“Porque estou certo
de que, pela súplica de vocês e com a ajuda do Espírito de Jesus
Cristo, isso resultará em minha libertação” (Fp 1.19).
Quando o apóstolo Paulo esteve em sua primeira prisão, ele escreveu as cartas aos Filipenses, Colossenses, Efésios e a Filemom. Nesta ocasião, ele pediu oração por ele a estas igrejas (Ef 6.19) e também a Filemom (Fm 22). Nota-se aqui que este homem de Deus carregava um espírito de humildade, ao mostrar para a igreja que, apesar de ser ele apóstolo, ainda era carente das orações de todos eles.
A confiança deste homem em Deus e Sua soberania não o impediu de solicitar à igreja que orasse em seu favor. Um entendimento errado acerca desta doutrina tem levado muitos crentes a ficarem relaxados em sua vida de oração, chegando muitos até mesmo a duvidar de sua eficácia e outros a ficarem indiferentes, alegando que, se Deus já decretou tudo, orar é uma prática inútil. Outros ainda criticam crentes mais fervorosos em suas orações, tachando-os muitas vezes de fanáticos.
Entretanto, não era assim a vida de nosso Senhor e Seus apóstolos. Eles eram homens de oração constante e viveram nessa prática de modo exemplar. Quando Pedro foi aprisionado, na ocasião em que Tiago foi morto pela espada de Herodes (At 12.2), a Bíblia diz que a igreja fazia incessante oração a Deus por ele (v. 5). O resultado dessa oração, nós já conhecemos: um dos maiores relatos de libertação registrados no NT.
Mas Paulo também fala aqui em Filipenses da ajuda do Espírito de Jesus Cristo. Certamente que o Espírito Santo está presente nas orações dos santos. Mas, além de estar ali com os filhos de Deus que oram, o Espírito também os conduz a orar. Os apóstolos diziam a frase “orando no Espírito”, o que significa orar direcionado pelo Espírito (Ef 6.18; Jd 20). Porém, acima disso ainda, o Espírito Santo, além de estar entre os santos em suas orações e os conduzir nelas, Ele também leva nossas orações a Deus (Rm 8.26,27).
A convicção de Paulo em sua libertação daquela prisão era promovida por estes dois fatores associados. A oração da igreja a seu favor e a ajuda do Espírito Santo. Essa é uma outra maneira de discernir a vontade de Deus. Não havia uma promessa clara de que Paulo fosse solto de sua prisão, no entanto, ele estava certificado (lit. “eu sei”) que era o que iria acontecer. De fato, foi o que aconteceu. Mas essa certeza, ele obteve pela confiança na oração e na ajuda do Espírito de Cristo.
Nós sabemos que, independentemente das nossas orações, o que
prevalecerá sempre será a vontade do Senhor. No entanto, devemos executar
nossas orações como parte do plano dEle em fazer com que Sua vontade prevaleça.
Quem sabe, Deus determinou que justamente através de nossas orações é que Sua
vontade milagrosa aconteça? Que o Espírito de Cristo nos ajude!
Día tes písteos.
Pr. Cleilson