segunda-feira, 3 de novembro de 2025

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0670 - NÃO SUBESTIME A AMNÉSIA DA VELHA CRIATURA

 


Mas, de minha parte, esforçar-me-ei, diligentemente, por fazer que, a todo tempo, mesmo depois da minha partida, conserveis lembrança de tudo” (2Pe 1.15).


Para o crente não vigilante, o fato de estar ainda no corpo desta morte tem sido um ferrenho vilão contra sua nova criatura. Muito embora já tenhamos a nova natureza implantada em nós (vs. 3,4), todavia, temos que empreender grandiosos esforços para que a velha criatura não nos domine, visto que ela é parceira deste corpo terreno. Já no corpo de glória, essa luta não existirá, pois ali se juntará a nova criatura ao novo corpo.

Os escritores no NT sabiam dessa luta desigual e seu esforço constante era para lembrarem aos crentes de toda a doutrina, bem como sobre toda a responsabilidade da vida cristã e sua conduta. Pedro diz que os irmãos já sabiam da verdade na qual estavam confirmados (v. 12). Mesmo assim, ele achava justo, enquanto estivesse vivo entre eles, despertá-los com as lembranças destas coisas (v. 13).

Jesus já havia revelado a Pedro como ele haveria de morrer e que essa hora já se aproximava (v. 14; cf. Jo 21.19). Por isso, todo esforço do apóstolo, era para que os crentes ficassem com sua memória impregnada de todo ensino e pureza da fé cristã, mesmo depois da partida dele. Pedro se esforçaria por isso, pela simples razão de que tudo o que ele ensinou aos crentes não foi fábula inventada, antes, ele mesmo foi testemunha ocular daquela gloriosa majestade (v. 16).

Há crentes que pensam muito bem acerca de sua natureza carnal. Eles não sabem separar sua nova da velha criatura, embora ambas sejam ninguém mais que nós mesmos! Se nós subestimarmos a nossa natureza caída, certamente iremos cair também, pois ela é traiçoeira. Não podemos permitir que os ensinos de Cristo e Seus apóstolos caiam no esquecimento. Quando sossegamos demais, começamos a nos esquecer do que é essencial para nossa vida.

Deus sabe que nós somos acomodados e realmente dados ao esquecimento. Por isso mesmo, Pedro diz que o Senhor nos presenteou com a palavra escrita (v. 19). Ele chama a palavra profética de “candeia que brilha em lugar tenebroso”, mas fazemos bem em atendê-la. Até que a estrela da alva nasça em nosso coração, precisamos dessa Palavra.

Quando você perceber que está se esquecendo da fé, da doutrina e da conduta cristã, recorra à Palavra de Deus. Esse é o meio de você retornar à lembrança aquilo que não deveria ter esquecido. Claro que se você mantém sua proximidade com a Palavra inspirada por Deus, não correrá o risco do esquecimento. Mas se de algum modo isso já lhe aconteceu, ou está prestes a acontecer, volte-se para a Palavra.

Não subestime sua velha criatura. Ela está pronta para atender ao comodismo do corpo físico. Não subestime também o conselho de Pedro. Ele morreu se esforçando para que os crentes não se esquecessem das verdades do evangelho e deste glorioso modo de vida. Se foi esse o embate do apóstolo, percebe-se que o esquecimento da fé é algo sério demais.

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

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