“Porque, ainda que
existam alguns que são chamados de deuses, quer no céu ou sobre a terra — como
há muitos ‘deuses’ e muitos ‘senhores’ —, para nós, porém, há um só Deus, o
Pai, de quem são todas as coisas e para quem existimos” (1Co 8.5,6a).
Quando se diz que Deus é um, o significado disso é que Ele é singular, isto é, não há outro que concorra a Seu nível, não há outro que Lhe seja superior, nem há outro que Lhe seja inferior. A pluralidade de deuses crida em outras religiões é fruto da imaginação do homem pecador. O plural de Deus deveria ser uma contradição; entretanto, existe por causa do pecado no coração da humanidade.
Só pode existir um ser divino, pois dEle se derivam todos os demais seres e todas as demais coisas. Por ser único, Deus é o ser necessário, isto é, autoexistente. Ele existe por necessidade, pois sem Ele nada poderia existir e Ele mesmo não poderia não existir. Os demais seres são contingentes, ou seja, podem ou não existir. Já parou para pensar que você poderia nunca ter existido? Ou talvez que, se você não existisse, alguém poderia existir em seu lugar, ou não existir ninguém em seu lugar? Pois é, isto é a contingência dos seres derivados. Deus não tem isso. Se Ele não existisse, não haveria a menor hipótese de alguém poder pensar em não existir, pois não existiria nada.
Muitas religiões orientais, como o zoroastrismo, por exemplo, ensinam o dualismo, a saber, a coexistência do mal e do bem desde sempre, cada elemento destes derivando de um deus diferente. Entretanto, isso é ilógico, pois se assim fosse, nenhum de nós desejaria que o bem vencesse, ou ficaria angustiado quando o mal se sobrepusesse ao bem, como tanto vemos em nosso mundo. Se desejamos que o bem vença o mal, isto quer dizer que o mal não é bem-vindo, portanto, não é eterno.
A unidade de Deus é uma doutrina que exclui o politeísmo (muitos deuses), o henoteísmo (um deus acima de vários), o ateísmo (nenhum deus) e a idolatria (pessoas ou coisas que concorrem com Deus na adoração). Ao dar a lei máxima para Israel, Deus disse o seguinte sobre Sua unidade: “Escute, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor” (Dt 6.4). Então, por causa disso, porque Deus é um só, Ele prossegue dizendo: “Portanto, ame o Senhor, seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e com toda a sua força” (v. 5). Se houvesse outro deus, então você poderia dividir seu coração, sua alma, mas como só há um, então todo seu coração e toda sua alma devem se inclinar em amor diante dEle.
A unidade de Deus não exclui, porém, Sua pluralidade de Pessoas. E esta pluralidade de Pessoas na essência de Deus não divide Sua divindade. Não há três deuses – há um só Deus! A divindade não é “composta” de Pai, Filho e Espírito Santo. Antes, estas três divinas Pessoas são intrínsecas ao ser divino.
Finalmente, Deus ser um preserva Sua glória! Ela não pode
ser dividida! Quando você adora a Deus, você não divide um pouco de adoração
para cada Pessoa da Trindade, como alguns quiseram dizer, que o Espírito Santo
fica com ciúmes quando você adora só ao Pai e ao Filho... isto é aberração!
Quando você adora a Deus, você O adora em Sua unidade, em Sua indivisibilidade
e em Sua singularidade!
Día tes písteos.
Pr. Cleilson