Teolatria

No Teolatria você encontra diversos estudos bíblicos em slides (power point) para baixar, além de muitas pregações, sermões expositivos, textuais, temáticos em mp3, dos pregadores da IMVC - Vilhena/RO: Pr. Cleilson, Pb. João, Pb. Alex, Pb. Wesllen Ferreira, irmã Clair Ivete e pregadores convidados.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

ESTUDO BÍBLICO SOBRE PREDESTINAÇÃO (SLIDES)

Esse é o 3º estudo bíblico da série "Predestinação". Esse estudo fala sobre a doutrina da eleição incondicional. Deus salva alguém porque vê nesse alguém alguma inclinação para o bem espiritual, ou Deus salva baseado em Seus santos e insondáveis propósitos?

http://www.mediafire.com/view/?o6arj1266q2w9pa

Para baixar os demais estudos já prontos, clique aqui.

Dia tes písteos.

Pr. Cleilson

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

MOISÉS E AS DOENÇAS DO SÉCULO 21


"Preferindo ser maltratado junto com o povo de Deus, a usufruir prazeres transitórios do pecado; porquanto considerou o opróbrio de Cristo por maiores riquezas do que os tesouros do Egito, porque contemplava o galardão" (Hb 11.25,26).

O povo de Israel deve dar graças a Deus por Moisés não ter nascido no século 21. Um "homem feito" (v. 24), cercado das glórias do Egito, adotado pela princesa, herdeiro da dinastia faraônica, fosse ele nascido com a doença do nosso século e a libertação não teria acontecido. A doença do hedonismo e do materialismo, a doença da fama e do sucesso, a doença da corrupção do poder como um furúnculo velho que escorre o pus de tanta soberba pelo domínio, a doença do imperialismo e egoísmo, tudo isso maltrataria o povo de Deus ainda mais, enquanto ele mesmo, Moisés, estaria usufruindo de todos os prazeres que o Egito lhe proporcionara!

Mas não! Ele não tinha a doença do nosso século, que contamina as igrejas, tanto nos púlpitos como nos bancos e cadeiras dos nossos templos. Ele não tinha olhos voltados para os prazeres, pois os considerava transitórios, passageiros, efêmeros, e ainda mais, os considerava como sendo do pecado. Não eram prazeres lícitos, não eram permitidos por Deus, eram usurpadores, eles aconteciam em função do sofrimento de uma nação! Ele recusou o título de "príncipe" (v. 24). Ao invés de ver o povo sofrer, ele preferiu participar de seu sofrimento. 

Nosso século é caracterizado pela busca dos prazeres. E isso também no meio do povo de Deus. Quase todo crente quer ser filho de faraó, porque isso gera status, torna o indivíduo bem aceito e bem visto pela sociedade pós-moderna. O pensamento de hoje é diferente: aproveite os prazeres, ainda que passageiros, ainda que do pecado, mas são prazeres! É o "comamos e bebamos, porque amanhã morreremos" da época de Isaías e depois da época de Paulo (Is 22.13; 1Co 15.32).

Moisés considerou o opróbrio de Cristo como sendo maior riqueza do que os tesouros do Egito (v. 26). Muitos hoje consideram o opróbrio de Cristo como vexame, afinal é isso que a palavra significa, desonra, reprovação. Quem hoje considera a vergonha de Cristo como tesouro? Tornaram até motivo de prestígio social ser "evangélico"... O cristianismo do nosso século é destaque, é valioso, é especial, é protegido por lei, é religio licita. Se fosse para viver envergonhado, humilhado, criticado, zombado, escarnecido e perseguido por ser crente, quem é que iria considerar isso como maiores riquezas do que os tesouros deste mundo? 

Os tesouros do Egito estão dentro das igrejas! Misturam-se com as ofertas e dízimos que são levantados para Deus. A honra de ser um líder evangélico reconhecido na cidade mistura-se com a honra dos faraós que enchem as Câmaras e Assembleias do nosso país! Se por um lado, "o inferno é aqui mesmo", o céu também parece ser! Por isso ninguém abre mão dos prazeres do século 21.

Mas não Moisés! Ele contemplava o galardão (v. 26)! Ele sabia que sua recompensa não era nada daquilo que seus olhos naturais contemplavam nas fartas mesas do palácio. Ele sabia que oprimir um povo não era a forma ética de se obter riquezas. Por isso abandonou o Egito, sem temer a fúria do rei (v. 27), porque permaneceu firme, como quem vê aquele que é invisível!

Tal qual o nosso século? Não! Nosso século tem "olho gordo". Quanto mais se cai na conta corrente, mais se corrompe o homem. Vêm para a igreja, mas não abandonam o "Egito"... pronunciam palavras cristãs, mas têm medo da fúria do "faraó"... as belezas deste reino terreno conseguem afastar os olhos do verdadeiro galardão. Não confiam que o Deus a quem dizem servir suprirá todas as suas necessidades em glória (Fp 4.19). Precisam da esmola de Satanás e fazem pacto com ele! Nem Moisés nem Jesus aceitaram a proposta dos seus respectivos "faraós". O Moisés do AT não cedeu às exigências do rei nefasto que governava o Egito naquela época. O Jesus do NT não cedeu às propostas atrevidas do príncipe deste mundo. E em nossos dias? O diabo não precisa levantar muito alto suas propostas. Muitos têm se vendido por pouco! Mas por que acontece assim?

Porque não há fé em nossos dias. Tem sim, mas é muito raro encontrá-la (Lc 18.8). O texto de Hebreus 11 diz que Moisés agiu assim "pela fé" (23-29). Só mesmo quem crê não se entrega às vigências deste mundo. Precisa-se ter os olhos voltados para aquilo que não se vê, mas cujos fatos são convictos (v. 1). Precisa-se ter certeza das coisas que se esperam! Foi por causa da fé que ele recusou-se a ser chamado príncipe do Egito! Foi pela fé que ele preferiu ser maltratado junto com o povo de Deus! Foi pela fé que ele renegou os prazeres transitórios do pecado! Foi pela fé que ele considerou que a vergonha de Cristo era riqueza maior que os tesouros do Egito! Foi pela fé que ele contemplou o real galardão! Foi pela fé que ele abandonou o Egito! Foi pela fé que ele não teve medo da fúria do rei! Foi pela fé que ele permaneceu inabalável! Foi pela fé que ele via o invisível! Foi pela fé que ele celebrou a páscoa! Foi pela fé que ele atravessou o Mar Vermelho com aquele povo!

A maioria dos crentes do século 21 não sabe o que é fé. Eles pensam que é acreditar no Jesus da religião, ou saber alguns dogmas cristãos. Muitos, nem isso sabem. Acham que é acreditar que serão curados de alguma enfermidade que lhes acomete. Enquanto correm atrás de uma cura, engolem todo tipo de lixo que é falado nos púlpitos (se for curado, isso basta). São crentes de correntes e orações fortes, outros são crentes de louvorzão, outros são crentes de discursos teológicos, outros são crentes adoradores de patriarcas e apóstolos, outros são crentes pastores de si mesmos, e são tantas as infinidades, que me recuso a escrevê-las todas, porque me perderia nas inúmeras características de crentes do século 21!

Mas toda essa maioria agirá contrariamente à ação de Moisés, homem de Deus! Eles fazem questão de serem chamados "príncipes", filhos da filha de faraó (o diabo é pai da mentira e tais crentes do nosso século são mentirosos); fazem questão de viverem sua vida cristã medíocre sem nada de sofrimento (pois é vergonha sofrer por ser crente para eles); desfrutam dos prazeres do pecado sem nenhum tipo de disciplina ou arrependimento; para eles nada é melhor do que os tesouros que ajuntam aqui no Egito; não contemplam o galardão (no grego, aqui quer dizer, desviar os olhos para o verdadeiro); nunca abandonam o Egito, pois é aqui que fazem seu pé-de-meia, sua vidinha riquinha, mas miserável para Deus; morrem de medo do diabo, porque têm rabo preso com ele, carregam as malas de Satanás no coração.

Eles nunca verão o invisível, que existe na verdade e é até  mais real do que as coisas aparentes daqui. Serão excluídos dos prazeres eternos porque se lambuzaram com os prazeres transitórios do pecado! Envergonharam-se do opróbrio de Cristo nesta geração adúltera e pecadora, então o próprio Cristo Se envergonhará deles na Sua glória (Mc 8.38).

Israelitas, deem graças a Deus por Moisés não ter nascido em nosso século ou com seus defeitos. Igreja, demos graças a Deus se nossos líderes forem como Moisés e cuidemos para imitá-lo.

Dia tes písteos.

Pr. Cleilson

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

AMARGOR CONTAGIANTE


“atentando, diligentemente, por que ninguém seja faltoso, separando-se da graça de Deus; nem haja alguma raiz de amargura que, brotando, vos perturbe, e, por meio dela, muitos sejam contaminados.” Hebreus 12:15.
Por: Pr. João Rodrigues
Não se pode ignorar aquilo que é lei. Quer você creia ou não na lei da gravidade, por exemplo, cairá para baixo da mesma forma. Assim são as verdades espirituais. Este texto diz claramente que a raiz de amargura, brotando, contamina a muitos.
É inocente (ou ignorante) quem acha que seu amargor é um problema exclusivamente seu, pois a única pessoa que não percebe o quanto o amargor é amargo é o amargurado. Todos ao seu redor percebem e sentem o fel esta sendo destilado. Muitos, quando não todos, são contagiados. A amargura tem raízes profundas que vão até a alma e o herbicida que mata essa erva daninha se chama perdão. Sem perdoar, ser humano algum conseguirá viver neste mundo sem ser amargo. Aprender a perdoar é um exercício pesado, reconheço.
Quando a amargura se torna perceptível, já é tarde demais e já contaminou alguém. Eu costumo pensar nas coisas da forma mais simples e prática possível. Eu considero amargura qualquer um dos sentimentos abaixo, e acumular é sinal de enraizamento:
Não poder ficar por perto;
Só perceber aspectos negativos;
Não conseguir compartilhar nada;
Ser incapaz de orar junto;
Não ter vontade de abençoar;
Achar que tem razão e a pessoa não merece.
Com este tipo de sentimento, a bênção de Deus escasseia com certeza. É preciso pedir e liberar perdão, deixar de lado o que causou a mágoa e seguir em frente. Não é nem fácil nem simples e pode envolver situações extremamente dolorosas e desagradáveis. Mas eu já ajudei algumas pessoas com câncer e posso dizer com certeza: atitude conta muito. Tudo que é difícil precisa ser vencido com atitude firme e positiva.
Encaremos as nossas mágoas e deixemos de amargurar os que estão ao nosso redor.
“Senhor, eu não quero ser prejudicial a ninguém, por isso peço tua ajuda e teu poder sobre mim para vencer as mágoas. Fortalece-me para aprender a perdoar e ser livre.”
Pr. João Rodrigues é pastor da Assembleia de Deus de Mongaguá 
Dia tes písteos.
Pr. Cleilson

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

PREGAÇÃO EXPOSITIVA EM TIAGO 4.7

Esta é a 10ª parte da pregação expositiva em Tiago 4. O sermão fala sobre o v. 7: "Sujeitai-vos, portanto a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós".

Com análise dos verbos no seu tempo, modo e voz, no original grego para uma tradução bem mais explicada, e uma aplicação específica sobre o papel do diabo sobre o crente, bem como o papel do crente sobre o diabo na batalha que se trava constantemente. Vale a pena ouvir esta mensagem.

http://www.mediafire.com/download.php?8287vlc9mo199es

Dia tes písteos.

Pr. Cleilson

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

ESTUDO SOBRE PREDESTINAÇÃO - DEPRAVAÇÃO TOTAL

Este é o 2º estudo da série de estudos bíblicos sobre a doutrina da Predestinação. 

Ele fala da "Depravação Total", mostrando que, apesar do homem ter vontade, capacidade de escolha e ser responsável pelas consequências de suas escolhas, mesmo assim, não possui o livre-arbítrio para escolher as coisas espirituais, pois está morto nos seus pecados.

Clique aqui para baixar esse estudo.

Dia tes písteos.

Pr. Cleilson

terça-feira, 16 de outubro de 2012

PÉROLAS AOS PORCOS E PORCOS NAS PÉROLAS


No Sermão do Monte, Jesus disse que não podemos dar o que é santo aos cães e nem devemos lançar pérolas aos porcos (Mt 7.6). O que Ele quis dizer com isso?

A ideia é que Jesus usou um exemplo comum da época para tirar uma lição para Seus ouvintes. Com “o que é santo”, Ele Se referia à carne que era oferecida em sacrifício, separada para oferta a Deus e depois lançada aos cães. Seria sacrilégio fazer isso.

Os porcos comiam ervilhas e alfarrobas na região do Mediterrâneo (Lc 15.16), vagens adocicadas, cujas sementes se pareciam com pérolas (apenas um pouco mais escuras). Lançando pérolas aos porcos, eles obviamente as atacariam supondo que fossem tais vagens, porém, vendo que delas não obteriam nenhum sabor, nutriente, ou sequer seriam digeríveis, apenas as pisoteariam.

Jesus quis dizer que o valor do Evangelho é muito nobre para ser lançado aos zombadores, os que viram as costas para Deus. Isso é lançar pérolas aos porcos.

Mas nós também incorremos em alguns erros: ou não pregamos o Evangelho, supondo que alguns não vão se interessar, ou às vezes pervertemos o sentido do Evangelho para que eles aceitem. O primeiro erro é preguiça e o segundo é desonestidade.

Claro, não devemos insistir com os que gracejam e rejeitam o Evangelho, mas devemos saber antes que tipo de Evangelho estamos realmente pregando. Um evangelho ludibriante, enganador, com promessas trapaceiras, não pode ser algo santo. Isso são porcos nas pérolas do Evangelho.

Devemos pregar o Evangelho a todos e ainda que não devamos insistir com os que desprezam e desdenham, mesmo assim devemos orar por eles e ajudá-los no que eles precisarem. Por outro lado, não somos autorizados a pregar um evangelho barato apenas para ganhar seguidores, pois isso é porcaria e sabotagem.

Dia tes písteos.

Pr. Cleilson

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

PREGAÇÃO EXPOSITIVA EM TIAGO 4.4,6

Disponível para baixar o sermão parte 9 de Tiago 4. Comentário sobre os versículos 4 e 6, visto que eles representam mais duas consequências de uma igreja que vive segundo suas próprias vontades e inclinações.

http://www.mediafire.com/download.php?2nxdac1cez854l8

Dia tes písteos.

Pr. Cleilson

domingo, 7 de outubro de 2012

A POSTURA CRISTÃ PERANTE A CIDADANIA DAS ELEIÇÕES - PREGAÇÃO MP3

Disponível em áudio a pregação feita no tema da cidadania do cristão nas eleições. A mesma que foi postada em texto aqui no Teolatria.

Clique aqui para baixar esta pregação.

Dia tes písteos.

Pr. Cleilson

sábado, 6 de outubro de 2012

NÍVEIS NA CAMINHADA CRISTÃ (1Jo 2.12-14)


O apóstolo João escreveu para três classes de cristãos (1Jo 2.12-14): os filhinhos, os pais e os jovens. Ao contrário do que se pensa, essas classes são níveis de maturidade espiritual e não necessariamente pais ou jovens, como muito se tem falado, por exemplo.

No v. 12, ele fala para os filhinhos: "Filhinhos, eu vos escrevo, porque os vossos pecados são perdoados, por causa do Seu nome". Aqui, sem dúvida, o apóstolo se refere aos novos convertidos. Não que apenas estes tenham seus pecados perdoados, mas é que ele trata do assunto inicial da fé, do discipulado, o perdão dos pecados, a primeira bênção aos crentes arrependidos.

Na primeira parte do v. 13, ele se dirige aos pais: "Pais, eu vos escrevo, porque conheceis aquele que existe desde o princípio". De caráter mais maduro, os pais já representavam sua segurança na fé, sua aptidão para o ensino, seu conhecimento de Deus a fim de passarem para os novos convertidos.

O apóstolo continua ainda no v. 13 explicando agora por que escreveu aos jovens: "Jovens, eu vos escrevo porque tendes vencido o Maligno". Os jovens representam os crentes vigorosos, que, apesar de não terem a mesma experiência madura dos pais, conhecem a sã doutrina e resistem ao Maligno.

Mas seja você um cristão recente (filhinho), um ávido trabalhador na obra do Senhor (jovem) ou um experimentado fiel (pai), o que importa é que todas estas três classes andam no mesmo caminho para Deus. Cada qual com sua condição, seu grau, mas todos objetivando o mesmo alvo, a estatura de Cristo, Varão Perfeito (Ef 4.13).

Podemos ser filhinhos, mas não devemos ser meninos (Ef 4.14); podemos ser jovens, mas não devemos ser precipitados (Lc 14.28-33); podemos ser pais, mas não devemos ser acomodados (1Co 15.58). Caminhemos para o mesmo alvo – Cristo, não importa em que nível estejamos. O que começou a boa obra em nós há de completá-la até o dia de Cristo Jesus (Fp 1.6).


Dia tes písteos.

Pr. Cleilson

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

A POSTURA CRISTÃ PERANTE A CIDADANIA DAS ELEIÇÕES



Estamos à beira das eleições para definir os governantes de nossa cidade pelos próximos 4 anos. Será neste domingo. Entretanto, não posso deixar de falar sobre algumas questões importantes para nós como igreja, uma vez que não nos comportamos como o mundo e nem a ele pertencemos (Jo 17.16). Mas ainda estamos no mundo (Jo 17.11) e precisamos saber, ou pelo menos nos lembrar de que maneira reage o filho de Deus que ainda habita neste mundo (Fp 2.15).

As considerações que farei a seguir usam a Palavra de Deus como norte para procedermos com prudência diante da nossa responsabilidade como cidadãos. Todavia, quero ressaltar que estamos num mundo caído e, consequentemente, toda forma de governo humano é falha e corrompida, pois quem está no poder é o homem e este corrupto. Mas Deus permitiu essa gama de sistemas de governo, uma vez que na forma teocrática (Deus como governante) o povo não conseguia preencher os requisitos santos e perfeitos de Deus. Surgiram então a monarquia, a república, o parlamentarismo, presidencialismo, democracia, regimes ditadores, com variados sistemas econômicos como socialismo, capitalismo, comunismo, etc. Bem, não importa qual seja o sistema de governo ou econômico de um país, todos eles são marcados pela corrupção e pela mancha enorme de pecado que existe no coração humano. Então vou me limitar ao nosso sistema que é o democrático presidencialista capitalista, e mostrar como deve ser a participação de um cristão verdadeiro na sua atividade sociopolítica, porque, querendo ou não, o cristão é um ser social e político.

A PRÁTICA DA ORAÇÃO PELOS GOVERNANTES NÃO ESGOTA NOSSO EXERCÍCIO DE CIDADANIA (1Tm 2.1-3)

Que devemos orar pelos nossos governantes todos nós já sabemos. O problema é que nem sempre nos atentamos para o fato de que só orar não basta. Nós vivemos num país democrático e todos temos o direito de exercer a nossa cidadania. Quando Paulo escreveu esse texto a Timóteo, eles viviam num regime monárquico, onde, mesmo com a presença do senado romano, o domínio era realmente do imperador. Em outras palavras, não havia muito o que o cristão fazer em termos de exercício de cidadania. Paulo tinha cidadania romana, mas isso não era privilégio da maioria dos cristãos, portanto, o que podiam fazer mesmo era orar.

Porém hoje, nós vivemos num país de livre expressão. Nossa cidadania pode ser exercida com liberdade. Podemos fazer algumas coisas além de orar. Paulo, por exemplo, exerceu sua cidadania romana na cidade de Filipos (At 16.36-39).

Na época de Paulo, eles não podiam eleger seus governantes. Os reis assumiam o trono de seu pai, ou algumas vezes havia conspirações para colocar outra família no trono. Com isso nasciam tramas, traições e muitos assassinatos. Em nossa época é tudo diferente. Nós podemos escolher nossos governantes para nos representar; nós podemos cobrar dos nossos representantes, caso não estejam cumprindo seu dever para com a sociedade. Continuamos sendo cidadãos, mas somos mais que isso, somos cristãos, somos representantes do Rei dos reis, o Qual governa com justiça e equidade. E é isso que devemos exigir dos nossos representantes no governo. Sabemos que ninguém tem condições humanas para reger com justiça, mas não podemos negar que ainda existe um pouco da imagem de Deus na humanidade e é isso que temos que exigir que seja demonstrado. O que não podemos fazer é pecar. Protestar e ser voz profética podemos e devemos.

Engraçado é que ouço muitos cristãos falarem que crente não se envolve com essas coisas, alguns até com ares de santidade, mas por trás vendem seu voto a troco de migalhas, de favores banais e ficam de rabo preso com corruptos, participando de sua corrupção. Ainda pensam que são eternos devedores por causa de um favor pessoal que recebeu daquele político imoral. Mas quero falar sobre outra coisa intimamente ligada a essa.

O VOTO É UMA BÊNÇÃO DE DEUS

Há praticamente três desencontros que algumas pessoas cometem com seu voto: uns jogam-no fora (anulam ou votam em branco), alegando que não têm ninguém em quem votar, ou que não se importam com a cidadania, outros dizem que vão votar em qualquer um (não têm critério) e outros negociam seu voto como já falamos. O voto é uma conquista de um povo que lutou pelo banimento da ditadura militar e colocou na mão do povo o direito de escolher quem ele quer que seja seu governante. E isto veio com a permissão de Deus. Há países que não podem exercer o direito de mostrar quem o povo gostaria que fosse seu governante. É claro que estamos longe de termos um representante que seja realmente confiável, como já vimos as razões para isso. Mas não devemos desperdiçar a chance de praticar a mais simples expressão de liberdade de cidadania que se pode ter: votar.

Os apóstolos, antes da descida do Espírito Santo, propuseram lançar sortes para escolher um dentre dois candidatos que preenchessem os requisitos do ministério apostólico (At 1.15-26). Em At 6.3,5 a igreja escolheu 7 homens para preencher as vagas de diáconos. E em At 14.21-23 foi feita uma eleição de presbíteros nas igrejas de Listra, Icônio e Antioquia.

Observe que para fazer a candidatura, os pretendentes deveriam preencher certas qualidades antes mesmo de serem colocados à escolha. Então eram escolhidos os melhores entre os que já preenchiam as exigências. Claro que estamos falando de governo eclesiástico, mas como já disse, a Bíblia nos dá um norte para praticarmos nossos direitos e deveres.

Antes de votarmos, e até mesmo antes de analisar os candidatos, deveríamos conhecer quais são os requisitos que eles devem preencher. Só então podemos analisar os que forem os melhores para que sejam dignos do nosso voto.

Quando anulamos ou votamos em branco (o que é um direito), estamos dizendo duas coisas: ou que nós não temos opções, ou que nós não nos importamos. Mas, entre os homens caídos, há alguns que ainda manifestam um pouco mais da imagem de Deus do que outros; ainda há aqueles que preenchem mais do que outros os requisitos para o cargo que pretendem ocupar. Esses merecem nosso voto.

Sobre a questão de vender o voto, ou trocá-lo por algum benefício, nós aprendemos com Daniel, que rejeitou os presentes, as propostas e as glórias do reino de Belsazar (Dn 5.16,17). O crente não vende nem troca seu voto. Ele não é egoísta, que olha só pro seu umbigo; ele olha para a cidade, para todos, ele ora e busca a paz na cidade e não benefícios pessoais (Jr 29.7). O homem é um ser comunitário, então é óbvio que nossa busca pelo bem deveria ser um bem comum a todos. A Bíblia diz que devemos nossas obrigações para com o Estado (Rm 13.7). Então, na hora de requerer, devemos requerer com vistas ao bem comum e não pessoal. Alguns dizem: “Mas todo mundo faz isso”... E a Bíblia diz: “Deixa aos mortos o sepultar os seus próprios mortos” (Lc 9.60).

UM REPRESENTANTE QUE PROJETE NOSSA CONCEPÇÃO DE MORALIDADE

Essa é nossa primeira eleição onde já passa a valer a lei da ficha limpa. Mas pelo visto, parece que essa lei não está fazendo quase nenhum efeito nem por parte da justiça nem tampouco do povo. Por parte da justiça, os candidatos sujos acabam sendo julgados com decisão favorável; e por parte do povo, as pessoas continuam votando no indivíduo corrupto.

Mas não para nós cristãos. Os cristãos devem colocar no poder aqueles candidatos que melhor projetem a nossa concepção de moralidade. Não se pode admitir que um cristão vote numa pessoa cujo passado político é comprovadamente imoral. Os crimes eleitorais passam desde a compra de votos até o enriquecimento ilícito com o erário público, muitos desses crimes são denunciados, investigados e comprovados e, por incrível que pareça, muitos crentes continuam dando sua parcela de contribuição para que a corrupção continue. Só pode ser por algum motivo, ou muito ingênuo ou muito corrupto para que cristãos façam isso. Ou se está ganhando algum benefício pessoal ou eclesiástico com isso (uma vez que muitos pastores também se vendem e vendem seu rebanho a troco de favores para sua igreja), ou é porque está sendo ludibriado pelo carisma do candidato, que sabe falar bem, abraça o povo, chora nos palcos de comícios, dá tapinha nas costas e promete um paraíso. Infelizmente há pessoas que votam em um candidato porque receberam dele um abraço ou um sorriso...

Em 1Tm 2.2 diz no final do versículo que o objetivo de orarmos pelos políticos é “para que vivamos uma vida tranquila e mansa, com toda piedade e respeito”. Essa última palavra pode significar “seriedade moral” tanto da nossa parte como da dos governantes. A pergunta é: que concepção de moralidade nós temos quando votamos num ser corrupto sob as máscaras de bonzinho? Até quando vamos ter a ilusão de que político gosta da gente? Podemos dizer que a minoria dos políticos trabalha realmente pelo povo. A esmagadora maioria está ali para fazer seu “pé-de-meia”.

Pesquise se o seu candidato está com a ficha limpa ou não. Não faz sentido se você diz que tem moral e vota num imoral, porque afinal essa é sua concepção de moralidade. Infelizmente a Lei ainda permite campanhas destes.

CONCLUSÃO

Vamos resumir o que propusemos aqui nesta mensagem:

Devemos orar pelos nossos governantes, mas precisamos agir com o exercício da cidadania porque temos liberdade para isso.

Não devemos jogar fora nosso voto, nem votar sem critério, antes, devemos escolher aqueles que preenchem os requisitos para o cargo a que concorrem.

Crente que vende seu voto é egoísta e inconsequente; só pensa em si mesmo e não se importa com as consequências de um governo corrupto.

Devemos votar naquele candidato que mais reflete nossa ideia de moralidade.

Candidatos simpáticos e alegres não devem nos enganar, pois não olhamos a aparência e sim a conduta anterior, se têm ou não problemas com a justiça.

Dia tes písteos.

Pr. Cleilson

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

PREGAÇÃO EXPOSITIVA EM TIAGO 4 - PARTE 8

A partir deste sermão estamos vendo as consequências, o que acontece em uma igreja que permite brigas e contendas pelas cobiças e seus interesses.

Clique aqui para baixar a parte 8 dos sermões expositivos em Tiago 4.

Dia tes písteos.

Pr. Cleilson