“Ó tu, espada do
SENHOR, até quando não descansarás?” (Jr 47.6 – KJF).
Os homens zombam da paciência de Deus, escarnecem de Sua bondade e cospem contra o Criador num desprezo de Sua existência. Porém, quando a espada de Deus começa a se movimentar, os ímpios prontamente gritam de raiva e revolta. Não há arrependimento, não há temor, o que existe nos seus corações é apenas um acúmulo de pecado, do pouco caso ao ódio contra Deus. Se Deus não os pune, eles aumentam seus pecados; se vem a punição, eles se insurgem.
O clamor é para que a espada de Deus vá descansar. Todavia, não é porque eles se arrependeram. Os transgressores desejam a ausência da espada apenas para que fiquem sem limites em suas transgressões. O que eles querem, na verdade, é que a espada refulgente saia dos portões do Éden para que eles voltem lá e comam do melhor de Deus, porém em pecado!
Quando pensamos que os ímpios rejeitam o julgamento de Deus, por considerarem-no extrapolado e além do que é justo, não devemos pensar que eles aceitam o amor de Deus. Do mesmo jeito que eles acusam o juízo de Deus de ir além da justiça, eles também trazem o amor de Deus para aquém do que é santo. Os ímpios confundem o amor de Deus com permissividade e Sua justiça com intolerância.
Entretanto, a espada de Deus não vai descansar. Aliás, desde o que o homem fez no Éden, essa espada não descansa. Ela revolvia o jardim para protegê-lo da rebeldia humana; ela foi usada contra a humanidade quando a destruiu no dilúvio; ela tomou Sodoma, Gomorra e mais algumas cidades ao redor como exemplo para as demais nações; a espada de Deus já ficou na mão dos israelitas para que expulsassem as nações cananeias por conta de seus pecados; a mesma espada, porém, foi usada por nações que vinham do “norte” para punir o próprio povo de Deus; enfim, a espada de Deus nunca descansou.
Porém, houve um dia no qual a espada incansável de Deus feriu o Seu próprio Filho! A espada de Deus se ergueu contra Seu Pastor e o feriu (Zc 13.7)! Foi quando ela traspassou a Jesus naquele madeiro sangrento do Gólgota! Alguns poderiam gritar, como disse Jeremias: “Acomoda-te em tua bainha, descansa, e aquieta-te” (v. 6). Mas a resposta seria como a do v. 7: “Como pode estar quieta, visto que o SENHOR lhe deu uma ordem”? De fato, Deus determinou o sofrimento e morte de Seu Filho, como podemos ler em At 4.27,28. Mas fez isso por amor daqueles que haveria de salvar (Rm 5.8)!
Porém, mais ainda, a espada incansável de Deus será usada
para todo sempre no lago de fogo. Ela será instrumento de justiça sobre todo
aquele que não creu no nome do Filho de Deus. Ali, os ímpios chorarão de dor
sem fim, mas continuarão rangendo seus dentes contra o Filho de Deus (Mt 8.12;
13.50; 24.51). Eles não compreenderam Seu amor e o rejeitaram, tentaram fazê-lo
tolerante; agora que compreenderão a Sua ira, rilharão os dentes em plena e
inútil revolta, sabendo que ela é justa e santa!
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
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