“... todo aquele que ama o Pai ama também o que dEle foi gerado.”
Por: Pr. Wellington Miguel
Como todos os demais escritores das Sagradas Escrituras, João foi inspirado pela Pessoa do Espírito Santo. E assim, junto dessa inspiração, João escreveu o que viu com os seus olhos, o que contemplou e o que suas mãos apalparam, Jesus, o Verbo da Vida – 1Jo 1.1
Percebemos em seus textos, que João foi impactado. Ele era um “filho do trovão”, agora é um filho do amor. João é um dos escritores que mais enfatiza esse tema: o amor. Ele diz: “Amados, visto que Deus assim nos amou, nós devemos amar uns aos outros” – 1Jo 4.11.
Deus leva isso muito em consideração. É o ápice do discipulado. O próprio Senhor Jesus disse: “Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros” – Jo 13.35. Porém, muitos discípulos “encontram razões” para não amar determinado irmão. De fato, existem pessoas que dificultam a caminhada de um relacionamento. Que fazer? Como transpor a dificuldade? Como superá-las em nome da comunhão, em nome da unidade? Qual é o mistério do amor ao próximo?
João revela-nos o mistério: “... todo aquele que ama o Pai ama também o que dEle foi gerado” – 1Jo 5.1. Sem uma experiência de amor primeiramente com o Pai, dificilmente amar-se-á os que dEle são gerados: os filhos (nossos irmãos). De onde João pode ter desvendado este mistério? Na verdade, ele o ouviu do próprio Senhor: “Ame o Senhor teu Deus de todo o seu coração... este é o primeiro mandamento. E o segundo é este: ame o seu próximo...” – Mt 22.37-39.
A possibilidade de amar o irmão está, em primeiro lugar, em vivenciarmos a experiência de amor com o Pai, e assim, inevitavelmente amar o irmão. Ao vivenciar a experiência de ser amado pelo Pai, compreenderemos que somos aceitos como somos, embora o Pai não nos deixe como estamos. Na linguagem paulina, é um amor constrangedor. Como ouso não amar alguém por diversas razões que considero, se fui amado pelo Senhor apesar das diversas razões que Ele tinha para não me amar?
Mas quando esse amor é derramado em nossos corações por meio do Espírito que Ele nos deu, somos desarmados, ficamos extasiados, sentimo-nos indignos, o que de fato somos. Mas o Senhor não nos abandona nesse sentimento depressivo, logo Ele nos diz: “Tu és meu, meu filho amado”. Paulo, compreendendo isso escreve: “Como povo de Deus, santos e amados, revistam-se de profunda compaixão” – Cl 3.12. A capacidade de se colocar no lugar do outro para compreendê-lo, aceitá-lo e amá-lo foi concedida pelo Senhor. Agora é um filho amado, experiente e experimentado no amor do Pai.
Dessa forma, amar o irmão não será um mandamento penoso – 1Jo 5.3. Olharemos para o nosso irmão e não o consideraremos do ponto de vista humano, ou seja, não o olharemos com opiniões mundanas, mas como nova criação de Deus em Cristo Jesus, como nascido do Espírito, como filho de Deus, como membros uns dos outros. Eis o mistério do amor ao próximo...
Soli Deo Gloria
Pr. Wellington Miguel
Pr. Wellington Miguel é pastor na IMVC da cidade de Esmeraldas/MG e pós-graduado em Teologia na área de Aconselhamento |
Amor ao próximo. Eis uma tradução do amor a Deus! Obrigado pela reflexão tão contundente e verdadeira, meu querido irmão e servo de nosso Senhor! Emane do teu pensamento o que vem do pensamento dEle para edificar-nos na Sua vontade!
ResponderExcluirBom comentário, pastor. Logo nesses dias em que cada um olha pro seu umbigo.
ResponderExcluirComo seria bom se houvesse amor genuíno em TODOS os cristãos!.Eu acredito que o mundo pagão seria alcançado mais rapidamente para Cristo.Que Deus nos ajude a amar como ele amou, isso se traduz numa vida de preocupação pela causa alheia, em desejar e buscar o bem do próximo, em não apontar as falhas mas estender a mão e amparar os que se encontram no erro. Que sigamos Jesus, o maior exemplo de amor.
ResponderExcluirExcelente!!! Tanto a matéria quanto este Amor, que faz com que consideremos nosso próximo superior a nós mesmos. Só Deus mesmo para derramar este amor no coração de um homem.
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