domingo, 10 de agosto de 2025

GRANDES TRUNFOS DAS TRIBULAÇÕES - PARTE 01/04 (A PERSEVERANÇA)

 


E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança” (Rm 5.3).


A igreja das últimas décadas tornou-se inimiga da palavra sofrimento. Acompanhando o raciocínio do mundo pós-moderno, os pregadores trouxeram para os púlpitos palavras de aconchego e bonança, com promessas de ausência das aflições.

Entretanto, para o apóstolo Paulo, passar pelas tribulações, era motivo de gloriar-se. Esta palavra, no grego, tem a raiz da palavra “pescoço”, que mantém a cabeça erguida, sendo usada figuradamente para crentes que vivem de cabeça erguida, ostentando suas tribulações e não suas posses ou seu sucesso. Paulo quer dizer que o crente se gaba daquilo de que o mundo tem vergonha e não daquilo que o mundo ambiciona.

A palavra usada aqui para tribulações tinha o significado primário de “pressão”, ou de “um lugar estreito” que fecha alguém, a pressão que sente alguém encurralado, sem escapatória. A Bíblia fala de várias situações que pressionam o crente: cerco de guerra (Mt 24.21), dificuldade das necessidades (2Co 8.13), angústia semelhante à de uma mulher no parto (Jo 16.21; Gl 4.19), ansiedade (2Co 2.4; Fp 1.16,17), etc. Todavia, Paulo diz que tudo isso deve ser para nós motivo de andar de cabeça erguida. Por quê?

O primeiro trunfo (ou vantagem) que as tribulações nos trazem, diz o apóstolo, é que elas produzem perseverança. De fato, as tribulações são exatamente o critério que define se uma pessoa vai até o fim ou se desistirá em meio ao caminho! Continuar a jornada sem pressão é fácil. Todos seriam aprovados. Contudo, não é dessa forma a caminhada cristã. Haverá provas, angústias e tribulações. Elas nos mostrarão se vamos ou não perseverar até o fim.

Jesus já havia falado sobre isso. Quando pregou aos discípulos o Seu Sermão Profético, Ele os avisou de que a perseguição viria fortemente. “Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo”, disse o Senhor (Mt 24.12). É óbvio que a salvação aqui não se trata apenas do livramento da invasão ocorrida no ano 70 d.C., em Jerusalém, pelo general Tito. Outras provas e dificuldades virão para experimentar os crentes por todos os tempos e sua perseverança até o fim dirá se de fato são salvos.

A palavra grega para perseverança aqui significa “suportar por baixo”, indicando um grande peso que incide sobre as costas de alguém, assim como era representado pela imagem do titã grego Atlas que, na mitologia, foi condenado por Zeus a sustentar em suas costas para sempre o céu.

Este é o primeiro trunfo das tribulações. Elas fortalecem as nossas costas para sustentar até o fim tudo o que nos foi imposto, para que aprendamos a ser como o Filho de Deus, que sustentou todas as aflições sobre Seus ombros, inclusive a pior de todas, que foi o flagelo da ira de Deus em nosso lugar. A perseverança deve nos alegrar em nos fazer parecidos com Cristo.

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

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