“E disse a outro:
Segue-me. Mas ele respondeu: Senhor, deixa que primeiro eu vá enterrar meu pai.
Mas Jesus lhe observou: Deixa aos mortos o enterrar os seus mortos; porém tu,
vai e anuncia o Reino de Deus” (Lc 9.59,60).
Nós já conhecemos o significado desse episódio. Quando aquele homem disse a Jesus que o deixasse ir primeiro sepultar seu pai, não quer dizer que seu pai estivesse à beira da morte, doente, moribundo, ou coisa assim. O sujeito apenas queria dizer a Jesus que não podia se comprometer com o Mestre enquanto seu pai estivesse vivo.
Esse tipo de desculpa, embora carregado de senso de piedade e cuidado, era nada mais do que um legalismo disfarçado. Sob o pretexto de guardar o 5º mandamento, que é honrar o pai e a mãe, aquele homem desprezou Aquele que é mais importante do que o pai e a mãe. Jesus disse: “Quem quiser me acompanhar não pode ser meu seguidor se não me amar mais do que ama o seu pai, a sua mãe, a sua esposa, os seus filhos, os seus irmãos, as suas irmãs e até a si mesmo” (Lc 14.26 – NTLH).
As desculpas que as pessoas usam hoje são diferentes só porque elas são piores. As pessoas não dão desculpas para proteger algum dos 10 mandamentos. Elas dão desculpas para proteger a si mesmas, elas dão desculpas para sustentar seu modo de vida acomodado. As desculpas podem ser por causa da saúde, por causa do trabalho, por causa do tempo, por causa da distância, por causa da dificuldade e outras ainda por caprichos pessoais... São tantas coisas muito menos justificáveis do que a desculpa do 5º mandamento que aquele homem deu.
Mateus também relata esse episódio no seu Evangelho. E ele nos traz uma informação bem curiosa: este homem era um seguidor de Jesus! “E outro de seus discípulos lhe disse: Senhor, permite-me que, primeiramente, vá sepultar meu pai” (Mt 8.21). Que impressionante isso! Esse homem já seguia a Jesus de outras datas! Entretanto, era aquele discípulo do meio da multidão, aquele sem compromisso. Está explicada a razão de sua desculpa!
Por falar em Mateus, veja como foi a reação dele diante do mesmo chamado que aquele homem ouviu do Mestre: “E Jesus, passando adiante dali, viu assentado na alfândega um homem chamado Mateus e disse-lhe: Segue-me. E ele, levantando-se, o seguiu” (Mt 9.9). Percebe a simplicidade da obediência? Ela não faz questionamentos ou sequer negociatas.
Ambos foram chamados pelo “segue-Me”, mas um deixou tudo, o
outro não; ambos foram discípulos, mas um seguia de perto, o outro não; ambos
foram discípulos, mas um amou mais a Jesus do que a alfândega em que ganhava
muito dinheiro e tudo mais, o outro não; ambos foram discípulos, mas um se
tornou apóstolo e o outro não. A diferença foi pequena: um deu desculpas, o
outro não!
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
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