“Quando Israel era menino, eu o amei; e do Egito chamei
o meu filho” (Os 11.1).
A nação de Israel foi gerada dentro da terra do Egito. Os sete anos de fome vistos por Faraó em seu sonho levaram Jacó e sua família para habitar na terra do Egito, onde José já era governador. Foi ali que Israel, como nação, era ainda um menino. Foi ali que Deus o amou e o chamou. O chamado de Israel para fora do Egito representava o chamado da igreja para fora do mundo. Aliás, é isto que significa a raiz da palavra “igreja” no grego: chamados para fora.
É sobejamente conhecida a história de Israel, desde que saiu do Egito. Dali Deus tirou Seu povo com mão forte e poderosa, enviando dez pragas sobre os opressores, fazendo sair os filhos de Israel com grandes despojos, mostrando para eles um dos maiores milagres já registrados na história da terra, que foi abrir o Mar Vermelho, para que Seu povo o atravessasse a pé enxuto! Enfim, até fazer Israel entrar na terra prometida, Deus realizou milagres incomparáveis nas páginas do AT.
Entretanto, a queixa de Deus por meio do profeta Oseias era que Seu povo, não obstante todas estas coisas, sempre se afastava de seu Deus. Diz Deus no v. 2: “Quanto mais eu os chamava, tanto mais se iam da minha presença”. Até que, por fim, Deus os entregou aos domínios assírios, conforme lemos no v. 5: “Não voltarão para a terra do Egito, mas o assírio será seu rei, porque recusam converter-se”.
O apóstolo Mateus, ao narrar o episódio da fuga de José, marido de Maria, para o Egito, é lembrado pelo Espírito Santo desse texto de Oseias. Herodes havia sido enganado pelos magos, pois esperava que eles voltassem de Belém, dizendo exatamente onde o Menino Jesus estava. Como isso não aconteceu, esse rei mandou matar todas as crianças em Belém de dois anos para baixo, mas um anjo avisou a José para que fugisse com Maria e o Menino para o Egito.
Havendo este rei já morrido, um anjo avisa a José que já podia voltar para Israel. Assim, Mateus nos diz que se cumpriu a palavra do Senhor por meio de Oseias: “Do Egito chamei o meu Filho” (Mt 2.13-21). Então, pela segunda vez, Deus chama Seu Filho do Egito. A primeira, por meio de Israel, a segunda, por meio de Jesus.
Israel, chamado do Egito, passou pelas águas do batismo “assim na nuvem como no mar, com respeito a Moisés” (1Co 10.2). Cristo também, vindo do Egito, depois de adulto, foi batizado no Jordão, com respeito a toda justiça (Mt 3.15). Depois do batismo de Israel, o povo passou pelo deserto e foi derrotado pelas tentações e pelas serpentes (1Co 10.9). Cristo foi levado pelo Espírito ao deserto logo após Seu batismo e foi tentado pela antiga Serpente, que é o diabo. Porém, ao contrário de Israel, venceu o diabo esmagadoramente (Mt 4.1-11)!
Israel apresentava sacrifícios diante de Deus como expiação
temporal por seus pecados. Cristo Se apresentou diante de Deus como sacrifício
perfeito e obteve eterna redenção (Hb 9.12). Israel entrou na terra prometida
tendo que lutar contra seus inimigos. Cristo entrou no Santo dos Santos,
assentando-Se à destra de Deus, “aguardando, daí em diante, até que os seus
inimigos sejam postos por estrado dos seus pés” (Hb 10.12,13). Foi por
isso que Deus chamou outra vez Seu Filho do Egito.
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
Glória a Deus
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