segunda-feira, 21 de julho de 2025

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0601 - NÃO ACORDE O AMOR ATÉ A HORA CERTA

 


Filhas de Jerusalém, jurem pelas gazelas e pelas corças selvagens que vocês não acordarão nem despertarão o amor, até que este o queira” (Ct 2.7).


Nicolas Bourriaud, um curador francês e crítico de artes, denominou a era em que estamos vivendo de “altermodernidade”. Enquanto o modernismo era um tempo de certezas e de absolutos, a pós-modernidade enxergou isso como uma arrogância. Assim, destacou-se o relativismo, onde ninguém pode alegar ter certeza de nada. O resultado da certeza da ignorância levou ao caos. E a altermodernidade, segundo este curador, almeja transformar o caos em arte.

Juntamente com o pós-modernismo e seus pilares, nossa sociedade admitiu o endeusamento do sexo, o hedonismo, tornando o assunto exageradamente indiscriminado, de modo que até nossas crianças estão sendo erotizadas. Isso está escancarado em propagandas, em brinquedos, livros infantis e muitos outros meios pelos quais nossas crianças estão sendo bombardeadas com a ideia da livre sexualidade.

Este belo verso que lemos no início trata-se de um refrão que é repetido mais duas vezes além daqui, no livro de Cantares (3.5; 8.4). O conteúdo deste verso nos mostra que o amor e a erotização são algo natural e puro, criado por Deus. O dever de todos é não queimar etapas sobre isso nem forçar o momento da manifestação do amor e seus encantos. Tudo tem a hora certa. Não foi o mesmo Salomão que disse que há tempo para tudo (Ec 3.1-8)? Por que com o amor seria diferente?

Os adolescentes e jovens terão, natural e automaticamente, as sensações dos impulsos de seus desejos e deverão aprender a lidar com isso de modo que Deus seja glorificado e não de modo pecaminoso. Então por que antecipar essa questão, submetendo nossos púberes a serem vitimados pelas investidas sexuais sem o devido preparo?

Até mesmo os adultos precisam desse freio e também da direção para a qual o amor e seus desejos devem ser condicionados. Vemos muitos adultos se portando como se estivessem na puberdade, loucos, desvairados, à caça de parceiros ou até mesmo de casamentos precipitados, só para viverem a euforia de uma sexualidade mal resolvida.

Não, meus irmãos! Jurem com as filhas de Jerusalém que vocês não acordarão nem despertarão o amor, até que este o queira­. E nós sabemos como devem ser conduzidos este sentimento e estes impulsos – devem ser controlados com o temor de Deus e direcionados para o casamento, onde seu amor poderá ser desfrutado e compartilhado de forma digna e louvável, onde Deus é glorificado e Cristo representado!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

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