“Quem creu em nossa
pregação? E a quem foi revelado o braço do Senhor?” (Is 53.1).
Existe um pensamento corrente no meio cristão que a fé procede do indivíduo. Basta ele querer, que ele consegue exercer sua fé na Palavra da pregação. Esse pensamento é humanista, pois coloca no homem um poder que ele não tem. É também um pensamento superestimado do pecado, porque supõe que o homem é capaz de algum bem espiritual, mesmo em seu estado de queda.
É certo que crer é um dever do homem, mas não é seu poder. A não ser que o Senhor faça como fez a Lídia, abrindo “seu coração para atender às coisas que Paulo dizia” (At 16.14), ninguém poderá, por si mesmo, produzir fé verdadeira em seu coração.
A fé é um bem espiritual e o homem natural não pode produzir nada que seja espiritual. Jesus disse: “O homem bom tira do tesouro bom coisas boas; mas o homem mau do mau tesouro tira coisas más” (Mt 12.35). Se alguém pensa que existe sequer um homem bom que possa tirar de si coisas boas, esse alguém não conhece a Palavra. Jesus disse claramente que só há um bom, que é Deus (Mc 10.18).
O testemunho do apóstolo Paulo é que “não há justo, nem um sequer, não há quem entenda, não há quem busque a Deus; todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer” (Rm 3.10-12). Sendo assim, é simplesmente impossível ao homem sem Cristo produzir a fé salvadora em seu coração.
A pergunta do profeta Isaías é uma pergunta de retórica. Quando ele diz “quem creu em nossa pregação?”, a resposta óbvia é “ninguém”! E ele explica o porquê. Ele diz que o Servo do Senhor “foi subindo como renovo perante ele e como raiz de uma terra seca” (v. 2). Sem aparência e sem formosura, nosso Senhor e Sua pregação seriam rejeitados. Os homens buscam beleza e agrado, mas o profeta diz que no Senhor não havia essas coisas!
Isaías diz também que quando Ele foi ferido de Deus e oprimido, nós consideramos isso como bem feito (v. 4)! Nós O reputamos por aflito, ferido de Deus e oprimido, porque achamos que Ele merecia isso. “Mas Ele foi traspassado pelas nossas transgressões”, explica o profeta. Ele foi “moído pelas nossas iniquidades”. Não foi por Seu pecado, pois não tinha (v. 5).
O que o profeta quer mostrar (e não só ele, mas toda a Bíblia) é que as coisas de Deus parecem loucura para o perdido, como disse Paulo em 1Co 1.18. O Cristo crucificado é escândalo ou tropeço para os judeus e loucura ou tolice para os gentios (1Co 1.23). Como qualquer pessoa em seu estado natural poderá compreender e aceitar as coisas do Espírito que Deus providenciou para nossa salvação? É simplesmente impossível!
Paulo diz: “Ora, o
homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura;
e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente” (1Co
2.14). Agora você entende que sua fé não veio de você? É dom de Deus!
Día tes písteos.
Pr. Cleilson

Amém, glória somente a Deus!
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