“E também faço esta
oração: que o vosso amor aumente mais e mais em pleno conhecimento e toda a
percepção” (Fp 1.9).
O amor conceituado pelo mundo é carregado de paixões e sentimentos, principalmente sentimentos voltados ao próprio desejo. Em geral, diz-se que se ama aquilo em que projetamos nossos desejos e almejamos ser correspondidos. O amor conforme o mundo conhece é uma outra forma de egoísmo.
Entre suas características, há aquela da liquidez. O amor segundo o mundo é ainda menos que líquido, ele é gasoso. Ele evapora diante de situações que contradizem as expectativas e refloresce diante de novas pessoas em quem se deposita novas esperanças. Esse ciclo é interminável, mesmo quando se diz que o verdadeiro amor foi encontrado.
Todavia, o amor cristão é dinâmico. Não evapora, mas aumenta. Ele não estabelece perspectivas no objeto amado, antes, entrega-lhe de bom grado o que lhe preenche. O amor cristão se recusa a pensar primeiro em si mesmo. Para o crente que ama, o outro é mais importante e o que se faz por ele é mais decisivo. Não tem nos sentidos seu principal termômetro, embora ele também os aqueça.
Paulo orava para que o amor dos crentes de Filipos aumentasse mais e mais em pleno conhecimento. O amor não é somente parte sentimental, nem mesmo intelectual, mas vai ao relacionamento. Ele sabe por conhecer e provar. Mas não para por aí. Ele pode ser aumentado. A intimidade com Deus proporciona o aumento do amor cristão neste conhecimento espiritual.
Paulo também queria que o amor cristão aumentasse em toda percepção. Esta palavra grega acontece somente aqui neste versículo em todo NT. É um significado de discernimento moral e espiritual. É um discernimento ético sobre questões nebulosas, realmente para dimensionar as coisas. E Paulo diz para quê. Esta percepção é para que os crentes possam aprovar “as coisas excelentes” e “serem sinceros e inculpáveis para o dia de Cristo” (v. 10).
Imagine os cristãos desenvolvendo este amor! Vai lhes dar a percepção do que realmente é excelente. Quantos, em nossos dias, têm seu senso nublado e completamente inclinado segundo a norma deste mundo! O amor cristão nos leva ao padrão correto desse discernimento, de sabermos como este mundo está invertido aos desejos santos de Deus e, por isso, o nosso dever de abominá-lo.
Paulo diz no v. 11, que o resultado disso é o “fruto de justiça, o qual é mediante Jesus
Cristo, para a glória e o louvor de Deus”. Eis o que é o amor cristão: ele
é o fruto do Espírito que nos torna parecidos com Jesus; ele é a seiva, a vida
do Espírito, que corre em Jesus, até atingir os crentes, de modo que deem
frutos correspondentes a Cristo! O mesmo Espírito que habitou em Jesus, é o
mesmo que habita hoje na igreja, possibilitando-a a corresponder ao Seu
grandioso caráter! Essa é a dinâmica do amor cristão.
Día tes písteos.
Pr. Cleilson

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