“Irmãos, cada um
permaneça diante de Deus na condição em que foi chamado” (1Co 7.24).
Os casados cristãos também incorrem em situações de relacionamento com incrédulos. Uma parte da 1ª carta de Paulo aos coríntios trata disso. Está no cap. 7 a partir do v. 12. Ali, quando Paulo escreve “digo eu, não o Senhor”, não significa que seja uma palavra opcional. Ele não está dizendo que isso é uma opinião particular. Apenas diz que o Senhor Jesus não falou nada a respeito desse assunto enquanto esteve no Seu ministério terreno. Todavia, a escrita de Paulo é inspirada e tem valor doutrinário.
Se um crente solteiro não deve se casar com uma pessoa incrédula, conforme já estudamos, os que desobedecem a esta ordem da Palavra, além de desonrarem a glória de Deus, colherão sérias consequências e devem se submeter a elas enquanto estiverem casados. Mas existem aqueles que vêm a Cristo depois de casados e seu cônjuge não vem. É para estes que o apóstolo Paulo está falando.
Se você veio a Cristo e seu cônjuge não veio, você não deve se separar por causa disso, caso seu cônjuge concorde em viver com você. Você era escravo do pecado e não tinha conhecimento sobre a relação conjugal e a glória de Deus. Você tinha apenas o conceito mundano sobre casamento. Agora que você veio a Cristo, a glória de Deus é revelada justamente no fato de você permanecer casado com seu cônjuge incrédulo.
Paulo explica isso, dizendo que o cônjuge incrédulo é santificado no convívio com o crente (v. 14). Isto não quer dizer que seu cônjuge será salvo por tabela. Isso não existe na Bíblia. O que o apóstolo está dizendo é que a influência santificadora do cônjuge cristão é mais poderosa do que a influência maligna do incrédulo, isto é, que você, como crente, acaba abençoando sua casa porque você é crente, enquanto seu cônjuge incrédulo não tem poder para amaldiçoar seu lar.
No v. 16, ele faz uma pergunta de retórica: “Pois você, ó mulher, como sabe se salvará o seu marido? Ou você, ó marido, como sabe se salvará a sua mulher?”. O apóstolo está dizendo que na sua influência cristã, você não sabe se poderá salvar seu cônjuge. Mas todo esforço cristão deve ser empenhado para isso.
Porém, se seu marido ou esposa, por ser alguém incrédulo, desejar se separar de você porque você é crente, então, diz Paulo, você não está sujeito à servidão desse tipo de casamento, pois o que agora refletirá a glória de Deus é seu amor por Deus mais do que pelo seu cônjuge. O próprio Jesus disse que até mesmo a família deve ser subtraída em favor do amor ao reino de Deus (Lc 18.29,30). Claro que não é um pretexto para alguns que querem se separar e usam o reino de Deus como desculpa, mas um fato concreto de uma família rejeitar um dos seus por ser um crente fiel. Neste caso, se seu amor pelos seus for maior que o amor por Jesus, você não é digno dEle (Mt 10.37)!
Portanto, se você, sendo crente, se casou com um descrente,
mantenha-se casado, aguente as consequências e peça perdão por desprezar a
glória de Deus. Mas se você veio do mundo para Cristo e seu cônjuge não veio,
mantenha-se casado e deixe a glória de Deus resplandecer no seu lar para que,
porventura, seu cônjuge seja salvo!
Día tes písteos.
Pr. Cleilson