“Ou desprezas a
riqueza da sua bondade, e tolerância, e longanimidade, ignorando que a bondade
de Deus é que te conduz ao arrependimento?” (Rm 2.4).
O arrependimento diante de Deus é uma reação do homem, desencadeada por uma ação do Espírito Santo. Diante de Deus, ninguém pode se arrepender verdadeiramente se não houver um convencimento e uma transformação do Espírito sobre ele. Jesus disse que o Espírito, quando viesse, convenceria o mundo do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8).
Sobre o convencimento do Espírito há três classes: os que nunca ouviram o evangelho, portanto, não serão convencidos de nada, mesmo que sejam indesculpáveis mediante outras revelações de Deus; os que ouvem o evangelho, são convencidos de suas verdades, mas rejeitam sujeitar-se a elas; e os que ouvem o evangelho, são convencidos de suas verdades e se entregam a elas. Não existe aquela classe que não ouve o evangelho e se entrega, pois não há convencimento para quem não ouve a Palavra.
Ouvimos algumas pregações afirmando que o homem pode se arrepender se ele quiser. O erro desse tipo de fala são os verbos usados. Primeiro, o homem não pode se arrepender, embora ele deva se arrepender. Segundo, o querer do homem está sujeito ao querer de Deus. Seu arrependimento é uma reação à ação de Deus e não uma ação oriunda de si mesmo, à qual Deus reage, dando-lhe a salvação por isso. Se fosse assim, a salvação seria um pagamento e não graça. Deus estaria reconhecendo o esforço humano e, por isso, recompensando-o com a salvação. Jamais é esse o ensino bíblico.
A pergunta do apóstolo Paulo mostra que as pessoas que pensam assim, desprezam, isto é, têm baixa consideração sobre a riqueza da bondade de Deus (perceba o contraste entre “riqueza” e “desprezo”). Bondade aqui é a gentileza de Deus. Somadas a ela temos a tolerância, ou seja, a autocontenção de Deus (Ele não executa o juízo assim que alguém peca, ainda que este o mereça) e a longanimidade, a saber, a longa paciência com a qual Ele espera
Tais atributos divinos, diz Paulo, é que somam a riqueza da bondade de Deus, que leva o indivíduo ao arrependimento. Em outras palavras, jamais o homem pode arrepender-se por si mesmo de modo verdadeiro diante de Deus, pois em seu estado caído, lhe falta a soma destes favores.
Já aqueles sobre quem tais favores não são aplicados, Paulo
diz: “Mas, segundo a tua dureza e
coração impenitente, acumulas contra ti mesmo ira para o dia da ira e da
revelação do justo juízo de Deus” (v. 5). Ou seja, enquanto aquele que vem
ao arrependimento o faz segundo a riqueza da bondade de Deus, aquele que não
vem, assim procede segundo a dureza e impenitência de seu próprio coração! Não
existe arrependimento por conta própria. Ou o homem é trazido pela bondade de
Deus, ou perecerá em sua própria impiedade!
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
Muito excelente devocional
ResponderExcluirGlória a Deus pela Salvação.
ResponderExcluirAmém!
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