quarta-feira, 23 de julho de 2025

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0604 - PANTEÕES ELIMINADOS

 


Não seguireis outros deuses, os deuses dos povos que houver ao redor de vós” (Dt 6.14).


As nações antigas eram, em sua maioria, politeístas, isto é, adoravam vários deuses. Algumas delas respeitavam um deus acima de outros e entre esses outros havia uma certa hierarquia. Era o henoteísmo, ou seja, a adoração de um deus maior sem eliminar deuses abaixo dele.

Provavelmente, Melquisedeque era henoteísta, pela forma como ele chamou o Deus de Abrão – Deus Altíssimo (heb. El Elyon – Gn 14.19,20), talvez pensando que o Deus de Abrão fosse o maior entre outros deuses, por isso o nome “Altíssimo”. No v. 22, Abrão dá uma certa corrigida em Melquisedeque, chamando Deus pelo Seu nome Yahweh, mas não descarta o nome pelo qual Melquisedeque O havia chamado. Sem dúvida, Deus usa também este qualificativo para Se revelar a Seu povo (Sl 9.2; 47.2; etc.).

O próprio Jesus veio como “Filho do Altíssimo” (Lc 1.32), mostrando que outras religiões, por mais que desenhassem um filho para seu deus maior do panteão, jamais conheceriam verdadeiramente o Filho de Deus!

O Senhor nunca permitiu que Seu povo fosse como as outras nações. Eles nem poderiam ter vários deuses coiguais, como também não poderiam considerar outros deuses, mesmo que abaixo do verdadeiro Deus. O primeiro mandamento proíbe isso (Êx 20.3). Assim, temos Israel como a única nação no mundo que adorava um Deus somente!

O argumento de que Israel também adorou os deuses de outras nações não elimina a realidade do Deus único. A inclinação do coração do homem é má e o povo realmente não resistiu à tentação de ter outros deuses. Entretanto, o Deus verdadeiro que a eles Se revelou, também lhes deu leis com mandamentos, promessas e ameaças. Mandamentos obedecidos, promessas de bênçãos; mandamentos infringidos, ameaças de maldições. E foi exatamente o que aconteceu ao povo! Se Deus não existisse, o Seu povo não seria castigado, aliás, nem lei dada por Deus eles teriam.

Assim, a eliminação dos panteões no meio de Israel, é uma prova de que Deus existe e Se revelou realmente a esse povo. A tendência das nações era aumentar seus deuses. Israel, na contramão disso, só podia ter um! O desejo pecaminoso do povo era ter vários deuses, mas a realidade da existência e da revelação do único Deus verdadeiro a eles, os obrigou a servir apenas a um! Se Deus não existisse, Israel inventaria um panteão e o encheria de deuses, como as demais nações.

Um deus para cada coisa naquela época era moda e até supostamente vantajoso para as nações, entretanto, Deus Se revela a Seu povo com vários nomes, cada um deles mostrando que Deus atua soberanamente em todas as áreas da vida do ser humano! Israel não precisava de outro deus. Seu Deus era o Supridor de suas necessidades e o mantenedor de sua existência!

Hoje também, nossa geração é henoteísta, mas com deuses diferentes dos que haviam nos antigos povos. As pessoas adoram o dinheiro, a fama, a ciência, o poder, o sexo, a si mesmas, o Estado, as ideologias e assim por diante. Mas a mensagem do único Deus continua a mesma para nós: “Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás” (Mt 4.10). Você já eliminou seu panteão?

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

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