quinta-feira, 11 de dezembro de 2025

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0697 - O CASTIGO DOS SALVOS É DIFERENTE DO CASTIGO DOS ÍMPIOS

 


Consumirei os homens e os animais, consumirei as aves do céu, e os peixes do mar, e as ofensas com os perversos; e exterminarei os homens de sobre a face da terra, diz o Senhor” (Sf 1.3).


O profeta Sofonias era parente do rei Josias. Este rei era bisneto de Ezequias e Sofonias era tataraneto. Embora tivesse linhagem real, não tinha, todavia, a dinastia, ou seja, não era herdeiro direto ao trono, visto que não era filho dos primogênitos do falecido rei Ezequias.

Porém, mesmo sendo primo distante de Josias, o profeta Sofonias não se intimidou em trazer a palavra de Deus para o povo da cidade do rei, a cidade de Jerusalém, uma palavra de ameaça, a qual se cumpriu alguns anos mais tarde, debaixo da espada do rei babilônio, Nabucodonosor.

Dentre várias palavras de ameaça de castigo que Sofonias trouxe ao povo de Judá, tem uma que é muito interessante. No v. 3 diz: “Consumirei os homens e os animais... e as ofensas com os perversos”. Muitos alegam que Deus ama o pecador, mas odeia o pecado. Entretanto, o profeta diz, inspirado por Deus, que os perversos são consumidos junto com suas ofensas!

É claro que Deus ama pecadores, porém, somente os pecadores que Ele decidiu salvar (Rm 5.8). Foi por eles que Deus enviou Seu Filho para morrer pelos pecados deles (Mt 1.21). E mesmo os pecadores que Deus amou, nasceram debaixo da ira de Deus (Ef 2.3). Mas, como já eram objeto do Seu amor desde a eternidade (Rm 8.29), então para cada um deles chegará o tempo da salvação, que os livra da ira, justificando-os de seus pecados.

Davi diz no Salmo 5.5,6: “Os arrogantes não permanecerão à tua vista; aborreces a todos os que praticam a iniquidade. Tu destróis os que proferem mentira; o Senhor abomina ao sanguinário e ao fraudulento”. É óbvio, portanto, que Deus não só odeia o pecado, como também os que o praticam.

Mas, quando Ele ama, Ele ama por Sua livre misericórdia. Veja ainda o que disse Davi no v. 7: “porém eu, pela riqueza da tua misericórdia, entrarei na tua casa e me prostrarei diante do teu santo templo, no teu temor”. Não é porque ele fosse melhor que os ímpios, mas somente pela riqueza da misericórdia de Deus. Paulo disse isso também em Ef 2.4, sobre o Deus rico em misericórdia.

Sofonias trouxe uma dura palavra de ameaça para o povo de Deus. Entretanto, Deus não permitia que outros povos maltratassem Seu povo. Em Sf 2.8-10, Deus disse que faria como fez com Sodoma e Gomorra aos povos de Moabe e Amom, porque “escarneceram e se gabaram contra o povo do Senhor dos Exércitos”. Ainda que Deus corrija e discipline Seu povo, todavia, não os deixa nas mãos de Seus inimigos.

Quando somos perseguidos pelo mundo, também é uma expressão da correção de Deus a nós. Pedro diz que quando sofremos como cristãos, devemos glorificar a Deus, pois “a ocasião de começar o juízo pela casa de Deus é chegada” (1Pe 4.16,17).

Mas ele alerta gravemente sobre os ímpios, dizendo: “ora, se primeiro vem por nós, qual será o fim daqueles que não obedecem ao evangelho de Deus?” Isso prova que nosso castigo é totalmente diferente do castigo dos ímpios. A nós, que somos amados por Deus, Ele nos disciplina. Aos que Ele aborrece, Ele condena.

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

quarta-feira, 10 de dezembro de 2025

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0696 - A PREGAÇÃO É MAIOR DO QUE O PREGADOR

 


Jesus lhes respondeu: Ainda que eu dê testemunho de mim mesmo, o meu testemunho é verdadeiro; porque sei de onde vim e para onde vou; mas vós não sabeis de onde venho nem para onde vou” (Jo 8.14 – A21).


Acusado de legislar em causa própria, Jesus teve de dar uma resposta pronta para os fariseus, após dizer que Ele é a luz do mundo e todo aquele que O segue não andará em trevas. A resposta de Jesus é fulminante, porque Ele apelou para Sua origem, que é sobre-humana, é divina, na verdade!

O testemunho de Jesus não depende da lei humana para ser verdadeiro. O nosso sim. Nós precisamos de testemunhas, provas e muitos outros documentos que corroborem nossa veracidade. Mas nós somos daqui, viemos da terra e para ela voltaremos. Nós somos pecadores, não somos confiáveis, nosso autoelogio é suspeito.

Mas nosso Senhor não. Ele veio do céu. Ele sabia de onde tinha vindo e por que veio. Sabia também que voltaria para o Pai com Sua obra perfeitamente realizada. A classe à qual Jesus pertence, a saber, a divindade, não erra, não pode se submeter aos critérios humanos egoístas e injustos. Esta é a razão por que Jesus disse isso aos fariseus que O acusaram de Se autoelogiar.

Porém, o que dizer dos crentes, que pregam o evangelho de nosso Senhor Jesus? Eles são homens imperfeitos pregando o evangelho do Homem Perfeito. Nesse caso, embora seja adequado e necessário que os pregadores do evangelho deem bom testemunho em sua própria vida, não é, de fato, sua vida que vai corroborar o evangelho pregado. Como disse Jesus mais tarde, “quem me rejeita, e não aceita as minhas palavras, já tem seu juiz: a palavra que tenho pregado, essa o julgará no último dia” (12.48).

A Palavra de Deus é perfeita como o próprio Deus. O que os homens de Deus pregam é a verdade de Deus e não estão sujeitos a falso testemunho, uma vez que pregam exatamente a verdade de Deus! Ao contrário, são os ouvintes que ficam sujeitos a julgamento de Deus, caso rejeitem aquilo que é proclamado pelos fiéis evangelistas.

Ninguém poderá alegar no dia do Juízo Final que não seguiu o evangelho por causa do mau testemunho de algum crente. É claro que há crentes que dão mau testemunho. Entretanto, o evangelho é puro mesmo quando os crentes são impuros. O que nós falamos é maior do que nós mesmos. O evangelho está acima do juízo humano.

Portanto, incline seus ouvidos com humildade quando ouvir falar do verdadeiro evangelho do nosso Senhor Jesus Cristo. Ele é lá de cima, tanto quanto o nosso Salvador. Ele é o evangelho perfeito da nossa salvação e, mesmo que pessoas imperfeitas o proclamem, não é seguro para você confiar na sua acusação contra um cristão. Ele já foi justificado pela fé em Cristo e você não. Ele sabe para onde vai e você não. O testemunho dele é verdadeiro e o seu não. Você acha que compensa rejeitar o que um cristão diz por causa de alguma acusação?

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

terça-feira, 9 de dezembro de 2025

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0695 - O SOPRO GELADO DA INIQUIDADE CONTRA O AMOR

 


E, por se multiplicar a iniquidade, o amor se esfriará de quase todos” (Mt 24.12).


Quando nosso Senhor Jesus falou da grande e assustadora frieza do amor que haveria de acontecer devido ao aumento da iniquidade, Ele não estava Se referindo a pessoas ímpias. A palavra “amor” é do grego agapē e, na linguagem cristã, o ímpio não possui esse amor. Ele estava falando mesmo de crentes, pessoas que conheceram o amor de Deus, mas deram mais lugar à injustiça do que à vontade de Deus.

De fato, os últimos séculos do cristianismo têm se mostrado mais nocivos à estabilidade do amor cristão. Basta fazer uma comparação com o amor cristão das igrejas dos primeiros séculos. A igreja primitiva amava a ponto de transformar seu amor em algo palpável, não somente visível! A igreja atual não consegue...

Uma das provas do aumento da iniquidade pode se ver há cerca de 200 anos. O iluminismo roubando o coração dos supostos intelectuais, alegando que não precisavam mais de Deus para explicar nada; o modernismo endurecendo os incrédulos, fazendo-os rejeitar qualquer coisa que não pudesse ser provada cientificamente; e o pós-modernismo diluindo a verdade, dizendo que cada um tem a sua. Diante de tanta iniquidade, explica-se por que muitos crentes sucumbiram seu amor à frieza.

A palavra que Jesus utiliza para “esfriar” é uma palavra grega que significa “esfriar soprando”, isto é, quando se deseja esfriar um alimento quente. O esfriamento do amor é intencional. Não é um simples abandono do amor, mas uma investida contra seu fervor natural. Isso é muito triste, inclusive porque é o que vemos claramente na vida de muitos cristãos.

Nenhum cristão pode alegar que Deus não lhe deu esse amor, pois o apóstolo Paulo nos diz que “o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado” (Rm 5.5). Se você alega não ter esse amor, é porque você não tem o Espírito Santo e, como disse o próprio Paulo, “se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele” (Rm 8.9).

Crentes, acordem para o amor cristão! Vejam as qualidades maravilhosas que tem esse amor que Deus derramou em nós: ele é sem hipocrisia; detesta o mal e se apega ao bem; ele procede do coração; ele nos faz considerar-nos irmãos; ele nos faz preferir o outro em honra ao invés de nós mesmos; ele não é mesquinho no cuidado da obra de Deus, mas é fervoroso no espírito; ele nos leva a ter alegria pela vinda de Cristo; nos dá paciência na tribulação e perseverança na oração; ele compartilha as necessidades dos santos e pratica a hospitalidade; ele nos leva a abençoar os que nos perseguem, a nos alegrar com os que se alegram e chorar com os que choram; ele busca unidade no sentimento, abomina o orgulho e não se considera o mais sábio; ele busca ter paz com todos e não busca vingança; dá de comer e beber ao inimigo e vence o mal com o bem (Rm 12.9-21)!

Foi este amor que Deus derramou em nossos corações. Você acha que ele se esfriaria assim, do nada? Ou de fato somos nós que temos soprado contra ele o sopro gelado da iniquidade?

Día tēs písteōs.

Pr. Cleilson

segunda-feira, 8 de dezembro de 2025

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0694 - PRECIPITAÇÃO É PECADO CONTRA O CONHECIMENTO DE DEUS

 


Não é bom proceder sem refletir, e peca quem é precipitado” (Pv 19.2).


Em sua natureza caída, o ser humano é, naturalmente precipitado. Grande parte de todos os nossos problemas vem exatamente porque nossas ações, que geraram estes problemas, foram feitas sem refletir. Além disso, temos o problema da nossa reflexão também ser manchada pela Queda e, por isso, a limitação em avaliar as consequências.

A versão ARC é a que mais se aproxima do texto original em hebraico. No lugar de: “Não é bom proceder sem refletir”, ela diz: “Assim também ficar a alma sem conhecimento não é bom”. O provérbio está falando da alma, ou da pessoa que se satisfaz em ficar ou viver sem conhecimento ou discernimento. É muito diferente das versões que temos em português...

O que o texto sagrado nos diz é que só poderemos refletir corretamente, quando prezarmos pelo conhecimento. Entretanto, o conhecimento não é aquilo que supomos. Nosso conhecimento não pode ser autônomo, senão, ele pode nos conduzir a decisões intuitivas e, muitas vezes, erradas.

O conhecimento deve ser padronizado e objetivo, ou seja, ele deve estar fora de nós, a fim de que nossas decisões sejam julgadas por este padrão externo, se estão certas ou erradas. Observe que o provérbio ainda diz que “peca quem é precipitado”. Por quê? Só porque a pessoa não avaliou sua decisão e suas implicações? Não. Mas principalmente porque sua alma estava sem o conhecimento correto, portanto, ela não tinha condições de avaliar honestamente.

Neste caso, o pecado aqui é errar o alvo, errar o caminho. Tanto serve para o erro das decisões corriqueiras da vida, como também para o erro das decisões nas coisas concernentes ao âmbito espiritual, muito embora, nenhuma coisa corriqueira na vida do crente exclui sua devida espiritualidade. Se honramos a Deus nas coisas cotidianas quando as fazemos para a glória de Deus, então também pecamos nas coisas tidas como corriqueiras quando nelas Deus não é glorificado!

Mas, afinal, de onde procede o conhecimento do crente? O conhecimento procede da Palavra de Deus. “Lâmpada para os meus pés é Tua Palavra e luz para o meu caminho”, disse o salmista (Sl 119.105). Jesus disse: “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (Jo 8.32). E, de acordo com o próprio Jesus, a verdade é a Palavra: “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade” (Jo 17.17).

Toda decisão que tomamos, que não passa rigorosamente pelo critério da Palavra de Deus, é decisão de uma alma sem conhecimento, o que não é bom! Ao agirmos com base nessa decisão que não levou em conta a Palavra, então o resultado é pecar. Por isso, crentes precipitados desagradam a Deus, precisam se arrepender desse pecado e se voltar para o conselho da Palavra: “Bem-aventurado o varão que... tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite” (Sl 1.1,2).

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

domingo, 7 de dezembro de 2025

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0693 - O SUPOSTO ARREPENDIMENTO DE ÚLTIMA HORA

 


E disse a Jesus: Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino” (Lc 23.42 – ACF).


Pessoas morrem todos os dias, tanto ímpios como crentes. Obviamente que a mídia só dá ênfase àqueles que são famosos, que vão lhe render ibope e, em geral, estes são os ímpios. Acontece que muitos desses ímpios morrem de forma trágica (assim como alguns crentes também), daí surgem questionamentos sobre o estado intermediário dessas pessoas.

É claro que não podemos de modo nenhum condenar ninguém ao inferno, porém, tampouco podemos colocar alguém no céu. Isso cabe somente ao Juiz de tudo e todos. Entretanto, há uma pergunta que muitos fazem sobre os ímpios que morreram, principalmente de forma trágica: “E se tiverem se arrependido na última hora”? Falemos sobre isso.

Em primeiro lugar, o arrependimento não é um remorso ou um pesar pelas coisas erradas que se faz. O arrependimento, segundo a Bíblia, apesar de conter um pesar, ele é antecedido por uma consciência do pecado, não só o cometido, mas o pecado enraizado no coração humano e é sucedido de confissão e abandono das práticas pecaminosas. Segue-se a isso o reconhecimento de Cristo como único Salvador.

Segundo, para o ímpio ter consciência disso, é preciso que ele ouça a palavra da pregação, caso contrário, ele não pode se arrepender. Um ímpio não tem a menor noção dessas coisas concernentes ao verdadeiro arrependimento, portanto, é impossível que ele se arrependa na última hora.

Terceiro, mesmo quando em vida, o ímpio pode até ter ouvido falar do verdadeiro arrependimento através de algum pregador honesto da Palavra, mas rejeitou o tempo todo. Por que ele aceitaria naquela última respiração? A Bíblia diz que os pecadores impenitentes, isto é, os que não se arrependem, são quebrados por Deus, julgados e destruídos, sem condição de cura (Pv 29.1). Diz também que Deus mesmo os entrega ao pecado (Rm 1.24-32). Ainda diz que a ira de Deus os atinge e eles não se arrependem, antes, blasfemam de Deus (Ap 9.20,21; 16.9).

Em quarto lugar, o ímpio, em seu estágio final, não pensa em Deus nem em Seu Filho Jesus Cristo, ao contrário, ele pensa em como pode sair daquela situação, para se vingar ou continuar em sua impiedade. Até porque suas mortes geralmente são trágicas e rápidas. Ele não tem condições normais de raciocinar. Enquanto em vida não executou o raciocínio sobre a pregação, não vai raciocinar nesse momento de agonia.

Usar o ladrão na cruz como exemplo de quem se arrependeu na última hora é ignorar os processos bíblicos do verdadeiro arrependimento. Aquele homem não estava em sua última hora, pois a morte de cruz era lenta; ele também ouviu o próprio Jesus falar Suas santas palavras na cruz; ele reconheceu seu estado pecaminoso e a inocência de Cristo; ele reconheceu Jesus como Senhor e Rei; e Jesus lhe garantiu a vida eterna (Lc 23.39-43).

Não acredite em arrependimento de última hora e sim no tempo que se chama Hoje (Hb 3.13,15). Como dizia J. C. Ryle: “Na cruz, Jesus salvou um ladrão para que ninguém se desespere; mas somente um para que ninguém se acomode”.

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

quinta-feira, 4 de dezembro de 2025

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0692 - PARA QUEM ESTÁ NO POÇO, A SOLUÇÃO VEM DE CIMA

 


Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie” (Ef 2.8,9).


Depois que Adão caiu no Éden, nunca mais houve alguém capaz de reverter a situação perante Deus. A queda do primeiro casal no jardim foi a queda da humanidade. A corrupção de nosso primeiro pai foi legada a todo ser humano que nasceu depois dele, de modo que o resultado final foi a separação de Deus. Isso que quer dizer “morte”.

O próprio estado caído e falido do homem faz com que ele pense que consiga reverter esse quadro fatal. Em sua mente carnal e pecaminosa, ele acha que pode fazer alguma coisa para se ajeitar com Deus, mas não pode! Isso é um engano do seu coração caído.

Em geral se pensa que “boas obras” agradam a Deus. E, quando se pensa em boas obras, normalmente se pensa em fazer atos de caridade para pessoas carentes. Ora, mas não foi contra pessoas carentes que nós pecamos! Nós pecamos contra Deus! E, nesse caso, nós é que ficamos carentes – carentes da glória dEle, da qual fomos destituídos (Rm 3.23)!

Deus considera nossas obras de justiça como trapo da imundícia, foi o que Ele mesmo disse pelo profeta (Is 64.6). Isso porque elas não procedem de um coração puro. Por melhores que sejam nossas intenções em ajudar um necessitado, nosso coração é corrompido e enganoso (Jr 17.9). Perante Deus isso não tem valor para salvação, embora tenha valor social.

Quando o ser humano pensa que sua bondade para com o próximo pode alcançar o favor de Deus, ele simplesmente ainda está em orgulho, pensando que pode resolver o problema do pecado. Nesse caso, ele despreza a sabedoria e o amor de Deus, aos quais ele diz considerar, pois, se o homem pudesse religar-se a Deus por suas boas obras, Deus não precisaria ter enviado Seu Filho!

A única atitude que agrada a Deus é aquela de profunda humildade, em reconhecer que Deus enviou Seu Filho justamente porque nós não éramos e não somos capazes de resolver o problema do pecado. Quem reconhece isso, abre mão de qualquer mérito e, mesmo que faça boas obras, admite que isso não poderá reconciliá-lo com Deus! Então passa a depender única e exclusivamente de Cristo. Depois disso, pode crer que suas obras serão aceitas por Deus.

Pense o seguinte: depois de Adão, todos nós nascemos em um poço profundo de lama. Ninguém é capaz de sair dali por si mesmo. Nem mesmo as boas intenções podem tirar-nos dessa calamidade. A solução para quem está em um poço profundo vem de cima e não de baixo. Exatamente por isso que Deus enviou Seu Filho. Ele sim, veio de cima, veio do céu, compadecido de pecadores condenados à morte eterna, que jamais podem sair do lamaçal profundo de seu poço de perdição!

Ou você reconhece sua incapacidade e aceita Cristo como único Salvador, ou você está condenado a se debater eternamente nessa lama suja, com a inútil ilusão de que um dia poderá sair de lá! Nenhum ser humano conseguiu resolver esse problema, não é você quem vai conseguir. Somente lá do alto é que veio a solução. E isso, porque Deus assim o quis.

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0691 - O MILAGRE DO SOL PARAR NADA É DIANTE DO MILAGRE NA CRUZ

 


Então, Josué falou ao Senhor, no dia em que o Senhor entregou os amorreus nas mãos dos filhos de Israel; e disse na presença dos israelitas: Sol, detém-te em Gibeão, e tu, lua, no vale de Aijalom. E o sol se deteve, e a lua parou até que o povo se vingou de seus inimigos. Não está isto escrito no Livro dos Justos? O sol, pois, se deteve no meio do céu e não se apressou a pôr-se, quase um dia inteiro” (Js 10.12,13).


Esse evento magnífico e sobrenatural é bastante conhecido na história da humanidade. Cientistas críticos se colocam contra, teólogos liberais tentam “demitologizar”, estudiosos crentes tentam explicar, mas o fato é que ocorreu. Houve um dia na terra em que o sol demorou a se pôr para que Deus desse vitória a Seu povo!

Interessante é que o texto diz que Josué falou ao Senhor, antes de dirigir-se ao sol e à lua. E quando ele se dirigiu aos astros, em um ato de completa e impressionante fé, ele falou “na presença dos israelitas”! Talvez, algum de nós, mesmo com a confirmação de Deus, falaria em segredo e não na frente de uma multidão...

Josué precisava da claridade do dia para encerrar com vitória sua campanha contra os amorreus. Seu clamor foi ouvido e algo sobrenatural aconteceu. Aquele dia se estendeu além dos limites naturais e o povo de Deus foi vitorioso. Por mais tentativas que existam de se explicar este milagre, o que é mais impressionante é que isso aconteceu exatamente na hora em que Josué clamou ao Senhor!

Anos antes, seu antecessor, Moisés, também passou por uma experiência maravilhosa de milagre, de algo sobrenatural. Ele clamou, estendeu seu bordão em direção ao mar Vermelho e este se abriu. Há muitas explicações para esse evento, mas o milagre maior foi que Deus abriu o mar exatamente na hora em que Seu servo Lhe pediu, manteve-o aberto até Seu povo passar e o fechou exatamente sobre os inimigos egípcios!

O nome “Josué”, em hebraico, é o mesmo nome “Jesus”, no grego. Ambos significam “o Senhor salva”. Josué precisou do sol para vencer inimigos humanos; Jesus na cruz, logo antes de morrer, viu o sol se esconder por três horas, onde houve trevas sobre toda a terra (Mt 27.45), para vencer inimigos espirituais. Josué conquistou uma terra material para o povo de Israel; Jesus, por Sua morte, conquistou a vida eterna para a igreja! Josué venceu inimigos em vida e na claridade; Jesus venceu na escuridão e na morte!

Cremos no milagre do sol ter parado para Josué fazer sua obra, mas nunca foi maior do que o milagre que o outro Josué fez na cruz, realizando Sua obra de salvação eterna para todos os que nEle creem. Diante do que Ele fez na cruz por nós, o sol ter parado para Josué e o povo de Israel não foi absolutamente nada!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson