quinta-feira, 6 de novembro de 2025

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0672 - ADORAÇÃO SUBJETIVISTA É IDOLATRIA!

 


“Santificaram-se, pois, os sacerdotes e os levitas para fazerem subir a arca do Senhor Deus de Israel. E os levitas trouxeram a arca de Deus sobre os seus ombros, pelos varais que nela havia, como Moisés tinha ordenado, conforme a palavra do Senhor” (1Cr 15.14,15).


Há uma noção totalmente desvairada no meio cristão hoje em dia, de que as pessoas oferecem adoração a Deus da forma como cada um sente em seu coração, da forma como se sente bem, ou melhor. Porém, não há conceito mais estapafúrdio do que esse! Nada pode ser oferecido a Deus de maneira diversa daquilo que Ele mesmo determinou em Sua Palavra. Ele não aceitará.

Para começo de conversa, Deus disse através de Jeremias, há mais de dois mil anos, que Ele não queria que ninguém se lembrasse mais da arca da aliança e nem fizesse dela réplica alguma (Jr 3.16). E, mesmo que os judeus tenham obedecido a essa ordem, todavia, vemos uma desobediência descarada nas igrejas cristãs! Réplicas da arca da aliança dentro dos templos como uma desafiadora afronta a Deus!

Deus não quer mais que ninguém faça arca alguma, porque esta era apenas um apontamento para o Seu Filho Amado! A arca representava a presença de Deus, porém, Deus já esteve entre os homens (Jo 1.14). Seu nome foi “EMANUEL, que traduzido é: Deus conosco” (Mt 1.23). Hoje, menos ainda Deus irá requerer uma cópia desta arca, visto que Ele não mais é “Deus conosco” e sim “Deus em nós”!

Quando Davi foi buscar a arca da aliança pela primeira vez, ele não se atinou para a ordem, para o mandamento. Em Êxodo 25.14, lemos que, para a arca ser conduzida, deveria haver varais colocados por entre as argolas que estavam às suas bordas. Em Números 4.15, Deus havia dito que apenas os filhos de Coate é que levariam a arca e dessa forma, “para que não morram”! Ou seja, já existia uma ameaça.

Porém, na segunda vez, Davi não cometeu o mesmo erro. Ele pediu aos levitas que se santificassem para que a arca fosse corretamente conduzida. E em 1Crônicas 15.26, lemos que Deus foi quem ajudou os levitas a levar a arca de Sua aliança! Em outras palavras, Deus aprovou a forma correta da adoração, caso contrário, eles também teriam morrido, como morreu Uzá!

Já não temos mais a arca (ou pelo menos não se deveria ter); ela não tem mais utilidade alguma! O seu significado já se cumpriu na Pessoa de Cristo. Mas o princípio permanece: Deus não aceita que as pessoas O adorem cada uma do seu jeito!

Deus tem uma forma correta que Ele mesmo estabeleceu para ser adorado. Qualquer outro modo de nos aproximarmos dEle, supondo que O estamos agradando, é pura ilusão. Não é o nosso coração que nos conduz à verdadeira adoração e sim, exclusivamente, a Palavra de Deus! O máximo que nosso subjetivismo pode nos conduzir, é à idolatria; mas somente a Palavra pode nos levar à verdadeira adoração!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

terça-feira, 4 de novembro de 2025

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0671 - COMO AVALIAR SE ALGUM ESPÍRITO VEM DE DEUS

 


“Amados, não acrediteis em qualquer espírito, mas avaliai se os espíritos vêm de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo” (1Jo 4.1 – A21).


Na arte de enganar, o diabo é o pai de todos. Desde sua queda, ele tentou e conseguiu levar muitos à perdição, usando essa tática. Não há ser humano, em seu estado caído, que consiga vencer as sutilezas de Satanás, antes, são facilmente por ele conduzidos, visto que já estão em trevas e a função do maligno é cegar-lhes o entendimento (2Co 4.4).

Não satisfeito em dominar a mente dos incrédulos, o diabo também invade as fileiras dos servos de Deus. Ele não vem como muitos o retratam, com aparência pavorosa e nem provocando catástrofe, embora ele seja destruidor. Ao contrário, muito de sua sagacidade consta exatamente em destruir aos poucos, minando e enfraquecendo pacientemente, até que a construção esteja irremediavelmente comprometida.

Apesar do solene conselho do apóstolo João à igreja, infelizmente, as pessoas acreditaram em qualquer espírito. Logo na igreja, onde estão as únicas pessoas do mundo que podem realmente avaliar e saber se um espírito procede de Deus ou não. Entretanto, nem sempre a arma do discernimento foi usada. O resultado disso foi o surgimento de heresias e diversos grupos sectários.

Na época de João, um dos testes, pelo menos o que deveria ser mais usado, era o teste da crença no Cristo encarnado, isto é, se alguém não confessasse que Cristo viera em carne, esse alguém já estaria descartado da igreja, exceto que se arrependesse de sua negação (v. 3). Hoje em dia, os testes são variados. Até mesmo se alguém confessa que Jesus veio em carne, ainda assim tem que saber o que essa pessoa quer dizer com isso...

O maior problema para a proliferação dos falsos profetas em meio à igreja, ou à volta dela, o próprio apóstolo nos mostra. Ele disse, no v. 5, que os falsos profetas “são do mundo; por isso falam como quem é do mundo, e o mundo os ouve”. Como a igreja deseja muitas vezes ser aplaudida pelo mundo, logo, ela também fala o que o mundo deseja ouvir. Por isso os falsos se sentem à vontade para crescer na igreja.

Mas o que a igreja deveria fazer, diz o apóstolo, seria manter o espírito da verdade – quem for de Deus vai nos ouvir; quem não for, não vai (v. 6). E ele finaliza este versículo deixando clara a diferença: “É assim que conhecemos o espírito da verdade e o espírito do erro”.

É muito simples perceber onde está o espírito da verdade e o espírito do anticristo. Basta falar a verdade da Palavra. Este é o divisor de águas – águas puras e águas contaminadas. O critério pelo qual se avaliará acerca de um espírito, se vem de Deus ou não, é unicamente o critério da Palavra da verdade.

Não espere você sentir no coração. Não é esse o método de fugir do engano. Muitos usaram o coração para tentar discernir e hoje estão no erro, pois o coração é enganoso! Somente pela Palavra de Deus, você poderá avaliar quem está na verdade e quem está no erro. E lembre-se de avaliar também a você.

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

segunda-feira, 3 de novembro de 2025

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0670 - NÃO SUBESTIME A AMNÉSIA DA VELHA CRIATURA

 


Mas, de minha parte, esforçar-me-ei, diligentemente, por fazer que, a todo tempo, mesmo depois da minha partida, conserveis lembrança de tudo” (2Pe 1.15).


Para o crente não vigilante, o fato de estar ainda no corpo desta morte tem sido um ferrenho vilão contra sua nova criatura. Muito embora já tenhamos a nova natureza implantada em nós (vs. 3,4), todavia, temos que empreender grandiosos esforços para que a velha criatura não nos domine, visto que ela é parceira deste corpo terreno. Já no corpo de glória, essa luta não existirá, pois ali se juntará a nova criatura ao novo corpo.

Os escritores no NT sabiam dessa luta desigual e seu esforço constante era para lembrarem aos crentes de toda a doutrina, bem como sobre toda a responsabilidade da vida cristã e sua conduta. Pedro diz que os irmãos já sabiam da verdade na qual estavam confirmados (v. 12). Mesmo assim, ele achava justo, enquanto estivesse vivo entre eles, despertá-los com as lembranças destas coisas (v. 13).

Jesus já havia revelado a Pedro como ele haveria de morrer e que essa hora já se aproximava (v. 14; cf. Jo 21.19). Por isso, todo esforço do apóstolo, era para que os crentes ficassem com sua memória impregnada de todo ensino e pureza da fé cristã, mesmo depois da partida dele. Pedro se esforçaria por isso, pela simples razão de que tudo o que ele ensinou aos crentes não foi fábula inventada, antes, ele mesmo foi testemunha ocular daquela gloriosa majestade (v. 16).

Há crentes que pensam muito bem acerca de sua natureza carnal. Eles não sabem separar sua nova da velha criatura, embora ambas sejam ninguém mais que nós mesmos! Se nós subestimarmos a nossa natureza caída, certamente iremos cair também, pois ela é traiçoeira. Não podemos permitir que os ensinos de Cristo e Seus apóstolos caiam no esquecimento. Quando sossegamos demais, começamos a nos esquecer do que é essencial para nossa vida.

Deus sabe que nós somos acomodados e realmente dados ao esquecimento. Por isso mesmo, Pedro diz que o Senhor nos presenteou com a palavra escrita (v. 19). Ele chama a palavra profética de “candeia que brilha em lugar tenebroso”, mas fazemos bem em atendê-la. Até que a estrela da alva nasça em nosso coração, precisamos dessa Palavra.

Quando você perceber que está se esquecendo da fé, da doutrina e da conduta cristã, recorra à Palavra de Deus. Esse é o meio de você retornar à lembrança aquilo que não deveria ter esquecido. Claro que se você mantém sua proximidade com a Palavra inspirada por Deus, não correrá o risco do esquecimento. Mas se de algum modo isso já lhe aconteceu, ou está prestes a acontecer, volte-se para a Palavra.

Não subestime sua velha criatura. Ela está pronta para atender ao comodismo do corpo físico. Não subestime também o conselho de Pedro. Ele morreu se esforçando para que os crentes não se esquecessem das verdades do evangelho e deste glorioso modo de vida. Se foi esse o embate do apóstolo, percebe-se que o esquecimento da fé é algo sério demais.

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

domingo, 2 de novembro de 2025

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0669 - O CONDENADO INJUSTAMENTE QUE CONDENARÁ JUSTAMENTE

 


Disse-lhes Pilatos: Tomai-o vós outros e crucificai-o; porque eu não acho nele crime algum” (Jo 19.6b).


O plano eterno do nosso Deus e Pai incluía Jesus Cristo, Seu Filho, como Cordeiro morto pelos nossos pecados desde a fundação do mundo (1Pe 1.19b,20; Ap 13.8). Os apóstolos oraram a Deus, confessando que “Herodes e Pôncio Pilatos, com gentios e gente de Israel, [fizeram] tudo o que a [...] mão e o [...] propósito [de Deus] predeterminaram” (At 4.27b,28).

Entretanto, nenhum daqueles soldados, nem Pilatos, Caifás, Herodes, ou qualquer daqueles carrascos que não tenha se arrependido, obterá salvação. Serão culpados pelo que fizeram contra o Salvador do mundo! Pilatos mandou açoitar Jesus para agradar aos judeus invejosos (v. 1; cf. Mc 15.10). Aqueles soldados romanos maltrataram a Jesus tanto quanto ou até mais do que os soldados do templo (vs. 2,3; cf. Mc 14.65).

No fim das contas, Pilatos entregou Jesus para ser crucificado, à vontade dos sacerdotes e seus influenciados (v. 6), muito embora não tivesse visto crime algum em Cristo. De fato, Cristo, como Cordeiro imaculado, não tinha culpa alguma, assim como os cordeiros que eram oferecidos na antiga aliança também não deviam ter mancha. Porém, lá no antigo concerto, eram os sacerdotes que examinavam o cordeiro. Aqui, os sacerdotes tentaram achar e impuseram culpa em Jesus, enquanto um ímpio romano, Pilatos, foi quem viu a inocência do Senhor!

Aqueles soldados que bateram e cuspiram em nosso Senhor não faziam aquilo por obrigação, especialmente os judeus. O povo de Israel sempre foi proibido de torturar quem quer que fosse. Entretanto, o fizeram ao Filho de Deus! Ironicamente, eles chamavam Jesus de “rei dos judeus” (v. 3). Mas também, ironicamente, eles terão de reconhecê-lo como “Rei dos reis e Senhor dos senhores” no último dia!

O próprio governador da Judeia, ao interrogar Jesus e, desdenhando dEle, dizia que tinha autoridade sobre Ele (v. 10), recebeu a seguinte resposta: “Nenhuma autoridade terias sobre mim, se de cima não te fosse dada” (v. 11a). No entanto, muito mais do que uma autoridade temporária dada por Deus a Pilatos (veja que quem colocou Pilatos no poder foi Tibério César, mesmo assim, Jesus diz que foi Deus), Jesus tem uma autoridade eterna, pois “todo poder [Lhe] foi dado nos céus e na terra” (Mt 28.18).

Há um versículo em Apocalipse que devia causar terror no coração de todos os homens. Ele diz assim: “Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até quantos o traspassaram” (Ap 1.7a). Imagine você que quando Jesus vier nas nuvens do céu com poder e grande glória, ninguém escapará de ter que encarar Sua majestade fulminante! Nem mesmo estes algozes de Seu angustiante suplício! Todos O hão de ver, se curvarão diante de Sua glória e poder e, mesmo antes de suportar o castigo eterno, terão de suportar o juízo dAquele a quem eles pensaram estar condenando!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

quinta-feira, 30 de outubro de 2025

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0668 - TANGIDOS PELO AGUILHÃO E FIXADOS PELOS PREGOS DA PALAVRA

 


As palavras dos sábios são como aguilhões; e como pregos bem fixados são as palavras coligidas dos mestres, as quais foram dadas pelo único Pastor” (Ec 12.11).


O aguilhão é uma ponta de ferro colocada numa vara usada para tanger bois e mantê-los na trilha que o seu dono deseja. Assim também as palavras dos sábios. Esta é, de um modo geral, uma referência aos autores e escritores bíblicos. Eles são os sábios que escreveram a Bíblia e suas palavras são como aguilhão para os leitores.

A Palavra de Deus nos conduz pela trilha que deseja nosso Senhor. Muitas vezes andamos por ela, mas, vez por outra, também dela nos desviamos. Assim, as palavras dos sábios, isto é, dos escritores inspirados, levam-nos de volta ao caminho da santidade e piedade, às vezes até por meio de dor, como simboliza a picada do aguilhão.

De toda forma, seja no ensino, seja na disciplina mais rígida, as palavras que nos aguilhoam, têm por objetivo nos trazer ao caminho, como disse o salmista: “Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e, luz para os meus caminhos” (Sl 119.105). Assim, não devemos nos surpreender quando somos corrigidos por Deus em Sua Palavra pregada duramente, pois, em geral, não damos ouvidos quando ela nos corrige na leitura pessoal.

Nosso texto também diz que as palavras coligidas dos mestres são como pregos bem fixados. Nesse paralelismo temos uma substituição de “palavras dos sábios” por “palavras coligidas (ou coleções de ditos) dos mestres”, mas quer dizer a mesma coisa. Agora, a figura muda de “aguilhão” para “pregos bem fixados”.

Algumas versões trazem “mestres das congregações”, fazendo uma alusão aos colchetes que prendiam as tendas ao chão. Outros supõem que os mestres verdadeiros têm a habilidade de fazer seus ditos permanecerem fixados nas mentes de seus alunos. De qualquer forma, a figura dos pregos bem fixados aponta para a firmeza que a Palavra de Deus nos traz. Apesar de ela nos ferir, seu propósito é sempre nos alicerçar e nos manter firmes.

Finalmente, lemos que tais palavras nos foram dadas pelo único Pastor. Sem dúvida, esta é uma referência a Deus. Ele é quem inspira Sua Palavra para que ela possa ter o efeito proposto por Ele. Sua Palavra não voltará vazia, diz o profeta (Is 55.11). Se o próprio livro de Eclesiastes, um livro escrito para nos mostrar como são as coisas “debaixo do sol”, é um livro inspirado por Deus, não menos serão os demais livros da Sagrada Escritura!

Seja para nos corrigir, seja para nos firmar, a Palavra que vem de Deus é suficiente! Agora, basta que os que a recebem, sejam aqueles que têm ouvidos para ouvir e, de fato, ouçam.

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

quarta-feira, 29 de outubro de 2025

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0667 - A IGREJA E OS RICOS

 


Se, no entanto, vocês tratam as pessoas com parcialidade, cometem pecado, sendo condenados pela lei como transgressores” (Tg 2.9 – NAA).


O cap. 2 de Tiago começa com um tratado acerca da posição social dos crentes e da maneira pela qual eles eram considerados. Na igreja cristã sempre houve ricos e pobres; a diferença em relação à sociedade é que a igreja os considera como iguais, enquanto na sociedade, as distinções são destacadas.

A igreja, entretanto, sempre teve pessoas de perverso coração (v. 4) congregando junto com os verdadeiramente salvos. A influência dos perversos chega a contaminar os crentes verdadeiros, levando-os também a fazer acepção de pessoas com base em suas posses financeiras. Porém, isto é condenável aos olhos do Senhor da igreja, o Senhor da glória (v. 1).

A forma diferenciada com que a sociedade trata os ricos coloca no pensamento da maioria deles que eles devem ser diferenciados em todos os lugares onde chegam. Todavia, nenhuma igreja deveria permitir isso. Um homem distinto e rico, ao se converter, deverá logo saber que, na igreja, ele se sentará ao lado de um pobre, de um inculto, de um enfermo e eles serão considerados iguais na irmandade.

Porém, as igrejas não fizeram isso. Elas sustentaram a ideia de acepção que a sociedade pecadora já faz, de modo a conceder às pessoas ricas na igreja, honra desmedida, bajuladora e interesseira! Tão omissas foram as igrejas nesse ensino, que os ricos mesmos começaram a escolher igrejas que só têm ricos... Muitos deles têm vergonha de congregar em igrejas onde a maioria dos membros é pobre!

Tiago diz que tal acepção é PECADO! Ele diz, no v. 8, que somente quando a igreja não faz essa acepção é que ela guarda o mandamento de amar o próximo como a si mesmo! Quando ela faz essa acepção, ela peca (v. 9). Ainda salienta que aprouve a Deus salvar mais pobres do que ricos (v. 5). Paulo também disse isso em 1Co 1.26: “Irmãos, considerem a vocação de vocês. Não foram chamados muitos sábios segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos de nobre nascimento”.

Isso não quer dizer que Deus não ama pessoas ricas. Isso fala mais sobre os ricos do que sobre Deus. É a maioria deles que não ama a Deus e sim ao dinheiro! Muitos, como o jovem rico, têm dificuldade de deixar de confiar nas riquezas para confiar unicamente no Filho de Deus!

Tiago já havia dado o sábio conselho tanto aos crentes ricos como aos pobres. Ele disse no cap. 1: “O irmão de condição humilde glorie-se na sua exaltação, e o rico, na sua humilhação, porque ele passará como a flor do campo” (vs. 9,10). Veja que ambos devem olhar para o oposto de sua posição atual. O pobre deve contemplar a exaltação que o aguarda (lembrando que o rico crente também será exaltado); já o rico deve olhar para a transitoriedade de suas riquezas. No fim das contas, ambos devem olhar para o seu futuro na glória.

Portanto, igrejas que fazem distinção entre ricos e pobres estão pecando contra o Senhor. Ricos que preferem igrejas ricas por causa de sua posição social, também estão pecando e não se converteram realmente. Preferem a glória dos homens e não a glória de Deus.

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

terça-feira, 28 de outubro de 2025

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0666 - DIETAS ALIMENTARES E DOUTRINAS DE DEMÔNIOS

 


Nada há fora do homem que, entrando nele, o possa contaminar; mas o que sai do homem é o que o contamina” (Mc 7.15).


Na Criação, o homem veio à existência pelas mãos do próprio Deus (Gn 1.26; 2.7,21,22). Ele recebeu do sopro de Deus o fôlego de vida e foi feito alma vivente (Gn 2.7), com características que apontavam para seu Criador. Mas para manter sua vida física, ele também precisava se alimentar, embora sua dieta estivesse restrita somente à parte agrícola (Gn 1.29).

Depois do pecado, o homem passa a ser destrutível. Ele não seria preservado com vida nem mesmo mantendo a sua dieta vegetal. Após o dilúvio, Deus inclui a carne de animais como parte do alimento humano, exceto o sangue (Gn 9.3,4). Além do sangue, ainda não havia restrições alimentares, a não ser quando veio a lei para a nação de Israel (Lv 11).

A distinção que a lei fazia entre animais limpos e impuros nada tinha a ver com questões de saúde, pois o corpo humano inevitavelmente caminha para o envelhecimento, doença, desastres, acidentes e outros males do mundo caído e, finalmente, a morte. Os animais puros apontavam para a santidade de Deus.

Depois de Deus ter dado a lei alimentícia para Seu povo na antiga aliança, Ele disse que esta deveria ser obedecida porque Ele é santo e Seu povo tinha que ser também (v. 45). Então a pureza dos animais considerados limpos e a impureza dos considerados imundos apontavam também para a diferença entre o povo de Deus e os demais povos sem Deus. Já em At 10, na visão de Pedro, essa diferença caiu por terra. Todos os povos, em Cristo, são o povo de Deus e não só Israel!

Uma vez que Cristo veio, então é nEle que somos justificados e santificados (1Co 6.11) e não por abstenção de alimentos. No texto lido do Evangelho de Marcos, Jesus disse que nada – absolutamente nada fora do homem pode contaminá-lo! Alguém pode dizer que contamina na questão da saúde. No entanto, Jesus está fazendo um contraste com o que sai. E o que sai não diz respeito à saúde e sim à velha questão de sempre, o pecado!

Como os crentes já são limpos do pecado por Cristo, então sua dieta alimentar não tem restrições, exceto por interesse de saúde física, pois cerimonial e espiritualmente, Jesus já rasgou essa cédula que era contra nós (Cl 2.14)!

Alguns alegam que nosso corpo é templo do Espírito Santo e devemos cuidar dele. Certamente, não devemos fazer mal nenhum a nós mesmos, entretanto, não por motivo alimentar, pois quando Paulo fala sobre isso, ele contrasta com pecado cometido no corpo, como a prostituição, por exemplo (1Co 6.18,19), seguindo o mesmo padrão de Jesus, que também falou desses pecados (Mc 7.21,22).

Finalmente, Paulo disse que toda criação de Deus é boa e, sendo recebida como alimento com ações de graças, nada é recusável (1Tm 4.4)! Qualquer coisa que venha te condenar por qualquer alimento, Paulo diz que é coisa de “espíritos enganadores e ensinos de demônios” (1Tm 4.1).

Día tes písteos.

Pr. Cleilson