“Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o coração, porque dele procedem as fontes da vida” (Pv 4.23).
Vivemos, sem sombra de dúvida, em tempos de culto ao corpo. Isso não é novo. Já na época dos grandes filósofos gregos, eles ensinavam o cultivo à intelectualidade e também ao porte físico do indivíduo. Entre outros serviços essenciais nos tempos da pandemia, a essencialidade da igreja foi questionada, mas não das academias. A explicação era que uma pessoa com o físico bem cuidado pode aumentar sua autoestima, de modo a não ficar psicologicamente abalada...
Todavia, o conselho da Palavra de Deus é que guardemos o nosso coração! Não significa que a Bíblia condene a malhação. Paulo disse a Timóteo: “Pois o exercício físico para pouco é proveitoso” (1Tm 4.8a), ou seja, pelo menos um pouco de proveito tem. Mas a questão é outra. Se nossa geração guardasse o coração como guarda o corpo, provavelmente teríamos uma geração mais temente a Deus.
Guardar significa cuidar, manter, proteger, preservar. Já o coração é usado como uma figura. Não se refere ao músculo responsável pelo bombeamento do sangue para o corpo, no aparelho circulatório. Mas, figuradamente, quer dizer nosso próprio eu, nossa consciência, nossa fonte da vida, como diz o mesmo verso.
O que temos visto são pessoas belas, bem treinadas, fisicamente saudáveis, mas em muitas delas o coração está como disse Jesus: “Porque do coração procedem maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias” (Mt 15.19). Temos presenciado pessoas cuja preocupação e idolatria com o corpo chegou a tal ponto, que ele cultua a si mesmo e aos retratos estampados nas paredes daqueles com quem desejam se parecer!
Em outro provérbio disse a mãe do rei Lemuel: “Enganosa é a graça, e vã, a formosura, mas a mulher que teme ao Senhor, essa será louvada” (Pv 31.30). Nossa saúde é importante, mas o culto ao corpo é pecado! É adorar o pó, pois do pó viemos e para o pó voltaremos. Quando adoramos nosso corpo adoramos a criação e não o Criador!
Quando cuidamos do nosso coração, cuidamos de outro corpo, a saber, o corpo de Cristo que é a igreja. Quando guardamos nosso coração, nosso relacionamento com nossos irmãos se torna puro, cristão, cuidador e altruísta. É exatamente isso que é igreja. Isso é fazer a vontade de Deus. Como disse o apóstolo João: “Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente” (1Jo 2.17).
Você é daquele que cuida do corpo e esquece da alma? Ou você cuida de ambos igualmente? Você cuida da alma a ponto de menosprezar o corpo? Ou não cuida de nenhum dos dois? Que o Senhor nos dê discernimento para sermos “cardiologistas” espirituais de nós mesmos...
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
Triste realidade, que Deus dê sabedoria a seu povo para cuidar daquilo que realmente importa.
ResponderExcluirVerdade já se tornou hábito entre as pessoas
ExcluirAmém.
ResponderExcluirAmém! É a mais pura verdade
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