terça-feira, 25 de novembro de 2025

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0685 - MEU MALDITO CADÁVER!

 


Sabendo isto: que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos” (Rm 6.6).


A santificação é uma doutrina prática. Quando falamos em santificação, não podemos falar apenas sobre seu conceito, suas características, essas coisas que são importantes sim, mas são apenas teóricas sobre o assunto, uma vez que a santificação é um exercício espiritual. É necessário sim, saber sobre seus detalhes, mas é muito mais produtivo vivenciar. É como natação, não se pode aprender a nadar só por informação. É preciso entrar na água.

Como a santificação é uma exigência de Deus para o Seu povo (1Pe 1.16), ficar apenas no campo do debate e da definição acerca dela é um perigo enorme. É certo que precisamos aprender sobre ela, porém, como ela é de cunho prático, quanto mais aprendemos, mais aumenta nossa responsabilidade em desenvolvê-la.

Aqueles que receberam o conhecimento não podem fingir que isto é o suficiente para viver sua vida espiritual. O próprio conhecimento que recebemos nos diz que não é o suficiente. Ele mostra o que falta em nós para realmente vivermos uma vida que agrada a Deus. Viver fora disso é flertar com a destruição. O conhecimento bíblico deve nos levar ao desejo de obter; o desejo deve nos levar à busca; e quem busca, encontra, disse Jesus (Mt 7.8).

O cristão é o único neste mundo que carrega duas naturezas. A de Adão e a de Cristo dentro de si. Ambas vivem em conflito, diz Paulo, porque elas desejam coisas diferentes (Gl 5.17). Alguém já comparou a vida cristã como aquele rei antigo que condenava seus prisioneiros de guerra a andarem algemados a cadáveres da guerra até que entrassem em decomposição. Sua sentença era arrastar aquele defunto até que ele se despedaçasse totalmente podre.

A velha criatura está em nós, algemada como um cadáver. E o apóstolo nos diz que ela caminha para a decomposição (Ef 4.22). O problema é que ela tem suas vontades e tais vontades nos agradam. Ela não morre imediatamente assim que cremos... Quanto mais atendemos a seus desejos no pecado, tanto mais teremos o que se chama de “acomodação olfativa” que é quando você se acostuma ao mau cheiro e não o sente mais.

Porém, quanto mais nos santificamos, mais sentiremos o mau cheiro da velha criatura, que se apodrece a cada dia e mais desejaremos nos “livrar do corpo desta morte” (Rm 7.24)! Paulo diz “graças a Deus por Jesus Cristo” (Rm 7.25). Por quê? Porque se as misericórdias de Deus não têm fim sobre nós, é porque naquela cruz a ira de Deus sobre Seu Filho também não teve fim!

Hoje podemos contar com o perdão infinito de Deus, porque Sua vingança dos nossos pecados sobre Cristo também foi infinita! Foi um castigo sem fim, para que tivéssemos graça sem fim! Isso quer dizer que podemos pecar à vontade? Se você atende sempre aos desejos do cadáver que está algemado a você, então você é o cadáver – não nasceu de novo! Mas se você atende aos desejos santos da nova criatura e, por vezes, é derrubado pelo peso desse maldito defunto, então sua liberdade da glória dos filhos de Deus está garantida por Cristo Jesus nosso Senhor!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

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