embaçada! E o homem, quando ele não consegue atingir a perfeição exigida pela própria justiça de Deus, então, ele tenta sacrificar!

Aqui a coisa se torna mais difícil. O sábio disse que para Deus é muito melhor uma vida que exerce justiça do que alguém que tenta fazer um sacrifício. Como ninguém pode ser justo aos padrões de Deus, então sacrificar não vai resolver essa questão. No fim das contas, nem por sua própria justiça, nem por meio de seu próprio sacrifício, o ser humano poderá agradar a Deus.

Para resolver definitivamente essa questão, Deus enviou Seu Filho. Jesus é a oferta de Deus, o sacrifício que Ele providenciou em nosso lugar, uma vez que não aceita o sacrifício que vem do homem. Jesus viveu a vida de maneira completamente justa como homem algum jamais viveu. Assim, somente Ele agradou a Deus nos dois aspectos, tanto na Sua vida justa, como em Sua morte sacrificial.

O meio pelo qual Deus nos aceita como justos, parecidos com Cristo, é pela fé. Mas não é acreditar somente. Há muitas coisas em que nós acreditamos, muitas pessoas em quem acreditamos, porém, elas não fazem a menor diferença em nossas vidas.

Crer em Cristo é, primeiramente, nos achegarmos a Ele completamente desprovidos de nossos recursos e desempenhos e, consequentemente, nos assegurarmos de tudo o que somente Ele fez. É reconhecer que somente as obras de Cristo agradaram a Deus e não as nossas. Crer nEle é dizer a Deus que reconhecemos que dependemos somente do que Cristo fez, pois, o que nós fizemos e fazemos jamais poderá agradar a Deus.

Porém, uma vez confiando em Cristo, recebendo pela fé os benefícios de Seu sacrifício por nós, então, a partir de agora, nós também iremos exercitar justiça e juízo e, além disso, teremos certeza de que Deus aceitará. Paulo disse a Tito: “Fiel é esta palavra, e quero que, no tocante a estas coisas, faças afirmação, confiadamente, para que os que têm crido em Deus sejam solícitos na prática de boas obras. Estas coisas são excelentes e proveitosas aos homens” (Tt 3.8). No v. 5, ele diz que não foi por causa de nossas obras, mas agora ele diz que uma vez salvos, devemos fazer as boas obras.

Portanto, não tente substituir sua fé em Cristo por sacrifícios. Deus não Se impressiona com nenhum deles, por mais sofredor que seja. Também não tente viver baseado em sua própria justiça, mas unicamente na justiça dAquele que nunca pecou. Esse sim, agradou a Deus, tanto na vida (justiça), como na morte (sacrifício) e é por meio da fé nEle que você será aceitável a Deus.

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

segunda-feira, 15 de setembro de 2025

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0636 - FUGITIVOS DE DEUS

 


Caim então disse ao Senhor: “Esse castigo é pesado demais para mim. Hoje me expulsas desta terra que tenho cultivado, e terei de me esconder da tua face. Serei um fugitivo errante pela terra, e qualquer pessoa que me encontrar vai querer me matar!” (Gn 4.13,14 – NBV).


Depois que Caim matou seu irmão, Deus lhe deu uma sentença terrível. A sentença está no v. 11, que diz: “Por isso você será amaldiçoado nessa terra manchada pelo sangue dele”. As demais coisas seriam apenas consequências. Mas Caim achou muito pesado seu castigo diante do Senhor. Para ele, ser um fugitivo e ameaçado de morte por quem o encontrasse, era pior do que a verdadeira sentença: ser maldito diante do Senhor!

Os fugitivos de Deus são assim. Eles não se preocupam com seus crimes e pecados. Eles apenas acham pesadas demais as consequências. Certamente, se os homens soubessem que suas ações malévolas não teriam consequências, eles as cometeriam sem nenhum receio.

Na história desse primeiro assassino, Deus ainda estendeu sobre ele Sua proteção, dando-lhe “um sinal de identificação, para impedir que fosse morto por alguém que o encontrasse” (v. 15 – NBV). Assim também hoje, Deus estende Sua mão de misericórdia, restringindo a maldade dos homens, ainda que eles mereçam se consumir entre si! Deus retém a maldade do coração do homem, seja por um pouco de consciência ou por ameaça da punição da lei.

Mas, esta proteção de Deus sobre Caim fez com que ele se voltasse para Deus? De modo nenhum! O v. 16 diz que “assim Caim afastou-se da presença do Senhor”. Os fugitivos de Deus hão de preferir seus próprios pecados, hão de se esbaldar em suas iniquidades, mas jamais hão de desejar se aproximarem de Deus!

O grande erro de Caim, que ele acumulou sobre outros pecados já dantes cometidos, foi também o de fugir do Único que conseguia ver todos seus atos e ler todos seus pensamentos! Para matar seu irmão Abel, ele teve que convidá-lo para o campo (v. 8), o que prova que eles já tinham muitos irmãos e irmãs quando o crime aconteceu; senão, qual a razão de Caim tê-lo chamado para um lugar deserto?

Porém, mesmo o homicídio tendo ocorrido às ocultas, Caim não pôde se ocultar dAquele que tudo vê! Ele temia mais que alguém o matasse do que o castigo eterno que terá de sofrer com o próprio Deus lhe castigando eternamente!

Assim são os fugitivos de Deus. Eles têm medo que outros vejam seus pecados, mas não têm medo dAquele que vê todas as coisas e sonda os corações. Eles preferem viver o resto miserável de suas vidas terrenas fugindo do Único que pode perdoá-los, desconhecendo a eterna consequência que lhes aguarda no inferno!

Ah, se os fugitivos de Deus soubessem que há um lugar para onde poderiam fugir em segurança! Eles correriam para a cruz! Ali mesmo, onde o Filho de Deus foi cravado! Ali, onde Seu precioso sangue construiu uma cidade-refúgio para todos os que nEle creem! Ali, Deus não poderá mais puni-los, pois o Seu Filho assumiu o castigo em nosso lugar e foi isso que nos trouxe a paz com Deus. Caim só poderia ser limpo do sangue de Abel, se ele se prostrasse debaixo do sangue do Cordeiro de Deus!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

quinta-feira, 11 de setembro de 2025

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0635 - DE ESTRANGEIRA A ESPOSA

 


Então, disse Boaz a Rute: Ouve, filha minha, não vás colher em outro campo, nem tampouco passes daqui; porém aqui ficarás com as minhas servas” (Rt 2.8).


Por um período de tempo em que na época dos juízes em Israel houve fome na terra de Belém, Noemi, seu esposo e seus dois filhos foram peregrinar na terra de Moabe. Ali, seus dois filhos se casaram, mas ela perdeu o seu marido. Depois de viúva, Noemi também perdeu seus dois filhos. Suas noras ficaram viúvas como ela.

Havendo acabado a fome em Belém, ela decidiu voltar para sua terra, despedindo de si as suas noras. Entretanto, uma delas, chamada Rute, não aceitou separar-se de sua sogra. Rute foi para a terra de Belém e lá ela conheceu um homem bondoso, chamado Boaz. Mais tarde ela seria tomada por sua esposa; seria a bisavó do rei Davi e, maravilhosamente, Mateus a inclui na genealogia do nosso Salvador (Mt 1.5).

Episódios dessa natureza, às vezes, são vistos pelos leitores da Bíblia como uma história comum. Porém, a mão de Deus agindo por meio de circunstâncias maléficas é impressionante! Quem poderia conceber que Deus enviaria fome sobre a terra de Seu próprio povo, a fim de salvar uma estrangeira? Isso estava completamente fora do pensamento do povo de Israel e, por vezes, fora também do pensamento da igreja.

Deus queria salvar a moabita Rute e, por isso, enviou fome sobre Belém, enviou a família de Noemi para lá, fez com que o filho dela se encontrasse com Rute e com ela se casasse, ceifou a vida de seu marido, bem como dos seus dois filhos e, na hora em que ela resolveu voltar para sua terra, Deus moveu o coração de Rute para que não a deixasse de modo algum!

Ali no campo de Boaz, Rute foi tratada como mais tarde Jesus nos trataria. Nós também não éramos povo (1Pe 2.10). Nós estávamos separados de Cristo, da comunidade de Israel, sem esperança e sem Deus no mundo (Ef 2.12). Mas assim como Boaz disse à Rute que não fosse colher em outro campo, assim Jesus não nos deixou colher os frutos de nossos pecados; assim como Boaz disse à Rute que ficasse com suas demais servas, assim nosso Deus também nos trouxe para a comunidade dos salvos; assim como ela beberia da mesma água que os servos quando estivesse sedenta, assim também Jesus nos trouxe a água viva que mata a nossa sede!

Rute reconheceu que não tinha nem mesmo o mérito de ser chamada como uma das servas de Boaz, mas por fim, veio a ser sua esposa! Nós também, como o filho pródigo, pensávamos que não poderíamos ser recebidos por Deus como filhos e sim como algum de seus trabalhadores. No entanto, fomos feitos filhos de Deus quando cremos em Jesus (Jo 1.12); fomos adornados como esposa para o seu marido, a fim de nos encontrarmos com o nosso Amado nas Bodas do Cordeiro (Ap 19.7).

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

quarta-feira, 10 de setembro de 2025

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0634 - QUATRO POSTURAS NA COMUNHÃO


Ora, a mensagem que, da parte dele, temos ouvido e vos anunciamos é esta: que Deus é luz, e não há nele treva nenhuma” (1Jo 1.5).


A comunhão com Deus é algo muito profundo. Na verdade é um presente de Deus para nós, uma vez que o pecado rompeu com a relação que o homem tinha com seu Criador. Aqui nessa introdução à sua carta, o apóstolo João coloca 4 posturas que definem nossa comunhão.

A primeira é a postura do próprio Deus. O apóstolo diz que Deus é luz. Esta qualidade de Deus fala de Sua pureza e impecabilidade. Além disso, do fato de Deus ser puro em Si mesmo, Ele também ilumina a tudo que existe. Não há coisa alguma que possa ficar encoberta diante dos olhos do Senhor (Hb 4.13).

A segunda postura é a do que diz que tem comunhão com Deus, mas anda em trevas (v. 6). Pelo contexto (v. 7), andar em trevas significa andar em pecado. Não quer dizer uma pessoa impecável, pois só Deus é assim, como vimos que Ele é luz. Mas o apóstolo está dizendo sobre uma pessoa que diz ter comunhão com este Deus que é puro, mas o resultado de sua comunhão não é a santidade. Então isso é mentira, diz o apóstolo João. Não se pode estar ligado a Deus e não sofrer Sua influência purificadora.

A terceira postura é da comunhão mútua (v. 7). Se andarmos na luz, isto é, sob a direção da santidade de Deus. Porém, veja o resultado: não é que teremos comunhão com Deus, embora a tenhamos também. Entretanto, João destaca a comunhão mútua! Veja o contraste: alguém diz que tem comunhão com Deus e anda nas trevas. Esse tal é mentiroso. Já quem anda de fato na luz terá comunhão com seus irmãos. Em 2.10, ele diz que quem ama a seu irmão permanece na luz e sem tropeço! Foi isso que Jesus ensinou. Que seremos Seus discípulos, se tivermos amor não a Ele, embora isso também, mas primordialmente uns aos outros (Jo 13.35).

A quarta postura é a do Filho de Deus. Ele está aqui também no v. 7. Sobre aqueles que andam na luz, o Filho de Deus Se encarrega de derramar sobre eles o Seu precioso sangue, que os purifica de todo pecado! Isso é maravilhoso! Não há quem seja purificado pelo sangue do Filho de Deus que viva afastado da comunhão com seus irmãos. Isso é contrassenso! No v. 3, o apóstolo havia dito: “O que temos visto e ouvido anunciamos também a vós outros, para que vós, igualmente, mantenhais comunhão conosco. Ora, a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo”.

Lembremo-nos sempre de que fomos resgatados para a comunhão. Mas não apenas uma comunhão individual com Deus, embora ela também exista. Mas em toda a carta, o apóstolo João enfatiza a necessidade que temos uns dos outros. Valorize a comunhão com seus irmãos em Cristo. O apóstolo do amor vai dizer mais tarde: “Ora, temos, da parte dele, este mandamento: que aquele que ama a Deus ame também a seu irmão” (4.21).

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

terça-feira, 9 de setembro de 2025

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0633 - MURMURANDO CONTRA A VERDADE

 


Respondeu-lhes Jesus: Não murmureis entre vós. Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia” (Jo 6.43,44).


Parece novidade, mas a murmuração contra as palavras da verdade não é coisa nova. Claro que hoje, em um mundo hipocritamente polido, onde você é “livre” para se expressar, desde que expresse a cartilha da ideologia globalista, quando você pronuncia as palavras de Jesus Cristo, você se torna ofensivo para esta sociedade maligna. Mas isto não é prerrogativa exclusiva da nossa geração. Já era assim nos tempos de nosso Mestre.

O discurso de Jesus àquela multidão que O procurou apenas por ter se fartado dos pães e peixes que Ele multiplicara, foi um discurso ofensivo, pois, de início, nosso Senhor já os desmascarou: “Em verdade, em verdade vos digo: vós me procurais, não porque vistes sinais, mas porque comestes dos pães e vos fartastes” (v. 26). Se hoje, um pregador disser isso para as multidões, obviamente que será também considerado um ofensor.

Quando Jesus disse que era o Pão da Vida, aqueles homens começaram a murmurar por causa desta palavra (v. 41). No v. 42, eles disseram que conheciam a família terrena de Jesus, essas coisas, e se escandalizaram porque Ele havia dito: “Desci do céu”. Agora, Jesus esclarece que a murmuração procedente deles era somente por um motivo, a saber, ninguém podia vir a Cristo se o Pai não o trouxesse (v. 44)! Os demais só vão murmurar.

Se você considera qualquer palavra boa, com toda certeza se sentirá ofendido quando ouvir a verdade! Se, ao ouvir a verdade, sua reação for murmurar, achar ruim, então, todos os indicativos são de que o Pai não está trazendo você a Cristo! Isso é muito pior do que seu blá blá blá. Reclamar da verdade da Palavra é sinal de que há uma rejeição de Deus contra você. E a insistência nessa resistência é a condenação!

Por outro lado, o contrário de reclamar da verdade, é se humilhar perante ela. Quando você ouve a verdade da Palavra e isso lhe leva à humilhação, ao quebrantamento, à vergonha e ao reconhecimento da necessidade de ser salvo, então o Pai está lhe conduzindo a Cristo! Aparentemente, diante dos homens, isso é humilhante e ridículo, mas diante de Deus é o despir-se das roupas imundas do pecado e aproximar-se vazio e falido diante do Salvador! A este, Jesus diz que o ressuscitará no último dia!

Observe a diferença entre a resposta dos demais discípulos e a de Pedro. Enquanto muitos discípulos da multidão disseram: “Duro é este discurso; quem o pode ouvir?” (v. 60), Pedro disse: “Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras da vida eterna; e nós temos crido e conhecido que tu és o Santo de Deus” (v. 68). E você? É desse que, quando ouve a verdade, fica incomodado e murmurando? Ou reconhece que a Palavra da Verdade é a única que salva?

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

segunda-feira, 8 de setembro de 2025

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0632 - O VALOR DA PALAVRA DE DEUS PARA JESUS

 


Naquele momento, disse Jesus às multidões: Saístes com espadas e porretes para prender-me, como a um salteador? Todos os dias, no templo, eu me assentava [convosco] ensinando, e não me prendestes. Tudo isto, porém, aconteceu para que se cumprissem as Escrituras dos profetas. Então, os discípulos todos, deixando-o, fugiram” (Mt 26.55,56).


Na noite da prisão de Jesus no Jardim das Oliveiras, algumas falas do nosso Mestre nos revelam que era inevitável que as Escrituras se cumprissem acerca de Seu destino mortal aqui na terra. Depois de terem ceado, Jesus foi com Seus discípulos para o Monte das Oliveiras e disse a eles que todos eles O abandonariam e, então, enfatizou: “porque está escrito” (v. 31). Vemos que o abandono que Ele sofreria era inevitável, mesmo que Pedro jurasse que não O haveria de deixar. Pedro não podia frustrar as Escrituras!

Outra demonstração da inevitabilidade de Sua morte está no contexto de Sua oração. Ele pedia ao Pai que “se possível” passasse dEle aquele cálice (v. 39)! No entanto, quando viu que não era possível, Ele assentiu: “Se não é possível... faça-se a Tua vontade” (v. 42).

A próxima amostra foi no momento em que Pedro sacou de sua espada para tentar defender Jesus da prisão (v. 51). Jesus disse a Pedro, além de outras coisas, que havia mais de 12 legiões de anjos disponíveis para Ele, se Ele quisesse (v. 53)! Mas a questão era: “Como, pois, se cumpririam as Escrituras, segundo as quais assim deve suceder?” (v. 54).

A última prova foi mostrada para as pessoas que vieram prendê-lo. Jesus disse a eles que esteve todos os dias no templo, ensinando, e eles não O prenderam. Por que vir agora com porretes e espadas, como se Ele fosse um malfeitor (v. 55)? Jesus está dizendo que Ele é Quem estava Se entregando e não os homens que estavam Lhe prendendo! E isto para que se cumprissem as Escrituras (v. 56)!

Tanto o abandono que Ele sofreria de Seus discípulos, como o fato de ser impossível passar o cálice sem que Ele bebesse, a ordem que deu a Pedro de guardar sua espada e também dizer aos soldados que estavam Lhe prendendo porque Ele queria, tudo isso mostrava uma coisa: Jesus totalmente consciente da infalibilidade da Palavra de Deus e completamente submisso a ela!

Percebe a enorme diferença entre Jesus e nós? Ele, sendo a Palavra, o Verbo de Deus, submeteu-Se completamente àquilo que estava escrito, para que a vontade do Pai se cumprisse! Nós, por outro lado, inúmeras vezes nos rebelamos contra a Palavra, não nos submetemos a ela e ainda há alguns que pensam que mesmo assim estão fazendo a vontade de Deus!

Foi por isso que Deus Pai exaltou Seu Filho soberanamente (Fp 2.9). Foi porque Ele Se submeteu sem reserva, sem vírgula, sem nota de rodapé, sem observações extras à Palavra de Deus! Hoje, muitos crentes desobedientes à Bíblia, ainda gritam por aí que serão um dia exaltados por Deus...

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0631 - JESUS É A PROVISÃO DE DEUS PARA NÓS

 


Abraão respondeu: Deus proverá para si o cordeiro para o holocausto, meu filho” (Gn 22.8).


A história do sacrifício de Abraão, sem dúvida, é uma das mais impressionantes da Bíblia. Temos ali uma ordem estranha de Deus, tanto no sentido moral (sacrificar o filho), como na fidelidade – havia uma promessa acerca do rapaz e, morto, ela não haveria de se cumprir.

Temos um rapaz obediente, embora ingênuo acerca do que estava acontecendo. Acompanhou seu pai por uma trilha de morte, sem saber que estava marcado para ela. Rompeu o silêncio, perguntando onde estava o cordeiro para o holocausto naquela adoração, mal sabendo que era ele mesmo.

Por outro lado, temos o velho patriarca, um homem experiente com Deus, cheio de fé e não mais titubeante! Agora ele conhecia a Deus, as promessas dEle haviam se cumprido todas, com toda certeza, essa não iria falhar.

Então, sua atitude foi de extrema confiança. O texto de Gn 22 não nos dá o menor indício de reticência em Abraão! Diante do chamado de Deus, a resposta foi “Eis-me aqui” (v. 1). Diante da ordem de Deus, mesmo em silêncio, o velho profeta foi completamente obediente (v. 3).

Sua convicção marcou o monte inteiro com a frase que disse a seus servos: “Eu e o rapaz iremos até lá e, depois de termos adorado, voltaremos para junto de vocês” (v. 5). O que levava este homem a ter certeza de que voltaria com o rapaz depois da adoração? Com certeza não falava do jovem morto, pois o holocausto envolvia não só sacrificar, mas também queimar até virar cinzas! E sobre a pergunta do filho? A resposta ressoa até hoje: “Deus proverá para si o cordeiro para o holocausto, meu filho” (v. 8).

Percebe que não havia hesitação? Assim como a ordem de Deus foi surpresa, a resolução deste homem foi determinada! Não existe no texto uma só palavra que pelo menos sugira que ele titubeou! Amarrou o menino, colocando-o sobre o altar e pegou a faca para sacrificá-lo (vs. 9,10). Resultado: Deus impediu tudo aquilo!

“Oh! Abraão... Você não pode fazer aquilo que Eu farei um dia! Esse sacrifício pertence a Mim! Eu é que oferecerei Meu Filho em favor dos pecadores! Olhe para trás de vocês e veja um carneiro que substituirá seu filho. Você creu que Eu proveria o animal para a adoração e você acertou! Podem ambos Me adorar, sacrificando o carneiro substituto e voltem para casa”.

 

O autor aos Hebreus diz que Abraão tinha tanta fé, que ele chegava a crer que, mesmo sacrificando seu filho e o queimando, daquelas cinzas, Deus o ressuscitaria, pois não podia falhar com Sua promessa (Hb 11.19)! Diz também que figuradamente ele ressuscitou, uma vez que não morreu literalmente...

Mal sabia Abraão que Deus tomaria aquela faca de sua mão e então 2.000 anos depois golpearia mortal e literalmente Seu próprio Filho na cruz! Não havia ninguém para bradar: “Não faça isso”! E Ele O ofereceu! Não foi o homem que ofereceu a Deus sua oferta, mas Deus a ofereceu ao homem! Realizada Sua obra, Jesus então ressuscitou! Ele, Jesus, o Cordeiro, é a Provisão de Deus para nós!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

sábado, 6 de setembro de 2025

ESTUDO EM ÁUDIO | OS EVANGELHOS NOS PATRIARCAS E PROFETAS



Nesse estudo, começamos a falar sobre o atributo do amor de Deus, mas depois entramos em outro assunto, que se tornou necessário para a compreensão da igreja. É a respeito da compreensão que os patriarcas e profetas tinham do evangelho de nosso Senhor Jesus. Já faz um ano e eu não havia publicado. Vale a pena ouvir.

https://www.mediafire.com/file/v2a6f1un3i3u45a/O+evangelho+nos+patriarcas.mp3/file

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

quinta-feira, 4 de setembro de 2025

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0630 - SINAIS NÃO SALVAM, REVELAÇÃO SIM!

 


Então os fariseus e os saduceus aproximaram-se dele para colocá-lo à prova. E pediram-lhe que lhes mostrasse algum sinal do céu” (Mt 16.1 – A21).


Saduceus e fariseus eram duas seitas judaicas muito distintas entre si, devido a diferenças teológicas, religiosas e políticas. Fariseus acreditavam em ressurreição, em anjos, consideravam toda a TANACH (todo o AT) e não se metiam em política; já os saduceus eram extremamente politiqueiros, não acreditavam na doutrina dos anjos nem na ressurreição; consideravam apenas a Torah (o que chamamos de Pentateuco).

Porém, na hora de se oporem a Jesus, eles se uniram, pareciam uma só classe... De fato, é isso que o engano de toda espécie tem em comum: todos eles se unem contra Cristo. Eles se juntaram para colocar nosso Senhor à prova. Eles queriam de Jesus um sinal do céu que confirmasse que Ele era o Cristo. Nada diferente dos que hoje também vivem tentando a Deus, pedindo um sinal, isto é, o sinal tem que ser sempre aquilo que esses opositores querem ver.

Tão real é isto, que Jesus lhes respondeu, mostrando que eles eram experts em distinguir sinais meteorológicos, mas eram incapazes de discernir os sinais que mostravam que Jesus é o Cristo de Deus (vs. 2,3). Por aqui se vê que realmente eles queriam sinais que estivessem dentro de suas conveniências e não os sinais que Deus queria mostrar. Isso não lhes interessava.

Entretanto, devemos entender que sinais não convertem pessoas. Jesus os chamou de “geração má e adúltera” (v. 4). Eles não seriam convertidos de maneira nenhuma, seja lá por que sinais fossem. Aliás, o sinal que Jesus deixou a eles (o de Jonas), era mais um sinal de condenação do que de outra coisa. Afinal, uma cidade pagã, sem conhecimento algum de Deus se converteu inteiramente pela pregação deste profeta, enquanto religiosos judeus, conhecedores da lei de Deus, rejeitaram o próprio Filho de Deus!

Mas se os sinais não salvam, o que é que realmente salva? O que é que leva uma pessoa a reconhecer que Jesus é o Cristo? A resposta está no v. 17. Quando Pedro confessa que esse Jesus é o Cristo de Deus, Jesus lhe responde, chamando-lhe “bem-aventurado”, porque esta revelação que salva, Pedro não havia recebido de “carne e sangue” (ou seja, de homem algum), mas o “Pai, que está no céu” foi Quem o revelou!

Sendo assim, salvação vem por revelação e não por sinais. Se o Pai de nosso Senhor Jesus não revelar a você que Ele é o Cristo dEle, você viverá cercado de sinais, porém, completamente cego! Paulo disse: “Pois, enquanto os judeus pedem sinais, e os gregos buscam sabedoria, nós pregamos Cristo crucificado, que é motivo de escândalo para os judeus e absurdo para os gentios. Mas para os que foram chamados, tanto judeus como gregos, Cristo é poder de Deus e sabedoria de Deus” (1Co 1.22-24 – A21).

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

quarta-feira, 3 de setembro de 2025

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0629 - RETIREM SUAS MÁSCARAS DA FALSA FIRMEZA CRISTÃ!

 


Os que olham para ele ficarão radiantes; o rosto deles jamais se cobrirá de vexame” (Sl 34.5).


Vez por outra Deus submete Seu povo a certos acontecimentos que o levam a se conhecer melhor. Deus já nos conhece, mas nós temos, geralmente, um conceito deturpado de nós mesmos. Um desses conceitos é o de superestimação. Às vezes nos consideramos bem acima do que somos e de onde realmente estamos. Então, alguns eventos são enviados por Deus para nos colocar de volta em nosso lugar.

Nas situações de bonança ficamos superestimados. Quando tudo vai bem, consideramo-nos firmes em Cristo e com fé inabalável. A maioria de nós faz como disse Tiago: “Alguém está alegre? Cante louvores” (Tg 5.13b). De fato, nas últimas décadas do cristianismo brasileiro, uma onda de louvor movimentou as igrejas, levando pessoas a momentos de êxtase, euforia, fascínio e uma firmeza cristã imaginária.

Outra opinião exagerada que veio sobre nós foi a de que somos grandes evangelistas. Houve também uma onda de “métodos” de crescimento de igreja, copiados de gringos e orientais, a ponto de muitas igrejas, antes comprometidas com o ensino verdadeiro, transigirem com esses métodos devido ao deslumbre do crescimento numérico. Isso também fez muitos pensarem acima do que realmente eram.

Atualmente, presenciamos uma nova moda: o coaching cristão... Veja que as pessoas não se cansam de buscar novos estilos para “melhorar” o evangelho! A moda agora é essa, você ouvir o que seu ego pede; palavras que te colocam para cima, idêntico ao mundo atual; elevação do homem em detrimento da glória de Deus, essas coisas absurdas para um crente verdadeiro (claro que normais para o mundo).

Porém, Deus está cumprindo Sua Palavra perante o mundo e muito daquilo em que as igrejas se apoiaram, está ruindo perante seus olhos. Adoradores, evangelistas, profetizadores, motivadores, líderes e liderados estão completamente perdidos diante da atual conjuntura mundial. Na situação de hoje, quantos já caíram de sua suposta firmeza?... Desistiram, vendo cair-lhes a máscara do coração (embora sejam obrigados a usar no rosto) e mostraram que não tinham estabilidade nenhuma. E agora? Como fica esse “cristianismo” desmascarado?

A bem da verdade, o verdadeiro cristianismo não pode ser desmascarado. Ele nunca usou máscara. Os fiéis servos de Cristo sempre foram transparentes, jamais negaram suas fraquezas, não se mostraram super-heróis, nunca fingiram que está tudo bem. Ainda, os fiéis servos de Cristo também nunca depositaram sua confiança nas modas de louvor, métodos de crescimento, palavras de determinação, motivação, stand ups, nem qualquer outro ilusionismo usado por muitas igrejas. Eles sempre se firmaram em uma só coisa: na Rocha da Palavra de Deus!

Mas aos que tiveram suas máscaras tiradas, ainda resta uma solução. Abandonem sua confiança nas estratégias humanas, voltem à simplicidade e autoridade da Palavra, se arrependam de suas técnicas e bajulações humanas e se voltem humilhados para Deus. Vocês experimentarão a maravilha do Salmo 34.5: “Os que olham para ele ficarão radiantes; o rosto deles jamais se cobrirá de vexame”.

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

terça-feira, 2 de setembro de 2025

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0628 - TEMOS OUVIDO AS PALAVRAS DOS PERVERSOS OU DOS JUSTOS?

 


As palavras do perverso são emboscada mortal, mas as palavras dos justos salvam vidas” (Pv 12.6 – NVT).


Há algumas décadas surgiu no meio cristão um ensino derivado da heresia da prosperidade, chamada “confissão positiva”. Em resumo, essa heresia diz que nossas palavras têm poder. Esse ensino veio da seita chamada Ciência Cristã, fundada por Mary Baker Eddy (1821 – 1910). Ela misturou filosofia de vida com cura mental e religião. Sobre as curas, a Sra. Mary ensinava que isso nada mais era do que sua mente que era fraca, pois se você pensar que não existe doença, então você experimentará a cura. Para ela, doença e pecado não existem. São apenas desvios mentais.

Infelizmente, essa bobagem entrou nos círculos cristãos e pegou raízes. Não é difícil ouvir nos encontros, reuniões e aconselhamentos essa frase, que nossas palavras têm poder. Mas isso não passa de uma deturpação do ensino das Escrituras. Eles querem comparar nossas palavras com as palavras de Deus e dizem, muitas vezes: “Se Deus fala e acontece, e você é imagem e semelhança de Deus, o que você falar, vai acontecer também”.

Mas, deixando de lado essas tolices por ora, voltemo-nos para o que a Bíblia diz. É óbvio que ninguém pode negar o poder influenciador das palavras sobre outras pessoas. A própria Mary Baker Eddy é um exemplo disso. Suas palavras tolas influenciaram multidões que seguem sua seita até hoje, inclusive, infelizmente, entrando no meio do cristianismo.

De fato, palavras não só no sentido religioso, podem fazer mal a multidões, como palavras de qualquer natureza. Quando elas são perversas, elas encontrarão ouvidos perversos para acharem ali pousada. Porém, o maior espanto é quando pessoas ingênuas, muitas vezes caracterizadas de crentes, ouvem as palavras ímpias e as confundem com palavras salvadoras! De fato, o maior problema não está na existência de palavras perversas, mas de ouvintes infantis.

Tais ouvintes, além de darem todo crédito indevido aos falastrões maldosos, ainda rejeitam com ódio as palavras dos justos. Mas são estas que salvam vidas. Porém, como eles vão saber? Como disse Paulo, seus ouvidos têm comichão, isto é, coceira (2Tm 4.3). Só querem ouvir o que lhes satisfaz e agrada. Entretanto, são emboscada mortal! Estão caminhando para a condenação sem se darem conta disso.

Enquanto isso, as palavras dos justos estão sendo desprezadas. Não é de se admirar. Jesus disse: “Quem aceita sua mensagem também me aceita, e quem os rejeita também me rejeita. E quem me rejeita também rejeita aquele que me enviou” (Lc 10.16).

Não se iludam, meus amigos. As palavras do homem não têm poder, porém, elas podem influenciar as mentes que não estão fundamentadas na Palavra de Deus. Ela é a única salvação que nós temos, tanto para nos livrar dos perversos agora, como para nos livrar da emboscada final! Você saberia dizer se as palavras que você tem ouvido são dos perversos ou dos justos?

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

segunda-feira, 1 de setembro de 2025

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0627 - O QUE NOSSAS DERROTAS TÊM A VER COM A SOBERANIA DE DEUS?

 


Por isso bem quisemos ir ter convosco, pelo menos eu, Paulo, uma e outra vez; mas Satanás nos impediu” (1Ts 2.18 – KJF).


Quando aprendemos sobre a doutrina da soberania divina, geralmente tentamos associar todas as escritas da Bíblia a esse ensino teológico e nos esquecemos de que os autores bíblicos não tinham essa intenção em tudo que escreviam. Doutrinas bíblicas são fundamentadas quando se juntam todas as partes do assunto em uma só para estudá-las e, assim, formar o dogma.

Mas quando se estuda tudo sobre um assunto, verifica-se que há outros entrelaçados a ele. E uma coisa que se percebe nos autores bíblicos é que nem sempre eles recorrem a um assunto quando estão falando de outro. Por exemplo, sabemos por alguns textos bíblicos que o homem só pode crer se ele nascer de novo. Mas nem sempre, quando se fala de “crer”, o autor bíblico vai recorrer ao novo nascimento. Por isso muitos confundem a ordem do que vem primeiro: crer ou nascer de novo.

No exemplo do nosso versículo, todos nós sabemos que a soberania de Deus rege todas as coisas, mas aqui, o apóstolo Paulo não quis recorrer a essa doutrina; simplesmente falou que Satanás os impediu de ir ver os tessalonicenses. Nossa tendência é ficar questionando: “mas como Satanás pode impedir o servo de Deus, se Deus está no controle”? Só que esses questionamentos não eram importantes para Paulo aqui. Ele estava falando apenas do poder de Satanás.

Quando estudamos sobre a soberania de Deus, vemos que Satanás só pode fazer aquilo que o Senhor determinar. Mas não era importante para Paulo salientar isso aqui nesse texto. É exatamente nisso que nós, muitas vezes, tropeçamos. Queremos enfatizar uma doutrina toda hora, mesmo onde ela não está sendo mencionada. Com isso, caímos no erro de desprezar os ardis de Satanás (2Co 2.11).

Paulo não disse que foi Deus que os impediu, embora uma e outra vez isso tivesse acontecido, quando Deus impediu Paulo de pregar o evangelho em duas cidades (At 16.6,7). Aqui, Paulo fala do impedimento provocado por Satanás. É óbvio que ele não desconsidera a soberania de Deus, mas aqui ele está tratando diretamente com uma oposição maligna. E é exatamente assim que Deus queria que Paulo considerasse.

Não é toda hora, quando um autor bíblico fala de um assunto, que ele vai citar outro que está relacionado. Isso é questão de perspectiva. Paulo não teria que lidar aqui com a soberania de Deus, como foi o caso do espinho na carne em 2Co 12.7. Aqui, ele teria que lidar com as forças de Satanás. Ele devia buscar sabedoria para essa batalha.

Muito embora Deus esteja no controle de todas as coisas, todavia, nem mesmo Deus deseja que sejamos relaxados. Muitas vezes Ele ordena que Satanás lute contra nós de muitas formas, a fim de nos despertar para o nosso dever da batalha espiritual. Mas, como fatalistas, muitas vezes deixamos Satanás pintar e bordar em cima de nós, nossas tarefas, nossa família, e ainda atribuímos nossas derrotas enganosamente à vontade de Deus.

Día tes písteos.

Pr. Cleilson