sexta-feira, 19 de dezembro de 2025

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0702 - A CERTEZA DO PERDÃO DE DEUS

 


Meus filhinhos, eu vos escrevo estas coisas para que não pequeis; mas, se alguém pecar, temos um Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o justo” (1Jo 2.1 – A21).


A fé cristã é pautada na Palavra de Deus. Todo que se diz crente, convertido pela fé no Senhor Jesus Cristo, deve declarar sua confiança naquilo que está escrito na Bíblia. Como se resume a frase, a Bíblia é nosso livro de regra de fé e prática. O dever do crente é discernir o que na Bíblia é lei, história ou doutrina. A doutrina fala de modo direto, a história fala de exemplos e a lei de princípios da vontade de Deus. De toda forma, toda Escritura é válida para nossa regra de vida.

No que diz respeito ao perdão de Deus, o ensino da Escritura é que “se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1Jo 1.9). Esta palavra é para o crente, não para o ímpio. Deus não perdoa o ímpio, somente o crente. Veja o que o apóstolo João disse no v. 7: “mas, se andarmos na luz, assim como ele está na luz, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado”. O ímpio não tem comunhão e o sangue de Jesus purifica somente o que crê.

O problema é que muitos crentes não creem no perdão de Deus. Eles esperam sentir em seu coração que estão perdoados. Mas a Palavra de Deus nos diz que não andamos pelo que sentimos e sim pela fé (2Co 5.7). Muitas vezes queremos sentir o perdão de Deus da mesma forma como sentimos o peso do pecado. Mas o exercício da fé, às vezes, vai exigir que creiamos, mesmo sem sentir que estamos perdoados.

O nosso inimigo acusador sabe que nós somos dados aos sentimentos. Portanto, ele sempre vai acusar nossa mente de que não fomos perdoados, pois, afinal, ainda nos condena. Mas veja o que disse ainda o apóstolo João: “Nisto conheceremos que somos da verdade e tranquilizaremos nosso coração diante dele; pois, se o coração nos condena, Deus é maior que nosso coração; ele conhece todas as coisas” (1Jo 3.19,20). Sim, Deus é maior do que as acusações de nosso coração. Tranquilize seu coração diante dEle!

Em vez de você dizer que não sabe se está perdoado porque não sente em seu coração, diga: “Eu creio no perdão, porque a Palavra de Deus diz que se eu confessar, estarei perdoado”! O que importa é o que diz a Bíblia e não o que você sente. Apenas desse modo você poderá se sair vencedor sobre as acusações do diabo.

Nunca coloque em xeque a verdade eficaz da Palavra de Deus por causa da instabilidade de seus sentimentos. Eles são assim, ora estão em alta, ora em baixa; ora estão eufóricos, ora estão desanimados. Mas a Palavra de Deus não muda em absolutamente nada! Ela não muda porque é de Deus e Deus não muda! Creia no que a Bíblia diz e confie no perdão de Deus para sua vida. Prossiga sua jornada da fé confiante que Deus vela por Sua Palavra e não pelas oscilações de nossas sensações.

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

quarta-feira, 17 de dezembro de 2025

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0701 - NÃO DÊ NENHUM PASSO FORA DO TEMPO DE DEUS

 


Disse-lhes, pois, Jesus: O meu tempo ainda não chegou, mas o vosso sempre está presente” (Jo 7.6).


Andar com Deus e andar sob a direção de Deus é algo que deveria marcar todo cristão. Quando Jesus foi confrontado por Seus próprios irmãos, eles imaginavam que Jesus era um fanfarrão que queria Se aparecer. Então sugeriram que Ele fosse para a capital, a fim de que fosse visto por mais pessoas.

A resposta de Jesus é carregada de profundo significado: “O meu tempo ainda não chegou”. Isso é viver debaixo da direção de Deus! Saber se seu tempo chegou ou não é determinante na sua vida espiritual. Jesus sabia disso. Ele havia dito à Sua mãe na festa de casamento: “Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não é chegada a minha hora” (Jo 2.4).

Quando vivemos sob a direção de Deus, não precipitamos. Talvez um dos maiores inimigos dos homens de Deus seja exatamente a precipitação. Diante de uma sugestão como aquela dos irmãos de Jesus, de que modo muitos pregadores, cantores, missionários, conferencistas e outros ícones evangélicos responderiam? É provável que dissessem: “Têm razão... meu lugar é no meio das multidões”. E ainda, para espiritualizar, diriam que esta era a vontade de Deus!

Mas Jesus não! Ele não Se deixava iludir por propostas megalomaníacas! Ele não veio a este mundo para Se aparecer. Ele veio para Se sacrificar! Ele veio para dar a Sua vida em resgate de muitos. E estes muitos foram aqueles que o Pai Lhe deu! Ele sempre virou as costas para esse tipo de sugestão, pois sabia que eram frequentemente malignas.

Mas Jesus não apenas rejeitou a ideia de Seus irmãos, mostrando que Ele estava submisso à vontade do Pai, como também desmascarou a natureza humana e pecaminosa que havia neles e que há em nós também. Jesus disse: “mas o vosso sempre está presente”. O que o nosso Senhor está dizendo é que nós estamos sempre prontos para atendermos os desejos da nossa carne. Não poupamos esforços nem perdemos tempo para isso.

Eis aqui outra realidade que nos difere por completo de Jesus. Ele sempre viveu para fazer a vontade do Pai. Nunca houve um passo sequer do nosso Salvador, que Ele desse, fora do modo e do tempo que o Pai Lhe havia designado! Já com relação a nós, o oposto é a verdade. Praticamente todos os nossos passos são totalmente desvirtuados e distantes da vontade de Deus.

Sinceramente, será que não gostaríamos de ouvir de Jesus que nossa hora também é programada pelo Pai? Bom seria que Ele nos dirigisse tais palavras. Por isso, uma vez que conhecemos a Deus e Sua Palavra, é hora de nos submetermos à vontade de Deus e não darmos nenhum passo que esteja fora do Seu plano glorioso para nós. Ainda que seja por uma proposta aparentemente irresistível.

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

terça-feira, 16 de dezembro de 2025

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0700 - CUIDADO COM REMENDOS NOVOS EM ROUPAS VELHAS!

 


Nenhum homem põe remendo de pano novo em roupa velha, porque o remendo rompe a roupa, e faz-se pior a rotura” (Mt 9.16 – KJF).


Está crescendo em nossa nação cristã evangélica um conceito estranho sobre a validade dos ensinos de Cristo. Esse conceito alega que os Evangelhos fazem parte da Lei, pois Cristo ainda não havia morrido. Para os que o defendem, o evangelho só vem depois da morte de Cristo. Assim, esse movimento tem negado os ensinos de Cristo, ficando somente com os escritos epistolares, como as cartas de Paulo, por exemplo.

Não é de se estranhar como o diabo, repetidas vezes, volta ao seio cristão trazendo as velhas mentiras com novas roupagens. Houve no séc. II da era cristã um herege chamado Marcião que, dominado por sua crença gnóstica, eliminou da Bíblia o Antigo Testamento, os Evangelhos e muitas cartas, ficando apenas com algumas de Paulo. A liderança logo percebeu o perigo dessa mutilação e rapidamente entrou com providência, confirmando os livros inspirados para a igreja.

Esta frase de Jesus mostra exatamente o contrário do que esse movimento prega. Enquanto esses hereges dizem que o que Jesus falou ainda era Lei, o próprio Jesus faz distinção total entre o que Ele disse e o que os homens da lei diziam. Isso é muito claro no Sermão do Monte, onde nosso Mestre repete várias vezes: “Ouvistes o que foi dito” e contrapõe com “Eu, porém, vos digo” (Mt 5.21ss).

Aqui em Mt 9, Jesus diz que o ensino dos fariseus era a roupa velha e o Seu ensino era o pano novo. Quando tenta se remendar o rasgado de uma roupa velha com pano novo, isso nunca dá certo. A rotura fica sempre maior! Jesus está dizendo exatamente isso. Seu ensino e o ensino dos mestres da lei não se arrematam. Você deve comprar roupa nova, em vez de remendar a roupa velha. Você deve viver o evangelho de Cristo, em vez de viver a velharia da lei.

Essa “nova” roupagem da heresia de Marcião tenta defender a graça, mas escorrega, acusando exatamente Aquele que veio trazer a graça! É impressionante como a mentira se engasga com seu próprio vômito! O profeta João Batista disse: “Porque a lei foi dada por meio de Moisés, mas graça e verdade vieram por meio de Jesus Cristo” (Jo 1.17). Agora, os enganadores dizem que Jesus falava da lei...

É correto que a morte de Jesus autenticou a nova aliança, mas o conteúdo da nova aliança é aquilo que Ele ensinou antes de morrer. Desprezar o que Jesus ensinou antes de morrer na cruz é o mesmo que rasgar o testamento de uma pessoa que já morreu, só porque ele o escreveu enquanto estava vivo... Isso é um contrassenso descabido! É isso que eles fazem: desprezam os ensinos de Cristo, porque Cristo ensinou antes de morrer...

Ironicamente, os hereges de hoje tentam usar remendos novos na velha roupa de Marcião... É necessário que a igreja do Senhor esteja atenta a essas “novidades”, porque o diabo sempre troca de coleira, mas permanece o mesmo cachorro!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

segunda-feira, 15 de dezembro de 2025

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0699 - DESENVOLVENDO A NOSSA SALVAÇÃO

 


Assim, pois, amados meus, como sempre obedecestes, não só na minha presença, porém, muito mais agora, na minha ausência, desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor” (Fp 2.12).


Apesar de a igreja de Filipos ser uma das mais amadas pelo apóstolo Paulo, provavelmente a mais amada, mesmo assim, ela não estava livre de problemas. De fato, nela, o apóstolo demonstra sua alma, sua afeição e seu carinho para com a igreja, em sua linguagem, nas expressões de gratidão, na forma como se dirige à igreja, mas também não deixa de repreendê-la por seus erros.

O mandamento do presente versículo diz respeito ao desenvolvimento da salvação. Alguém poderia objetar, dizendo que a salvação é algo pronto, completo e realizado, que não precisa ser desenvolvido. Entretanto, sabemos que, embora para Deus ela seja um ato já concluído, todavia para nós ela está em processo.

Porém, o fato de estar em processo não significa que possa ser frustrado, inacabado ou desfeito. O próprio Paulo disse que estava convicto “de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus” (1.6).

O processo da salvação que o apóstolo Paulo nos ordena a desenvolver é nada menos do que a nossa santificação, o processo no qual cooperamos com Deus para nosso crescimento e maturidade. Não temos participação ativa na predestinação, nem na regeneração, na justificação, nem na adoção e na glorificação. Todavia, participamos juntamente na santificação e na perseverança.

Ainda assim, é o próprio Deus quem opera isso em nós. Paulo disse: “porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade” (v. 13). Os verbos “efetuar” e “realizar” são os mesmos no texto original. Significa trabalhar. Deus é quem trabalha em nós o querer e o trabalhar.

O contexto do cap. 2 nos indica de que modo os filipenses deveriam desenvolver a salvação, assim como nós também. O resumo está no v. 14: “Fazei tudo sem murmurações nem contendas”. Aliás, ele vem falando disso desde o início do capítulo; que a igreja pense a mesma coisa, que tenha o mesmo amor, que seja unida em alma e sentimento (v. 2), que não tenha partidarismo, mas que faça as coisas por humildade (v. 3).

Então, ele coloca o exemplo de Cristo para a igreja (vs. 6-11), para mostrar como deve ser o procedimento de um crente que desenvolve sua salvação. Agindo como Cristo, os membros da igreja seriam “filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta” (v. 15).

Portanto, não há segredo nem motivo para debate se um crente pode ou não desenvolver sua salvação. Em outros textos do NT isso fica claro que sim. Além de possível é necessário! Vemos isso na lista do fruto do Espírito em Gl 5.22,23 e em 2Pe 1.5-7. Desenvolver a salvação não é criar a salvação ou salvar-se a si mesmo. Antes, é colocar em prática o maravilhoso dom da salvação que Deus nos deu.

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

domingo, 14 de dezembro de 2025

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0698 - MISERICÓRDIA QUE DURA PARA SEMPRE

 


“Oh! Tributai louvores ao Deus dos céus, porque a sua misericórdia dura para sempre” (Sl 136.26).


Alguém pode perguntar por que o Salmo 136 é repetitivo na segunda linha de cada verso. E a resposta é a própria frase – “porque a sua misericórdia dura para sempre”. Na repetição, o autor quer mostrar a infinitude da misericórdia de Deus para com Seu povo.

Além disso, cada parte inicial do verso mostra atributos e obras de Deus, mas sempre encerrando cada verso com essa repetição. Assim aprendemos que quando Deus revela Seus atributos e Suas obras para nós, isso também é um ato da misericórdia infinita de Deus para conosco.

Deus poderia não ter nos criado. Isso em nada diminuiria Sua glória. Ele poderia também ter nos criado, mas não Se revelado a nós. Ele continuaria excelso, soberano e glorioso. Portanto, o fato de ter Ele nos criado e, além disso, manifestado a grandeza de Suas obras e a magnitude de Seus atributos, só nos diz o quanto Sua misericórdia realmente dura para sempre!

O cântico também mostra certos atos divinos que são, muitas vezes criticados pelos ímpios, a saber, atos de justiça e vingança sobre os inimigos de Deus e Seu povo. Nos vs. 10-12, temos a ação de Deus contra o inimigo (v. 10), o livramento que isso trouxe a Seu povo (v. 11) e uma manifestação do poder de Deus que executou isso (v. 12). Contra quem, a favor de quem e, de fato, Quem fez! Todas estas colocações do salmista são explicadas pela grandeza da misericórdia de Deus. Sim, até mesmo atos de vingança e justiça!

O reconhecimento de que tudo o que sabemos de Deus é por causa de Sua misericórdia deve nos levar a sermos adoradores prostrados, extremamente gratos por isso. Deus não teve mesquinhez em Sua revelação para aqueles a quem Ele quis demonstrar Seu amor. É claro que Ele revela apenas o suficiente e o que nos basta, mas essa suficiência jamais é estagnada. Ela caminha em passos crescentes para o aprofundamento da nossa comunhão com Ele.

A palavra misericórdia tão repetida nesse Salmo refere-se à gentiliza ou bondade de Deus. Por causa de Sua bondade, Deus concede favores e benefícios aos homens. Porém, muito mais do que isso, por Sua misericórdia, Ele demonstra amor afetivo para com Seu povo. Israel provou essa bondade de Deus na antiga aliança e hoje, em Cristo, a igreja também prova dessa amável afeição!

Foi na cruz, num triste dia de sexta-feira de Páscoa, que Deus demonstrou de modo mais profundo a Sua misericórdia para com os pecadores. O salmista não tinha vivido essa experiência. Mas como ele disse no v. 23 – “Deus Se lembrou do nosso abatimento” e, por causa de Sua enorme compaixão por nós em nossa miséria, “por causa do grande amor com que nos amou”, como disse Paulo em Ef 2.4, Ele nos deu vida – pela graça somos salvos!

Não ache cansativa a repetição do Salmo 136. Ela devia, na verdade, fazer parte da nossa oração e do nosso louvor a Deus. É só “porque a Sua misericórdia dura para sempre” que não somos consumidos, pois ela se renova a cada manhã, até que surja para nós o dia eterno na glória!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

quinta-feira, 11 de dezembro de 2025

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0697 - O CASTIGO DOS SALVOS É DIFERENTE DO CASTIGO DOS ÍMPIOS

 


Consumirei os homens e os animais, consumirei as aves do céu, e os peixes do mar, e as ofensas com os perversos; e exterminarei os homens de sobre a face da terra, diz o Senhor” (Sf 1.3).


O profeta Sofonias era parente do rei Josias. Este rei era bisneto de Ezequias e Sofonias era tataraneto. Embora tivesse linhagem real, não tinha, todavia, a dinastia, ou seja, não era herdeiro direto ao trono, visto que não era filho dos primogênitos do falecido rei Ezequias.

Porém, mesmo sendo primo distante de Josias, o profeta Sofonias não se intimidou em trazer a palavra de Deus para o povo da cidade do rei, a cidade de Jerusalém, uma palavra de ameaça, a qual se cumpriu alguns anos mais tarde, debaixo da espada do rei babilônio, Nabucodonosor.

Dentre várias palavras de ameaça de castigo que Sofonias trouxe ao povo de Judá, tem uma que é muito interessante. No v. 3 diz: “Consumirei os homens e os animais... e as ofensas com os perversos”. Muitos alegam que Deus ama o pecador, mas odeia o pecado. Entretanto, o profeta diz, inspirado por Deus, que os perversos são consumidos junto com suas ofensas!

É claro que Deus ama pecadores, porém, somente os pecadores que Ele decidiu salvar (Rm 5.8). Foi por eles que Deus enviou Seu Filho para morrer pelos pecados deles (Mt 1.21). E mesmo os pecadores que Deus amou, nasceram debaixo da ira de Deus (Ef 2.3). Mas, como já eram objeto do Seu amor desde a eternidade (Rm 8.29), então para cada um deles chegará o tempo da salvação, que os livra da ira, justificando-os de seus pecados.

Davi diz no Salmo 5.5,6: “Os arrogantes não permanecerão à tua vista; aborreces a todos os que praticam a iniquidade. Tu destróis os que proferem mentira; o Senhor abomina ao sanguinário e ao fraudulento”. É óbvio, portanto, que Deus não só odeia o pecado, como também os que o praticam.

Mas, quando Ele ama, Ele ama por Sua livre misericórdia. Veja ainda o que disse Davi no v. 7: “porém eu, pela riqueza da tua misericórdia, entrarei na tua casa e me prostrarei diante do teu santo templo, no teu temor”. Não é porque ele fosse melhor que os ímpios, mas somente pela riqueza da misericórdia de Deus. Paulo disse isso também em Ef 2.4, sobre o Deus rico em misericórdia.

Sofonias trouxe uma dura palavra de ameaça para o povo de Deus. Entretanto, Deus não permitia que outros povos maltratassem Seu povo. Em Sf 2.8-10, Deus disse que faria como fez com Sodoma e Gomorra aos povos de Moabe e Amom, porque “escarneceram e se gabaram contra o povo do Senhor dos Exércitos”. Ainda que Deus corrija e discipline Seu povo, todavia, não os deixa nas mãos de Seus inimigos.

Quando somos perseguidos pelo mundo, também é uma expressão da correção de Deus a nós. Pedro diz que quando sofremos como cristãos, devemos glorificar a Deus, pois “a ocasião de começar o juízo pela casa de Deus é chegada” (1Pe 4.16,17).

Mas ele alerta gravemente sobre os ímpios, dizendo: “ora, se primeiro vem por nós, qual será o fim daqueles que não obedecem ao evangelho de Deus?” Isso prova que nosso castigo é totalmente diferente do castigo dos ímpios. A nós, que somos amados por Deus, Ele nos disciplina. Aos que Ele aborrece, Ele condena.

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

quarta-feira, 10 de dezembro de 2025

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0696 - A PREGAÇÃO É MAIOR DO QUE O PREGADOR

 


Jesus lhes respondeu: Ainda que eu dê testemunho de mim mesmo, o meu testemunho é verdadeiro; porque sei de onde vim e para onde vou; mas vós não sabeis de onde venho nem para onde vou” (Jo 8.14 – A21).


Acusado de legislar em causa própria, Jesus teve de dar uma resposta pronta para os fariseus, após dizer que Ele é a luz do mundo e todo aquele que O segue não andará em trevas. A resposta de Jesus é fulminante, porque Ele apelou para Sua origem, que é sobre-humana, é divina, na verdade!

O testemunho de Jesus não depende da lei humana para ser verdadeiro. O nosso sim. Nós precisamos de testemunhas, provas e muitos outros documentos que corroborem nossa veracidade. Mas nós somos daqui, viemos da terra e para ela voltaremos. Nós somos pecadores, não somos confiáveis, nosso autoelogio é suspeito.

Mas nosso Senhor não. Ele veio do céu. Ele sabia de onde tinha vindo e por que veio. Sabia também que voltaria para o Pai com Sua obra perfeitamente realizada. A classe à qual Jesus pertence, a saber, a divindade, não erra, não pode se submeter aos critérios humanos egoístas e injustos. Esta é a razão por que Jesus disse isso aos fariseus que O acusaram de Se autoelogiar.

Porém, o que dizer dos crentes, que pregam o evangelho de nosso Senhor Jesus? Eles são homens imperfeitos pregando o evangelho do Homem Perfeito. Nesse caso, embora seja adequado e necessário que os pregadores do evangelho deem bom testemunho em sua própria vida, não é, de fato, sua vida que vai corroborar o evangelho pregado. Como disse Jesus mais tarde, “quem me rejeita, e não aceita as minhas palavras, já tem seu juiz: a palavra que tenho pregado, essa o julgará no último dia” (12.48).

A Palavra de Deus é perfeita como o próprio Deus. O que os homens de Deus pregam é a verdade de Deus e não estão sujeitos a falso testemunho, uma vez que pregam exatamente a verdade de Deus! Ao contrário, são os ouvintes que ficam sujeitos a julgamento de Deus, caso rejeitem aquilo que é proclamado pelos fiéis evangelistas.

Ninguém poderá alegar no dia do Juízo Final que não seguiu o evangelho por causa do mau testemunho de algum crente. É claro que há crentes que dão mau testemunho. Entretanto, o evangelho é puro mesmo quando os crentes são impuros. O que nós falamos é maior do que nós mesmos. O evangelho está acima do juízo humano.

Portanto, incline seus ouvidos com humildade quando ouvir falar do verdadeiro evangelho do nosso Senhor Jesus Cristo. Ele é lá de cima, tanto quanto o nosso Salvador. Ele é o evangelho perfeito da nossa salvação e, mesmo que pessoas imperfeitas o proclamem, não é seguro para você confiar na sua acusação contra um cristão. Ele já foi justificado pela fé em Cristo e você não. Ele sabe para onde vai e você não. O testemunho dele é verdadeiro e o seu não. Você acha que compensa rejeitar o que um cristão diz por causa de alguma acusação?

Día tes písteos.

Pr. Cleilson