segunda-feira, 4 de agosto de 2025

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0611 - O VALOR DA ORAÇÃO E A AJUDA DO ESPÍRITO

 


Porque estou certo de que, pela súplica de vocês e com a ajuda do Espírito de Jesus Cristo, isso resultará em minha libertação” (Fp 1.19).


Quando o apóstolo Paulo esteve em sua primeira prisão, ele escreveu as cartas aos Filipenses, Colossenses, Efésios e a Filemom. Nesta ocasião, ele pediu oração por ele a estas igrejas (Ef 6.19) e também a Filemom (Fm 22). Nota-se aqui que este homem de Deus carregava um espírito de humildade, ao mostrar para a igreja que, apesar de ser ele apóstolo, ainda era carente das orações de todos eles.

A confiança deste homem em Deus e Sua soberania não o impediu de solicitar à igreja que orasse em seu favor. Um entendimento errado acerca desta doutrina tem levado muitos crentes a ficarem relaxados em sua vida de oração, chegando muitos até mesmo a duvidar de sua eficácia e outros a ficarem indiferentes, alegando que, se Deus já decretou tudo, orar é uma prática inútil. Outros ainda criticam crentes mais fervorosos em suas orações, tachando-os muitas vezes de fanáticos.

Entretanto, não era assim a vida de nosso Senhor e Seus apóstolos. Eles eram homens de oração constante e viveram nessa prática de modo exemplar. Quando Pedro foi aprisionado, na ocasião em que Tiago foi morto pela espada de Herodes (At 12.2), a Bíblia diz que a igreja fazia incessante oração a Deus por ele (v. 5). O resultado dessa oração, nós já conhecemos: um dos maiores relatos de libertação registrados no NT.

Mas Paulo também fala aqui em Filipenses da ajuda do Espírito de Jesus Cristo. Certamente que o Espírito Santo está presente nas orações dos santos. Mas, além de estar ali com os filhos de Deus que oram, o Espírito também os conduz a orar. Os apóstolos diziam a frase “orando no Espírito”, o que significa orar direcionado pelo Espírito (Ef 6.18; Jd 20). Porém, acima disso ainda, o Espírito Santo, além de estar entre os santos em suas orações e os conduzir nelas, Ele também leva nossas orações a Deus (Rm 8.26,27).

A convicção de Paulo em sua libertação daquela prisão era promovida por estes dois fatores associados. A oração da igreja a seu favor e a ajuda do Espírito Santo. Essa é uma outra maneira de discernir a vontade de Deus. Não havia uma promessa clara de que Paulo fosse solto de sua prisão, no entanto, ele estava certificado (lit. “eu sei”) que era o que iria acontecer. De fato, foi o que aconteceu. Mas essa certeza, ele obteve pela confiança na oração e na ajuda do Espírito de Cristo.

Nós sabemos que, independentemente das nossas orações, o que prevalecerá sempre será a vontade do Senhor. No entanto, devemos executar nossas orações como parte do plano dEle em fazer com que Sua vontade prevaleça. Quem sabe, Deus determinou que justamente através de nossas orações é que Sua vontade milagrosa aconteça? Que o Espírito de Cristo nos ajude!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

sexta-feira, 1 de agosto de 2025

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0610 - HOMENS CUJA GLÓRIA ERA DEUS

 


Em Deus está a minha salvação e a minha glória; a rocha da minha fortaleza e o meu refúgio estão em Deus” (Sl 62.7).


Depois da Queda, o coração do homem continuou sendo consumido por aquela proposta da serpente, de querer se parecer com Deus. Essa fissura não desapareceu da vontade humana, ao contrário, em todas as épocas, ela se revelou cada vez mais forte e desafiadora! Mesmo tendo ouvido do próprio Adão as consequências de sua escolha rebelde, sua geração não deixou de praticar o mal e desejar ser como Deus, roubando-Lhe a glória.

No entanto, houve também homens que não desejaram glória para si, antes, sua glória era o próprio Deus. Entre outros exemplos, temos Moisés, que disse: “Rogo-te que me mostres a tua glória” (Êx 33.18). Ele já havia passado 40 dias dentro da nuvem do Senhor na montanha do Sinai, já havia desfrutado de uma comunhão tão milagrosa com Deus, que conseguiu ficar todos esses dias sem comer e sem beber, apenas sustentado pela presença de Deus, mas queria muito mais!

Deus escondeu aquele homem numa fenda de uma rocha para que não fosse destruído pelo peso da glória divina (a palavra glória significa peso). Depois que a glória passou, então Deus tirou a mão e Moisés O viu pelas costas (Êx 33.22,23). Deus reservava Sua glória maravilhosa para outra ocasião, mas ainda a revelou na inauguração do tabernáculo, quando Sua glória ali encheu e Moisés não podia entrar por causa da nuvem da glória do Senhor (Êx 40.34,35).

Davi foi outro exemplo de um homem cuja glória era Deus. Ele disse: “Mas tu, Senhor, és um escudo para mim, a minha glória e o que exalta a minha cabeça” (Sl 3.3). Ele conseguia ver a glória do Senhor proclamada pela expansão celestial (Sl 19.1) e reconheceu que, apesar de ser um rei muito vitorioso, ao trazer a arca da aliança de volta para Jerusalém, não era ele o rei da glória e sim o Senhor (Sl 24.7-10)!

Um dia a glória de Deus veio à terra! Era Seu Filho Jesus Cristo! Muitos que viam Suas obras e ouviam Suas palavras, ainda assim, não aceitavam o Seu testemunho, pois, segundo o próprio Jesus, eles recebiam “glória uns dos outros e, contudo, não [procuravam] a glória que [vinha] do Deus único” (Jo 5.44).

Entretanto, o Filho de Deus não ficou sem testemunho. O Pai manifestou Sua glória a Ele e Seus discípulos creram nEle (Jo 2.11). O apóstolo João disse: “e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai” (Jo 1.14). Pedro, que também testemunhou a glória do Filho de Deus, constatou: “Pois ele recebeu, da parte de Deus Pai, honra e glória, quando pela Glória Excelsa lhe foi enviada a seguinte voz: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo” (2Pe 1.17).

Muitas igrejas copiaram o mundo em sua soberba e tentativa de usurpar a glória de Deus. Mas Ele disse que não divide Sua glória (Is 48.11). Ele revelará em nós Sua glória e nos tornará participantes dela (Rm 8.18), mas só aos que viveram aqui buscando a glória de Deus. Homens cuja glória era Deus!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson