“Se alguém me serve, siga-me, e,
onde eu estou, ali estará também o meu servo. E, se alguém me servir, meu
Pai o honrará” (Jo 12.26).
O discipulado é o caminho necessário na vida do cristão e este é um caminho de autonegação por causa do nome de Cristo, isso não há quem negue. Jesus mesmo mencionou que aquele que quisesse segui-lo deveria negar-se a si mesmo e diariamente tomar a sua cruz (Lc 9.23). Todavia, a semente missionária precisa ser vista como algo maior do que olhar para si, precisa ser encarada como uma essência da nova vida cristã, em virtude da natureza com que ela foi gerada. A passagem em questão nos mostra Jesus dizendo qual é o local da semente: no mesmo local onde está a sua origem.
Recentemente, ouvi dizer sobre uma raça suína chamada Mangalitsa, um porco com pelos semelhantes aos da ovelha, que, inclusive, é tosquiado uma vez por ano e tem aproveitamento na fabricação de lãs, vulgarmente é chamado de “porco-ovelha”. Mesmo diante de todas as semelhanças entre as duas raças, a distinção principal está na natureza de cada espécie. Eles podem até ser colocados juntos, ser criados juntos, ter seus pelos lavados juntos, mas na hora que são colocados diante de uma bela poça de lama, as naturezas se manifestam, como a frase atribuída a Spurgeon: “Ovelhas podem até cair na lama, mas só os porcos rolam nela”. Neste sentido, pode haver pessoas em nosso meio que querem imitar o Mestre, que podem estar onde Ele esteve, mas ser uma semente pronta para morrer, somente os que possuem a Sua natureza.
Na igreja podemos destacar dois tipos de grãos, aproveitando o comparativo. Primeiro, os grãos que foram destinados ao plantio. Esses são os missionários lançados ao campo, semeados na terra. São entregues para morrer e espalhar a vida de Cristo sobre outros povos e nações. A esses, Deus designou que saíssem levando a Palavra do evangelho para despertar os eleitos que ainda estão entre os mortos. O fato é que esses grãos precisam estar prontos para seguir o Mestre aonde for, mesmo que isso lhes custe a vida. Esses também precisam entender que o propósito de sua existência não é outro, senão ser lançados à terra. Daí para frente, cabe ao Senhor o desígnio de sua “morte”. Esses não amaram a sua vida, por isso a perderam, por causa do nome de Cristo e Jesus disse que o Pai os honrará.
O segundo tipo de grão é o alimento. Esses são os que foram chamados por Deus para o abastecimento espiritual e cuidados com a tarefa missionária. Temos que destacar que aqui também o grão precisa “morrer” para espalhar a vida de Cristo que reside em si. Ele irá esmiuçar o conteúdo das Escrituras e se desgastar em favor do evangelho, como fez o Mestre, considerando a necessidade do Reino como prioritária, não a sua. A igreja precisa oferecer seus membros-grãos, sua semente missionária, para Cristo.
Qual tipo de grão você é? Seja o de semear ou o de alimentar, todos
fomos chamados para estarmos onde o Senhor está: considerando a missão maior
que o missionário!
Amém
ResponderExcluirGrande desafio para a igreja da atualidade, que Deus fortaleça os eleitos para que sejam essa semente proposta no coração Dele. Isso só pode acontecer se estivermos Nele. Ajuda-nos Senhor.
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