“Consumirei os homens
e os animais, consumirei as aves do céu, e os peixes do mar, e as ofensas com
os perversos; e exterminarei os homens de sobre a face da terra, diz o Senhor”
(Sf 1.3).
O profeta Sofonias era parente do rei Josias. Este rei era bisneto de Ezequias e Sofonias era tataraneto. Embora tivesse linhagem real, não tinha, todavia, a dinastia, ou seja, não era herdeiro direto ao trono, visto que não era filho dos primogênitos do falecido rei Ezequias.
Porém, mesmo sendo primo distante de Josias, o profeta Sofonias não se intimidou em trazer a palavra de Deus para o povo da cidade do rei, a cidade de Jerusalém, uma palavra de ameaça, a qual se cumpriu alguns anos mais tarde, debaixo da espada do rei babilônio, Nabucodonosor.
Dentre várias palavras de ameaça de castigo que Sofonias trouxe ao povo de Judá, tem uma que é muito interessante. No v. 3 diz: “Consumirei os homens e os animais... e as ofensas com os perversos”. Muitos alegam que Deus ama o pecador, mas odeia o pecado. Entretanto, o profeta diz, inspirado por Deus, que os perversos são consumidos junto com suas ofensas!
É claro que Deus ama pecadores, porém, somente os pecadores que Ele decidiu salvar (Rm 5.8). Foi por eles que Deus enviou Seu Filho para morrer pelos pecados deles (Mt 1.21). E mesmo os pecadores que Deus amou, nasceram debaixo da ira de Deus (Ef 2.3). Mas, como já eram objeto do Seu amor desde a eternidade (Rm 8.29), então para cada um deles chegará o tempo da salvação, que os livra da ira, justificando-os de seus pecados.
Davi diz no Salmo 5.5,6: “Os arrogantes não permanecerão à tua vista; aborreces a todos os que praticam a iniquidade. Tu destróis os que proferem mentira; o Senhor abomina ao sanguinário e ao fraudulento”. É óbvio, portanto, que Deus não só odeia o pecado, como também os que o praticam.
Mas, quando Ele ama, Ele ama por Sua livre misericórdia. Veja ainda o que disse Davi no v. 7: “porém eu, pela riqueza da tua misericórdia, entrarei na tua casa e me prostrarei diante do teu santo templo, no teu temor”. Não é porque ele fosse melhor que os ímpios, mas somente pela riqueza da misericórdia de Deus. Paulo disse isso também em Ef 2.4, sobre o Deus rico em misericórdia.
Sofonias trouxe uma dura palavra de ameaça para o povo de Deus. Entretanto, Deus não permitia que outros povos maltratassem Seu povo. Em Sf 2.8-10, Deus disse que faria como fez com Sodoma e Gomorra aos povos de Moabe e Amom, porque “escarneceram e se gabaram contra o povo do Senhor dos Exércitos”. Ainda que Deus corrija e discipline Seu povo, todavia, não os deixa nas mãos de Seus inimigos.
Quando somos perseguidos pelo mundo, também é uma expressão da correção de Deus a nós. Pedro diz que quando sofremos como cristãos, devemos glorificar a Deus, pois “a ocasião de começar o juízo pela casa de Deus é chegada” (1Pe 4.16,17).
Mas ele alerta gravemente sobre os ímpios, dizendo: “ora, se primeiro vem por nós, qual será o
fim daqueles que não obedecem ao evangelho de Deus?” Isso prova que nosso
castigo é totalmente diferente do castigo dos ímpios. A nós, que somos amados
por Deus, Ele nos disciplina. Aos que Ele aborrece, Ele condena.
Día tes písteos.
Pr. Cleilson

Louvado seja nosso Deus.
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