“Há uma verdade
imensa revelada nessa passagem das Escrituras, e eu entendo que ela está
falando a respeito de Cristo e da Igreja” (Ef 5.32 – NTLH).
Na ocasião da Queda, nada foi tão certo quanto aquela palavra que Deus deu à mulher, sobre a disputa de poder com seu marido (Gn 3.16). Tal disputa se arrasta pelos séculos, conseguindo sobreviver até ao dilúvio! Incrivelmente, essa contenda ainda encontra lugar nos corações dos crentes redimidos. Quando se fala na Redenção, não podemos fingir que ela não está em tensão com a Queda dentro de cada um de nós.
Porém, como já vimos anteriormente, o dever da mulher cristã é restaurado ao plano original da criação e ela deve exercer sobre si mesma a consciência da submissão e então exercitá-la na prática domiciliar. O texto grego que fala sobre este dever, usa o verbo no imperativo médio-passivo, o que significa que a mulher tem que exercer antes da submissão prática a seu marido, a consciência sobre si mesma deste dever. Isso evitará grandíssima parte das disputas no lar.
Ademais, a mulher crente precisa compreender que, no casamento, ela representa a igreja, a noiva de Cristo. Nenhuma cristã em seu bom juízo considera que uma igreja rebelde contra a autoridade de Jesus é um ideal aceitável. Assim também ela deve olhar para seu casamento, como uma maquete disso. É inaceitável que ela se rebele contra a autoridade do seu marido.
Entretanto, como em toda figura, sempre haverá uma imperfeição em relação à realidade para a qual aponta. Assim como a mulher não consegue figurar a igreja de forma perfeita, também seu marido não consegue figurar Cristo de forma perfeita; caso conseguissem, não seriam figura e sim a realidade. É neste ponto que a mulher tem que considerar seu relacionamento. Ela não tem que exigir de seu marido que seja como Cristo (embora seja este o dever dele), mas ela deve exigir de si mesma ser como a igreja!
Em Ef 1.23, Paulo diz que Cristo permitiu ser completado por Sua igreja. Veja como diz na NTLH: “A Igreja é o corpo de Cristo; ela completa Cristo, o qual completa todas as coisas em todos os lugares”. É exatamente esse o sentido do texto original! Cristo não precisa de complemento, mas Ele Se permitiu ser completado por Sua igreja! A mulher deveria pensar sobre isso em seu casamento. Se Cristo, que é o Varão Perfeito, Se permitiu ser completado por Sua noiva, quanto não deve completar seu esposo imperfeito a irmã cristã?
Esta forma de ver o casamento visa a glória de Deus. Se a mulher crente pensasse assim, certamente ela teria condições de superar suas barreiras, tanto as que se formam dentro do seu psicológico, quanto as que são formadas por seu esposo sobre ela. Pensar dessa maneira e agir com base nesse pensamento é a forma que as mulheres cristãs mostrariam perante o mundo o que é um casamento redimido, mas o que vemos são reações semelhantes às das mulheres mundanas!
As incrédulas não têm a quem representar, então elas exigem
de seu marido conveniências e não perfeição. Elas não querem que eles sejam
perfeitos, apenas que sejam do jeito que elas querem. Já as irmãs crentes
deveriam desejar que seu marido fosse como Jesus e que, para isso, ela foi dada
a ele como um sublime complemento!
Día tes písteos.
Pr. Cleilson