“Alguns confiam em
carros e outros em cavalos, mas nós confiamos no nome do Senhor, o nosso
Deus” (Sl 20.7 – NVI).
Na antiguidade, os cavalos em guerra sempre representaram força, orgulho, pompa e invencibilidade. Velozes e fortes, os cavalos expressavam imponência e destacavam o seu montador. Os antigos egípcios, os filisteus e sumérios eram uma civilização que dispunha do poder que este animal pronunciava. Homens ficaram famosos juntamente com seus cavalos, entre tais homens, Alexandre, o Grande, Napoleão, a própria lenda grega falava sobre Pégaso, o cavalo alado de Zeus.
Porém, na história do povo de Israel, nós encontramos que Deus proibiu que os reis viessem a multiplicar o número de seus cavalos (Dt 17.16). Deus disse ao povo que quando fossem à guerra e vissem cavalos em grande quantidade, não era para temê-los, pois Deus estava com Seu povo (Dt 20.1). Os cavalos e cavaleiros de Faraó se tornaram versos nos cânticos de Israel, pois foram afundados no Mar Vermelho, enquanto o povo de Deus foi salvo (Êx 15.19,21).
Quando Deus concedeu vitória a Josué, mesmo sobre inimigos que possuíam muitíssimos cavalos, Deus lhe ordenou que jarretasse os cavalos, isto é, que cortasse seus tendões. Josué assim o fez e queimou os carros no fogo (Js 11.4-9). O rei Davi obedeceu ao mandamento da lei, quando, ao vencer o rei de Zobá, jarretou também seus cavalos, reservando para si apenas o suficiente para cem carruagens.
Já Salomão, que não teve guerra nenhuma no seu reino, ajuntou para si 1.400 carros e 12.000 cavalos (1Re 10.26)! Enquanto seu pai confiava no Senhor dos Exércitos, Salomão confiava em sua infantaria esnobadora! Só para comparar, uma contagem assíria da batalha de Qarqar, em 853 a.C., registra 1.200 carruagens de Damasco, 700 de Hamate e 2.000 carruagens de Israel!
O salmista dizia: “O cavalo é vã esperança de vitória; apesar da sua grande força, é incapaz de salvar” (Sl 33.17). O salmista expressava assim acerca do Senhor: “Não é a força do cavalo que lhe dá satisfação, nem é a agilidade do homem que lhe agrada; o Senhor se agrada dos que o temem, dos que depositam sua esperança no seu amor leal” (Sl 147.10 – NVI).
Foi assim que o Filho de Deus entrou na cidade de Jerusalém de modo triunfal. Montado sobre um filhote de uma jumenta (Mt 21.4-7), cumprindo a profecia de Zacarias 9.9, mas também mostrando para Israel que não devia confiar no esplendor de uma montaria. Cavaleiros arrogantes eram exibidos por seus cavalos aparelhados, mas Jesus, o humilde Servo do Senhor, montado em um jumentinho, apontava Sua confiança para o alto, para o Seu Pai.
Sua vitória não seria decretada por uma montaria, que era
obra de Sua criação, mas por determinação do Pai. Seus inimigos não eram os
romanos, mas inimigos espirituais, diante dos quais cavalo algum poderia fazer
qualquer coisa! Ao montar sobre aquele singelo animal, Jesus apontava para a
glória de Deus e não do homem! Um dia virá montado sobre um cavalo branco (Ap
19.11), mas, sendo Rei dos reis e Senhor dos senhores, não é o cavalo que
mostrará glória e sim o seu Poderoso Cavaleiro!
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
Amém
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