“Ainda que um
exército me cercasse, o meu coração não temeria; ainda que a guerra se
levantasse contra mim, nele confiaria” (Sl 27.3).
O medo é uma característica limítrofe e protetiva de todo ser vivo. Manifestando-se de diferentes formas, o medo pode ser benéfico, quando traz consigo o senso de autodefesa e de cuidado. Porém, o medo também pode ser patológico, quando a pessoa vê ameaça onde não existe. Se, por um lado, a falta do medo pode gerar imprudência, por outro, o excesso do medo gera pânico.
Neste salmo, lemos sobre Davi contrastando o medo com a confiança. E aqui é exatamente o ponto em que descobrimos se nosso medo é patológico ou se somos imprudentes. O patológico não confia que Deus irá guardá-lo, enquanto o imprudente age como se Deus tivesse obrigação de guardá-lo!
Davi confessa que nem mesmo um exército inteiro lhe cercando faria seu coração ter medo. Nós sabemos que naquela época, um exército não cercaria alguém para levá-lo preso, para interrogatórios, julgamento, nada disso. Cercado por um exército de pesada artilharia, a intenção era somente uma: matar, destruir, eliminar!
Mas por que estas coisas não amedrontavam Davi? Tudo bem que ele era um homem de guerra, acostumado a batalhas incríveis e improváveis! Contudo, não era em sua espada que ele confiava. Ele disse que mesmo que a guerra se levantasse contra ele, no Senhor ele confiaria! Eis a diferença. Davi, quando moço, tinha essa mesma convicção. Ele disse a Golias: “eu vou a ti em nome do Senhor dos Exércitos, o Deus dos exércitos de Israel, a quem tens afrontado” (1Sm 17.45). Essa confiança não se afastou dele com o passar do tempo.
Nossa geração é medrosa. E não me refiro ao mundo, que
também é covarde, mas aos próprios crentes, que carregam este nome de “crentes”
porque dizem confiar no Senhor de Davi. E a justificativa para o medo
patológico e incrédulo é a prudência. Por que Davi não temia um exército armado
que o cercasse? E por que nós tememos a perseguição, tememos a espoliação dos
nossos bens, tememos quem nos ordene parar de falar de Jesus?
Mas para Davi, o Senhor era a sua luz e a sua salvação; o Senhor era a força de sua vida (v. 1)! Apenas uma coisa ele pedia, mas não só pedia, como também buscava: que pudesse morar na casa do Senhor todos os dias de sua vida (v. 4). Com isto ele sabia que no dia da adversidade seria escondido no pavilhão de Deus (v. 5), lá no oculto de Seu tabernáculo! Ele sabia que seria posto sobre uma rocha! Ele cantaria tranquilo na casa do Senhor, pois sabia que sua cabeça seria exaltada sobre seus inimigos (v. 6).
E nós? O que ou a quem temos mirado para vivermos confiantes
como Davi? Se nossos olhos estiverem voltados para o que nos cerca, obviamente
seremos assaltados pelo pavor e desespero. Mas se seguirmos o conselho deste
homem de Deus: “Espera no Senhor,
anima-te, e ele fortalecerá o teu coração; espera, pois, no Senhor” (v. 14), então nosso coração terá confiança e nossa alma terá paz!
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
Glória a Deus pela confiança que Davi tinha no Senhor.
ResponderExcluirAmém! Um exemplo pra nós!
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