“Estejam de pé então,
tendo cingido a cintura sua na verdade” (Ef 6.14a) Trad. Lit.
O cap. 6 de Efésios é mundialmente conhecido como o capítulo da “batalha espiritual”! Todos conhecem esse texto e várias teorias sobre o assunto já se levantaram baseadas neste capítulo. Vamos meditar sobre cada uma destas armas espirituais, o que elas significam e como o crente deve utilizá-las. Antes de falar da primeira armadura, Paulo diz que o crente, depois de ter feito tudo integralmente, deve permanecer de pé, mas não olhando para o teto e sim tendo uma postura de atitude. É um ficar de pé pronto para novo combate. Não há tréguas nesta peleja e o crente tem que se revestir das armaduras de Deus!
O cinturão. Paulo começa com esta peça, não porque seja a primeira que o soldado colocava em si, mas por causa da sua importância em relação às demais. O cinturão prendia outras peças, como a própria roupa levantada do soldado, para que ele ficasse livre para correr e se movimentar; a couraça, a qual não podia se mover para não impedir a habilidade do soldado; o cinturão também portava a espada no flanco do soldado. Sem ele, a espada não teria lugar para encosta e tiraria a rapidez do lutador quando ele precisasse estar com as mãos livres. Embora a espada seja a Palavra de Deus, aqui também o cinturão da verdade trata-se da Palavra.
A verdade. Paulo não diz cingido “com” a verdade, mas “na” verdade. A diferença entre o cinturão e a espada, que também é a Palavra, é que o cinturão é a verdade na qual estamos mergulhados, enquanto a espada é a aplicação desta verdade. Todo escopo doutrinário me envolve, mas quando eu uso habilmente cada verdade dessa adequadamente às situações apropriadas, então estou usando a espada; estou retirando a espada do cinturão para aplicar o golpe no inimigo. O cinturão é a verdade que me domina e a espada é a verdade que eu domino.
No mundo atual não se pode falar de uma verdade absoluta. Dizem que a verdade é algo indefinido. Estamos vivendo a era gasosa, onde a verdade é relativa a cada um, segundo sua própria percepção. A verdade agora se tornou um conceito abstrato e dependente do subjetivismo pessoal. O problema é que até mesmo a igreja arrota essa tolice. Abriu mão da verdade para dar as mãos às heresias em nome da unidade e da paz. O que se vê são igrejas negociando a sã doutrina para viver numa falsa unidade. Mas como falamos, não há como usar a espada se não estiver envolvido no cinturão.
Mas por que deveríamos considerar somente a Bíblia como verdade absoluta? Por uma simples razão. Porque ela e somente ela é o livro que reúne vários livros escritos por autores a quem Deus resolveu Se revelar. Porque o homem não consegue encontrar a verdade, por mais que a busque; o pecado lhe cega; entretanto, a Bíblia é Deus Se mostrando ao homem perdido em sua busca desnorteada. É Deus Se revelando ao homem desbaratinado e não o homem encontrando Deus por si mesmo.
A sabedoria humana não pode captar a revelação de Deus, pois o pecado cega o homem mais sábio do mundo sem Deus. Portanto, a Bíblia é a única revelação da verdade absoluta e inquestionável que o homem precisa para reconhecer a revelação que Deus fez de Si mesmo por pura misericórdia, pois se Ele Se mantivesse às ocultas, cada homem pereceria em sua cegueira mortal!
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
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