“Então, disse Boaz a
Rute: Ouve, filha minha, não vás colher em outro campo, nem tampouco passes
daqui; porém aqui ficarás com as minhas servas” (Rt 2.8).
Por um período de tempo em que na época dos juízes em Israel houve fome na terra de Belém, Noemi, seu esposo e seus dois filhos foram peregrinar na terra de Moabe. Ali, seus dois filhos se casaram, mas ela perdeu o seu marido. Depois de viúva, Noemi também perdeu seus dois filhos. Suas noras ficaram viúvas como ela.
Havendo acabado a fome em Belém, ela decidiu voltar para sua terra, despedindo de si as suas noras. Entretanto, uma delas, chamada Rute, não aceitou separar-se de sua sogra. Rute foi para a terra de Belém e lá ela conheceu um homem bondoso, chamado Boaz. Mais tarde ela seria tomada por sua esposa; seria a bisavó do rei Davi e, maravilhosamente, Mateus a inclui na genealogia do nosso Salvador (Mt 1.5).
Episódios dessa natureza, às vezes, são vistos pelos leitores da Bíblia como uma história comum. Porém, a mão de Deus agindo por meio de circunstâncias maléficas é impressionante! Quem poderia conceber que Deus enviaria fome sobre a terra de Seu próprio povo, a fim de salvar uma estrangeira? Isso estava completamente fora do pensamento do povo de Israel e, por vezes, fora também do pensamento da igreja.
Deus queria salvar a moabita Rute e, por isso, enviou fome sobre Belém, enviou a família de Noemi para lá, fez com que o filho dela se encontrasse com Rute e com ela se casasse, ceifou a vida de seu marido, bem como dos seus dois filhos e, na hora em que ela resolveu voltar para sua terra, Deus moveu o coração de Rute para que não a deixasse de modo algum!
Ali no campo de Boaz, Rute foi tratada como mais tarde Jesus nos trataria. Nós também não éramos povo (1Pe 2.10). Nós estávamos separados de Cristo, da comunidade de Israel, sem esperança e sem Deus no mundo (Ef 2.12). Mas assim como Boaz disse à Rute que não fosse colher em outro campo, assim Jesus não nos deixou colher os frutos de nossos pecados; assim como Boaz disse à Rute que ficasse com suas demais servas, assim nosso Deus também nos trouxe para a comunidade dos salvos; assim como ela beberia da mesma água que os servos quando estivesse sedenta, assim também Jesus nos trouxe a água viva que mata a nossa sede!
Rute reconheceu que não tinha nem mesmo o mérito de ser
chamada como uma das servas de Boaz, mas por fim, veio a ser sua esposa! Nós
também, como o filho pródigo, pensávamos que não poderíamos ser recebidos por
Deus como filhos e sim como algum de seus trabalhadores. No entanto, fomos
feitos filhos de Deus quando cremos em Jesus (Jo 1.12); fomos adornados como
esposa para o seu marido, a fim de nos encontrarmos com o nosso Amado nas Bodas
do Cordeiro (Ap 19.7).
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
Glória a Deus.
ResponderExcluirAmém!
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