“Mas, para que não os
escandalizemos, vai ao mar, lança o anzol, e o primeiro peixe que fisgar,
tira-o; e, abrindo-lhe a boca, acharás um estáter. Toma-o e entrega-lhes por
mim e por ti” (Mt 17.27).
Jesus havia Se transfigurado diante de 3 de Seus discípulos (vs. 1-13). Ao descerem do monte, Jesus expulsou um demônio que atormentava um rapaz, às vezes lançando-o no fogo ou na água para matá-lo (vs. 14-21). Estando já próximo de Sua morte, Jesus foi com Seus discípulos para o norte de Israel, na Galileia, e ali os avisou das coisas que iria padecer (vs. 22,23). Agora, em Cafarnaum, os cobradores do imposto do templo, se aproximam de Pedro, perguntando se Jesus não pagava o imposto do templo.
Esse imposto nada tinha a ver com César ou o império romano. Era uma taxa anual que todo judeu entre 20 e 50 anos pagava para a manutenção do templo (Êx 30.13). A resposta de Pedro é precipitada. Ele diz que Jesus paga sim (v. 25).
Quando ele volta para casa, Jesus Se lhe antecipa com uma pergunta pertinente: “Simão, que te parece? De quem cobram os reis da terra impostos ou tributo: dos seus filhos ou dos estranhos?” (v. 25). Com Sua onisciência, Jesus sabia o que os cobradores tinham conversado com Pedro. Este responde a Jesus que a cobrança era feita para os estranhos. “Logo”, diz Jesus, “os filhos estão isentos” (v. 26).
Nosso Senhor sabe que os Seus acusadores, mais tarde, O denunciarão por blasfêmia e por ter Se levantado contra o templo, dizendo que destruiria o templo e o reedificaria em 3 dias (Mt 26.61). Como sabemos, Jesus não disse que Ele destruiria, mas disse que os judeus O destruiriam (isto é, Seu corpo) e Ele o reedificaria em 3 dias (isto é, Sua ressurreição) Jo 2.18-22. Se Ele não tivesse pago esse imposto, certamente isso seria “a prova” que essa falsa testemunha iria usar contra Ele.
Mas Jesus era Filho e, como tal, não deveria mesmo pagar imposto algum sobre o templo, que representava a casa de Seu Pai. Aliás, todo imposto e ofertas ali levantados deveriam servir unicamente para Jesus! Todavia, como Ele disse a Pedro, para que não escandalizassem, nosso Mestre ordena a Pedro que vá ao mar e pesque com anzol um único peixe em cuja boca estaria uma moeda que seria o suficiente para pagar por ambos.
Muitos, por questionarem a razão de ter Jesus feito um milagre em causa própria (algo que jamais Ele fizera em Seu ministério terreno), chegaram a sugerir que Ele tivesse dito a Pedro que pescasse e vendesse o peixe, a fim de pagar aquele tributo. Mas isso é desclassificar o milagre.
Ao fazer aquele milagre, Ele provou que de fato era maior
que o templo (12.6) e mostrou que os filhos, ainda que entreguem suas
contribuições ao Pai, o fazem porque receberam dEle por milagre! Ainda assim, o
fez por intermédio do trabalho de Pedro. Até mesmo o fruto do nosso trabalho é um
milagre providencial daquele que nos sustenta! Peixes não cuspirão moedas em
nossa porta, mas através da pescaria, poderemos experimentar milagres
surpreendentes!
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
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