“Não como Caim, que
era do Maligno e matou seu irmão. E por que o matou? Porque suas obras eram
más, e as de seu irmão eram justas” (1Jo 3.12 – A21).
A Bíblia fala de alguns homens que eram do Maligno. É um tanto assustador e parece chocante aos ouvidos das pessoas dos nossos dias, que estão acostumadas a ouvir coisas agradáveis e se ofendem facilmente ao menor pronunciamento discordante de sua opinião. Mas a realidade é que a Bíblia fala de tais homens e ainda mais, alguns deles especificados pelo nome. É o caso de Caim, pelo versículo que lemos; de Judas, chamado de “filho da perdição” em Jo 17.12; e do anticristo, chamado assim também em 2Ts 2.3.
Porém, pelo contexto da história de vida de alguns personagens da Bíblia, acabamos por entender que também eram filhos da perdição, como é o caso de Ninrode (Gn 10.8-10); Esaú (Rm 9.13; Hb 12.16,17); o rei Saul (1Sm 16.14), o qual nós conhecemos seu fim; vários outros reis ímpios da nação de Israel, como Jeroboão e Acabe, bem como reis do sul também, como Acaz e Zedequias. Mesmo no meio do povo de Deus, na antiga aliança, havia pessoas ímpias e, certamente, filhas do Maligno, destinadas à perdição.
Soa mal aos ouvidos das pessoas dizer que os filhos do Maligno já nasceram assim. Eles não se tornaram filhos do Maligno porque eram maus; mas praticavam a maldade por serem filhos do Maligno. Veja, o versículo que lemos diz que Caim era do Maligno e matou seu irmão. Ele não matou seu irmão para se tornar filho do Maligno. Afinal, diz o apóstolo João: “por que o matou”? Porque suas obras eram más. Ele já era mau antes de matar seu irmão.
Muitos podem protestar, dizendo que os filhos do Maligno não nascem assim, mas se tornam assim por causa de suas maldades. Mas a pergunta é: quem nasceu bom? Exceto o Filho de Deus, quem nasceu sem pecado? E, uma vez nascido em pecado, o homem pode ser filho de Deus? O apóstolo João responde em seu Evangelho que não. Ele diz que só se torna filho de Deus aquele que nasceu de novo e assim, creu em Jesus (Jo 1.12,13).
Ele diz também em sua carta o seguinte: “Quem vive habitualmente no pecado é do diabo, pois o diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para destruir as obras do diabo” (1Jo 3.8 – A21). Ele não diz que a pessoa se torna do diabo porque peca. Ao contrário, ela peca habitualmente porque é do diabo. Foi o que Jesus disse aos judeus que se achavam filhos de Abraão e de Deus. Ele disse que estes judeus eram filhos do diabo que era seu pai (Jo 8.44). Agostinho dizia que não somos pecadores porque pecamos, ao contrário, pecamos porque somos pecadores. Isso é totalmente bíblico!
Certamente, esta é uma palavra que ninguém quer receber. E,
aliás, não podemos saber quem são os filhos do Maligno, embora o apóstolo nos
dê algumas características (além dessa do v. 8). Ele diz: “Os filhos de Deus e os filhos do diabo
manifestam-se assim: quem não pratica a justiça não é de Deus, nem quem não ama
seu irmão” (1Jo 3.10 – A21). Como sabemos, o amor verdadeiro, aquele que
vem de Deus, somente os regenerados podem tê-lo. Todos os demais tipos de amor
são enganosos e pertencem ao coração dos filhos do Maligno!
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
AMÉM MEU PASTOR
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