“Porque não recebestes o espírito de escravidão, para,
outra vez, estardes em temor, mas recebestes o espírito de adoção de filhos,
pelo qual clamamos: Aba, Pai” (Rm 8.15).
Existe um sentido no qual Deus é Pai de todos, a saber, o sentido criativo. Como Criador de todas as coisas, Ele é Pai de tudo e de todos. Porém, essa paternidade vista desse modo, só diz respeito ao domínio de Deus sobre tudo e o pertencimento a Ele de todas as coisas e seres. Nada diz acerca de relacionamento.
Quando se trata de relacionamento, as coisas são diferentes. Nem todo mundo é filho de Deus. Nem todas as pessoas foram ou serão adotadas em Sua família como filhos. O apóstolo João nos ensina que somente aqueles que receberam a Jesus, ou seja, os que creram no nome do Filho de Deus é que recebem o poder de serem feitos filhos de Deus (Jo 1.12). Essa é uma questão controversa para muita gente.
Primeiro para os judeus, que jamais chamaram Deus de Pai. Para eles, isso é uma afronta. Deus é apenas transcendente, inacessível, um pouco melhor que Alá apenas. Enquanto o deus muçulmano é tão distante, que não se pode ter um relacionamento com ele, o Deus Jeová é tido quase assim também pelos judeus. Seria uma prepotência chamá-lo de Av, “Pai”, em hebraico. Eles pensam que Deus tem um certo relacionamento, mas não a ponto de ser chamado de Pai.
O problema é que Jesus, ao ensinar a oração dominical, disse que podemos chamar Deus de Abba, que é “Pai” em aramaico, a língua babilônica que os judeus falavam na época de Jesus, desde que voltaram do cativeiro (Mt 6.9)! Para os judeus de Sua época isso foi uma loucura total! Se já seria blasfêmia chamar Deus de Av, que é “Pai” na língua sagrada, que era o hebraico, imagina chamá-lo de Abba, que é “Pai” na língua do cativeiro, que era o aramaico! Mas era exatamente isso que Jesus queria, que os filhos de Deus tivessem tal intimidade com Ele que O chamassem como se chama um pai popularmente!
Segundo, é uma questão controversa para os que não são judeus, pois todos acham que são filhos de Deus. Porém, como já vimos, somente os que recebem a Cristo é que podem receber este privilégio. De acordo com Jo 1.12,13, os que recebem a Cristo são os que nEle creem; os que nele creem são os que nascem de novo e este é o ponto nevrálgico: ninguém nasce de novo por sua própria vontade. Como em Jo 3.8 Jesus disse que “o vento assopra onde quer”, assim também o Espírito assopra a nova vida em quem Ele quer!
O Espírito é quem escolhe sobre quem Ele vai dar nova vida; então, tal pessoa ouve o evangelho, recebe o sopro do Espírito para entendê-lo, nascendo assim de novo, arrepende-se de seus pecados e crê em Cristo, é justificada de seus pecados e só então é trazida para a família de Deus, adotada como filha de Deus! Para garantir isso a tal pessoa, Deus lhe dá Seu próprio Espírito, que a leva a chamar Deus de Abba (Gl 4.6)!
O mundo não concorda com isso, mas é porque não conhece a
Deus (1Jo 3.1). Mas não importa. “Por essa razão, o mundo não nos conhece,
porquanto não o conheceu a ele mesmo. Agora somos filhos de Deus, e ainda não é
manifesto o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar,
seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos” (1Jo 3.1b,2).
Nesse dia, Deus provará para todos que somos Seus filhos, porque todos verão
nossos corpos serem transformados na mesma glória em que o corpo de Jesus
Cristo também foi!
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo.
ResponderExcluirAmém!
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