domingo, 13 de julho de 2025

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0596 - PARDAIS E CABELOS

 


Portanto, não temais; mais valeis vós do que muitos pardais” (Mt 10.31).


Os dias atuais são de muita tensão e desconfiança. Por um lado, temos o que George Orwell chamou de “O Grande Irmão” (Big Brother), ou “O Irmão Mais Velho” em seu livro chamado 1984, o Estado, que nos vigia com câmeras para nossa suposta segurança, com vacinas para nossa suposta saúde, com a “Teletela” (telescreen) para nossa suposta informação e assim por diante. Por outro lado, temos pessoas como o personagem Winston, que não era manipulado como a massa da sociedade. Enquanto esta era robotizada e não se lembrava de nada por causa do jogo de manobra do Estado, Winston se lembrava de muita coisa, mas não podia falar porque todos o achariam louco.

Sem dúvida alguma, o espírito do anticristo já está atuando no mundo, inclusive desde os dias dos apóstolos (1Jo 2.18). O Estado, como plataforma antideus, já está servindo de palco e também preparando a plateia para a manifestação do anticristo escatológico, o homem da iniquidade. Há pessoas manipuladas, que conversam aquilo que a mídia programa, enquanto há outros que pensam fora da caixinha e são considerados teóricos da conspiração.

Tudo isso, porém, vai descambar na perseguição aos fiéis servos de Cristo, uma vez que eles não têm outro modo de pensar, exceto aquilo que diz a Palavra. Entra moda e sai moda, entra ideologia e sai ideologia, mas o pensamento do cristão sobre o mundo em que ele vive é o mesmo de Jesus, dos apóstolos, dos pais da igreja, dos pais contemplativos, dos pré-reformadores, dos reformadores, dos puritanos, enfim. O mundo passa, diz o apóstolo, mas o que faz a vontade de Deus permanece (1Jo 2.17).

Porém, Jesus diz que não devemos temer a perseguição. Estes homens maus do tempo do fim acharão os crentes uma pedra em seu sapato, um povo a ser eliminado, pois continua com sua crença inabalável na Escritura e não se curva aos desejos dos dominadores. Eles podem matar o seu corpo, disse Jesus (Mt 10.28), mas não podem matar a alma. E quando Jesus nos chama à confiança, Ele usa dois exemplos irrisórios: os pardais e os cabelos.

Os pardais são pássaros insignificantes e sem valor de mercado (v. 29). Mesmo assim, eles só caem por terra pelo consentimento do nosso Pai! Quanto aos fios de cabelo, ninguém jamais se preocupou em contá-los, embora haja tecnologia bastante para isso. A questão nem é que não se consegue contar, mas que parece banal fazer isso. No entanto, diz nosso Senhor, isso não é de pouca importância para o nosso Deus!

O que o nosso Mestre quer dizer é que, se o Pai cuida até da queda de pardais insignificantes, Ele mesmo cuidará dos Seus filhos, independente se eles vão morrer pela perseguição ou não. Se o Pai Celestial contou os fios de cabelo de nossa cabeça, será que não contou também os dias da nossa vida, de modo que não podemos dar um passo a mais do que isso? Não se preocupe com telas, câmeras, política, vacinas, doenças, nada absolutamente poderá abatê-lo como a um pardal nem diminuir os dias de sua vida como cabelos que caem sem ninguém contar, exceto se Deus assim o decretar!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

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