REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0404 - AS 7 QUALIDADES DA SABEDORIA DIVINA

 

“A sabedoria, porém, lá do alto é, primeiramente, pura; depois, pacífica, indulgente, tratável, plena de misericórdia e de bons frutos, imparcial, sem fingimento” (Tg 3.17).

Em contraponto às 3 características da sabedoria humana, Tiago agora apresenta as 7 qualidades da sabedoria divina. Ele diz que ela é do alto, isto é, procede de Deus, o Pai das luzes, como ele havia dito em 1.17, de quem procede toda boa dádiva e todo dom perfeito.

A primeira qualidade da sabedoria do alto é que ela é pura. Assim como ele havia dito que a sabedoria do homem é animal, ou seja, que procede da alma, das inclinações animalescas e corrompidas do homem, por outro lado, a sabedoria divina é pura. Ela não é contaminada e não procede de desejos pervertidos. Ela é desprovida de desejos egoístas e, como disse Jesus, bem-aventurados os limpos de coração (Mt 5.8).

Depois, Tiago diz que ela é pacífica. Sem dúvida, há uma ligação com outra bem-aventurança, quando Jesus diz sobre os pacificadores (Mt 5.9). A sabedoria humana é beligerante, provoca guerras contra quem pensa diferente; mas a sabedoria divina promove a paz e estabelece harmonia. Em terceiro lugar, o apóstolo diz que ela é indulgente. A palavra grega aqui significa “suave”, cheia de brandura, não força a barra, é cheia de ternura, em outras palavras, é o cavalheirismo cristão. Enquanto a sabedoria terrena é grosseira e mal educada, a divina é compassiva e delicada.

Em quarto lugar, ela é tratável. Se, como dissemos agora, ela é suave e sabe conduzir, agora afirmamos que ela também se deixa ser conduzida. Quem tem a verdadeira sabedoria se deixa ser tratado. Há pessoas que se acham sábias, mas são inflexíveis, não se permitem pensar no outro ponto de vista. Mas a sabedoria celeste está sempre inclinando a gente para o aprendizado. Em quinto, ela é cheia de misericórdia e de bons frutos. A palavra significa “colocar o coração na miséria alheia”. A sabedoria do alto não apenas nos faz ter compaixão das pessoas, como nos leva a executar alguma coisa para amenizar sua miséria.

Tiago também diz que ela é imparcial, ou seja, não trata as pessoas com acepção. Ela nos ensina a tratar a todos indistintamente. A sabedoria terrena olha para a posição social e econômica das pessoas, mas a sabedoria divina olha para a glória de Deus e vê a imagem e semelhança que o homem ainda carrega do Criador.

Finalmente, a sabedoria divina é sem fingimento. Ela não usa de hipocrisia, não tem duas caras nem duas palavras. Na sabedoria terrena, a pessoa tem que dizer o que os outros gostam de ouvir; já a sabedoria celestial tem somente uma palavra e, mesmo sempre falando com mansidão, não irá dizer o “politicamente correto” para agradar a quem quer que seja, pois, se procede de Deus, então deve agradar somente a Deus.

Quando olhamos para as qualidades da sabedoria de Deus, pensamos: “Claramente eu não tenho essa sabedoria”. Então Tiago responde: “Se algum de vocês precisar de sabedoria, peça a nosso Deus generoso, e receberá. Ele não os repreenderá por pedirem” (Tg 1.5 – NVT).

Día tes písteos.

Pr. Cleilson