terça-feira, 18 de novembro de 2025

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0681 - DEUS VINDICARÁ SUA HONRA!

 


Lembra-te disto: que o inimigo te afrontou, ó Senhor, e que um povo insensato ultrajou o teu nome” (Sl 74.18).


Uma das características dos salmos chamados imprecatórios é que eles clamavam vingança, mas por causa da honra do nome de Deus. Não se tratava de vingança pessoal, ou de descontar um malfeito a alguém específico. Quando o povo de Deus era envergonhado ou perseguido, o pedido de vingança era feito porque o nome do Senhor estava sobre Seu povo e não por uma questão de orgulho nacional.

A honra de Deus nunca é maculada em si. Ela é uma qualidade intrínseca de Deus e totalmente independente de Suas criaturas ou de qualquer difamação. Porém, quando os salmistas pediam que Deus vingasse as maldades dos inimigos, eles colocavam em jogo essa honra. Por isso pediam a Deus que cuidasse de Sua própria reputação entre os ímpios.

Em geral, Deus ouvia a esse tipo de clamor, visto que as nações antigas eram adoradoras de ídolos e vários deuses falsos. A resposta de Deus ao clamor de vingança do Seu povo vindicava Sua honra e mostrava para as nações pagãs que não havia outro Deus, não havia nenhum ídolo que pudesse se comparar ao único Deus e verdadeiro que Se revelou para Israel.

Entretanto, nem sempre Deus mostrou isso em forma de vingança sobre os ímpios. A bem da verdade, depois que o povo de Deus foi revelado como igreja, o mistério que esteve oculto, Deus praticamente não responde a esse tipo de clamor. Não que Ele não esteja atento a isso. Cada humilhação que o povo de Deus passa, cada perseguição feita a Seu povo, como disse Jesus a Saulo, é feita diretamente contra Ele (At 9.4,5).

As almas que estão debaixo do altar são almas de mártires, crentes fiéis que morreram por amor de Cristo. Elas clamam por vingança e justiça do seu sangue, mas a resposta é que esperem até que se complete o número de seus irmãos que ainda estão na terra, que devem ser mortos pelo mesmo processo do martírio como elas foram (Ap 6.9-11). Embora isso mostre uma demora na resposta, todavia, mostra também a certeza dela.

A aparente demora da resposta de Deus para vingar os inimigos de Sua igreja tem dado a falsa expectativa nos ímpios de que Deus não existe ou, se existe, não Se importa. A igreja tem que tomar cuidado para que ela não caia na mesma falsa sensação. Deus existe, Ele Se importa e Ele executará a vingança. O que nos parece é que, quando Deus quer condenar, Ele realmente não Se revela, deixando o ímpio mais endurecido do que ele já é, o que o levará, sem dúvida, ao calabouço do inferno sem piedade.

Certo é que os inimigos que ultrajaram e afrontaram a Deus não ficarão sem castigo. Isso é só uma questão de tempo. Pedro diz que na época de Noé foi assim também. Ninguém acreditou e a vingança veio. Os leitores de Pedro sabiam disso, mas estavam tão incrédulos quanto os contemporâneos de Noé. Aqui e ali, Deus tem mostrado que está atento. Mas, Sua ira mesmo, está para ser derramada é no Juízo Final. Oremos para que os ímpios se convertam. Mas saibamos que Deus nunca deixará de vindicar Sua honra do ultraje dos homens!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

segunda-feira, 17 de novembro de 2025

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0680 - É IMPOSSÍVEL PARA O HOMEM CRER POR SI MESMO!

 


Quem creu em nossa pregação? E a quem foi revelado o braço do Senhor?” (Is 53.1).


Existe um pensamento corrente no meio cristão que a fé procede do indivíduo. Basta ele querer, que ele consegue exercer sua fé na Palavra da pregação. Esse pensamento é humanista, pois coloca no homem um poder que ele não tem. É também um pensamento superestimado do pecado, porque supõe que o homem é capaz de algum bem espiritual, mesmo em seu estado de queda.

É certo que crer é um dever do homem, mas não é seu poder. A não ser que o Senhor faça como fez a Lídia, abrindo “seu coração para atender às coisas que Paulo dizia” (At 16.14), ninguém poderá, por si mesmo, produzir fé verdadeira em seu coração.

A fé é um bem espiritual e o homem natural não pode produzir nada que seja espiritual. Jesus disse: “O homem bom tira do tesouro bom coisas boas; mas o homem mau do mau tesouro tira coisas más” (Mt 12.35). Se alguém pensa que existe sequer um homem bom que possa tirar de si coisas boas, esse alguém não conhece a Palavra. Jesus disse claramente que só há um bom, que é Deus (Mc 10.18).

O testemunho do apóstolo Paulo é que “não há justo, nem um sequer, não há quem entenda, não há quem busque a Deus; todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer” (Rm 3.10-12). Sendo assim, é simplesmente impossível ao homem sem Cristo produzir a fé salvadora em seu coração.

A pergunta do profeta Isaías é uma pergunta de retórica. Quando ele diz “quem creu em nossa pregação?”, a resposta óbvia é “ninguém”! E ele explica o porquê. Ele diz que o Servo do Senhor “foi subindo como renovo perante ele e como raiz de uma terra seca” (v. 2). Sem aparência e sem formosura, nosso Senhor e Sua pregação seriam rejeitados. Os homens buscam beleza e agrado, mas o profeta diz que no Senhor não havia essas coisas!

Isaías diz também que quando Ele foi ferido de Deus e oprimido, nós consideramos isso como bem feito (v. 4)! Nós O reputamos por aflito, ferido de Deus e oprimido, porque achamos que Ele merecia isso. “Mas Ele foi traspassado pelas nossas transgressões”, explica o profeta. Ele foi “moído pelas nossas iniquidades”. Não foi por Seu pecado, pois não tinha (v. 5).

O que o profeta quer mostrar (e não só ele, mas toda a Bíblia) é que as coisas de Deus parecem loucura para o perdido, como disse Paulo em 1Co 1.18. O Cristo crucificado é escândalo ou tropeço para os judeus e loucura ou tolice para os gentios (1Co 1.23). Como qualquer pessoa em seu estado natural poderá compreender e aceitar as coisas do Espírito que Deus providenciou para nossa salvação? É simplesmente impossível!

Paulo diz: “Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente” (1Co 2.14). Agora você entende que sua fé não veio de você? É dom de Deus!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

domingo, 16 de novembro de 2025

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 679 - MALDITO QUEM NÃO AMA O SENHOR!

 


Se alguém não ama ao Senhor, seja anátema! Maranata” (1Co 16.22).


Segundo Jesus Cristo, o maior mandamento consiste em amar a Deus de todo o coração, alma, entendimento e forças (Mc 12.30). Como o homem já nasceu em um estado de queda e depravação total, sua postura em relação a Deus já é uma postura de inimizade e separação, ou seja, por meios naturais, ele não ama ao Senhor.

Ainda, segundo Jesus Cristo, não existe meio termo com relação a Deus. Ou alguém é por Ele ou é contra Ele; ou alguém com Ele ajunta, caso contrário, espalha (Mt 12.30). A conclusão lógica dessa fala de Jesus é que, se alguém não O ama, então esse alguém O odeia. Não há como estar em cima do muro quanto a essa questão.

O termo anátema significa “consagrado ou devotado para destruição”. Esse é um significado muito amedrontador! Sabemos que Deus separa para Si com propósitos de salvação e bênção. Mas separar alguém para a destruição é simplesmente horrível! A palavra indica um banimento completo da presença de Deus, assim como a serpente foi amaldiçoada e banida do Éden (Gn 3.14) e Caim também (Gn 4.11).

Quando o Salvador foi enviado ao mundo, o que lemos é o seguinte acerca da reação dos homens a Ele: “E o julgamento é este: A luz veio ao mundo, e os homens amaram antes as trevas que a luz, porque as suas obras eram más” (Jo 3.19). Isso mostra que o homem naturalmente não ama a Deus, antes O odeia.

Quando os homens amam ao mundo, não podem amar a Deus. É contraditório, porque Deus Se opõe ao mundo! Tais pessoas não têm em si o amor de Deus. Diz o apóstolo João em sua carta: “Não ameis o mundo, nem o que há no mundo. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele” (1Jo 2.15). Quando alguém ama o dinheiro também não pode amar a Deus, disse Jesus, em Mt 6.24. Estas são algumas pistas negativas para sabermos se amamos a Deus ou não.

Agora temos também pistas positivas, para sabermos se amamos a Deus. Jesus diz que se alguém O ama guardará Sua Palavra (Jo 14.23). O apóstolo João diz o mesmo: “Porque este é o amor de Deus, que guardemos os seus mandamentos” (1Jo 5.3a). Ainda, o apóstolo diz que quem ama a Deus, ama também a seu irmão (1Jo 4.21).

Para finalizar, aquele que ama ao Senhor não deve ter medo do dia do juízo. O apóstolo diz assim: “Nisto é aperfeiçoado em nós o amor, para que no dia do juízo tenhamos confiança; porque, qual ele é, somos também nós neste mundo” (1Jo 4.17). Nós podemos confiar que não seremos condenados no dia do juízo, não porque nosso amor brotou de nosso coração para Deus, mas ao contrário: “Nisto está o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou a nós, e enviou seu Filho como propiciação pelos nossos pecados” (1Jo 4.10).

Se você ama ao Senhor, é porque Ele te amou primeiro (1Jo 4.19)! É somente por causa do amor dEle por você que você não será anátema, maldito, nem banido de Sua presença. Você ama ao Senhor? Então diga “Maranata”, isto é, “vem, Senhor”!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

quinta-feira, 13 de novembro de 2025

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0678 - A ETERNIDADE DE DEUS É A ANTECEDÊNCIA DA EXISTÊNCIA

 


Antes que os montes nascessem, ou que tivesses formado a terra e o mundo, sim, de eternidade a eternidade, tu és Deus” (Sl 90.2).


Há uma frase popular que diz que Deus é brasileiro. As pessoas de nossa nação repetem isso para, na melhor das hipóteses, dizer que Deus favorece nosso país. Porém, na pior das hipóteses, o que se quer dizer com isso é que Deus vai encobrir trapaças, fraudes, mentirinhas e muitos outros “tombos” costumeiros da sociedade.

Porém, nem Deus é brasileiro, como também não é conivente com nossos erros. Deus é eterno, como lemos neste salmo. Ele não tem começo nem fim. Deus não tem um país predileto, nem mesmo Israel, como alguns pensam. Embora quando Ele Se fez carne tenha nascido da nação judaica, para cumprir Sua promessa feita aos patriarcas, todavia, Ele não é exclusivo de alguma nação. Nenhum povo é dono dEle.

Por mais antigo que se possa imaginar que seja o universo, ele teve início. Não foi obra do acaso, porque o acaso nada produz. Até mesmo o que consideramos aleatório, nada mais é do que um conjunto de probabilidades que podem ser calculadas. A teleologia, isto é, o propósito para o qual os elementos da natureza servem, nos mostra que há um Criador, alguém inteligente, racional, haja vista como são mostradas muitas leis científicas através de equações lógicas. Estas leis já existiam, não foram inventadas pelo homem, apenas descobertas.

A eternidade de Deus nos humilha, porque nos mostra que nada sabemos. Somos passageiros velozes em um planeta que já existia antes de nós e existirá depois. Certo é que ele também terá o seu fim, porém, quantos já passaram por aqui e não mais existem? Deus está olhando para o início e o fim dos homens e vendo o quanto eles são menos que nada! Como disse Davi no Salmo 8: “Que é o homem, para que te lembres dele?” (v. 4a).

A eternidade de Deus O exalta, porque nos mostra que Ele não depende de nós. Ele já existia antes de nós e continuará a existir depois e para sempre, sem fim e sem fim! Deus não tem limite de existência. Seu nome é “Eu Sou” (Êx 3.14), porque Ele é a própria essência da existência! Sua vida é autônoma. A nossa deriva dEle! Aliás, a vida só existe porque Deus existe. Não se pode sequer conjecturar a “possiblidade” de Deus não existir. Ele é a resposta para "por que existe algo ao invés de nada?"!

A frase de Descartes “penso, logo existo”, apesar de sugerir que o questionamento é a prova da existência, muito mais que isso, mostra que o pensamento antecede a existência, o que nos leva à eternidade de Deus. Ele não disse “existo, logo penso”, mas o contrário. A evidência de que o pensamento antecede a existência é que quando se pensa sobre a existência, se busca algo anterior a ela. Isso não faria sentido se o antecedente não existisse.

A antecedência da existência é obviamente a eternidade de Deus. É porque Ele existe desde sempre, que as coisas que existem derivadas dEle nos remetem à perfeita sincronia. E quando vemos muita coisa imperfeita, o que nos diz que é imperfeito é justamente o padrão de perfeição que Deus é, e que está embutido em nós. De eternidade a eternidade Ele é Deus!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

quarta-feira, 12 de novembro de 2025

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0677 - FÉ QUE DESAFIA OU FÉ QUE CONFIA

 


Desça agora da cruz o Cristo, o rei de Israel, para que vejamos e creiamos” (Mc 15.32a – KJF).


Os ateus costumam dizer que se Deus fizesse alguma aparição extraordinária, como escrever no céu: “Eu existo. Assinado: Deus”, por exemplo, eles creriam. Acontece que os desafios que eles fazem de Deus são tão ridículos quanto sua incredulidade.

No exemplo citado, já temos uma contradição na cosmovisão deles mesmos, uma vez que eles partem do pressuposto que o extraordinário não existe. Portanto, qualquer aparição extraordinária de Deus, seria tida por eles como inválida, ou explicada do ponto de vista ordinário, resultando sempre na mesma premissa ou conclusão, a de que Deus não existe.

Esse desafio da incredulidade é antigo. Desde que Deus esteve em carne aqui na terra, os incrédulos diziam sempre a mesma coisa. Os que comeram os pães e peixes multiplicados, no dia seguinte, exigiram um sinal de Jesus para que pudessem crer nEle (Jo 6.30). Como pode? A incredulidade chega a ser irracional. Eles haviam comido de um modo miraculoso até se fartar e no outro dia exigiam um sinal!

Os fariseus e os principais líderes da Judeia procuravam matá-lo porque não podiam negar os sinais que Ele fazia. Agora, eles estavam em volta da crucificação, exigindo um sinal de Cristo, isto é, que Ele descesse da cruz e, assim, eles creriam! Eles, que viviam pedindo um sinal a Cristo, mesmo estando rodeado de sinais (Mc 8.11).

O desafio que os incrédulos fazem a Cristo é sempre contraditório. Pedir que Ele descesse da cruz com a desculpa de que assim iriam crer, era o mesmo que dizer que creriam em Cristo somente se Deus frustrasse Seu próprio plano! Da mesma forma hoje. Os ímpios que exigem algum tipo de manifestação sobrenatural para que creiam, é apenas outra forma de dizer que não vão crer.

Além disso, esse desafio também é diabólico, porque exige que Deus negue Seu caráter, Seus planos, Sua Palavra e Suas ações com a desculpa de que assim, mais pessoas irão crer. O pensamento diabólico sobre isso atua em cima de uma tentação. Ele supõe que Jesus ficará interessado em que mais pessoas creiam nEle, desde que Ele Se sujeite a algum tipo de desafio e o responda. Aqui, o enganador se engana!

Jesus nunca esteve interessado em que alguém cresse nEle induzido por desafios ou propondo-Lhe uma tentação. João diz que “muitos creram no seu nome ao ver os milagres que ele fazia. Mas o próprio Jesus não se confiava a eles, porque conhecia a todos os homens. E não necessitava de que alguém desse testemunho de homem, porque ele conhecia o que havia no homem” (Jo 2.23-25 – KJF).

O mesmo se deu com Pedro, quando este tentou dissuadir Jesus de ir para a via crucis. Mas a resposta foi: “Para trás de mim, Satanás; porque tu não tens gosto das coisas que são de Deus, mas das coisas que são dos homens” (Mc 8.33 – KJF). Não se iluda. Jesus não está interessado em sua fé que desafia e sim na fé que confia. E mais: todos os que desafiam a Deus estão selando sua própria condenação.

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

terça-feira, 11 de novembro de 2025

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0676 - DEUS NÃO VINGARÁ DUAS VEZES O MESMO PECADO

 


O que imaginais vós de YHVH? Ele arrasará e, certamente, não fará vingança duas vezes ao seu inimigo” (Na 1.9 – BTX).


O conceito mundano sobre Deus é completamente desvirtuado da realidade. São muitas vozes provenientes de muitas mentes pecadoras querendo dissertar sobre a Pessoa divina e Suas qualidades. Entretanto, a mente mundana é pecaminosa e, por isso mesmo, entenebrecida sobre qualquer assunto que se refira a Deus e ao que é espiritual.

A única revelação que Deus quis fazer de Si mesmo ao homem, além da criação, que já revela a glória e a existência dEle, como também Seu eterno poder, foi a Bíblia apenas. Através de experiências que Deus mesmo concedeu a homens que Ele quis chamar e a estes mesmos homens os moveu por Seu Espírito, a fim de que escrevessem as verdades sobre estas revelações inspiradamente, de modo inerrante, foi dessa forma que Deus quis Se mostrar aos homens.

Mesmo alguns conhecendo a Bíblia, ainda fazem recortes de suas páginas para transmitir ao mundo um conhecimento aleijado de Deus. Como os pecadores odeiam saber sobre seus pecados e sobre suas consequências funestas, assim também odeiam saber sobre o Deus de ira revelado nas páginas da Sagrada Escritura.

Naum revela muito sobre esse Deus. Ele diz no v. 2 que Deus é “zeloso e justiceiro”. Diz que Ele “é lento para a ira, grande em paciência, mas não terá por inocente ao culpado” (v. 3a). Deus não Se intimida com as mais pavorosas tormentas do universo. Ele “caminha no turbilhão e na tormenta, e as nuvens são o pó de seus passos” (v. 3b). Ele “repreende o mar, e o faz secar, evapora todos os rios” (v. 4). “Diante dEle tremem as montanhas, os outeiros se derretem” (v. 5).

Que pensam os homens de Deus? São todos obscuros no entendimento (Ef 4.18). Naum diz que Deus não fará vingança duas vezes, isto é, Ele não precisará atacar novamente, pois Seu golpe será fatal sobre os inimigos (v. 9).

Entretanto, há outro sentido em que Deus não atacará duas vezes os inimigos. Alguns inimigos Deus amou por Sua livre graça (Rm 5.8). A estes inimigos que Ele amou, Ele resolveu punir seus pecados em Cristo na cruz! E uma vez que nossos pecados já foram vingados na Pessoa do Filho de Deus, nós não seremos vingados pela segunda vez! Podemos ter convicção de que estamos salvos, pois, como disse o apóstolo: “Porque, se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida” (Rm 5.10).

Jesus quis ser punido em nosso lugar. Deus é justo e não cobrará pelos mesmos pecados duas vezes, como disse o profeta Naum. Se estamos em Cristo, justificados nós fomos pela fé nEle. E não há mais nenhuma condenação para quem está em Cristo Jesus!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

segunda-feira, 10 de novembro de 2025

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0675 - POR QUE A BONDADE GERAL DE DEUS NÃO MUDA O HOMEM?

 


Tua bondade com os perversos não os leva a fazer o bem. Embora outros pratiquem a justiça, eles continuam a fazer o mal; não levam em conta a majestade do Senhor” (Is 26.10 – NVT).


Embora saibamos que é a mão da graça de Deus que restringe o ímpio de ser mais perverso do que já é, todavia, ele também não melhora. A chaga do pecado é incurável e sua tendência é supurar até se transformar em um câncer mortal! Mesmo sabendo disso, Deus não cessa de estender Sua bondade para com os homens. Por outro lado, mesmo os homens recebendo a bondade de Deus, não reconhecem isso como proveniente dEle.

No v. anterior, o profeta orou ao Senhor, dizendo: “À noite eu te procuro, ó Deus; pela manhã te busco de todo o coração. Pois só quando vens julgar a terra as pessoas aprendem a justiça” (v. 9). Por não considerarem a majestade do Senhor (v. 10), os ímpios executam suas sentenças em tribunais de acordo com sua maligna intenção. Somente quando Deus mesmo executa algum juízo é que as pessoas aprendem a justiça. Entretanto, aprendê-la não significa converter-se.

A iniquidade do ímpio é, ao mesmo tempo, seu desejo e sua destruição. Seu desejo, porque ele anda à caça do pecado para satisfazer a imensa vaga escura e fria do seu coração alienado. E sua destruição, porque é exatamente o pecado que ele cobiça e envida todos os esforços para praticá-lo que o levará à ruína e à perdição eterna!

A única bondade de Deus que pode fazer mudar o curso do ímpio é a bondade especial, isto é, se Deus lhe conceder Sua misericórdia. A bondade geral não o levará a isso. A chuva de Deus, o sol de Deus, o ar de Deus, a inteligência, a arte e todos os outros aspectos da bondade de Deus não o levarão ao arrependimento, exceto a bondade especial. Paulo disse: “Ou desprezas a riqueza da sua bondade, e tolerância, e longanimidade, ignorando que a bondade de Deus é que te conduz ao arrependimento?” (Rm 2.4 – ARA).

Sem essa graça especial de Deus ao homem, ele se afundará em seu pecado e fará isso com todo seu prazer até que seja condenado. Paulo diz que “eles conheciam algo sobre Deus, mas não o adoraram nem lhe agradeceram. Em vez disso, começaram a inventar ideias tolas e, com isso, sua mente ficou obscurecida e confusa. Por isso, Deus os entregou aos desejos pecaminosos de seu coração” (Rm 1.21,24 – NVT).

Portanto, a resposta para a maldade humana não está na educação, na política, na segurança pública, na saúde, na informação, na tecnologia, nem em qualquer que seja o ideal filosófico. Simplesmente o homem ama aquilo que o destruirá. Somente se Deus lhe trocar o coração perverso, seu coração de pedra, por um coração submisso, é que o homem poderá se voltar para Deus e então encontrar a resposta que a sociologia não pode dar.

O justo somente ora como o profeta: “Senhor, ao seguir tuas justas decisões, depositamos em ti nossa esperança; o desejo de nosso coração é glorificar teu nome” (v. 8).

Día tes písteos.

Pr. Cleilson