“Os justos
florescerão como a palmeira, crescerão como o cedro do Líbano; plantados na
casa o Senhor, florescerão nos átrios do
nosso Deus” (Sl 92.12,13 – NVI).
Às vezes, a Bíblia usa uma linguagem que pode confundir a mente do leitor ingênuo. E não somente o leitor de hoje em dia, mas em todos os tempos, servos de Deus questionaram a prosperidade dos ímpios e as duras desvantagens que os fiéis sofrem nesta vida. Foi o caso de Jó (Jó 21), do salmista Asafe (Sl 73), de Jeremias (Jr 12) e também de Habacuque (Hc 1).
Mas também, o que lemos em alguns textos bíblicos, nos parece dizer que o justo sempre se dará bem, enquanto os maus serão desarraigados da terra... Veja, por exemplo, este provérbio: “Os justos jamais serão desarraigados, mas os ímpios pouco duram na terra” (Pv 10.30). Será isto mesmo que nossos olhos testemunham? Observe o que diz Davi: “A desgraça matará os ímpios; os que odeiam o justo serão condenados” (Sl 34.21). Tem sido isso o que vemos?
Se a Palavra de Deus não se contradiz e a realidade como observamos não tem sido da forma como lemos em alguns textos da Escritura, então como podemos afirmar que a Palavra não se contradiz? De fato, a Palavra de Deus não pode falhar, como disse Jesus em Jo 10.35. Logo, se a Escritura não falha, então nós é que estamos olhando nossa realidade por outro ângulo e vendo as coisas de modo distorcido.
Em primeiro lugar, devemos entender que os Salmos, os textos poéticos do AT em geral, falavam da esperança que a justiça fosse executada na terra, ainda enquanto ambos viviam (justos e ímpios – estes para serem vingados e aqueles para serem vindicados). Por isso é que lemos Jó dizendo que seu Redentor Se levantaria sobre a terra e que ele, ainda em sua carne veria a Deus, isto é, veria a justiça de Deus sendo feita, o que, de fato, aconteceu (Jó 19.25-27).
Ou seja, para os fiéis da antiga aliança, a salvação significava livramento de perseguições, doenças, aflições, enfim, algo mais relacionado a vitórias na esfera terrena. Quando eles oravam “faze-me justiça”, estavam pedindo justamente que ela ocorresse aqui deste lado do céu, enquanto o justo violado e o ímpio violento ainda existissem, para que a glória da justiça de Deus fosse mostrada e Deus fosse reconhecido como justo.
Em segundo lugar, devemos compreender que Deus não está cativo a esse tipo de pensamento para que Ele seja realmente justo. Desde toda eternidade Ele é o que é agora e o será para sempre. Se Ele foi justo no passado, nunca deixará de ser no futuro, pois Ele não muda. Na realidade, o que acontece é que Deus, sendo justo, deixa muitos ímpios sem punição imediata, porque uma sentença imediata não revelaria a verdadeira maldade do coração do ímpio e, consequentemente, não revelaria a grandeza da punição de Deus!
Sua justiça deve ser mostrada
tanto retribuindo ao pior ímpio o maior castigo, quanto ao menor ímpio um
castigo de acordo com sua menor impiedade, diferenciando assim entre eles, para
que os justos se regozijem na justiça perfeita de Deus. Um dia, os justos
florescerão sim, na eternidade, nos átrios do nosso Deus, veremos os justos
rejuvenescidos e cheios de vida, a vida eterna, enquanto todos os ímpios terão o
seu quinhão de acordo com suas obras! Com tudo isto, Deus será sempre
glorificado por Sua justiça!
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
Amém
ResponderExcluirAmém!
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