“Jesus, porém, lhes
respondeu: Nem todos são aptos para aceitar este ensinamento, mas apenas
aqueles a quem isso é dado” (Mt 19.11).
Nossa mente humana, finita e pecaminosa, tem a tendência de configurar todo o objetivo final de qualquer coisa para os limites do mundo caído em que vivemos. E não é diferente com o objetivo final da vida em família, a qual passaremos a meditar a partir de hoje, claro que não com riquezas de detalhes, pois não dispomos de tempo relativo a isso em devocionais.
Porém, quando Cristo nos redimiu, o propósito foi convergir todas as coisas, sejam as aparentemente mais insignificantes, sejam as aparentemente mais relevantes, todas elas, para a glória de Deus. E assim também para com a vida em família. Para que isso venha permear a nossa mente, nós crentes precisamos entender algumas coisas antes de falarmos sobre alguns detalhes da vida em família.
Primeiro, vida em família nem sempre quer dizer casamento. Quando se fala em encontro de casais e coisas do gênero, os solteiros ficam de fora, como se não pudessem saber das coisas que acontecem entre um casal, como se não tivessem visto o bastante entre seus pais, como se não soubessem de como deve ser o trato para com uma mulher ou para com um homem, como se fossem proibidos até o último instante de saber sobre os encontros e desencontros antes de entrar em um relacionamento nupcial.
Sobre esse sentido, devo salientar que um solteiro é tão redimido quanto um casado. Não há nada de especial em uma pessoa casada que rebaixe o solteiro a uma condição inferior. Precisamos entender que o celibato é um dom de Deus, assim como o casamento (1Co 7.7). Deus chamou para a Sua obra pessoas casadas, pessoas solteiras que vão se casar e outras que não vão. Piadinhas sobre alguém solteiro são pecaminosas e zombam, não da pessoa, mas de Deus, que estabeleceu a hora certa daquela pessoa se casar, ou que não vai se casar, e ambas as coisas para a Sua glória! Certamente, deboche da glória de Deus é pecado!
De acordo com Paulo, em relação ao reino de Deus, o solteiro, ao contrário, possui mais vantagens do que o casado. Ele diz: “Quem não é casado cuida das coisas do Senhor, de como agradar ao Senhor. Mas o que se casou cuida das coisas do mundo, de como agradar à esposa, e assim está dividido” (1Co 7.32-34). O v. 29 mostra que a urgência de Paulo falava mais alto do que um estado civil – “o tempo se abrevia”, dizia o apóstolo.
Sobre esse assunto, posso concluir, dizendo aos solteiros, tanto os que hão de se casar, quanto àqueles que vão permanecer no estado celibatário: você está solteiro, não porque não encontrou alguém especial (só tem um Alguém especial e é Ele quem te encontra). Você está solteiro porque Deus estabeleceu um tempo para sua vida acerca disso. Portanto, prepare-se para glorificar a Deus com sua solteirice! Não perca tempo procurando alguém especial – invista tempo e esforço para que Deus seja glorificado com sua vida sem casamento. Quando se casar, lembre-se de continuar glorificando a Deus, porém de outra forma que antes.
Aos que permanecerão solteiros, levem suas zombarias para os
pés da cruz. Não se dê por humilhado, antes receba o celibato como dom de Deus.
Jesus disse: “há outros que se fizeram
eunucos, por causa do Reino dos Céus. Quem é apto para aceitar isto, que aceite” (Mt 19.12).
Día tes písteos.
Pr. Cleilson