“Peguei o livrinho da mão do anjo e o devorei. Na minha
boca, era doce como mel; quando, porém, o comi, o meu estômago ficou amargo” (Ap 10.10).
O apóstolo João, com as visões que recebera sobre a história da igreja, suas perseguições e sobre a vitória final de Cristo sobre o mal, recebeu também a incumbência de escrever as visões e anunciá-las às igrejas da Ásia, escrito que chegou até nós.
Aqui no cap. 10, ele vê um anjo muito poderoso, rosto como o sol, pernas como colunas de fogo (v. 1). Ele tinha um livrinho e deu um grande grito, logo, sete trovões clamaram após seu grito, mas ele não deixou João escrever o que os trovões haviam gritado (v. 4). É o mistério que será revelado somente na volta de Cristo (v. 7), na sétima trombeta.
O apóstolo recebe uma ordem para pegar o livrinho da mão do anjo (v. 8). Quando ele pede o livrinho ao anjo, este lhe diz para comê-lo e que no seu estômago, o livro seria amargo, mas na sua boca seria doce como o mel (v. 9). O que isto quer dizer?
O livrinho representa as palavras da profecia que o apóstolo João tem ouvido e visto. Comê-lo significa que ele é o porta-voz, o que está recebendo a revelação inspirada, então nada poderá falhar. Ser doce à boca, significa tanto que as palavras são verdadeiras, como também que servem de consolo para os salvos (que sofriam terríveis perseguições na época). Ser amargo ao estômago quer dizer que o seu cumprimento era certo e também terrível para os ímpios, ou seja, julgamento sem compaixão!
Quando comparamos esta visão do apóstolo João com a missão que a igreja tem de pregar o evangelho, ainda que não tenhamos que anunciar com estes simbolismos que ele usa no livro, entendemos que o mesmo se dá conosco. O evangelho que anunciamos é doce porque proclama o perdão aos pecadores arrependidos, mas é amargo no estômago, isto é, no seu cumprimento para aqueles que não se arrependerem! Eles serão julgados sem clemência!
O apóstolo Paulo diz que o evangelho é cheiro de vida para os salvos e cheiro de morte para os perdidos (2Co 2.14-16). Ou seja, o mesmo evangelho que salva, também mata. Quando pregamos o evangelho, sentimos o doce sabor que ele tem porque já fomos alcançados pelo perdão de Deus; mas não podemos deixar de anunciar o sabor amargo que ele terá para os que rejeitam o perdão de Deus.
Muitos querem tornar o evangelho doce aos ouvintes. Mas eles
devem saber que só será doce se houver arrependimento. Aliás, o evangelho só é
boas-novas para quem reconhece que já está perdido! Se o pecador pensa que está
tudo bem, ele só sentirá o amargo no dia final. E é exatamente isso que nós
precisamos fazê-lo saber!
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
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