“Então, disse Saul
aos seus criados: Buscai-me uma mulher que tenha o espírito de feiticeira, para
que vá a ela e a consulte” (1Sm 28.7).
Tendo o Espírito de Deus abandonado a Saul e o rejeitado como rei sobre Israel, Saul se viu apertado em uma batalha contra os filisteus, seus arquirrivais, e resolveu consultar ao Senhor sobre esta guerra. Como Deus já o havia abandonado, não o respondeu por nenhum dos meios convencionais. Nem por sonhos, nem por Urim (pedra que lançava sorte para saber a vontade do Senhor) nem por profetas.
Em uma busca desesperadora por alguma resposta, Saul buscou uma feiticeira, a qual foi encontrada em En-Dor, uma cidade perto do monte Tabor, a nordeste de Suném. Escondida, a mulher mostrou seu medo do decreto do próprio Saul, que havia mandado matar todas as necromantes de Israel no início de seu reinado. Mas o rei, disfarçado, lhe jurara que nada lhe aconteceria, apenas queria que ela fizesse subir alguém.
Há diferentes interpretações para esse texto. O fato é que alguém realmente apareceu ali. Porém alguns dizem que foi um espírito maligno, se passando por Samuel, outros dizem que houve uma prática necromante que deu resultado, outros dizem que foi uma possessão, que o espírito falou através dela, mas vejamos aqui uma quarta posição. Primeiro, não foi uma prática de consulta a mortos. No v. 11, quando a mulher pergunta a Saul quem ele queria que fosse invocado, ele responde que queria falar com Samuel.
Porém, no v. 12, lemos que Samuel aparece sem ser chamado! Portanto, está descartada a invocação de mortos por dois motivos: Primeiro, porque a mulher não invocou a Samuel. Aliás, ela gritou em alta voz! Ela não esperava que aquilo fosse acontecer. E o texto diz que ela viu a Samuel. Se fosse uma sessão espírita enganadora, ela não teria se assustado, visto que era acostumada a enganar as pessoas. Segundo, porque sabemos que mortos não voltam. No máximo, aquilo seria um espírito maligno tentando enganar a todos os presentes naquela sessão mal sucedida.
Desde a lei de Moisés, Deus sempre condenou a prática da consulta a mortos (Êx 22.18; Lv 19.31; Dt 18.10,11; Is 8.19,20). Sua sentença era a morte, coisa que Saul sentenciou no início de seu reinado (v. 3). Porém, agora abandonado, ele procura aquilo mesmo que havia tentado destruir. Porém, o fato de Deus condenar tal prática, não significa que ela funcione. Na verdade, todos os crentes sabem que mortos não voltam – nem mesmo por invocação ou sessão espírita (Hb 9.27)!
Então, se não foi uma invocação que deu certo, será que foi
um espírito maligno que veio àquele lugar? Isto é o que veremos na próxima
reflexão. Por enquanto, devemos pensar muito profundamente quão terrível é a
vida daquela pessoa a quem Deus abandona. Os homens empinam o nariz e abandonam
a Deus hoje. Mas o dia em que Deus os abandonar, aí não haverá mais
recuperação! Esta foi a situação final de Saul em sua vida física, mas o final
eterno dele e de todos que assim procedem será muito pior!
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
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