quarta-feira, 17 de setembro de 2025

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0639 - ONDE ESTÁ A INFLUÊNCIA DA IGREJA?

 


Ninguém há que clame pela justiça, ninguém que compareça em juízo pela verdade; confiam no que é nulo e andam falando mentiras; concebem o mal e dão à luz a iniquidade” (Is 59.4).


Geralmente usamos o texto de Isaías 59, logo nos dois primeiros versículos, para falar aos pecadores que eles estão impedidos de ser aceitos por Deus por causa de seus pecados. Mas, tanto o contexto anterior, como o posterior, nos mostram que Isaías se refere ao povo de Deus! Ele estava fazendo menção aos terríveis pecados do povo de Deus, os quais ele passa a descrever nos próximos versículos.

Imagine em nossos dias, crentes com suas mãos manchadas de sangue (vs. 3,7)! Embora não consigamos conceber algo tão trágico, todavia, há sim, muitos casos em que, infelizmente, pessoas pertencentes ao reino de Deus com suas mãos sujas de sangue.

Seja por assassinato direto, seja por “encomenda”, seja por furtar o direito à saúde de alguém, como médicos crentes que deixam de prestar um atendimento digno, permitindo ser ceifada uma vida, por exemplo, seja por administradores públicos que participam de propinas que envolvem dinheiro da saúde, levando assim, milhares à morte pela falta de atendimento adequado, seja pelo simples ódio no coração contra alguém, enfim, não podemos negar que há muitas mãos ou mentes na igreja contaminadas do sangue do seu próximo!

A falta de clamor pela justiça a que o profeta se refere (v. 4) não é quando os defensores do “evangelho social” falam da pobreza e da gritante desigualdade. Aliás, sobre isso, todas as igrejas clamam. A questão temerária é que esse clamor não seja realmente pela justiça! Muitos clamam somente quando a vítima é ele mesmo ou alguém de sua família. Outros clamam para serem vistos pelos demais homens como piedosos. Ainda outros clamam para que Deus os veja como dignos do céu!

Muitos crentes também não comparecem em juízo pela verdade. Muitos vão a tribunais da justiça trabalhista para mentir, a fim de ganharem alguma causa contra a empresa, chamam testemunhas que não viram nada, inclusive crentes, que aceitam participar desse jogo sujo! O profeta denuncia também a confiança dos crentes no que é nulo... Isso realmente é uma vergonha para o povo de Deus!

Confiam em ideologias, em partidos políticos, em promessas de campanhas, em pregadores falsos, em riquezas imaginárias, confiam em homens, nos patrões, confiam no dinheiro, no emprego, outros em jogos, nos seus diplomas, menos no Senhor! O próprio povo de Deus anda com a mentira na boca!

Imagine uma igreja que se encaixa tristemente no v. 9: “esperamos pela luz, e eis que há só trevas; pelo resplendor, mas andamos na escuridão”... Lastimável! Igrejas, que deveriam ser luz na sociedade, muitas delas têm sido mais escuras e tenebrosas do que o próprio mundo! A igreja, que Paulo disse que é “coluna e baluarte da verdade” (1Tm 3.15), faz “a verdade andar tropeçando pelas praças, e a retidão não poder entrar” (v. 14).

Tomara que a igreja do Senhor escute a voz do cap. 60: “Levanta-te, resplandece”! A mesma que Paulo diz em Ef 5.14: “Desperta, ó tu que dormes, levanta-te de entre os mortos, e Cristo te iluminará”!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

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