“O filho insensato é
tristeza para o pai e amargura para quem o deu à luz” (Pv 17.25).
O que mais maltrata um pai ou uma mãe é a desobediência do filho. Diante desse comportamento, outras coisas ruins vêm acompanhando. Um filho desobediente começa com indiferença às ordens de seus pais. Depois aquilo torna-se em franca rebeldia, afrontando a autoridade e até ameaçando a vida de seus pais. Filhos desobedientes causam outras marcas horríveis em seus pais, como más companhias, práticas sociais vergonhosas e criminosas, relacionamentos imorais acompanhados de consequências seríssimas e outros males que destroem a felicidade dos pais.
Enquanto crianças, os filhos têm seus pais como heróis, mas na fase adolescente, os pais se tornam seu motivo de vergonha. Os filhos precisam pedir a seus pais perdão sobre isso, sobre essa tolice de achar que sabiam mais que seus pais, que eles eram ultrapassados e patéticos. É inaceitável que um filho adolescente demonstre isso a seus pais, e pior ainda depois que passam dessa fase, se continuarem agindo assim, como irresponsáveis e arrogantes.
Filhos teimosos também são como Esaú, que tomam esposa para si apenas por saber que o tipo dela desagrada seus pais (Gn 26.34,35; 27.46). Filhos imprestáveis são como Absalão, que confiam em sua aparência, mas seu coração é corrupto, deseja o mal de seus pais! São como Caim, que invejam a seus irmãos. Filhos tolos são uma vergonha para a vida de seus pais, como disse o sábio: “O filho sábio alegra a seu pai, mas o filho insensato é a tristeza de sua mãe” (Pv 10.1).
O jovem cristão deveria raciocinar como disse Salomão em outro provérbio: “Coroa dos velhos são os filhos dos filhos; e a glória dos filhos são os pais” (Pv 17.6). Sim, a glória dos filhos são seus pais, dos quais eles deveriam ter sempre orgulho, por mais simples que eles sejam.
Alguns filhos recebem de Deus a bênção de chegar à fase adulta e reconhecer sua tolice da juventude com seus pais ainda vivos. Serão bem-aventurados se, em tempo, ainda procurarem seus pais para lhes agradecer por tudo e lhes pedir perdão por sua insensatez do passado.
Como disse Paulo, são os pais que entesouram para os filhos e não o contrário (2Co 12.14). Nem todos os pais terão condições de entesourar para seus filhos ouro e prata, mas certamente, a maioria deles entesourou dignidade, moral e educação. Claro também que há filhos que não se enquadram nas condições que estamos falando. Mas como nosso propósito aqui é falar sobre a restauração na vida familiar, sendo hoje a parte que cabe aos filhos, fica essa reflexão para nós.
Não condene seus pais pelos erros deles. Você também tem os seus e, aliás, mesmo que não queira, você repetirá muitos destes mesmos erros com seus filhos no futuro e, olhe lá se não cometer outros piores, pois muitos filhos, na tentativa de não repetir os erros de seus pais sobre seus filhos, acabaram por deixar seus filhos à vontade, de modo que tal erro do descuido foi pior do que o erro do excesso!
Portanto, viva o perdão com seus pais, enquanto você ainda
os tem consigo. Aos que não têm mais, resta-lhes dirigir-se a Deus em confissão
por todo desgosto que deu a seus pais em vida e pedir perdão a Deus por não
terem se reconciliado com seus pais enquanto estavam aqui.
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
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