"Porventura, não convinha que o Cristo padecesse e entrasse na sua glória?" (Lc 24.26).
Essa pergunta de retórica de Cristo para os dois andrajosos no caminho de Emaús oferece-nos uma dentre muitas bases bíblicas para a teologia do sofrimento.
Quando falamos em sofrimento, não estamos dizendo que o crente seja vítima dos males do cotidiano. Apenas que ele não está isento de enfrentá-los e, ao passar por eles deve identificar a fonte desses males e ao mesmo tempo suportá-los com alegria e confiança.
Por que o próprio Cristo não ficou isento do sofrimento? Isso foi um fardo para Ele? Ao sofrer, Cristo nos isenta do sofrimento, ou pede que O sigamos nesses passos?
Há dois extremos quanto ao sofrimento que devemos evitar. Segundo o Pr. Mark Driscoll, esses dois extremos são: a procura pelo sofrimento e o evitar o sofrimento a todo custo. A igreja primitiva chegava a buscar o sofrimento, a fim de se identificar com Jesus. E, ainda segundo ele, se Jesus tivesse buscado evitar o sofrimento, ainda estaríamos mortos em nossos pecados.
Cristo não ficou isento do sofrimento por alguns motivos, entre os quais o autor de Hebreus nos esclarece que Ele sofreu para socorrer os que são tentados pelo sofrimento (Hb 2.17,18). O sofrimento não foi um fardo para Jesus, pois Se submeteu em obediência até a morte e por isso foi aperfeiçoado (Hb 5.8,9; Fp 2.8).
Cristo sofreu para que nós não mais sofrêssemos o preço do pecado, o seu salário. Que fique claro que Cristo não nos livra das consequências de nossos pecados, pois tudo o que o homem semear, isso também ceifará (Gl 6.7), mas a morte de Cristo nos livra do salário do pecado, dando-nos (aos que creem) a vida eterna (Rm 6.23). Pecados que cometemos hoje irão nos fazer sofrer quando começarmos a colher seus resultados, mas não temos que pagar isso na eternidade.
Cristo nos pede que O sigamos, sim (Mt 16.24). Devemos carregar a nossa cruz. Devemos entender que não estamos livres dos males. Quando Jesus disse na oração dominical "livra-nos do mal", Ele não estava Se referindo aos males do dia a dia, mas ao mal personalizado, o próprio maligno (Mt 6.13; Jo 17.15). Devemos enfrentar cada provação como "necessidade" para que entremos no reino de Deus (At 14.22). Nós nos entristecemos, sim, quando nossos sofrimentos são resultados de uma atitude pecaminosa; isto deve nos levar prontamente ao arrependimento. Mas se sofremos por amor a Jesus e à Sua Palavra, não temos de que nos entristecer, pelo contrário, disse Jesus, "regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram aos profetas que viveram antes de vós" (Mt 5.12).
Se convinha que o Cristo padecesse e entrasse na Sua glória, quanto mais eu?!
Dia tes písteos.
Pr. Cleilson
O sofrimento faz parte da vida cristã.O evangelho é um chamado a uma vida de lutas e dificuldades, porém Deus não nos desampara jamais.Gosto muito desse verso de 2 Co 4.17 "Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente."
ResponderExcluirparabens pastor cleison pelo estudo cada dia que eu le aprendo mais como vencer no sofrimento da nossa vida se naõ passar por luta como nos vamos ser apravado par deus, jesus sofreu por nos nao sanos melhor do que jesus ele morreu sem culpa algua, no que merrecemos a morte.
ResponderExcluirSe não tivessemos lutas, com certeza seriamos crente relaxados e acomodados, pois mesmo diante dessas coisas ainda somos assim. Só buscamos ao Senhor em momento de extremo dezespero, quando vemos que realmente não há solução. Cristo é presente, em cada passo que nós damos, se caimos Ele alivia o impacto, se levantamos Ele nos ajuda, quando caminhamos Ele nos direciona. As lutas são as oportunidades que Deus permite para que cresçamos e amadureçamos, até alcançar a estatura de varão perfeito na vinda do Senhor.
ResponderExcluirObrigado Senhor!