Teolatria

No Teolatria você encontra diversos estudos bíblicos em slides (power point) para baixar, além de muitas pregações, sermões expositivos, textuais, temáticos em mp3, dos pregadores da IMVC - Vilhena/RO: Pr. Cleilson, Pb. João, Pb. Alex, Pb. Wesllen Ferreira, irmã Clair Ivete e pregadores convidados.

quinta-feira, 9 de maio de 2024

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0351 - O VALOR DA VIDA DE UM MÁRTIR DO EVANGELHO

 


Então, ele respondeu: Que fazeis chorando e quebrantando-me o coração? Pois estou pronto não só para ser preso, mas até para morrer em Jerusalém pelo nome do Senhor Jesus” (At 21.13).


Quando a vida de uma pessoa é transformada desde sua raiz pelo encontro verdadeiro com Cristo, ela passa a não ver mais a sua vida como preciosa a seus olhos. O amor que ela passa a ter pelo evangelho e pela Pessoa de Cristo, a leva a não mais considerar os valores terrenos como grandiosos e sim os valores celestes.

Quase todos os dias recebemos mensagens de pedidos de oração por missionários que têm suas vidas postas em risco nos campos missionários onde eles se encontram, seja por prisão, por ameaças de morte, condenação, restrições, atentados, torturas, violência, imposição governamental, etc. Os pedidos de oração são feitos para que estes irmãos sejam livres dessas ameaças e para que nenhum mal lhes aconteça.

No entanto, quando se conversa com eles, a maioria absoluta destes missionários não tem a sua vida por preciosa. Eles dizem que não querem orações que os livrem da morte, da prisão, seja lá do que for, porque eles não querem amar a sua vida mais do que a Cristo e Seu evangelho. Eles não são como nós. Eles não têm medo de ter seu sangue derramado por amor de Cristo. Aliás, para eles, isto é uma honra sem tamanho! Na verdade, se Deus ouvisse positivamente a todas essas orações, não haveria nenhum mártir do evangelho...

Um profeta chamado Ágabo havia dito a Paulo que se ele fosse a Jerusalém, os judeus o amarrariam e o entregariam nas mãos dos gentios. Os irmãos, com receio, pediram a Paulo que não fosse a Jerusalém. Foi aí que Paulo deu essa resposta: “Por que estão chorando? Acham que ser preso é demais? Isso pra mim não é nada... Estou pronto até mesmo a morrer pelo meu Senhor”! Vendo que não o convenceriam, os discípulos desistiram (v. 14).

De fato, ele foi espancado em Jerusalém e só foi salvo da mão dos seus perseguidores porque o comandante romano enviou suas tropas para livrar Paulo (vs. 30-32). Mas ali estava ele, pronto para sofrer e testemunhar do seu amor por Cristo a quem quer que fosse, dentro ou fora de sua pátria.

 E nós? Por que ainda desejamos orar para que os missionários não sejam martirizados? Será que amamos a vida física deles mais do que eles amam a eterna? Ou o martírio deles nos envergonha porque nada estarmos fazendo para o crescimento do evangelho? Ou será ainda que pensamos que podemos ganhar a vida eterna salvando essa aqui? Lembramo-nos do que disse Jesus, que quem amar a sua vida a perderá? E que quem aborrecer a sua vida, esse a achará?

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

quarta-feira, 8 de maio de 2024

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0350 - O BRILHO DA NOVA ALIANÇA NA TRANSFIGURAÇÃO

 


Dizia-lhes ainda: Em verdade vos afirmo que, dos que aqui se encontram, alguns há que, de maneira nenhuma, passarão pela morte até que vejam ter chegado com poder o reino de Deus” (Mc 9.1).


Alguns críticos da Bíblia, com sua confusão falaciosa, procuram agitar a confiança de muitas pessoas na Palavra de Deus, inclusive de muitos cristãos. Uma delas é sobre este versículo. Eles dizem que Jesus estava enganado a respeito de Seu ministério terreno, pois proferiu uma palavra que não se cumpriu. Prometeu que alguns discípulos que ali estavam, isto é, entre os 12, não morreriam até que vissem o reino de Deus chegado com poder, entretanto, todos os discípulos já morreram e o reino de Deus não chegou com poder.

Contudo, todos os três evangelistas que narram tal promessa de Jesus a Seus discípulos, colocam estas palavras antes do evento da transfiguração e ainda, começam o próximo versículo fazendo a ligação necessária para os leitores entenderem que estas palavras se tratavam da aparição de Jesus transfigurado diante de alguns deles. Lemos aqui em Mc 9.2: “Seis dias depois, tomou Jesus consigo a Pedro, Tiago e João e levou-os sós, à parte, a um alto monte. Foi transfigurado diante deles”. Mateus diz o mesmo (Mt 17.1,2) e Lucas diz: “Cerca de oito dias depois de proferidas estas palavras...” (Lc 9.28). Portanto, os críticos continuam confusos em seus erros de conclusão sobre a Bíblia.

O objetivo de Jesus ao transfigurar-Se diante de Seus discípulos, era mostrar de fato o poder de Deus para instalar Seu reino. Aquele aparecimento irradiante revelava para os três apóstolos que o reino de Deus não era apenas uma proclamação despretensiosa das boas-novas; não era a instalação de mais uma religião no mundo; era realmente o Filho de Deus com poder, expulsando demônios, curando enfermos, ressuscitando mortos e anunciando o evangelho de Deus. Foi o que Jesus disse aos fariseus que O acusaram de possessão maligna: “Se, porém, eu expulso os demônios pelo dedo de Deus, certamente, é chegado o reino de Deus sobre vós” (Lc 11.20).

O reino de Deus chegava com tanto poder (e era isso que Jesus mostrava com Sua transfiguração), que até mesmo a lei e os profetas ficaram para trás como revelação caduca! O fato de Moisés e Elias terem aparecido para Jesus ali no monte da transfiguração, representando a lei e os profetas, mostra que a revelação do AT ficava ensombrada. O autor aos Hebreus diz que esta revelação estava ficando envelhecida e já desapareceria (Hb 8.13)! E Paulo diz que o brilho desta nova aliança é tão sobre-excelente, que o velho brilho já não resplandece diante dele (2Co 3.10).

Muitos ainda, como Pedro, querem exaltar Moisés e Elias ao nível de Jesus, isto é, querem trazer para a nova aliança as velhas quinquilharias da lei e da antiga aliança (Mc 9.5). Mas a voz do Pai interrompe sempre e diz: “Este é o meu Filho amado; a ele ouvi. E, de relance, olhando ao redor, a ninguém mais viram com eles, senão Jesus” (Mc 9.7,8).

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

terça-feira, 7 de maio de 2024

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0349 - A SALVAÇÃO NÃO É UMA OPÇÃO HUMANA, É UMA AÇÃO DIVINA

 


Fiel é a palavra e digna de toda aceitação: que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal” (1Tm 1.15).


Cristo veio ao mundo para vários propósitos, mas sabemos que o principal foi este: salvar os pecadores. Claro que os demais propósitos a que Ele veio culminam neste principal. Seu próprio nome, dado pelo anjo, já significa o maior intento de Sua vinda a este mundo. Seu nome quer dizer “o Senhor salva”.

Não há sequer um versículo no NT que indique que Jesus tenha dito algo assim: “Eu vim deixar a salvação”. Não! Quando se trata da salvação, Ele sempre diz: “Eu vim buscar e salvar o que se havia perdido”.

Uma pergunta pode surgir aos que prestam atenção nas implicações do que a Bíblia diz em comparação com aquilo que ouvem: se não há um só versículo que dê pelo menos a entender que Jesus veio disponibilizar salvação, ao contrário, todos dizem que Ele veio para salvar de fato, então por que todas as pessoas não são salvas? Realmente Jesus morreu para salvar todas as pessoas? Se sim, então por que todas não são?

John Owen, teólogo puritano inglês do séc. XVII, dizia que só havia três opções: a) Ou Cristo morreu por todos os pecados de todas as pessoas; b) ou Cristo morreu por todos os pecados de algumas pessoas; c) ou Cristo morreu por alguns pecados de todas as pessoas. Eliminamos esta última, pois se Cristo morreu por alguns pecados de todas as pessoas, então todas ainda têm que pagar os demais pecados que Jesus não pagou – vão para o inferno.

Se respondermos pela letra a), que Ele morreu por todos os pecados de todas as pessoas, então a pergunta logo vem: por que todas não são salvas? Alguém diria: porque não querem. Mas John Owen faz mais uma pergunta: rejeitar a Cristo não é um pecado? Sim. Mas se Ele morreu por todos os pecados de todas as pessoas, o pecado da rejeição também não está pago? Assim, de toda forma, todos, obrigatoriamente deveriam ser salvos, pois todos seus pecados, inclusive o da rejeição de Cristo, estão pagos!

Se optarmos em insistir, dizendo que a pessoa é que deve decidir se quer ou não que seus pecados sejam pagos, então teremos que nos desesperar em busca de um versículo que diga que Jesus não veio para salvar de fato, mas sim para apenas possibilitar a salvação para quem quiser ser salvo, mas isto simplesmente não existe na Bíblia. A Bíblia diz que estávamos mortos em nossos pecados (Ef 2.1). Por que Jesus deixaria opção para mortos? Que opção mortos têm? Resta-nos apenas a letra b): Cristo morreu por todos os pecados de algumas pessoas. Estas, efetivamente, serão salvas!

Não devemos nos espantar com essa verdade. Até o anjo da Anunciação sabia disso. Ele disse a José: “Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1.21). E o próprio Senhor disse: “Pois assim como o Pai ressuscita e vivifica os mortos, assim também o Filho vivifica aqueles a quem quer” (Jo 5.21).

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

segunda-feira, 6 de maio de 2024

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0348 - O SONHO DE JACÓ, A ESCADA PARA DEUS

 


E sonhou: Eis posta na terra uma escada cujo topo atingia o céu; e os anjos de Deus subiam e desciam por ela” (Gn 28.12).


O sonho de Jacó, bastante conhecido pelos leitores bíblicos, também um texto alvo de muitas pregações, foi um sonho bastante significativo, mas com múltiplos cumprimentos. Em primeiro lugar, seu sonho significou para ele mesmo a presença de Deus, que o acompanhava, ainda que no trajeto da fuga de seu irmão; significou que os anjos que subiam e desciam pela escada seriam porta-vozes da mensagem do Senhor para ele; e significou que as promessas que Deus havia feito a seu avô Abraão e a seu pai Isaque haveriam de ser confirmadas nele.

Jacó se desperta de seu sono e unge a pedra que havia tomado por cabeceira, chamando aquele lugar de Betel que, em hebraico, significa “casa de Deus”, porque, segundo ele, Deus estava ali e ele não sabia.

Mas este sonho também apontava para um sentido mais pleno, a saber, que a escada representava Cristo, que Se fez homem, ou seja, a base de Deus tocou a terra como homem, mas não deixou de ser Deus, isto é, seu topo tocava o céu! Este significado é mais glorioso pois, além de nos informar que Deus Se fez servo quando Se tornou em semelhança de homem, ainda nos lembra de que homens tentaram tocar o céu com sua construção (a torre de Babel), que representava rebeldia! Entretanto, jamais conseguiram. Deus, ao dispersar o propósito deles, queria nos dizer que não há nada que o homem possa fazer para se aproximar dEle. A mensagem do sonho de Jacó, que teve seu cumprimento na encarnação de Cristo, nos diz que Ele é quem providencia o acesso!

Cristo encarnado é o recado de Deus Pai para a humanidade de que, se tem alguém que vai ser salvo, é única e exclusivamente por causa da Sua benevolência que enviou a Escada para esse alguém subir. É como o salva-vidas de helicóptero, se ele não lançar a escada de corda, nada pode fazer aquele que está em perigo no mar ou na montanha!

Mas Jesus disse a Natanael: “Em verdade, em verdade vos digo que vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem” (Jo 1.51). Jesus foi assistido por anjos no Seu ministério terreno, como disse Paulo no Mistério da Piedade: “Aquele que foi manifestado na carne, foi... contemplado por anjos...” (1Tm 3.16). Mas aqui entra o terceiro cumprimento do sonho de Jacó: Jesus virá nas nuvens do céu com poder e grande glória, Seus anjos estarão com Ele e ajuntarão os Seus escolhidos dos 4 cantos da terra (Mc 13.27).

Mais uma vez a Escada de Deus virá, dessa vez para conduzir os filhos de Deus à glória eterna. Como foi por meio dEle que a terra pôde ter acesso ao céu, isto é, os pecadores puderam chegar-se a Deus por meio de Cristo, assim também será por meio dEle que os que se chegaram a Deus serão levados para estar com Ele para sempre! Não há torres de Babel, não há escadas humanas que possam nos conduzir à salvação. A Escada é uma só e se chama Jesus Cristo!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

sábado, 4 de maio de 2024

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0347 - PREMISSAS, CONCLUSÕES E FALÁCIAS SOBRE O SOFRIMENTO

 


Ao aflito livra por meio da sua aflição e pela opressão lhe abre os ouvidos” (Jó 36.15).


O problema do sofrimento tem sido um dos grandes incômodos da humanidade em todas as épocas. De um modo bem seco e rústico, as coisas poderiam ser assim: que o mal aconteça com os maus e que o bem aconteça com os bons. Este era o silogismo dos amigos de Jó:

·         Premissa 1: O mal sempre acontece com os maus;

·         Premissa 2: O bem sempre acontece com os bons;

·         Premissa 3: O mal veio a acontecer a Jó;

·         Conclusão: Jó se tornou mau!

Para que qualquer silogismo seja verdadeiro, as premissas precisam ser verdadeiras. Se alguma das premissas estiver errada temos aquilo que chamamos de “falácia”, ou seja, um erro de pensamento lógico, uma conclusão equivocada por ter sido baseada numa afirmação errada. No exemplo citado, a premissa 3 é verdadeira: “O mal veio a acontecer a Jó”. O problema está nas premissas 1 e 2. O mal sempre acontece com os maus? O bem sempre acontece com os bons? Se houver algum erro ou imprecisão nestas afirmações, então haverá uma falácia na conclusão.

Incrivelmente, as pessoas ainda são afetadas por esse raciocínio. Talvez na ânsia de querer que as coisas fossem assim, tão retas e planas, nos esquecemos de que vivemos num mundo torto e desigual.

Entretanto, as palavras de Eliú nos dizem algo que as premissas rasas não podem captar. Ele diz que Deus livra o aflito por meio da sua aflição. O verbo hebraico aqui é dedutivo. Um dos significados é que Deus “entrega” o aflito em sua aflição, claro que com o intuito de livrá-lo. É interessante observar que geralmente Deus livra o aflito na aflição e nem sempre da aflição. Noé e sua família foram um dos muitos exemplos disso, como também Israel na travessia do mar. Eles foram livres no mar e não do mar.

Eliú também diz que Deus abre os ouvidos do aflito por meio da opressão. Em geral, quando estamos oprimidos, nós abrimos a boca, queremos pedir, falar... Mas Deus quer nos abrir os ouvidos! Foi assim com Elias, quando se meteu numa caverna e desejava morrer. Sua opressão (que basicamente se tornava em depressão) foi um meio que Deus usou para abrir os ouvidos do profeta à Sua palavra! E, de fato, abriu mesmo, pois Deus falou a ele por um sussurro suave e tranquilo; diante da agitação da qual vinha Elias, realmente seus ouvidos tiveram de ser abertos para ouvir a voz mansa de Deus!

É assim conosco. Ficamos tão agitados na aflição, que não percebemos que Deus quer nos livrar. Queremos falar tanto, que não O ouvimos. Queremos sair logo da opressão sem sabermos o que Ele quis dizer a nós nem fazer em nós. Poderíamos ver que as aflições são apenas correntezas de um rio caudaloso que Deus usa para nos levar à margem de pastos verdejantes? Poderíamos nos inclinar e abrir nossos ouvidos debaixo da opressão, para ouvirmos as palavras de sabedoria que Deus tem para nós, ao invés dos nossos lábios para dizer tolices para Ele? Certamente nossas premissas seriam corretas e nossas conclusões sobre o sofrimento não teriam tantas falácias.

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

sexta-feira, 3 de maio de 2024

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0346 - NÃO VOLTEM AO EGITO

 


Ai dos filhos rebeldes, diz o SENHOR... que descem ao Egito sem me consultar, buscando refúgio em Faraó e abrigo, à sombra do Egito!” (Is 30.1,2).


Talvez o maior milagre que Deus tenha realizado na história de Israel foi sua libertação da terra da escravidão no Egito! Este prodígio era celebrado em todas as festas, salmos, cânticos e relatos que os filhos de Israel fizeram por séculos, durante sua história. Foi com mão forte e poderosa que Deus os libertou do jugo da servidão e eles consideraram isso para sempre.

Mas houve uma ordem de Deus aos filhos de Israel que jamais deviam voltar ao Egito (Dt 17.16). Aliás, fazia parte das maldições de Dt 28 voltar ao Egito (v. 68). O próprio José havia feito jurar seus irmãos que levariam seus ossos dali quando Deus os tirasse do Egito (Gn 50.25; Êx 13.19). Tornar para o Egito deveria ser uma atitude fora de cogitação para os filhos de Israel.

No entanto, os israelitas sempre flertaram com a ideia de voltar ao Egito. Desde sua peregrinação no deserto em direção à terra prometida, onde frequentemente os israelitas diziam que era melhor terem morrido no Egito, passando pelo rei Salomão, que fez aliança política, religiosa, comercial e matrimonial com o Egito, até os dias do cativeiro babilônico, quando os judeus buscaram refúgio no Egito, levando, inclusive, o profeta Jeremias, não obstante seu protesto (Jr 42 – 44).

A razão por que eles jamais deveriam voltar àquela terra era pelo fato de que o Egito foi a terra da opressão e Deus os havia livrado com mão forte dali. Retroceder àquele lugar para buscar ajuda era uma afronta ao Deus que os havia livrado de suas garras. Os israelitas ofendiam a Deus, tentando diminuir Seu poder, quando voltavam a buscar ajuda no Egito.

Essa atração se repete em nossos dias, quando muitos salvos ainda flertam com sua vida passada, quando ainda sentem saudade das “carnes e cebolas” do seu antigo Egito. Além de desejarem as iguarias e guloseimas do mundo, muitos crentes também pensam que podem achar ajuda lá. Desconfiam do Senhor em seus momentos de aflição, mas confiam nos recursos do mundo para se livrarem de seus problemas.

Deus ainda tem a mesma postura contra aqueles que se voltam para o seu passado de escravidão para buscarem auxílio, ao invés de confiarem no Seu nome: “Portanto, se, depois de terem escapado das contaminações do mundo mediante o conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, se deixam enredar de novo e são vencidos, tornou-se o seu último estado pior que o primeiro. Com eles aconteceu o que diz certo adágio verdadeiro: O cão voltou ao seu próprio vômito; e: A porca lavada voltou a revolver-se no lamaçal” (2Pe 2.20,22).

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

quinta-feira, 2 de maio de 2024

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0345 - SALVOS PELA MORTE DO PRIMOGÊNITO

 


Moisés disse: Assim diz o SENHOR: Cerca da meia-noite passarei pelo meio do Egito. E todo primogênito na terra do Egito morrerá, desde o primogênito de Faraó, que se assenta no seu trono, até ao primogênito da serva que está junto à mó, e todo primogênito dos animais” (Êx 11.4,5).


Já conhecemos a história de Israel no Egito e como Deus providenciou para Seu povo a libertação da escravidão à qual vivia subjugado. Mas pode nos surgir uma pergunta: por que apenas os primogênitos do Egito morreram e não todos, ou outros filhos?

Junto a isso podemos observar que depois da libertação do povo do Egito, Deus estabeleceu que todo primogênito de Israel fosse consagrado, resgatado em uma oferta (Êx 13.11-16). O processo é mais ou menos assim: os primogênitos do Egito morreram para que os primogênitos de Israel fossem preservados pelo sangue do cordeiro da Páscoa. Já que os primogênitos de Israel foram preservados, toda família que gerasse o primeiro filho deveria ofertá-lo para Deus, porém no lugar de entregar a vida daquele primogênito, um animal morreria em seu lugar e ele seria resgatado. Assim, Israel sempre se lembraria de que foi assim, dessa forma, morrendo um primogênito, que eles foram livres do Egito para sempre!

No v. 16 Moisés diz assim: “E isto será como sinal na tua mão e por frontais entre os teus olhos; porque o SENHOR com mão forte nos tirou do Egito”. Isto é, o resgate do primogênito hebreu seria um lembrete perpétuo, que ficaria marcado como um sinal na mente de toda família israelita. Sua libertação se deveu à morte de muitos primogênitos!

Sem dúvida alguma, não só o cordeiro pascal apontava para Cristo, mas também cada primogênito egípcio. Deus sempre teve em Sua mente um propósito eterno de que Seu Filho seria o Primogênito entre muitos irmãos (Rm 8.29). E para que Cristo tivesse muitos irmãos semelhantes a Si, foi necessário que também assumisse a mesma carne e sangue que eles (Hb 2.14). E, destruindo por Sua morte o diabo, que tinha o poder da morte, Ele livraria a todos que, pelo pavor da morte, estavam sujeitos à escravidão por toda a vida” (Hb 2.15).

Sendo assim, para que nenhum dos filhos de Deus morresse eternamente, Jesus, o Primogênito de Deus, morreu no lugar deles, adquirindo assim, a libertação e vida eterna para todos os filhos de Deus! Em Cl 1.18 e Ap 1.5, Jesus é chamado de “O Primogênito dos mortos”. Sendo o “Unigênito” de Deus (Jo 3.16), Ele foi dado pelo próprio Pai, que não poupou o Seu próprio Filho (Rm 8.32), para conquistar mais filhos para Deus, a fim de que deixasse de ser o “Unigênito” para ser o “Primogênito” entre muitos irmãos!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson