“Ao chegar a tarde do
primeiro dia da semana, estando fechadas as portas do lugar onde se achavam os
discípulos por medo dos judeus, chegou Jesus, e pondo-se no meio deles, lhes
disse: A paz seja convosco” (Jo 20.19 – Peshitta).
Não podemos negar que certas notícias nos abalam de maneira incontrolável! E, paradoxalmente, são estas mesmas que nos atraem, são delas que queremos saber mais. Adicione-se a isso que as notícias que mais nos abalam, em geral, são as que mais perduram, pois afetam muito mais do que o momento, elas atingem nossas expectativas, por isso demoram a passar e nós nos demoramos para nos recompor.
Quando somos anunciados de uma morte súbita de alguém que amamos, ela nos choca muito mais do que se perdêssemos esse alguém por uma lenta enfermidade. Com certeza há sofrimento, mas a morte repentina e inesperada é crudelíssima! E tais notícias demoram para decantar, pois até que tudo pelo menos se aproxime do que estava antes, leva tempo, além de provocar grandes estragos nas nossas expectativas.
Há poucos anos, nosso mundo ficou assombrosamente impactado por um vírus contagioso e celeremente letal. As recomendações também foram bruscas, desesperadas e sem norte. O mundo inteiro ficou como os discípulos após a morte do Senhor – dentro de casa e com as portas fechadas (eles, com medo dos judeus; nós, com medo do invisível micro-organismo)! Tudo se inverteu.
No lugar em que antes víamos comunhão, agora chamou-se aglomeração; pequenos espirros que nos faziam desejar “saúde” ao outro, agora encheu nosso coração de suspeita; abraços e apertos de mão viraram saudações à distância e conversas virtuais.
Mas, ao contrário das previsões das nossas autoridades sanitárias, a previsão do nosso Senhor a Seus discípulos foi certeira! Ele disse: “O Filho do Homem será entregue nas mãos dos homens, e o matarão, mas depois de ser morto, ressuscitará ao terceiro dia” (Mc 9.31 – Peshitta). Eles não puderam acreditar, pois não se tratava de uma luta provável contra uma doença; era sobre uma luta definida contra a morte, inimigo que ninguém jamais venceu!
Entretanto, ali, entre os discípulos, chegou Jesus, mesmo com as portas fechadas! E Ele não ficou em um canto qualquer da casa. Ele Se pôs no meio deles! Ele não ficou em silêncio, mas acalmou o coração deles, dizendo: “A paz seja convosco”! Ele não disse que lhes daria paz não como o mundo a dá? Não era Ele, de fato, o Príncipe da Paz?
Se o crepúsculo já começa a escurecer sua casa, mesmo que
você esteja de portas fechadas, mesmo que o medo te faça recuar, saiba que este
mesmo Jesus, já ressuscitado, entra também em sua casa (Ele sim, não pode ser
impedido pelas portas fechadas) e as mesmas palavras confortantes e
revigorantes continuam saindo de Seus santos lábios, que dizem a você a mesma
coisa que foi dita naquele terceiro dia: “A
paz seja convosco”! Não importa qual dia, não importam quantos dias... Ele
voltou e trouxe a paz consigo!
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
Amém Glória a Deus, Ele ñ nos abandona sempre nos guardando em sua finita bondade.
ResponderExcluirGlória a Jesus pela sua santa paz.
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