“Assim fala o Senhor
dos Exércitos: Este povo diz: Não veio ainda o tempo, o tempo em que a Casa do
Senhor deve ser edificada. Veio, pois, a palavra do Senhor, por intermédio do
profeta Ageu, dizendo: Acaso, é tempo de habitardes vós em casas apaineladas,
enquanto esta casa permanece em ruínas?” (Ag 1.2-4).
A volta do cativeiro babilônico não foi para todos os judeus um motivo de reconquista. Muitos preferiram ficar na Babilônia, pois já haviam feito por lá os seus negócios, já haviam prosperado em terra estranha, já haviam constituído família, casando-se com as arameias, enfim, até mesmo os que voltaram não estavam de todo empolgados e assim começaram a inverter os valores espirituais.
A inversão estava em priorizar a construção de suas casas, enquanto a Casa de Deus estava relegada ao esquecimento e abandono. O Senhor ficou irado e enviou mensageiros como Ageu e Zacarias (Malaquias também mais tarde) para alertar Seu povo de que as coisas têm uma certa ordem, não eram do jeito que eles pensavam. O resultado foi animador. Rapidamente, eles voltaram ao bom raciocínio e a segunda Casa foi levantada sob o comando de Zorobabel (v. 12).
Muitos crentes são reducionistas em seu entendimento bíblico e alegam que, por sermos nós hoje a Casa de Deus, não precisamos contribuir para o templo ou as congregações. Mas a percepção falha justamente nisso. O fato de sermos realmente a Casa de Deus hoje não justifica nossa avareza. A mesquinhez sempre foi pecado, independente da época em que a Casa de Deus era o Templo em Jerusalém, ou hoje, quando Deus habita em nós.
O fato de sermos a Casa de Deus não significa que as prioridades divinas podem ficar para depois. Ao contrário, o nosso Mestre explica o mesmo princípio no Sermão do Monte, quando diz: “Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6.33).
O fato é o seguinte: nossos interesses nunca estarão em primeiro lugar! No reino de Deus funciona assim: primeiro Deus, depois o outro, depois nós. Não importa o que façamos, sempre Deus deve ser o objetivo primordial e total. Melhorando a lista, o correto é: primeiro Deus, depois Deus e o outro, depois Deus e nós. Deus deve estar em todos os lugares da nossa lista e não só no primeiro.
Na época de Ageu, Deus mexeu no bolso do povo: “Tendes semeado muito e recolhido pouco; comeis, mas não chega para fartar-vos; bebeis, mas não dá para saciar-vos; vestis-vos, mas ninguém se aquece; e o que recebe salário, recebe-o para pô-lo num saquitel furado” (Ag 1.6). Embora hoje possa ser que não sejamos prejudicados financeiramente por causa de nosso relaxo, todavia, nossa vida espiritual sofre um declínio óbvio! Se não sentimos isso com pesar, pode ser que estejamos flertando com Mamom, ou seja, “desde que não mexa com meu dinheiro, minha vida espiritual pode naufragar”!
Se você é a Casa de Deus, a pergunta permanece: Acaso, é tempo de buscardes vós as ambições
deste mundo, enquanto esta casa [que
é você] permanece em ruínas?
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
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