quarta-feira, 26 de novembro de 2025

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0686 - NÃO SE CASE COM INCRÉDULOS!

 


Vi também, naqueles dias, que judeus haviam casado com mulheres asdoditas, amonitas e moabitas” (Ne 13.23).


O relacionamento conjugal é um dos temas mais debatidos, distorcidos, atacados, invertidos e profanados dos nossos dias. O conceito do mundo de nossa época é que existem várias formas de amar. Com base nessa afirmação, a sociedade usurpou para si a instituição do casamento (uma vez que o matrimônio foi instituído por Deus) e a tornou tão destruída quanto seus próprios conceitos, violando o conceito divino. Afinal quem inventou o casamento é que é o único que pode realmente dizer como ele deve ser.

Quando Deus separou Israel para ser Seu povo na antiga aliança, Deus fez isso como um modelo, para o povo que Ele sempre teve em mente, que é Sua igreja. Israel foi apenas um protótipo, um apontamento. Ao proibir Seu povo de se casar com pessoas de nações estrangeiras, Deus não estava sendo xenófobo ou nazista, tentando manter uma raça nacional pura. Deus estava querendo preservar Seu povo de entrar nos pecados de idolatria e todo paganismo que aquelas nações praticavam. Salomão caiu exatamente nesse pecado, disse Neemias (v. 26).

De alguma forma, Deus queria manter a pureza sim, do Seu povo, porém a pureza espiritual. Entretanto, esses ensinos eram pedagógicos, isto é, eles estavam no nível do entendimento dos judeus. Somente assim, eles poderiam entender algo sobre a santidade de Deus, nessa separação nacionalista. Mas não havia segregação nisto, uma vez que o próprio Moisés se casara com uma estrangeira, uma mulher cuxita (Nm 12.1).

Na nova aliança, embora não haja qualquer proibição de se casar com qualquer raça, o princípio permanece, a saber, que não se case crente com não crente (2Co 6.14). A manutenção da pureza e da guarda dos princípios divinos está com a igreja e o apóstolo Paulo diz que os crentes não devem abrir mão deles. A igreja é coluna e baluarte da verdade (1Tm 3.15).

O casamento cristão é heteronormativo, monogâmico, indissolúvel e realizado entre crentes em Jesus. Qualquer junção fora desta determinação bíblica é pecado inaceitável diante de Deus. A igreja não tem autorização para mudar qualquer princípio divino que seja. O mundo também não tem, mas a sociedade sem Deus faz isso, desafia a Deus. Por ora, Ele tem deixado, muito embora tenha também demonstrado a ruína decadente em que o mundo está escorregando, não obstante os incrédulos não percebam.

Jovens crentes não devem se casar com não crentes. Não devem também usar a desculpa de que vão se relacionar para trazer estas pessoas a Cristo, pois o meio pelo qual se traz alguém a Cristo é pela pregação do evangelho e não por namoro. Não está escrito “ide por todo mundo e namorai”, mas sim, “pregai o evangelho” (Mc 16.15). Quando se usa essa “estratégia”, o que mais acontece é o crente se desviar e não o incrédulo se converter.

Não engula o conceito do mundo, de que casamento é coisa de foro íntimo. Não é. Gostar de alguém pode ser, mas o casamento é bem objetivo, ele veio de Deus e somente Deus pode determinar como ele deve ser.

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

terça-feira, 25 de novembro de 2025

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0685 - MEU MALDITO CADÁVER!

 


Sabendo isto: que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos” (Rm 6.6).


A santificação é uma doutrina prática. Quando falamos em santificação, não podemos falar apenas sobre seu conceito, suas características, essas coisas que são importantes sim, mas são apenas teóricas sobre o assunto, uma vez que a santificação é um exercício espiritual. É necessário sim, saber sobre seus detalhes, mas é muito mais produtivo vivenciar. É como natação, não se pode aprender a nadar só por informação. É preciso entrar na água.

Como a santificação é uma exigência de Deus para o Seu povo (1Pe 1.16), ficar apenas no campo do debate e da definição acerca dela é um perigo enorme. É certo que precisamos aprender sobre ela, porém, como ela é de cunho prático, quanto mais aprendemos, mais aumenta nossa responsabilidade em desenvolvê-la.

Aqueles que receberam o conhecimento não podem fingir que isto é o suficiente para viver sua vida espiritual. O próprio conhecimento que recebemos nos diz que não é o suficiente. Ele mostra o que falta em nós para realmente vivermos uma vida que agrada a Deus. Viver fora disso é flertar com a destruição. O conhecimento bíblico deve nos levar ao desejo de obter; o desejo deve nos levar à busca; e quem busca, encontra, disse Jesus (Mt 7.8).

O cristão é o único neste mundo que carrega duas naturezas. A de Adão e a de Cristo dentro de si. Ambas vivem em conflito, diz Paulo, porque elas desejam coisas diferentes (Gl 5.17). Alguém já comparou a vida cristã como aquele rei antigo que condenava seus prisioneiros de guerra a andarem algemados a cadáveres da guerra até que entrassem em decomposição. Sua sentença era arrastar aquele defunto até que ele se despedaçasse totalmente podre.

A velha criatura está em nós, algemada como um cadáver. E o apóstolo nos diz que ela caminha para a decomposição (Ef 4.22). O problema é que ela tem suas vontades e tais vontades nos agradam. Ela não morre imediatamente assim que cremos... Quanto mais atendemos a seus desejos no pecado, tanto mais teremos o que se chama de “acomodação olfativa” que é quando você se acostuma ao mau cheiro e não o sente mais.

Porém, quanto mais nos santificamos, mais sentiremos o mau cheiro da velha criatura, que se apodrece a cada dia e mais desejaremos nos “livrar do corpo desta morte” (Rm 7.24)! Paulo diz “graças a Deus por Jesus Cristo” (Rm 7.25). Por quê? Porque se as misericórdias de Deus não têm fim sobre nós, é porque naquela cruz a ira de Deus sobre Seu Filho também não teve fim!

Hoje podemos contar com o perdão infinito de Deus, porque Sua vingança dos nossos pecados sobre Cristo também foi infinita! Foi um castigo sem fim, para que tivéssemos graça sem fim! Isso quer dizer que podemos pecar à vontade? Se você atende sempre aos desejos do cadáver que está algemado a você, então você é o cadáver – não nasceu de novo! Mas se você atende aos desejos santos da nova criatura e, por vezes, é derrubado pelo peso desse maldito defunto, então sua liberdade da glória dos filhos de Deus está garantida por Cristo Jesus nosso Senhor!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

segunda-feira, 24 de novembro de 2025

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0684 - SEGUINDO JESUS DE LONGE...

 


Então, prendendo-o, o levaram e o introduziram na casa do sumo sacerdote. Pedro seguia de longe” (Lc 22.54).


Durante o ministério terreno de Jesus, Ele teve todo tipo de seguidor. Ele teve a multidão, que O seguia por causa dos sinais que Ele fazia; Ele teve curiosos, como Nicodemos, que procurou Jesus de noite e não abertamente; Ele teve seguidores críticos, como os fariseus e escribas, que O seguiam apenas para criticá-lo e jamais para se converterem com a verdade que Ele falava; teve também Seus discípulos que O seguiam de perto.

Porém, houve um momento da vida de Jesus em que Ele foi abandonado por Seus discípulos. O momento de Sua prisão e inquisição perante os principais sacerdotes. O texto posterior ao que lemos diz que Pedro, depois de segui-lo de longe, procurou uma fogueira para se aquentar (v. 55). E aqui estão algumas características daqueles que assim procedem.

Mesmo Pedro tendo sido, dentre os doze, um dos três mais próximos de Jesus, como também o foram Tiago e João, nesse momento crucial, ele não esteve próximo. Os crentes que seguem a Jesus de longe também não manifestam sua distância, exceto quando são colocados à prova, quando sua fé é testada, como quando, por exemplo, vem a perseguição. Assim como Pedro, os que seguem a Jesus de longe também procuram uma fogueira para se acomodar.

Mas a vida do crente que segue a Jesus de longe já vem dando sinais de fracasso. Quando Jesus disse que Satanás pediu para peneirar Seus discípulos, Pedro retrucou, dizendo que ele estava pronto para ir com Jesus (v. 33). Assim também, muitos crentes precisam ser provados para saber se realmente nunca vão abandonar a Jesus, a Quem tanto dizem ser fiéis.

Outro sinal é que quando Jesus precisou desses três discípulos próximos para orarem e velarem com Ele, simplesmente eles dormiram (vs. 45,46). Crentes que seguem a Jesus de longe não conseguem discernir a hora das trevas (v. 53). Eles dormem porque não conhecem a hora da guerra e da tentação. Sua fraca carne se sobrepõe à prontidão do espírito (Mc 14.38).

Crentes que seguem a Jesus de longe também confundem a luta espiritual com a carnal (v. 50). São valentes na carne, mas derrotados no espírito! São rápidos para pegar em espadas, para usar os recursos humanos, mas são lentos para se apossar das armas espirituais e discernir o verdadeiro inimigo!

Finalmente, os crentes que seguem a Jesus de longe, O negam (vs. 57-60). Na verdade, toda sua máscara de seguidor próximo, de crente fiel, de perseverante, foi arrancada! Agora ele está ali, patético, diante dos desafiadores de Cristo e do cristianismo, mas ele não tem mais forças! Suas palavras caíram por terra e só restou a negação!

Ainda bem que há esperança para os que seguem a Jesus de longe. Eles podem chorar amargamente e provar com isso o verdadeiro arrependimento (v. 62)! O Senhor traído e negado, morto e ressuscitado estende Sua mão graciosa para perdoar e trazê-los para perto realmente. Mais tarde eles ouvirão a pergunta suave e serena do Senhor: “Tu me amas”? (Jo 21.17). O que você responderá?

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

domingo, 23 de novembro de 2025

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0683 - PUBLICANOS E CRIANÇAS x FARISEUS E JOVENS RICOS

 


Em verdade lhes digo: Quem não receber o Reino de Deus como uma criança de maneira nenhuma entrará nele” (Lc 18.17).


O evangelista Lucas colocou o episódio de Jesus com as crianças bem no meio de duas outras situações, a saber, entre a parábola do fariseu e do publicano e o episódio do jovem rico. Os escritores bíblicos tinham propósitos específicos quando faziam isto. Eles não narravam os acontecimentos necessariamente em uma ordem cronológica, senão que faziam em uma sequência de propósitos doutrinários, para alertar os leitores de uma lição específica.

Na parábola do fariseu e do publicano, Jesus já acabara de ensinar que a pessoa só é justificada por Deus quando se aproxima dEle suplicando Sua misericórdia e reconhecendo que é pecadora (v. 13). Aliás, usando o exemplo do publicano que assim agiu, Jesus confirma que ele desceu para casa justificado e não o fariseu. A explicação de Jesus é: “Porque todo o que se exalta será humilhado; mas o que se humilha será exaltado” (v. 14).

Essa parábola, para Lucas, é o pano de fundo para introduzir o episódio de Jesus com as crianças, embora esse episódio não tenha acontecido necessariamente depois de Jesus ter contado a parábola. O que Lucas quer mostrar a seus leitores é um exemplo prático do que significa se humilhar e nada melhor do que o caso de Jesus com as crianças.

Para o evangelista, se você não receber o reino de Deus como uma criança, você está se comportando como o fariseu da parábola, que achava que podia oferecer muita coisa a Deus de suas obras – primeiro, ele apresentou a Deus o que ele não fazia, isto é, não quebrar mandamentos de proibição (v. 11) e depois o que ele fazia, ou seja, obedecer a mandamentos de autorização (v. 12). Uma criança não tem nada a oferecer para merecer o que quer que seja.

O próximo episódio foi colocado por Lucas também para expressar o caso de uma pessoa que achava que podia merecer o céu. O jovem rico pensava que havia guardado toda a lei, assim como aquele fariseu da parábola. O encontro de Jesus com o jovem rico pode não ter acontecido logo após a situação com as crianças, mas Lucas quer ensinar e enfatizar o ensino sobre a dependência para que se receba o reino de Deus.

Em outras palavras, o jovem rico era como o fariseu. Ambos achavam que podiam apresentar suas qualificações para merecerem o reino. Já os discípulos deveriam ser como as crianças e o publicano da parábola, ou seja, deveriam apenas depender da misericórdia de Deus, pois deveriam reconhecer que nada tinham para alcançar o reino!

E esta lição fica clara para nós. Jesus não estava dizendo que crianças merecem o céu pelo fato de serem crianças, senão o propósito de Lucas entraria em contradição com seu próprio ensino! Se fosse assim, o publicano seria justificado só porque era publicano, o que não faz o menor sentido. O que fica claro para nós é que o publicano e as crianças são apenas exemplos de pessoas que nada têm em suas mãos e, ao se aproximarem de Deus, dependem exclusivamente da Sua graça para a salvação!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

quinta-feira, 20 de novembro de 2025

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0682 - NÃO DURMA NA SEARA!

 


O que ajunta no verão é filho sábio, mas o que dorme na sega é filho que envergonha” (Pv 10.5).


Em toda a Bíblia, a preguiça é condenada. O trabalho não é fruto do pecado. Quando Deus criou o homem, já o estabeleceu para o trabalho. Aliás, o trabalho existe antes da criação do homem, visto que o próprio Deus, ao criar todas as coisas antes do ser humano, estava em execução de trabalho. Portanto, trabalho é coisa da Criação e não da Queda.

O que a Queda fez com o trabalho foi causar sua improdutividade, aumentar a canseira e o enfado, desgastar o ser humano no exercício do seu trabalho, mas a Queda não é originária do trabalho. Toda tentativa de obter os recursos próprios do trabalho sem ele é pecado, são recursos ilegítimos. Isso vale tanto para a preguiça, como para os meios ilícitos de amealhar ganhos que não sejam pelo trabalho.

Ajuntar no verão significa trabalhar com prudência enquanto se tem forças para isso. Um dia o inverno chegará, seja pela idade, pela doença, pelo desemprego, por vários percalços que nos surpreendem na jornada que se chama vida. Enquanto temos força, trabalhemos; enquanto é verão, ajuntemos; algum inverno chegará e é necessário termos ajuntado alguma coisa.

Nosso provérbio diz que aquele que dorme na sega, isto é, na colheita, envergonha seus pais. Antigamente, os pais colocavam filhos no mundo para trabalhar, para ajudar a manter e até aumentar a propriedade da família. Em parte, essa era uma das razões deles preferirem filhos homens, pois seriam dados ao serviço braçal, que era a maior parte do trabalho existente.

Hoje, há muitos filhos que envergonham seus pais nesse quesito. Eles não dormem apenas na sega, mas também no plantio. Eles são lentos não só para colher, mas, inclusive, para plantar. Aliás, existem pais que também não ensinam tais responsabilidades para seus filhos desde cedo. Assim, a consequência é óbvia.

Existe também, no campo espiritual, a mesma negligência. Há jovens que dormem, enquanto os campos estão brancos para a colheita. Há trabalho no reino de Deus, mas há filhos dormentes. Envergonham seus pastores, não ajuntam no verão. Haverá invernos espirituais também. Haverá tempos de perseguição, tempos de angústia, tempos de dificuldade no evangelho, mas estes jovens não ajuntaram no verão.

O risco que se corre é o de ficarem como as cinco virgens tolas. Elas dormiram e, além disso, ainda não tinham azeite suficiente para passarem a vigília daquela noite. Ficaram assustadas com a chegada do noivo, mas não fizeram suas reservas no verão. O inverno chegou para elas e era tarde demais (Mt 25.1-13).

O apóstolo Paulo dá um recado tanto para os dormentes no trabalho, quanto para os dormentes espirituais. Ele diz aos primeiros: “se alguém não quer trabalhar, também não coma” (2Ts 3.10). E aos dormentes espirituais, o recado é: “já é hora de vos despertardes do sono. Vai alta a noite, e vem chegando o dia. Deixemos, pois, as obras das trevas e revistamo-nos das armas da luz... revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e nada disponhais para a carne no tocante às suas concupiscências” (Rm 13.11-14).

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

terça-feira, 18 de novembro de 2025

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0681 - DEUS VINDICARÁ SUA HONRA!

 


Lembra-te disto: que o inimigo te afrontou, ó Senhor, e que um povo insensato ultrajou o teu nome” (Sl 74.18).


Uma das características dos salmos chamados imprecatórios é que eles clamavam vingança, mas por causa da honra do nome de Deus. Não se tratava de vingança pessoal, ou de descontar um malfeito a alguém específico. Quando o povo de Deus era envergonhado ou perseguido, o pedido de vingança era feito porque o nome do Senhor estava sobre Seu povo e não por uma questão de orgulho nacional.

A honra de Deus nunca é maculada em si. Ela é uma qualidade intrínseca de Deus e totalmente independente de Suas criaturas ou de qualquer difamação. Porém, quando os salmistas pediam que Deus vingasse as maldades dos inimigos, eles colocavam em jogo essa honra. Por isso pediam a Deus que cuidasse de Sua própria reputação entre os ímpios.

Em geral, Deus ouvia a esse tipo de clamor, visto que as nações antigas eram adoradoras de ídolos e vários deuses falsos. A resposta de Deus ao clamor de vingança do Seu povo vindicava Sua honra e mostrava para as nações pagãs que não havia outro Deus, não havia nenhum ídolo que pudesse se comparar ao único Deus e verdadeiro que Se revelou para Israel.

Entretanto, nem sempre Deus mostrou isso em forma de vingança sobre os ímpios. A bem da verdade, depois que o povo de Deus foi revelado como igreja, o mistério que esteve oculto, Deus praticamente não responde a esse tipo de clamor. Não que Ele não esteja atento a isso. Cada humilhação que o povo de Deus passa, cada perseguição feita a Seu povo, como disse Jesus a Saulo, é feita diretamente contra Ele (At 9.4,5).

As almas que estão debaixo do altar são almas de mártires, crentes fiéis que morreram por amor de Cristo. Elas clamam por vingança e justiça do seu sangue, mas a resposta é que esperem até que se complete o número de seus irmãos que ainda estão na terra, que devem ser mortos pelo mesmo processo do martírio como elas foram (Ap 6.9-11). Embora isso mostre uma demora na resposta, todavia, mostra também a certeza dela.

A aparente demora da resposta de Deus para vingar os inimigos de Sua igreja tem dado a falsa expectativa nos ímpios de que Deus não existe ou, se existe, não Se importa. A igreja tem que tomar cuidado para que ela não caia na mesma falsa sensação. Deus existe, Ele Se importa e Ele executará a vingança. O que nos parece é que, quando Deus quer condenar, Ele realmente não Se revela, deixando o ímpio mais endurecido do que ele já é, o que o levará, sem dúvida, ao calabouço do inferno sem piedade.

Certo é que os inimigos que ultrajaram e afrontaram a Deus não ficarão sem castigo. Isso é só uma questão de tempo. Pedro diz que na época de Noé foi assim também. Ninguém acreditou e a vingança veio. Os leitores de Pedro sabiam disso, mas estavam tão incrédulos quanto os contemporâneos de Noé. Aqui e ali, Deus tem mostrado que está atento. Mas, Sua ira mesmo, está para ser derramada é no Juízo Final. Oremos para que os ímpios se convertam. Mas saibamos que Deus nunca deixará de vindicar Sua honra do ultraje dos homens!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

segunda-feira, 17 de novembro de 2025

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0680 - É IMPOSSÍVEL PARA O HOMEM CRER POR SI MESMO!

 


Quem creu em nossa pregação? E a quem foi revelado o braço do Senhor?” (Is 53.1).


Existe um pensamento corrente no meio cristão que a fé procede do indivíduo. Basta ele querer, que ele consegue exercer sua fé na Palavra da pregação. Esse pensamento é humanista, pois coloca no homem um poder que ele não tem. É também um pensamento superestimado do pecado, porque supõe que o homem é capaz de algum bem espiritual, mesmo em seu estado de queda.

É certo que crer é um dever do homem, mas não é seu poder. A não ser que o Senhor faça como fez a Lídia, abrindo “seu coração para atender às coisas que Paulo dizia” (At 16.14), ninguém poderá, por si mesmo, produzir fé verdadeira em seu coração.

A fé é um bem espiritual e o homem natural não pode produzir nada que seja espiritual. Jesus disse: “O homem bom tira do tesouro bom coisas boas; mas o homem mau do mau tesouro tira coisas más” (Mt 12.35). Se alguém pensa que existe sequer um homem bom que possa tirar de si coisas boas, esse alguém não conhece a Palavra. Jesus disse claramente que só há um bom, que é Deus (Mc 10.18).

O testemunho do apóstolo Paulo é que “não há justo, nem um sequer, não há quem entenda, não há quem busque a Deus; todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer” (Rm 3.10-12). Sendo assim, é simplesmente impossível ao homem sem Cristo produzir a fé salvadora em seu coração.

A pergunta do profeta Isaías é uma pergunta de retórica. Quando ele diz “quem creu em nossa pregação?”, a resposta óbvia é “ninguém”! E ele explica o porquê. Ele diz que o Servo do Senhor “foi subindo como renovo perante ele e como raiz de uma terra seca” (v. 2). Sem aparência e sem formosura, nosso Senhor e Sua pregação seriam rejeitados. Os homens buscam beleza e agrado, mas o profeta diz que no Senhor não havia essas coisas!

Isaías diz também que quando Ele foi ferido de Deus e oprimido, nós consideramos isso como bem feito (v. 4)! Nós O reputamos por aflito, ferido de Deus e oprimido, porque achamos que Ele merecia isso. “Mas Ele foi traspassado pelas nossas transgressões”, explica o profeta. Ele foi “moído pelas nossas iniquidades”. Não foi por Seu pecado, pois não tinha (v. 5).

O que o profeta quer mostrar (e não só ele, mas toda a Bíblia) é que as coisas de Deus parecem loucura para o perdido, como disse Paulo em 1Co 1.18. O Cristo crucificado é escândalo ou tropeço para os judeus e loucura ou tolice para os gentios (1Co 1.23). Como qualquer pessoa em seu estado natural poderá compreender e aceitar as coisas do Espírito que Deus providenciou para nossa salvação? É simplesmente impossível!

Paulo diz: “Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente” (1Co 2.14). Agora você entende que sua fé não veio de você? É dom de Deus!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson