segunda-feira, 26 de maio de 2025

CUIDADO COM A HERESIA DA GRAÇA BARATA - PARTE 02/03

 


Mestre, que farei para herdar a vida eterna? Então Jesus lhe perguntou: O que está escrito na Lei? Como você a entende?” (Lc 10.25,26).


Combater uma heresia é mais difícil do que inventá-la e propagá-la. Mas para os ouvidos atentos à Palavra inerrante de Deus, a explicação da Palavra desce suave porque é a verdade, enquanto a heresia trava na garganta. Mas, como dizia Spurgeon, discernimento não é a capacidade de diferenciar o certo do errado e sim o certo do quase certo. Assim se dá com a heresia atual da graça banal; parece certa, mas é venenosa.

Os falsos mestres dessa doutrina angariam seguidores porque falam mansamente e conduzem para uma vida antinomiana (isto é, sem lei). Como a lei é o aguilhão da nossa consciência, ou seja, quando pecamos ela nos confronta, então é óbvio que o indivíduo deseja uma doutrina que o livre desse incômodo. Mas fazê-lo é comprometer a verdade da Escritura!

Dizer que Jesus é da lei e Paulo da graça é não somente uma tolice infantil, como também uma malícia infernal. Vejamos: O apóstolo João, escrevendo seu Evangelho, diz: “Porque a lei foi dada por meio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo” (Jo 1.17). Segundo eles, a graça veio com Paulo... Em quem você acredita?

Leiamos o que disse o próprio Senhor: “A Lei e os Profetas duraram até João; desde esse tempo o evangelho do Reino de Deus vem sendo anunciado” (Lc 16.16). Jesus disse que a lei vigorou até João Batista. Já os tais falsos mestres dizem que a lei vigorou até a morte de Cristo...

Mas, e quanto ao jovem rico e o mestre da lei, que procuraram Jesus para saberem o que fazer para serem salvos? Por que Jesus os remeteu à lei, ao invés de falar da graça, como dizem os falsos pregadores da graça?

Desconhecem eles (ou fingem) que Jesus apresentou a lei justamente para provar para aqueles homens que eles eram incapazes de se adequar à perfeita vontade e se ajustar ao perfeito caráter de Deus revelado na lei, como todos nós também o somos! E que, reconhecendo tal incapacidade, se curvassem diante do Único que podia cumprir a lei (e a cumpriu de fato) para obterem o perdão e a vida eterna, que é Jesus!

Quando Jesus lhes diz sobre a lei, de modo algum Ele está dizendo que cumprir a lei salvará alguém, até porque se fosse assim, Ele não precisaria ter vindo. Bastava quem quer que fosse cumprir a lei e já estaria salvo. Se Jesus veio para salvar, como Ele mesmo disse várias vezes, seria hipocrisia remeter alguém à lei para a salvação.

O jovem rico era um mentiroso e Jesus provou para ele que ele não guardava a lei desde a infância coisa nenhuma! Já quebrava o primeiro mandamento, visto que tinha outro deus diante de Deus, a saber, o dinheiro. O mestre da lei era um escarnecedor arrogante e Jesus o desmascarou diante das pessoas para que ele tomasse vergonha na cara e se humilhasse, reconhecendo que não amava a Deus nem ao próximo! Jesus não estava recomendando-o à lei, exceto para espelhar seus pecados ocultos!

Alguém pode protestar, dizendo que Jesus o amou (Mc 10.21). Porém, o amor não trata com leviandade. Ao contrário, o amor confronta, porque ele se regozija com a verdade (1Co 13.4,6). Então perceba como foi que o jovem rico se retirou da presença de Jesus: Mas ele, contrariado com essa palavra, retirou-se triste, porque possuía muitas propriedades (Mc 10.22). Geralmente, rico não gosta de se sentir humilhado, o que prova que ele não era humilde.

Na próxima reflexão trarei abundantes referências bíblicas sobre as semelhanças entre Jesus e Paulo, visto que foi o mesmo Espírito que habitou em Cristo que inspirou o apóstolo dos gentios.

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

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