terça-feira, 16 de setembro de 2025

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0638 - CRISTO À DIREITA DO PAI

 


O Filho... depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade, nas alturas” (Hb 1.3 – NAA).


Na antiguidade, o conceito sobre o significado da mão direita era muito importante e designava um sentido figurado de privilégio, poder e primazia. Em geral, a mão esquerda era usada para propósitos higiênicos, o que lhe deixava em posição menos prezada do que a mão direita. Também pelo fato de a maioria das pessoas serem destras, a mão direita tomou um sentido figurado de poder e trabalho. Estar assentado à direita de alguém poderoso significava uma posição da mais alta honra existente.

Os autores bíblicos do NT sempre ressaltaram o fato de Jesus Cristo ter Se assentado à direita do Deus Todo-Poderoso. Esse era um ponto imprescindível na pregação dos apóstolos (At 2.33; 5.31; etc.). Aliás, um ponto quase por completo esquecido nas pregações atuais.

O autor aos Hebreus, como lemos, destaca que Jesus foi exaltado à direita do Pai “depois de ter feito a purificação dos pecados”, ou seja, ele quer demonstrar essa exaltação como uma recompensa. O Pai colocou Jesus à Sua destra somente depois que Ele fez a purificação dos pecados. Esse é um ponto necessário ao raciocínio teológico.

Jesus é Deus eterno, mas não foi eternamente homem. Portanto, Ele vivia com o Pai e o Santo Espírito por toda a eternidade, mas somente como Deus. Entretanto, o propósito eterno era que Ele Se fizesse homem e, ao fazê-lo, deveria despojar-Se de Sua glória e assumir as limitações próprias da humanidade. Porém, além disso, nosso Salvador Se humilhou muito mais, pois viveu pobre, foi homem de dores, sofreu rejeição, suplícios e, finalmente, a morte e a sepultura!

Ali na morte foi que Ele fez a purificação dos nossos pecados. Toda Sua humilhação foi necessária para que Ele descesse ao mais baixo nível, a fim de salvar o mais abominável pecador! Nosso Senhor passou Seu último estágio de humilhação no túmulo. Foi dali que Seu Pai O ressuscitou e O glorificou! Mas não somente isto. Deus também O elevou ao céu e O fez assentar-Se à Sua direita!

Agora sim, Jesus foi elevado, foi exaltado pelo próprio Deus. Como não há ninguém maior que Deus, a exaltação de Jesus foi a maior de todas e jamais poderá ser igualada ou superada! Se Jesus não Se tivesse feito homem, Ele jamais seria exaltado. Para ser exaltado, Ele teve que Se humilhar. Por isso que a doutrina da destra de Deus é importante.

Paulo diz que Deus exaltou Seu Filho “para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai” (Fp 2.10,11). Todos O adorariam mesmo se Ele não fosse exaltado. No entanto, todos deverão se curvar diante dEle porque, além de já ser Deus, Se fez homem e o próprio Deus O exaltou à mais alta posição de honra que jamais alguém poderá conhecer no universo para sempre! Será inquestionável a exaltação de Jesus. E todos reconhecerão isto, ao olharem para Ele à direita do Pai!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0637 - COMO SER ACEITÁVEL A DEUS



Exercitar justiça e juízo é mais aceitável ao Senhor do que sacrifício” (Pv 21.3).


A ideia de justiça no AT é bem diferente daquela como a conhecemos pelas cartas do apóstolo Paulo. No AT, exercitar justiça era viver de acordo com a lei de Deus, era um caminhar de forma reta e agradável a Deus, correspondendo àquilo que é justo.

Entretanto, como sabemos, por mais que o homem viva retamente, ainda que ele seja temente a Deus, sua vida não é uma vida realmente pura. Diante de Deus, até a pureza dos anjos ainda é embaçada! E o homem, quando ele não consegue atingir a perfeição exigida pela própria justiça de Deus, então, ele tenta sacrificar!

Aqui a coisa se torna mais difícil. O sábio disse que para Deus é muito melhor uma vida que exerce justiça do que alguém que tenta fazer um sacrifício. Como ninguém pode ser justo aos padrões de Deus, então sacrificar não vai resolver essa questão. No fim das contas, nem por sua própria justiça, nem por meio de seu próprio sacrifício, o ser humano poderá agradar a Deus.

Para resolver definitivamente essa questão, Deus enviou Seu Filho. Jesus é a oferta de Deus, o sacrifício que Ele providenciou em nosso lugar, uma vez que não aceita o sacrifício que vem do homem. Jesus viveu a vida de maneira completamente justa como homem algum jamais viveu. Assim, somente Ele agradou a Deus nos dois aspectos, tanto na Sua vida justa, como em Sua morte sacrificial.

O meio pelo qual Deus nos aceita como justos, parecidos com Cristo, é pela fé. Mas não é acreditar somente. Há muitas coisas em que nós acreditamos, muitas pessoas em quem acreditamos, porém, elas não fazem a menor diferença em nossas vidas.

Crer em Cristo é, primeiramente, nos achegarmos a Ele completamente desprovidos de nossos recursos e desempenhos e, consequentemente, nos assegurarmos de tudo o que somente Ele fez. É reconhecer que somente as obras de Cristo agradaram a Deus e não as nossas. Crer nEle é dizer a Deus que reconhecemos que dependemos somente do que Cristo fez, pois, o que nós fizemos e fazemos jamais poderá agradar a Deus.

Porém, uma vez confiando em Cristo, recebendo pela fé os benefícios de Seu sacrifício por nós, então, a partir de agora, nós também iremos exercitar justiça e juízo e, além disso, teremos certeza de que Deus aceitará. Paulo disse a Tito: “Fiel é esta palavra, e quero que, no tocante a estas coisas, faças afirmação, confiadamente, para que os que têm crido em Deus sejam solícitos na prática de boas obras. Estas coisas são excelentes e proveitosas aos homens” (Tt 3.8). No v. 5, ele diz que não foi por causa de nossas obras, mas agora ele diz que uma vez salvos, devemos fazer as boas obras.

Portanto, não tente substituir sua fé em Cristo por sacrifícios. Deus não Se impressiona com nenhum deles, por mais sofredor que seja. Também não tente viver baseado em sua própria justiça, mas unicamente na justiça dAquele que nunca pecou. Esse sim, agradou a Deus, tanto na vida (justiça), como na morte (sacrifício) e é por meio da fé nEle que você será aceitável a Deus.

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

segunda-feira, 15 de setembro de 2025

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0636 - FUGITIVOS DE DEUS

 


Caim então disse ao Senhor: “Esse castigo é pesado demais para mim. Hoje me expulsas desta terra que tenho cultivado, e terei de me esconder da tua face. Serei um fugitivo errante pela terra, e qualquer pessoa que me encontrar vai querer me matar!” (Gn 4.13,14 – NBV).


Depois que Caim matou seu irmão, Deus lhe deu uma sentença terrível. A sentença está no v. 11, que diz: “Por isso você será amaldiçoado nessa terra manchada pelo sangue dele”. As demais coisas seriam apenas consequências. Mas Caim achou muito pesado seu castigo diante do Senhor. Para ele, ser um fugitivo e ameaçado de morte por quem o encontrasse, era pior do que a verdadeira sentença: ser maldito diante do Senhor!

Os fugitivos de Deus são assim. Eles não se preocupam com seus crimes e pecados. Eles apenas acham pesadas demais as consequências. Certamente, se os homens soubessem que suas ações malévolas não teriam consequências, eles as cometeriam sem nenhum receio.

Na história desse primeiro assassino, Deus ainda estendeu sobre ele Sua proteção, dando-lhe “um sinal de identificação, para impedir que fosse morto por alguém que o encontrasse” (v. 15 – NBV). Assim também hoje, Deus estende Sua mão de misericórdia, restringindo a maldade dos homens, ainda que eles mereçam se consumir entre si! Deus retém a maldade do coração do homem, seja por um pouco de consciência ou por ameaça da punição da lei.

Mas, esta proteção de Deus sobre Caim fez com que ele se voltasse para Deus? De modo nenhum! O v. 16 diz que “assim Caim afastou-se da presença do Senhor”. Os fugitivos de Deus hão de preferir seus próprios pecados, hão de se esbaldar em suas iniquidades, mas jamais hão de desejar se aproximarem de Deus!

O grande erro de Caim, que ele acumulou sobre outros pecados já dantes cometidos, foi também o de fugir do Único que conseguia ver todos seus atos e ler todos seus pensamentos! Para matar seu irmão Abel, ele teve que convidá-lo para o campo (v. 8), o que prova que eles já tinham muitos irmãos e irmãs quando o crime aconteceu; senão, qual a razão de Caim tê-lo chamado para um lugar deserto?

Porém, mesmo o homicídio tendo ocorrido às ocultas, Caim não pôde se ocultar dAquele que tudo vê! Ele temia mais que alguém o matasse do que o castigo eterno que terá de sofrer com o próprio Deus lhe castigando eternamente!

Assim são os fugitivos de Deus. Eles têm medo que outros vejam seus pecados, mas não têm medo dAquele que vê todas as coisas e sonda os corações. Eles preferem viver o resto miserável de suas vidas terrenas fugindo do Único que pode perdoá-los, desconhecendo a eterna consequência que lhes aguarda no inferno!

Ah, se os fugitivos de Deus soubessem que há um lugar para onde poderiam fugir em segurança! Eles correriam para a cruz! Ali mesmo, onde o Filho de Deus foi cravado! Ali, onde Seu precioso sangue construiu uma cidade-refúgio para todos os que nEle creem! Ali, Deus não poderá mais puni-los, pois o Seu Filho assumiu o castigo em nosso lugar e foi isso que nos trouxe a paz com Deus. Caim só poderia ser limpo do sangue de Abel, se ele se prostrasse debaixo do sangue do Cordeiro de Deus!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

quinta-feira, 11 de setembro de 2025

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0635 - DE ESTRANGEIRA A ESPOSA

 


Então, disse Boaz a Rute: Ouve, filha minha, não vás colher em outro campo, nem tampouco passes daqui; porém aqui ficarás com as minhas servas” (Rt 2.8).


Por um período de tempo em que na época dos juízes em Israel houve fome na terra de Belém, Noemi, seu esposo e seus dois filhos foram peregrinar na terra de Moabe. Ali, seus dois filhos se casaram, mas ela perdeu o seu marido. Depois de viúva, Noemi também perdeu seus dois filhos. Suas noras ficaram viúvas como ela.

Havendo acabado a fome em Belém, ela decidiu voltar para sua terra, despedindo de si as suas noras. Entretanto, uma delas, chamada Rute, não aceitou separar-se de sua sogra. Rute foi para a terra de Belém e lá ela conheceu um homem bondoso, chamado Boaz. Mais tarde ela seria tomada por sua esposa; seria a bisavó do rei Davi e, maravilhosamente, Mateus a inclui na genealogia do nosso Salvador (Mt 1.5).

Episódios dessa natureza, às vezes, são vistos pelos leitores da Bíblia como uma história comum. Porém, a mão de Deus agindo por meio de circunstâncias maléficas é impressionante! Quem poderia conceber que Deus enviaria fome sobre a terra de Seu próprio povo, a fim de salvar uma estrangeira? Isso estava completamente fora do pensamento do povo de Israel e, por vezes, fora também do pensamento da igreja.

Deus queria salvar a moabita Rute e, por isso, enviou fome sobre Belém, enviou a família de Noemi para lá, fez com que o filho dela se encontrasse com Rute e com ela se casasse, ceifou a vida de seu marido, bem como dos seus dois filhos e, na hora em que ela resolveu voltar para sua terra, Deus moveu o coração de Rute para que não a deixasse de modo algum!

Ali no campo de Boaz, Rute foi tratada como mais tarde Jesus nos trataria. Nós também não éramos povo (1Pe 2.10). Nós estávamos separados de Cristo, da comunidade de Israel, sem esperança e sem Deus no mundo (Ef 2.12). Mas assim como Boaz disse à Rute que não fosse colher em outro campo, assim Jesus não nos deixou colher os frutos de nossos pecados; assim como Boaz disse à Rute que ficasse com suas demais servas, assim nosso Deus também nos trouxe para a comunidade dos salvos; assim como ela beberia da mesma água que os servos quando estivesse sedenta, assim também Jesus nos trouxe a água viva que mata a nossa sede!

Rute reconheceu que não tinha nem mesmo o mérito de ser chamada como uma das servas de Boaz, mas por fim, veio a ser sua esposa! Nós também, como o filho pródigo, pensávamos que não poderíamos ser recebidos por Deus como filhos e sim como algum de seus trabalhadores. No entanto, fomos feitos filhos de Deus quando cremos em Jesus (Jo 1.12); fomos adornados como esposa para o seu marido, a fim de nos encontrarmos com o nosso Amado nas Bodas do Cordeiro (Ap 19.7).

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

quarta-feira, 10 de setembro de 2025

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0634 - QUATRO POSTURAS NA COMUNHÃO


Ora, a mensagem que, da parte dele, temos ouvido e vos anunciamos é esta: que Deus é luz, e não há nele treva nenhuma” (1Jo 1.5).


A comunhão com Deus é algo muito profundo. Na verdade é um presente de Deus para nós, uma vez que o pecado rompeu com a relação que o homem tinha com seu Criador. Aqui nessa introdução à sua carta, o apóstolo João coloca 4 posturas que definem nossa comunhão.

A primeira é a postura do próprio Deus. O apóstolo diz que Deus é luz. Esta qualidade de Deus fala de Sua pureza e impecabilidade. Além disso, do fato de Deus ser puro em Si mesmo, Ele também ilumina a tudo que existe. Não há coisa alguma que possa ficar encoberta diante dos olhos do Senhor (Hb 4.13).

A segunda postura é a do que diz que tem comunhão com Deus, mas anda em trevas (v. 6). Pelo contexto (v. 7), andar em trevas significa andar em pecado. Não quer dizer uma pessoa impecável, pois só Deus é assim, como vimos que Ele é luz. Mas o apóstolo está dizendo sobre uma pessoa que diz ter comunhão com este Deus que é puro, mas o resultado de sua comunhão não é a santidade. Então isso é mentira, diz o apóstolo João. Não se pode estar ligado a Deus e não sofrer Sua influência purificadora.

A terceira postura é da comunhão mútua (v. 7). Se andarmos na luz, isto é, sob a direção da santidade de Deus. Porém, veja o resultado: não é que teremos comunhão com Deus, embora a tenhamos também. Entretanto, João destaca a comunhão mútua! Veja o contraste: alguém diz que tem comunhão com Deus e anda nas trevas. Esse tal é mentiroso. Já quem anda de fato na luz terá comunhão com seus irmãos. Em 2.10, ele diz que quem ama a seu irmão permanece na luz e sem tropeço! Foi isso que Jesus ensinou. Que seremos Seus discípulos, se tivermos amor não a Ele, embora isso também, mas primordialmente uns aos outros (Jo 13.35).

A quarta postura é a do Filho de Deus. Ele está aqui também no v. 7. Sobre aqueles que andam na luz, o Filho de Deus Se encarrega de derramar sobre eles o Seu precioso sangue, que os purifica de todo pecado! Isso é maravilhoso! Não há quem seja purificado pelo sangue do Filho de Deus que viva afastado da comunhão com seus irmãos. Isso é contrassenso! No v. 3, o apóstolo havia dito: “O que temos visto e ouvido anunciamos também a vós outros, para que vós, igualmente, mantenhais comunhão conosco. Ora, a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo”.

Lembremo-nos sempre de que fomos resgatados para a comunhão. Mas não apenas uma comunhão individual com Deus, embora ela também exista. Mas em toda a carta, o apóstolo João enfatiza a necessidade que temos uns dos outros. Valorize a comunhão com seus irmãos em Cristo. O apóstolo do amor vai dizer mais tarde: “Ora, temos, da parte dele, este mandamento: que aquele que ama a Deus ame também a seu irmão” (4.21).

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

terça-feira, 9 de setembro de 2025

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0633 - MURMURANDO CONTRA A VERDADE

 


Respondeu-lhes Jesus: Não murmureis entre vós. Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia” (Jo 6.43,44).


Parece novidade, mas a murmuração contra as palavras da verdade não é coisa nova. Claro que hoje, em um mundo hipocritamente polido, onde você é “livre” para se expressar, desde que expresse a cartilha da ideologia globalista, quando você pronuncia as palavras de Jesus Cristo, você se torna ofensivo para esta sociedade maligna. Mas isto não é prerrogativa exclusiva da nossa geração. Já era assim nos tempos de nosso Mestre.

O discurso de Jesus àquela multidão que O procurou apenas por ter se fartado dos pães e peixes que Ele multiplicara, foi um discurso ofensivo, pois, de início, nosso Senhor já os desmascarou: “Em verdade, em verdade vos digo: vós me procurais, não porque vistes sinais, mas porque comestes dos pães e vos fartastes” (v. 26). Se hoje, um pregador disser isso para as multidões, obviamente que será também considerado um ofensor.

Quando Jesus disse que era o Pão da Vida, aqueles homens começaram a murmurar por causa desta palavra (v. 41). No v. 42, eles disseram que conheciam a família terrena de Jesus, essas coisas, e se escandalizaram porque Ele havia dito: “Desci do céu”. Agora, Jesus esclarece que a murmuração procedente deles era somente por um motivo, a saber, ninguém podia vir a Cristo se o Pai não o trouxesse (v. 44)! Os demais só vão murmurar.

Se você considera qualquer palavra boa, com toda certeza se sentirá ofendido quando ouvir a verdade! Se, ao ouvir a verdade, sua reação for murmurar, achar ruim, então, todos os indicativos são de que o Pai não está trazendo você a Cristo! Isso é muito pior do que seu blá blá blá. Reclamar da verdade da Palavra é sinal de que há uma rejeição de Deus contra você. E a insistência nessa resistência é a condenação!

Por outro lado, o contrário de reclamar da verdade, é se humilhar perante ela. Quando você ouve a verdade da Palavra e isso lhe leva à humilhação, ao quebrantamento, à vergonha e ao reconhecimento da necessidade de ser salvo, então o Pai está lhe conduzindo a Cristo! Aparentemente, diante dos homens, isso é humilhante e ridículo, mas diante de Deus é o despir-se das roupas imundas do pecado e aproximar-se vazio e falido diante do Salvador! A este, Jesus diz que o ressuscitará no último dia!

Observe a diferença entre a resposta dos demais discípulos e a de Pedro. Enquanto muitos discípulos da multidão disseram: “Duro é este discurso; quem o pode ouvir?” (v. 60), Pedro disse: “Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras da vida eterna; e nós temos crido e conhecido que tu és o Santo de Deus” (v. 68). E você? É desse que, quando ouve a verdade, fica incomodado e murmurando? Ou reconhece que a Palavra da Verdade é a única que salva?

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

segunda-feira, 8 de setembro de 2025

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0632 - O VALOR DA PALAVRA DE DEUS PARA JESUS

 


Naquele momento, disse Jesus às multidões: Saístes com espadas e porretes para prender-me, como a um salteador? Todos os dias, no templo, eu me assentava [convosco] ensinando, e não me prendestes. Tudo isto, porém, aconteceu para que se cumprissem as Escrituras dos profetas. Então, os discípulos todos, deixando-o, fugiram” (Mt 26.55,56).


Na noite da prisão de Jesus no Jardim das Oliveiras, algumas falas do nosso Mestre nos revelam que era inevitável que as Escrituras se cumprissem acerca de Seu destino mortal aqui na terra. Depois de terem ceado, Jesus foi com Seus discípulos para o Monte das Oliveiras e disse a eles que todos eles O abandonariam e, então, enfatizou: “porque está escrito” (v. 31). Vemos que o abandono que Ele sofreria era inevitável, mesmo que Pedro jurasse que não O haveria de deixar. Pedro não podia frustrar as Escrituras!

Outra demonstração da inevitabilidade de Sua morte está no contexto de Sua oração. Ele pedia ao Pai que “se possível” passasse dEle aquele cálice (v. 39)! No entanto, quando viu que não era possível, Ele assentiu: “Se não é possível... faça-se a Tua vontade” (v. 42).

A próxima amostra foi no momento em que Pedro sacou de sua espada para tentar defender Jesus da prisão (v. 51). Jesus disse a Pedro, além de outras coisas, que havia mais de 12 legiões de anjos disponíveis para Ele, se Ele quisesse (v. 53)! Mas a questão era: “Como, pois, se cumpririam as Escrituras, segundo as quais assim deve suceder?” (v. 54).

A última prova foi mostrada para as pessoas que vieram prendê-lo. Jesus disse a eles que esteve todos os dias no templo, ensinando, e eles não O prenderam. Por que vir agora com porretes e espadas, como se Ele fosse um malfeitor (v. 55)? Jesus está dizendo que Ele é Quem estava Se entregando e não os homens que estavam Lhe prendendo! E isto para que se cumprissem as Escrituras (v. 56)!

Tanto o abandono que Ele sofreria de Seus discípulos, como o fato de ser impossível passar o cálice sem que Ele bebesse, a ordem que deu a Pedro de guardar sua espada e também dizer aos soldados que estavam Lhe prendendo porque Ele queria, tudo isso mostrava uma coisa: Jesus totalmente consciente da infalibilidade da Palavra de Deus e completamente submisso a ela!

Percebe a enorme diferença entre Jesus e nós? Ele, sendo a Palavra, o Verbo de Deus, submeteu-Se completamente àquilo que estava escrito, para que a vontade do Pai se cumprisse! Nós, por outro lado, inúmeras vezes nos rebelamos contra a Palavra, não nos submetemos a ela e ainda há alguns que pensam que mesmo assim estão fazendo a vontade de Deus!

Foi por isso que Deus Pai exaltou Seu Filho soberanamente (Fp 2.9). Foi porque Ele Se submeteu sem reserva, sem vírgula, sem nota de rodapé, sem observações extras à Palavra de Deus! Hoje, muitos crentes desobedientes à Bíblia, ainda gritam por aí que serão um dia exaltados por Deus...

Día tes písteos.

Pr. Cleilson