“Não cumpras,
ó Senhor, ao ímpio os seus desejos; não deixes ir por diante o seu mau
propósito, para que não se exalte” (Sl 140.8).
O rei Davi escreveu o Salmo 140 para fazer uma súplica a Deus para que o livrasse de seus inimigos. Falando assim, de uma maneira superficial, parece que a oração deste rei é uma oração egoísta, talvez triunfalista, pois, quem não quer se ver livre de seus inimigos? Porém, a oração de Davi é muito mais do que isso.
Primeiro, ela descreve as características desses homens. Eles são “maus e violentos” (v. 1); eles “pensam o mal no coração... se ajuntam para a guerra” (v. 2); eles são venenosos em seu falar (v. 3); eles intentam desviar as pessoas de bem (v. 4); são traiçoeiros (v. 5); cercam as pessoas de bem, falando mal delas (v. 9). Observe por isso, que não era qualquer um que perseguia o salmista. Eram pessoas altamente treinadas na maldade e na traição.
Segundo, este salmo nos revela alta confiança em Deus. Davi usa os seguintes verbos e substantivos para descrever seu pedido de socorro e sua confiança no Senhor: “Livra-me, guarda-me” (v. 1,4). “Ouve a voz das minhas súplicas” (v. 6). “Fortaleza da minha salvação, tu cobriste a minha cabeça no dia da batalha” (v. 7). “O Senhor sustentará a causa do oprimido” (v. 12). Isso nos ensina que Davi não confiava em sua força ou inteligência, mas tão somente em Deus como seu livrador.
Terceiro, os pedidos de livramento que Davi fazia a Deus, tinham em vista a glória e a honra de Deus e não do próprio Davi. Quando ele pede a Deus que não cumpra os desejos dos ímpios (v. 8); que suas próprias maldades os enterre (v. 9); que sobre eles caiam brasas vivas, como que pedindo que Deus os lançasse no inferno (v. 10); este salmista estava visando o louvor da glória de Deus, como ele diz no v. 13: “Assim, os justos louvarão o teu nome; os retos habitarão na tua presença”.
O que temos visto em nossa nação durante várias décadas é exatamente isso: o império da injustiça! São ímpios que governaram e ainda governam o país. São perseguidores das pessoas de bem. São homens de poder, ninguém está acima deles aqui em nossa terra, são treinados na maldade! Para eles, quanto pior, melhor! São intocáveis, nem a própria justiça terrena serve contra eles, pois são eles mesmos que “fazem” a tal justiça. Elaboram leis para se beneficiarem delas.
Como a igreja tem orado sobre isso? Davi não pediu que Deus convertesse aqueles ímpios que o perseguiam. Por quê? Davi não queria que eles se convertessem? Não é isso. Davi sabia que eles não iriam se converter. Eram homens como dos nossos dias, assim como o apóstolo Paulo profetizou que seriam: irreconciliáveis (2Tm 3.3). Nós oramos também por nossas autoridades, como o próprio Paulo nos ensinou (1Tm 2.1-4).
Que Deus salve Seus eleitos do meio desse covil imundo da
liderança política. Mas que Deus honre Seu nome executando também juízo sobre
estes ímpios covardes e traidores de Deus e dos Seus servos, que ali,
infelizmente, são maioria.
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
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