“Procura
apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar,
que maneja bem a palavra da verdade” (2Tm 2.15).
Das várias recomendações de Paulo a seu discípulo Timóteo, esta é uma das que mais devemos, como obreiros do Senhor, observar e aplicar profundamente em nossa vida, isto é, a maneira pela qual devemos nos apresentar diante de Deus.
Primeiramente, o apóstolo diz que devemos procurar nos apresentar. Quando ele diz “procura”, no grego é “seja rápido, apressa-te, use a velocidade, seja diligente”. Devemos ser urgentes na nossa apresentação a Deus. A palavra “apresentar” significa “colocar-se ao lado para comparecer”.
Esta diligência do cristão deve ser aproximar-se de Deus. Quantas vezes queremos nos apresentar diante dos homens, mas não diante de Deus? O que tem acontecido conosco é que muitas vezes nos ausentamos de Deus e Sua presença. A realidade é que nos aproximamos de Deus apenas quando somos provados, mas poucas vezes quando já fomos aprovados!
E é assim que Paulo diz que devemos nos apresentar: aprovados. Quando diz aprovado, ele está falando do processo que depura o ouro, retirando dele as escórias. As experiências dos cristãos são provas que extraem o seu melhor. É assim que devemos nos apresentar a Deus. Já passados pelo cadinho e com nossas impurezas retiradas.
A próxima qualidade é que ele tem que ser como obreiro que não se envergonha. O obreiro é o trabalhador, é aquele que despende energia no reino de Deus. Sua qualidade vem de uma palavra grega que significa “sem vergonha”. Porém, obviamente, não com o sentido da nossa linguagem pejorativa e sim com o sentido de que não há nada que possa envergonhar este obreiro! Isso fala de uma consciência tranquila diante de Deus e dos homens, uma pessoa irrepreensível.
Finalmente, ele fala do relacionamento desse obreiro com a Palavra. Manejar bem a palavra da verdade, no original, significa “cortar retamente”. Paulo pensa aqui num instrumento de corte, onde o operador, o obreiro, deve ter exatidão cirúrgica! O sentido dessa figura é que o obreiro deve ser um expositor preciso da Palavra da pregação! Ao manejar a espada, ele tem que ser fiel ao padrão do corte sem nenhuma tortuosidade!
Perceba que a primeira parte é como somos trabalhados por Deus, isto é, provados e aprovados; a segunda parte é como trabalhamos a nós mesmos, ou seja, não temos do que nos envergonhar; e a terceira parte é como trabalhamos com a Palavra de Deus, a saber, a precisão cirúrgica com a qual devemos manusear o evangelho que pregamos.
Assim, somos trabalhados por Deus, trabalhamos em nós mesmos
e finalmente estaremos prontos para trabalhar com a mensagem do Senhor! E mesmo
que ainda não estejamos assim, não nos afastemos dEle! É só quando nos
aproximamos com urgência do Senhor que estas qualidades de obreiro são forjadas
em nós!
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
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