Teolatria

No Teolatria você encontra diversos estudos bíblicos em slides (power point) para baixar, além de muitas pregações, sermões expositivos, textuais, temáticos em mp3, dos pregadores da IMVC - Vilhena/RO: Pr. Cleilson, Pb. João, Pb. Alex, Pb. Wesllen Ferreira, irmã Clair Ivete e pregadores convidados.

sexta-feira, 4 de outubro de 2024

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0451 - SINAI E SIÃO



Porque não chegastes ao monte palpável, aceso em fogo... Mas chegastes ao monte Sião” (Hb 12.18,22).

Na Bíblia, os montes sempre tiveram importância na vida dos personagens. Situações cheias de aprendizados ocorreram nos montes e os homens de Deus tiveram muitas experiências. Abraão, no monte Moriá; Moisés, no monte Sinai; Elias, no monte Carmelo e assim por diante. Não muito diferente, Jesus também teve Suas experiências nos montes de Israel. Transfigurou-Se perante Seus discípulos no monte Tabor; foi elevado às alturas estando no monte das Oliveiras, enfim, não podemos negar a importância desta parte geográfica para os personagens bíblicos.

O autor aos Hebreus nos chama a atenção para dois montes: Sinai e Sião. Assim como Paulo, que já havia feito sua alegoria sobre esses dois montes em Gl 4. Ali, o apóstolo compara os judeus de sangue com os ismaelitas, filhos da escrava Hagar, chamando-a de monte Sinai. Na verdade, um insulto para os judeus. Já os crentes, sejam judeus ou não, Paulo diz que são filhos de Sara, e a compara ao monte Sião em Jerusalém!

O autor aos Hebreus também diz que os que são presos à lei ainda estão no monte Sinai. O que tem no monte Sinai? Ali tem escuridão, trevas e tempestade (v. 18). Ali tem uma voz poderosa e cheia de condenação, que não aceita o erro (v. 19). Ali tem a santidade que não aceita proximidade de pecadores (vs. 20,21). Isto é a lei. Ela revela o caráter santo de Deus e a incapacidade total do homem de agradá-lo!

Então, o autor diz que não foi neste monte que chegamos. Mas chegamos ao monte Sião! Como é este monte? Ali é a cidade do Deus vivo, que é a igreja, a Jerusalém celestial, da qual Paulo havia falado em Gl 4. Ali celebram milhares de anjos (v. 22), crentes aperfeiçoados, que já estão na glória (v. 23). Mas o melhor de tudo, quem está ali no monte Sião? Jesus! O Mediador de uma nova aliança (v. 24).

Quando Abraão foi oferecer seu filho no monte Moriá, Deus o impediu e um cordeiro foi oferecido em seu lugar. E quando Salomão construiu o templo no mesmo monte, vários cordeiros eram oferecidos ali. Mas foi no monte do Calvário que o Cordeiro de Deus foi oferecido por cada um dos filhos de Deus. Espiritualmente, todos estes montes são chamados aqui de Sião. O monte do Deus vivo e Seu Filho morto! Para que filhos mortos pudessem receber Sua vida!

O monte Sinai é o monte dos que acham que têm alguma coisa para oferecer a Deus. O monte Sião é para aqueles que sabem que nada têm para oferecer, então, de graça recebem a oferta que o próprio Deus fez por nós: a oferta do Seu próprio Filho em sacrifício aceitável e cheiro suave! Venha hoje mesmo para o monte Sião!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

quinta-feira, 3 de outubro de 2024

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0450 - QUEM É QUE DEUS EXALTARÁ?

 


Quem se exaltar será humilhado; e quem se humilhar será exaltado” (Mt 23.12).


As pessoas confundem este versículo e o transformam em um dito popular, como já conhecemos: “os humilhados serão exaltados”. Mas isso jamais está na Bíblia. Nunca saiu dos lábios do nosso Senhor essa frase, nem de Seus apóstolos. Aparentemente, não há diferença. Mas na realidade há uma enorme diferença entre os sentidos de ambas as frases.

A frase popular dá a entender que Deus vindicará as pessoas que foram humilhadas por outras. Transmite a ideia de que Deus está a nosso serviço para vingar as humilhações que nós passamos aqui na terra de pessoas arrogantes e orgulhosas que nos humilharam. Parece que Deus está envolvido nas pirracinhas que os seres humanos fazem uns com os outros e, no fim das contas, Ele tomará partido de alguém.

Muitos crentes tomaram por certo esse ditado popular. Canções inúmeras falam daquelas pessoas que te humilharam e que um dia verão o quanto Deus te exaltou e ficarão envergonhadas, enquanto você será exaltado. Pregações incontáveis falam que o tempo do seu cativeiro acabou, que as pessoas que te humilharam agora serão humilhadas, porque Deus tomou a sua causa e vai te honrar, etc., etc.

Nada mais longe da verdade do que isso! Observe agora a frase do nosso Senhor (e veja que ela é repetida também em Lc 14.11; 18.14). Aqui em Mateus, o contexto é que Jesus está censurando os fariseus e escribas de Sua época, que eram arrogantes e soberbos. Se você for como eles, diz Jesus, então você será humilhado, mas se você se humilhar – observe, não é ser humilhado pelos outros, mas você mesmo se humilhar, então você será exaltado!

Da mesma forma em Lucas. Jesus está ensinando aos fariseus como eles deviam se comportar. Sempre a tônica é a mesma: você deve se comportar com humildade e não com orgulho. Na parábola do fariseu e do publicano, Jesus mostra que na oração do fariseu, ele se apresentou a Deus com muitos recursos irrecusáveis para ser recebido por Deus; já o publicano reconheceu que nada tinha que pudesse oferecer a Deus! No caso, o fariseu se exaltou e o publicano se humilhou. Este seria exaltado por Deus, enquanto o fariseu, humilhado.

Portanto, não espere que Deus venha te exaltar porque tem pessoas te humilhando. O que Jesus requer de você é que você se reconheça pecador e se humilhe a si mesmo diante de Deus. Quando você fizer isso, a humilhação que outros te causarem pouco importa. O que importa é que você mesmo já está se humilhando diante de Deus, pois se reconhece como inútil e falido.

Tiago e Pedro falam isso de outro modo: “Humilhai-vos perante o Senhor, e ele vos exaltará” (Tg 4.10); “Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para que, a seu tempo, vos exalte” (1Pe 5.6). A exaltação de Deus vem para pessoas que se humilham a si mesmas por se reconhecerem pecadoras e não para bebês chorões que ficam pelos cantos emburrados porque foram humilhados pelos outros.

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0449 - CRENTES ATEUS!

 


Não deixem que seu coração fique aflito. Creiam em Deus; creiam também em mim” (Jo 14.1 – NVT).


Apesar de ser minoria, o número de ateus e agnósticos cresce no nosso país. A cifra está em torno de 8% da população. Claro que nem todo ateu é teórico, ou seja, aquele que estuda para negar a existência de Deus; a maioria pertence ao chamado ateísmo prático, isto é, pessoas que negam a existência de Deus por algum motivo pessoal, como perda de entes queridos, mesmo diante de um clamor não ouvido, até motivos globais, como catástrofes inexplicáveis que acontecem no mundo.

Há também os decepcionados com a igreja ou com as religiões. Estes, embora não se declarem ateus em sua maioria, mesmo assim, se afastam de qualquer tipo de segmento religioso. Outros entre eles questionam a existência de Deus e se tornam agnósticos. Outros ainda, em sua decepção, defendem Deus da religião.

Nessa jornada de fé e loucura, a humanidade vem se perdendo naquilo que ela julgava ser o seu encontro! A decepção é justamente aí, quando aquilo em que mais se confiava se torna o motivo da frustração. Os que dizem, por exemplo, que não estão decepcionados com Deus e sim com os homens, geralmente têm um deus imaginário, que eles criaram justamente para não se decepcionarem com ele. Ao que parece, se lhes apresentar o Deus da Bíblia, eles realmente se decepcionarão.

O detalhe é que a fé tem suas trilhas. Primeiro você tem que crer que Deus existe (Hb 11.6). Você tem que crer que Ele enviou Seu Filho (Jo 6.40). Você tem que crer que aquilo que o Filho de Deus falou é a verdade (Jo 8.46). Você tem que crer que as testemunhas oculares relataram exatamente aquilo que viram (Jo 20.31). Se você não crê que a Bíblia é fiel naquilo que relata, então como pode crer que sua desconfiança nisso é válida? O que lhe dá respaldo para duvidar?

Porém, a trilha da fé vai afunilando. Se você crê nos relatos dos Evangelhos acerca do Filho de Deus; se você crê nas palavras do Filho de Deus; se você crê que foi Deus que O enviou; então você agora deve crer nEle! Esse é o passo da fé mais difícil para o homem. Crer nEle é diferente de crer no que Ele falou ou no que disseram que Ele fez. Crer nEle é relacionamento. Crer “em” é diferente de crer “que”. Crer “que” é acreditar na história sobre Ele ou nas palavras acerca dEle; mas crer “em” é confiar nEle e a Ele sua própria vida!

Já não é fácil crer no relato bíblico acerca do Filho de Deus, pois a mente moderna é muito crítica com relação aos escritos bíblicos. Mas se você não crê no que os Evangelhos dizem sobre Ele, não tem como você crer no que Ele disse, pois o que Ele disse está relatado pelos evangelistas e, portanto, não tem como você crer nEle, pois Ele não é aquilo que você imagina e sim exatamente aquilo que os autores bíblicos disseram que Ele é. É irracional você dizer que crê em Deus se não crê na Bíblia, pois somente ela revela quem Ele é.

No fim das contas, será que muitos que se dizem crentes não são ateus sem saber? Porque crer num deus inexistente, que só é fruto da imaginação pessoal, é o mesmo que não crer em deus nenhum...

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

terça-feira, 1 de outubro de 2024

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0448 - O ÚNICO TRATAMENTO PARA A DOENÇA DA ALMA

 


Pois a palavra de Deus é viva e poderosa e corta mais do que qualquer espada afiada dos dois lados. Ela vai até o lugar mais fundo da alma e do espírito, vai até o íntimo das pessoas e julga os desejos e pensamentos do coração delas” (Hb 4.12 – NTLH).


Aparentemente, nós somos a geração da história da humanidade que mais necessita de ajuda psicológica. As pessoas do século atual são hiperaceleradas, extremamente ativistas e pouco relacionais. O excesso de informação, a saturação do saber, a exigência social por diplomas, a pressão pelo ter, todas essas e mais coisas tornam a sociedade atual uma sociedade deprimente e deprimida.

Por estas e outras razões, as pessoas têm buscado auxílio psicológico, alguém que lhes escute e que lhes dê alguma direção. Mas, extremamente ligado a isso, houve um crescimento vertiginoso do ego. Essas coisas só poderiam resultar nisso mesmo, uma geração de pessoas egoístas e doloridas. Não aguentam ouvir um conselho que vai contra sua opinião própria. Tornou-se quase que proibido dizer algo que é contrário à opinião popular. Se alguém se arriscar a expressar algo contrário, é considerado ofensivo.

Muitos psicólogos conduzem seus pacientes àquilo que eles desejam ouvir. Seu compromisso são aqueles 50 minutos que passam com eles em seu consultório e com o dinheiro que paga aquele momento. Obviamente não levarão problemas de ninguém para suas casas, portanto, é melhor orientá-los para um caminho que lhes faça bem. Uma simples sugestão de confrontar a si mesmo é motivo para o psicólogo ser denunciado e cassado.

Muitas igrejas aderiram a esse movimento do bem-estar. O que é que as pessoas querem ouvir ao entrarem numa igreja? O que é que elas desejam alcançar quando buscam uma religião? Estas perguntas são pesquisadas e a resposta da maioria esmagadora é que forma o perfil do pregador. A moda é “igreja relevante”. Outra forma de dizer “igreja agradável”. Mas será que era isso que o Senhor intencionava?

Não era essa a intenção. Os milagres de Jesus chamavam a atenção das multidões, mas Suas palavras eram extremamente confrontadoras! O incômodo das palavras era tão pesado que superava a curiosidade de segui-lo por causa dos sinais. Jesus curava o corpo e o sujeito se alegrava, mas ao começar a tratar da alma, o indivíduo se arrepiava. Na verdade, as pessoas querem um corpo saudável com a alma doente. Aliás, curar o corpo de uma pessoa egoísta, aumenta mais ainda o egoísmo de sua alma. Jamais irá querer ser tratado na doença espiritual.

Nem o evangelho, nem a doutrina nos dão esse sossego. O evangelho chama o homem ao arrependimento e a doutrina o ensina a caminhar em santificação. Ambas as coisas são ruins para a alma egoísta do homem. Em nosso século pior ainda. A psicologia pode dar um xarope para a alma do ser humano, mas na verdade, ele está precisando passar por uma cirurgia. A Palavra de Deus não é palatável ao coração egoísta, mas é o único tratamento contra o câncer da alma!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson