“Não é bom proceder
sem refletir, e peca quem é precipitado” (Pv 19.2).
Em sua natureza caída, o ser humano é, naturalmente precipitado. Grande parte de todos os nossos problemas vem exatamente porque nossas ações, que geraram estes problemas, foram feitas sem refletir. Além disso, temos o problema da nossa reflexão também ser manchada pela Queda e, por isso, a limitação em avaliar as consequências.
A versão ARC é a que mais se aproxima do texto original em hebraico. No lugar de: “Não é bom proceder sem refletir”, ela diz: “Assim também ficar a alma sem conhecimento não é bom”. O provérbio está falando da alma, ou da pessoa que se satisfaz em ficar ou viver sem conhecimento ou discernimento. É muito diferente das versões que temos em português...
O que o texto sagrado nos diz é que só poderemos refletir corretamente, quando prezarmos pelo conhecimento. Entretanto, o conhecimento não é aquilo que supomos. Nosso conhecimento não pode ser autônomo, senão, ele pode nos conduzir a decisões intuitivas e, muitas vezes, erradas.
O conhecimento deve ser padronizado e objetivo, ou seja, ele deve estar fora de nós, a fim de que nossas decisões sejam julgadas por este padrão externo, se estão certas ou erradas. Observe que o provérbio ainda diz que “peca quem é precipitado”. Por quê? Só porque a pessoa não avaliou sua decisão e suas implicações? Não. Mas principalmente porque sua alma estava sem o conhecimento correto, portanto, ela não tinha condições de avaliar honestamente.
Neste caso, o pecado aqui é errar o alvo, errar o caminho. Tanto serve para o erro das decisões corriqueiras da vida, como também para o erro das decisões nas coisas concernentes ao âmbito espiritual, muito embora, nenhuma coisa corriqueira na vida do crente exclui sua devida espiritualidade. Se honramos a Deus nas coisas cotidianas quando as fazemos para a glória de Deus, então também pecamos nas coisas tidas como corriqueiras quando nelas Deus não é glorificado!
Mas, afinal, de onde procede o conhecimento do crente? O conhecimento procede da Palavra de Deus. “Lâmpada para os meus pés é Tua Palavra e luz para o meu caminho”, disse o salmista (Sl 119.105). Jesus disse: “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (Jo 8.32). E, de acordo com o próprio Jesus, a verdade é a Palavra: “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade” (Jo 17.17).
Toda decisão que tomamos, que não passa rigorosamente pelo
critério da Palavra de Deus, é decisão de uma alma sem conhecimento, o que não
é bom! Ao agirmos com base nessa decisão que não levou em conta a Palavra,
então o resultado é pecar. Por isso, crentes precipitados desagradam a Deus,
precisam se arrepender desse pecado e se voltar para o conselho da Palavra: “Bem-aventurado o varão que... tem o seu
prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite” (Sl 1.1,2).
Día tes písteos.
Pr. Cleilson

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