Teolatria

No Teolatria você encontra diversos estudos bíblicos em slides (power point) para baixar, além de muitas pregações, sermões expositivos, textuais, temáticos em mp3, dos pregadores da IMVC - Vilhena/RO: Pr. Cleilson, Pb. João, Pb. Alex, Pb. Wesllen Ferreira, irmã Clair Ivete e pregadores convidados.

sábado, 10 de novembro de 2012

A CONCLUSÃO DO SERMÃO DO MONTE E A TEOLOGIA DA PROSPERIDADE


Ao contrário do que muito se ouve nos púlpitos das igrejas, o Senhor Jesus, no Seu mais famoso sermão, o sermão do monte, disse que haveria provações e dificuldades até mesmo para aqueles que ouvissem e praticassem suas palavras. Leia o texto de Mt 7.24,25: "Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as pratica será comparado a um homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha; e caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, que não caiu, porque fora edificada sobre a rocha".

É interessante notar que a chuva, os rios e os ventos vêm também sobre os que ouvem e praticam as palavras de Jesus. Mas muito se tem ouvido hoje em dia que se você for obediente ao Senhor, será cercado de abundantes bênçãos e prosperidade. Ouvimos até dizerem que o sentido de prosperidade por obediência é o mesmo do Antigo Testamento. Canções são compostas e divulgadas pela mídia cantando os textos de Deuteronômio 28, onde fala das bênçãos prometidas aos obedientes.

Todavia, o conceito do Novo Testamento sobre prosperidade é outro. A prosperidade é a abundância espiritual que um cristão pode ter, desenvolvendo em sua vida, pelo poder do Espírito, o fruto espiritual, a fim de ter o caráter semelhante ao de Jesus. Materialmente falando, ele pode passar por provas e aflições sim. O apóstolo Paulo é um exemplo claro de que nem sempre os obedientes são circundados de bênçãos materiais. Ele explicou algumas vezes em suas cartas as condições em que ele vivia. Para ler as situações do apóstolo leia (Rm 8.35,38,39; 1Co 4.9-13; 15.32; 2Co 4.8-12; 11.23-28; Ef 6.18-20; Fp 4.12,13; Cl 4.3; 1Ts 3.3-5; 2Ts 3.2 e outras). Paulo não me parece o tipo de pastor adequado para os nossos dias. Estamos pensando muito em nós mesmos, enquanto o apóstolo Paulo pensava nas pessoas, nas suas vidas, no seu destino eterno.

Sem dúvida alguma, Deus concedeu a alguns o dom da riqueza, as bênçãos materiais, entretanto, não para que desfrutassem delas de modo egoísta, irresponsável, mas para que ampliasse esses recursos para o reino de Deus, atendendo os irmãozinhos necessitados de Jesus - o "tive fome" de Jesus vai soar muito forte no Dia do Juízo (Mt 25.42).

Portanto, não devemos estranhar que provas diversas nos aconteçam, ainda que sejamos fiéis ao Senhor. Afinal, essa é a perspectiva bíblica do NT e dos apóstolos do Senhor. Paulo disse a Timóteo: "Ora, todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos" (2Tm 3.12). Tenho receio em afirmar se de fato estamos vivendo piedosamente em Cristo Jesus...

Pedro tenta consolar seus leitores e ao mesmo tempo informá-los que provações no contexto cristão são coisas absolutamente normais: "Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos, como se alguma coisa extraordinária vos estivesse acontecendo; pelo contrário, alegrai-vos na medida em que sois coparticipantes dos sofrimentos de Cristo, para que também, na revelação de Sua glória, vos alegreis exultando" (1Pe 4.12,13).

Parece que muita gente não anda lendo as Escrituras, principalmente o NT, vivem aceitando tudo o que ouvem em pregações ou palestras motivacionais como se fossem verdade absoluta, desconsiderando o principal na vida do cristão, que é examinar todas as coisas conforme a Palavra de Deus.

Jesus já disse e tá falado: pode ouvir e praticar Suas palavras, mas passará por provas do mesmo jeito dos que não praticam. A diferença é só o resultado. Uns caem, outros ficam de pé!

Dia tes písteos.

Pr. Cleilson

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