“Todos os moradores
da terra são por ele reputados em nada; e, segundo a sua vontade, ele opera com
o exército do céu e os moradores da terra; não há quem lhe possa deter a mão,
nem lhe dizer: Que fazes?” (Dn 4.35).
Vez por outra, alguns cristãos são confrontados com indagações ateístas que lhes deixam perplexos e muitas vezes sem resposta. Uma delas é pergunta do tipo: “por que seu Deus matou crianças inocentes”? Como nosso tempo é uma era de abandono intelectual, uma era de elogio à ignorância, tanto ao elogio que promove o relativismo, como também ao orgulho do agnosticismo, o resultado é que, assim crentes como ateus, embarcam nessa mesma ignorância desconhecida de seu portador, tanto nas perguntas, como nas respostas sugeridas.
Deixando de lado as respostas escapatórias que muitos cristãos dão aos seus questionadores, devido ao curto espaço de nossas reflexões, comecemos por questionar os próprios críticos da Bíblia sobre o assunto. Que base moral e ética possuem os incrédulos para formularem seu juízo acerca de assuntos do bem ou mal? De onde eles extraíram esse conceito, uma vez que para eles, nós viemos da evolução bacteriana? Algum ser unicelular, de onde supostamente nós evoluímos, teria em seu DNA algum senso ético que distingue o que é certo e errado?
Adicionado a isso, o que os ateus sabem sobre inocência? Eles não creem em pecado, como podem contrastá-lo com inocência? A inocência é o oposto do pecado, mas como não creem em pecado, eles precisarão redefinir o conceito de inocência para então recolocar sua pergunta, logo, não somos obrigados a respondê-los, visto que tal reformulação foge da cosmovisão bíblica que eles querem atacar. Seríamos obrigados a responder, caso a cosmovisão bíblica entrasse em contradição consigo mesma e não com o novo conceito deles reformulado.
Sobre isso poderíamos argumentar que segundo a cosmovisão bíblica não há ninguém inocente. As crianças nascem em pecado, portanto não são inocentes diante de Deus. Ainda assim, a Palavra nos ensina que Deus é o autor da vida, portanto Ele pode tirar e dar a quem Ele quiser. Outra questão é o destino eterno, que é o que realmente importa no fim das contas. Os ateus podem se preocupar com morte de crianças (embora, contraditoriamente, a maioria não liga para o aborto), porque, na visão deles, as pessoas só têm essa vida aqui, mas a Bíblia diz que existe a eternidade do outro lado. E se Deus matou crianças para que elas estivessem com Ele na eternidade, o que importa o pouco tempo de vida aqui, ou mesmo que fosse longo?
A Bíblia, em sua cosmovisão, diz que tudo o que Deus faz é bom por natureza e necessidade. Ele é bom, portanto, Suas obras não podem divergir do Seu caráter. Quando Ele disse “não matarás” (lembrando que o mandamento é contra o assassinato e não contra pena de morte), Ele disse para nós, não Se incluiu. O mandamento não é “não mataremos”. Quando Ele ordenou que um exército matasse outro, isso era bom, porque foi Deus quem mandou. Ele estava ordenando a justiça e justiça é bom.
Finalmente, não há nenhuma lei à qual Deus esteja sujeito.
Ao contrário, a lei sempre revelará a vontade de Deus, mas nunca será sua causa!
Deus faz o que Ele quer e sempre o fará de acordo com Seu caráter, de modo que
nunca erra. Não está sujeito às avaliações corrompidas dos homens!
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
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