“Por isso, levantem
as mãos cansadas e fortaleçam os joelhos vacilantes. Façam caminhos retos para
os seus pés, para que o manco não se desvie, mas seja curado” (Hb 12.12,13
– NAA).
Estes versículos são uma conclusão de uma exortação que o autor desta carta fazia aos crentes judeus, seus primeiros leitores. Veja a sentença: “por isso”. E a pergunta natural é: por isso o quê? Obviamente, a resposta vem dos versículos anteriores. O que eles dizem? Do que eles tratam? Imediatamente falando, eles tratam da disciplina a que somos submetidos diante de Deus, mas olhando para o início do capítulo, a ideia maior do autor é um incentivo à perseverança na carreira cristã.
Para levar seus leitores ao compromisso de não abandonarem sua corrida espiritual, o autor lembra a eles que os antigos heróis da fé, mesmo sem terem alcançado a promessa, ainda correram até o fim, tiveram sua corrida finalizada (v. 1). Do mesmo modo Jesus, que “em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, sem se importar com a vergonha, e agora está sentado à direita do trono de Deus” (v. 2). O recado mesmo é dado no v. 3: “Portanto, pensem naquele que suportou tamanha oposição dos pecadores contra si mesmo, para que vocês não se cansem nem desanimem”.
Seu objetivo era que os crentes não se deixassem vencer pelo desânimo nem pelo cansaço na corrida espiritual. Se isso viesse a acontecer, Deus os despertaria com certos açoites disciplinares. É isso que ele fala a partir do v. 4. No v. 7 ele diz que é para a disciplina que os crentes perseveram. Isso é interessante. Não perseveramos para a vitória. Perseveramos para a disciplina. Não somos chamados a vencer com palavras motivadoras. Somos chamados a vencer com palavras de repreensão.
O v. 10 diz que a disciplina tem um propósito maravilhoso, o qual muitas vezes é desprezado pelos crentes, pois acham a disciplina pesada. Esse propósito é “a fim de sermos participantes da sua santidade”. Os crentes desejam ser santos, mas nem todos se submetem à disciplina celestial. Porém, se devemos seguir “a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (v. 14), devemos nos lembrar de que o meio que Deus usa para isso é exatamente a correção espiritual das nossas vidas.
Só assim poderemos levantar nossas mãos cansadas e
fortalecer nossos joelhos vacilantes. De que maneira se faz caminhos retos para
nossos pés? De que maneira curamos o manco, para que ele não se desvie?
Submetendo-nos à disciplina, à correção, às chibatadas do nosso Deus! Ele faz
isso para no final das contas vermos ao Senhor. “Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus” (Mt 5.8).
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
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